O Gato da Casa Maldita escrita por Saito


Capítulo 6
Sangue Inocente


Notas iniciais do capítulo

Beeem, o capítulo final ta aí...

Não ficou como eu queria, mas acho que eu não ia conseguir melhorar... infelizmente.



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Tento empurrar a porta novamente e consigo abrir um espaço suficiente para passar minha cabeça. É um cano aparentemente apertado, mas que permite a passagem de uma criança.

Ouço o relógio tocar. Nove da noite. É tarde, mas acho que não o suficiente para quem está abrindo o portão da entrada. A porta do hall é empurrada.

– Para de se debater, menina! – uma voz masculina enche o hall – eu tiro a mordaça da sua boca se prometer ficar quietinha.

O corredor que separa a cozinha do hall parece ficar mais longo a medida que corro. A garota começa a gritar.

– Não, não... por favor! Eu não te conheço, nunca te fiz na... – o som de sua voz é abafado. Eu me aproximo do final do corredor e espero minha hora de agir.

– É, eu sei. Mas acontece que eu tô sendo pago pra isso...

– Eu tenho dinheiro! Posso pedir pro meu irmão trazer o dinheiro! O dobro! – nem suas lágrimas e nem seu medo parecem fazer esse monstro repensar suas ações – por favor!

Ele gargalha, me assustando. Como alguém pode ser tão nojento e vazio de compaixão? Então, eu me recordo: ao me transformar, perco também qualquer traço de compaixão.

Os gritos recomeçam piores, e dão início a um espetáculo macabro.

A jovem está amarrada a uma cadeira, no centro do hall. O homem pega uma arma elétrica e dá vários choques nela, que continua suplicando, com a voz fraca.

– Por favor...

– Nem pensar, querida...

Ele troca a arma por uma peixeira e continua com a tortura, fazendo cortes no rosto e no pescoço da garota. Ela nem tem mais forças para gritar.

– Como é? Já cansou de tanto gritar? – ele se abaixa e sussurra algo no ouvido dela, enquanto solta um de seus braços.

– Não... eu suplico... – ele puxa o braço da jovem e o ruído do braço dela se quebrando é seguido por seus gritos e choro.

Ele solta as cordas e a empurra da cadeira.

– Vamos acabar com isso agora.

A garota é levantada do chão e ele enterra a peixeira em sua barriga. Não pensei que ia matá-la logo, mas já não tenho tempo de pensar. Minha consciência dá lugar a outra, mais feroz. Estou novamente transformado.

“– Seu Cain? É, é o Victor. Ela ainda não morreu, mas tá quase. Dá pra acreditar que sua irmã disse que me pagava o dobro pra não matá-la? Espera, a ligação tá ruim. Eu ligo depois...

Ele ficou paralisado quando me viu. Pude ver o medo em seus olhos, consegui ouvir o grito que ficou preso em sua garganta.

Onde foi parar seu olhar frio? ele estremeceu ao som da minha voz será que não consegue matar alguém que não seja uma mulher indefesa? RESPONDE!

Não consegui conter minha raiva e o joguei com força contra o chão do hall, quebrando seu pescoço.”

De volta ao normal, tudo o que posso fazer é observar a jovem.

– Quem... é você? – pergunta ela, enquanto morre aos poucos.

– Eu sou Pierre. Seu próprio irmão teve a coragem de encomendar sua morte?

– Recebemos uma herança... – ela sorri e fecha os olhos – e vou morrer por isso...

– E o seu nome é? – tento fazê-la não pensar na morte.

– Ju... Julliet...

Ao ouvir seu nome, acabo me lembrando do que os fantasmas me disseram antes de partir: que a casa precisa de um guardião, alguém que fale pelos que ficaram aqui.

– Julliet, quero que me ouça bem. Eu sou o guardião daqui e escolho, dos que entram na casa, quem vive ou morre. Você está quase morta, portanto, tudo o que posso lhe oferecer é a vingança ou deixar que você vá para... outro lugar...

– Eu quero... vingança...

Pouco depois de dizer essas palavras, os vidros se quebram e os fantasmas surgem atraídos pelas palavras. Fazem um círculo a nossa volta, sempre dizendo a palavra vingança. A força dessa palavra me faz perceber que estamos presos a casa pela maldição da vingança.

– Nem todas as perguntas podem ter respostas – penso.


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Notas finais do capítulo

Muito obrigada para todos que acompanharam a história!! Bgs!!



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