Enlouquecendo um Malfoy escrita por Jéssica Amaral


Capítulo 3
Capítulo três




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— E aí o que foi? — Brigite perguntou quando a Emma voltou para perto deles.

— Meu avô me irrita!

— O que não te irrita? — perguntou cínica e Emma fez careta pra ela.

— Mas ele está merecendo algo...

— Meu Deus... — resmungou a menina.

Quando Emma falava isso, não era coisa boa.

— Sabe o que ele disse?

— O que?

— Que o Bryan está gostando de mim.

— E a novidade?

Emma a olhou com a testa franzida. A menina a olhava com as sobrancelhas erguidas.

— Todo mundo sabe disso, Emma.

— Eu não sabia.

— Então por que escolheu ele para beijar?

— Por que eu quis.

— Achei que era porque seria mais fácil conseguir...

— Está insinuando que se não fosse ele eu não conseguiria? — Cruzou os braços.

— Não é isso! Só disse que assim seria mais fácil e não que não ia conseguir!

— Hum...

— Sério que você não sabia?

— Eu não tinha notado...

A garota riu.

— Realmente você tem que parar de falar um pouco e perceber as coisas a sua volta.

Emma lançou um olhar mortal a ela.

— Preciso da sua ajuda.

— Não.

— Por que não?

— Não vou me meter na sua vingança contra seu avô! De jeito nenhum!

***

Brigite estava sentada na cadeira e balançava as pernas com rapidez, odiava, odiava muito quando a Emma inventava essas coisas e a enfiava junto na encrenca...

Estava esperando o sinal da garota, ela estava no meio da pista de dança com seus outros colegas, esperava o momento certo para colocar seu plano em prática.

Emma olhou Brigite e ela resmungou algo como "eu vou morrer de qualquer forma mesmo". A menina seguiu até onde a música tocava e mudou o ritmo para lento. Emma sorriu e piscou pra ela.

A loira foi em direção a Bryan e agarrou a mão dele com certa força, isso porque ele ia fugir dela.

— Emma...

— É só uma dança, Bryan. — Se aproximou e jogou os braços em volta do pescoço dele.

Bryan olhou ao redor com pavor. Emma suspirou e puxou as mãos dele, as colocando em sua cintura.

— Para de ser medroso!

— Eu tenho amor pela minha vida, sabe? — disse cínico.

— Entendi. Então por que me beijou? Se tem amor a vida.

— Ah... — Coçou a cabeça. — Porque eu quis.

— Hum...

— E não tinha os olhos do seu pai e do seu avô sobre mim como agora...

A menina olhou ao redor e os dois estavam na mesma posição. Braços cruzados e cara amarrada olhando a cena.

— Você é muito medroso, Bryan! — disse rindo.

— É fácil dizer isso quando não é a sua vida que está em jogo!

— Fala sério! Eles não vão fazer nada com você.

— Como sabe?

— Minha mãe e avó não vão deixar.

— Deveria ficar aliviado com isso?

— Ai Bryan você me cansa! — Apertou as mãos com raiva.

— O que você quer que eu faça?

— Você gosta de mim?

O menino ficou um tempo em silêncio a olhando nos olhos.

— Por que você é tão direta?

— Melhor do que ser mentirosa. — Deu de ombros. — Responde logo!

— Gosto.

Emma sorriu e ele também.

— Mas você lutaria por mim?

— Como assim?

— Se você gosta de mim, quer ficar comigo, não é?

— Sim. — Franziu a testa.

— Então lutaria por isso?

— Como assim lutaria?

— Bem, você tem não só uma, mas duas feras para lidar caso realmente queira alguma coisa comigo...

O menino olhou Enrico e Draco e engoliu em seco.

— Acho que vale a pena.

Emma sorriu e se aproximou dele.

Nessa hora Draco e Enrico prenderam a respiração ao ver a menina grudar os lábios nos de Bryan.

— Mãe me ajuda! — Clara falou nervosa e seguiu em direção a Enrico, que já queria partir para cima dos dois.

Hermione cercou Draco, que também queria ir.

— Sai da frente, Hermione! — falou bem alto.

— Para de gritar comigo, seu idiota! Já disse que quem resolve essas coisas são os pais dela!

— Mas ela...

Hermione ergueu as sobrancelhas e Draco respirou fundo.

Clara segurou o Enrico pela roupa, mas ele continuou andando e arrastou ela junto com ele. Clara se apressou em entrar na frente dele e o fez parar bruscamente. Antes que ele conseguisse falar algo, ela o beijou. Disfarçadamente deslizou o dedo no rosto dele e quando se separaram ele estava bem mais calmo.

— O que você fez?

— Só um calmante, você precisava. — Beijou levemente os lábios dele.

— Não gosto quando usa essas coisas em mim.

— Tudo bem, mas eu não vou parar de usar.

Enrico fez careta.

— Alguma hora minha raiva vai voltar e eu vou matar ele!

— Você não vai matar ninguém.

— Eu sabia que ela tinha levado esse menino para o quarto. Clara ela levou ele para o quarto!

— Até parece que você não lembra a sensação de ter sua primeira namorada! — Colocou as mãos na cintura.

— Mas eu não tinha quatorze anos...

— Ah não! Pensa que eu esqueci que seu primeiro beijo foi com onze anos de idade?

Ele ficou quieto a olhando.

— Você sabe que não pode reclamar da Emma!

— Mas eu sou o pai dela e tenho que educar!

— Mas não tem moral pra isso.

— Quem disse que não tenho moral? — Apesar da discussão, ele estava bem calmo por conta do que Clara fez, se não estivesse, estaria aos berros com ela por falar essas coisas.

— Você sabe que não tem. Beijou pela primeira vez com 11 anos e perdeu a virgindade com 15.

— Não quero que ela faça como eu!

— Então se arrepende?

— Claro que não, Clara! Mas não quero minha filha com um filho tão nova... — Suspirou. — Você sabe como é difícil.

— Eu sei. Eu também não quero, mas você sabe que a Emma é uma pessoa difícil e tudo que você fizer contra ela, vai fazer contra você.

— O que a gente faz então?

— Deixamos ela namorar, mas ficamos de olho.

— Não quero que ela vá pra cama com ninguém — resmungou.

Clara riu.

— Você sabe que um dia isso vai acontecer.

Enrico fez careta.

— Eu vou conversar com ela depois. Sei que fez isso para provocar um de vocês e já até sei quem... — disse olhando Draco, que tinha cara amarrada e discutia com Hermione.


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