Rosalie havia nos levado a tal boate. Eu não sou de frequentar lugares assim, então fiquei no bar, enquanto todos se divertiam na pista, que ótimo programa para fazermos juntos!

Eu estava bebendo um suco (não me julguem, não sou de beber!), quando um garoto se aproximou de mim.

— Oi. — disse ele.

— Olá. — respondi.

— Posso te pagar uma bebida? — ele perguntou.

— Eu já tenho uma bebida. — digo levantando meu copo de suco. — E um namorado.

— Ok, então podemos apenas conversar? — ele parecia apreensivo. — Juro que não vou tentar nada.

— Ok. — suspirei. — Como você chama?

— Riley. Riley Biers, e você?

— Isabella. Mas eu te agradeceria muitíssimo se me chamasse só de Bella.

— Ok, então, Bella. Acho que reparei um sotaque em você. Você não é daqui, não é?

— Não, sou de Liverpool. E você? Também reparei um sotaque, ainda que você disfarce bem.

— É, eu estou tentando. As garotas daqui parecem ter um certo preconceito com ingleses. Eu sou de Londres. — ele riu sem graça.

— Todos aqui tem um preconceito. Sofro muito com isso. — respondi.

— Acho que os Americanos não aceitam o fato de nós termos colonizado aqui.

— Aparentemente, eles se acham bons demais para terem sequer sido colonizados. — dou risada.

— Mas, o que você faz aqui? Veio estudar? — Riley perguntou.

— Sim, jornalismo. E você?

— Vim visitar uns parentes, e resolver uns negócios com a empresa de meu pai. Volto no fim do mês.

— Uau! Eu volto no final do ano. Meu visto vai expirar.

— Você não quer voltar, né? — ele brincou.

— Não é isso. — suspirei. — Eu amo a minha cidade, mas é que eu construí uma vida aqui, sabe? Estou prestes a conseguir um estágio no jornal dos sonhos e vou ter que voltar pra Inglaterra. É frustrante.

— Eu entendo. É bom sair de casa, ser independente. Meus pais vivem em Manchester.

— Bem pertinho de casa! — brinquei.

— Mas eu vivo em Londres. — ele continuou.

— Por que? Se rebelou contra a família?

— Consegui um emprego no The Guardian há um ano e meio.

— VOCÊ O QUE? — praticamente gritei. Ok, eu gritei de verdade. Riley riu.

— Assim como você, sou jornalista, Isabella.

— Mas você veio resolver uns problemas com a empresa de seu pai... Cara, o The Guardian! Eu cresci lendo esse jornal!

— É um sonho, não é? — ele riu. — Só vim fazer um favor ao meu pai, só isso.

Eu estava tão imersa na conversa com Riley que nem reparei que Edward havia ido para o meu lado. Encarando Riley com ódio.

— Bom, este deve ser o seu namorado, não é? — Riley perguntou. — Não se preocupa cara, a Bella já me chutou! Deixou bem claro que tem namorado. É um prazer conhecê-lo.

Riley estendeu a mão para Edward que recusou, fazendo Riley revirar os olhos.

— Sou Edward. — ele respondeu carrancudo.

— Bem, acho que eu devo ir. — disse Riley me entregando um papel. — Gostei de você, Bella. Esse aí é o meu telefone, quando voltar para Inglaterra você pode me ligar, adoraria tomar um chá com você.

— Você vive em Londres. — respondo.

— São apenas algumas horinhas de viagem, nada que atrapalhe. — ele sorriu cínico para Edward. — E, bem, você vai voltar perto do Natal, eu costumo passar as festas em Manchester com meus pais.

— Bem, é bem mais perto! Então acho que nos vemos lá. — sorrio.

— Até mais, Isabella. — ele diz por fim e se vai.

Edward me encara furioso.

— Não me olha com essa cara, eu estava fazendo amizades. Você mesmo diz que sou antissocial. — digo de uma vez.

— Não vejo problemas em fazer amizades. Mas esse cara estava interessado em você, é diferente.

— Não estava não, ele foi super legal comigo. Deixa de drama, Edward. Você sabe que eu te amo e que não te troco.

— Eu sei, me desculpe. — ele diz cabisbaixo. — É só que... A ideia de você com outra pessoa me deixa louco.

— Não vejo motivos pra você pensar assim.

— Me desculpe, sou só paranoico.

— Você está desculpado. — digo selando meus lábios dele.

Edward devolveu o beijo, que logo foi interrompido por Emmett.

— Oi, casal! — ele disse.

— O que você está fazendo aqui? — Edward e eu dissemos em uníssono.

— Nossa, que ótimo saber que vocês adoram me ter por perto! — ele fingiu estar magoado.

— Emm, nós te adoramos. — respondo.

— Me colocar fora disso! — Edward disse. Emmett deu a língua a ele. Super maduro.

— Bem, na verdade eu que tenho que perguntar o que vocês fazem aqui! — Emmett conta. — Eu venho aqui toda noite.

Edward e eu nos entreolhamos e reviramos os olhos.

— Agora tá explicado. — disse Edward.

— Rosalie nos trouxe aqui. — conto.

— Ela está aqui? — Emmett perguntou.

— Está por aí dançando. — Edward diz.

— Vou procurá-la então! — diz Emmett nos deixando.

— Eu que sou muito pessimista, ou esse namoro só nos vai causar dor de cabeça? — Edward perguntou assim que Emmett saiu.

— Sinceramente? — pergunto, ele assente. — Desses dois eu só espero o pior.