Enlouquecendo um Malfoy escrita por Jéssica Amaral
— E aí o que foi? — Brigite perguntou quando a Emma voltou para perto deles.
— Meu avô me irrita!
— O que não te irrita? — perguntou cínica e Emma fez careta pra ela.
— Mas ele está merecendo algo...
— Meu Deus... — resmungou a menina.
Quando Emma falava isso, não era coisa boa.
— Sabe o que ele disse?
— O que?
— Que o Bryan está gostando de mim.
— E a novidade?
Emma a olhou com a testa franzida. A menina a olhava com as sobrancelhas erguidas.
— Todo mundo sabe disso, Emma.
— Eu não sabia.
— Então por que escolheu ele para beijar?
— Por que eu quis.
— Achei que era porque seria mais fácil conseguir...
— Está insinuando que se não fosse ele eu não conseguiria? — Cruzou os braços.
— Não é isso! Só disse que assim seria mais fácil e não que não ia conseguir!
— Hum...
— Sério que você não sabia?
— Eu não tinha notado...
A garota riu.
— Realmente você tem que parar de falar um pouco e perceber as coisas a sua volta.
Emma lançou um olhar mortal a ela.
— Preciso da sua ajuda.
— Não.
— Por que não?
— Não vou me meter na sua vingança contra seu avô! De jeito nenhum!
***
Brigite estava sentada na cadeira e balançava as pernas com rapidez, odiava, odiava muito quando a Emma inventava essas coisas e a enfiava junto na encrenca...
Estava esperando o sinal da garota, ela estava no meio da pista de dança com seus outros colegas, esperava o momento certo para colocar seu plano em prática.
Emma olhou Brigite e ela resmungou algo como "eu vou morrer de qualquer forma mesmo". A menina seguiu até onde a música tocava e mudou o ritmo para lento. Emma sorriu e piscou pra ela.
A loira foi em direção a Bryan e agarrou a mão dele com certa força, isso porque ele ia fugir dela.
— Emma...
— É só uma dança, Bryan. — Se aproximou e jogou os braços em volta do pescoço dele.
Bryan olhou ao redor com pavor. Emma suspirou e puxou as mãos dele, as colocando em sua cintura.
— Para de ser medroso!
— Eu tenho amor pela minha vida, sabe? — disse cínico.
— Entendi. Então por que me beijou? Se tem amor a vida.
— Ah... — Coçou a cabeça. — Porque eu quis.
— Hum...
— E não tinha os olhos do seu pai e do seu avô sobre mim como agora...
A menina olhou ao redor e os dois estavam na mesma posição. Braços cruzados e cara amarrada olhando a cena.
— Você é muito medroso, Bryan! — disse rindo.
— É fácil dizer isso quando não é a sua vida que está em jogo!
— Fala sério! Eles não vão fazer nada com você.
— Como sabe?
— Minha mãe e avó não vão deixar.
— Deveria ficar aliviado com isso?
— Ai Bryan você me cansa! — Apertou as mãos com raiva.
— O que você quer que eu faça?
— Você gosta de mim?
O menino ficou um tempo em silêncio a olhando nos olhos.
— Por que você é tão direta?
— Melhor do que ser mentirosa. — Deu de ombros. — Responde logo!
— Gosto.
Emma sorriu e ele também.
— Mas você lutaria por mim?
— Como assim?
— Se você gosta de mim, quer ficar comigo, não é?
— Sim. — Franziu a testa.
— Então lutaria por isso?
— Como assim lutaria?
— Bem, você tem não só uma, mas duas feras para lidar caso realmente queira alguma coisa comigo...
O menino olhou Enrico e Draco e engoliu em seco.
— Acho que vale a pena.
Emma sorriu e se aproximou dele.
Nessa hora Draco e Enrico prenderam a respiração ao ver a menina grudar os lábios nos de Bryan.
— Mãe me ajuda! — Clara falou nervosa e seguiu em direção a Enrico, que já queria partir para cima dos dois.
Hermione cercou Draco, que também queria ir.
— Sai da frente, Hermione! — falou bem alto.
— Para de gritar comigo, seu idiota! Já disse que quem resolve essas coisas são os pais dela!
— Mas ela...
Hermione ergueu as sobrancelhas e Draco respirou fundo.
Clara segurou o Enrico pela roupa, mas ele continuou andando e arrastou ela junto com ele. Clara se apressou em entrar na frente dele e o fez parar bruscamente. Antes que ele conseguisse falar algo, ela o beijou. Disfarçadamente deslizou o dedo no rosto dele e quando se separaram ele estava bem mais calmo.
— O que você fez?
— Só um calmante, você precisava. — Beijou levemente os lábios dele.
— Não gosto quando usa essas coisas em mim.
— Tudo bem, mas eu não vou parar de usar.
Enrico fez careta.
— Alguma hora minha raiva vai voltar e eu vou matar ele!
— Você não vai matar ninguém.
— Eu sabia que ela tinha levado esse menino para o quarto. Clara ela levou ele para o quarto!
— Até parece que você não lembra a sensação de ter sua primeira namorada! — Colocou as mãos na cintura.
— Mas eu não tinha quatorze anos...
— Ah não! Pensa que eu esqueci que seu primeiro beijo foi com onze anos de idade?
Ele ficou quieto a olhando.
— Você sabe que não pode reclamar da Emma!
— Mas eu sou o pai dela e tenho que educar!
— Mas não tem moral pra isso.
— Quem disse que não tenho moral? — Apesar da discussão, ele estava bem calmo por conta do que Clara fez, se não estivesse, estaria aos berros com ela por falar essas coisas.
— Você sabe que não tem. Beijou pela primeira vez com 11 anos e perdeu a virgindade com 15.
— Não quero que ela faça como eu!
— Então se arrepende?
— Claro que não, Clara! Mas não quero minha filha com um filho tão nova... — Suspirou. — Você sabe como é difícil.
— Eu sei. Eu também não quero, mas você sabe que a Emma é uma pessoa difícil e tudo que você fizer contra ela, vai fazer contra você.
— O que a gente faz então?
— Deixamos ela namorar, mas ficamos de olho.
— Não quero que ela vá pra cama com ninguém — resmungou.
Clara riu.
— Você sabe que um dia isso vai acontecer.
Enrico fez careta.
— Eu vou conversar com ela depois. Sei que fez isso para provocar um de vocês e já até sei quem... — disse olhando Draco, que tinha cara amarrada e discutia com Hermione.
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