Nem Tudo é Ganância escrita por Bianca Raynor
O dia está clareando. A manhã está como gosto: nublada. Algumas pessoas podem dizer que sou louca, mas não sou. Quando o céu está nublado, o tempo é frio, por isso amo o lugar onde vivo. Não que eu conheça o calor de verdade, pois aqui sempre é necessário usar roupas quentes por causa do clima congelante.
Vivo no Norte da Inglaterra, o centro do reino. Nasci e fui criada aqui. Não sou o tipo de pessoa que possui luxos, mas tenho uma vida estável. Um de meus maiores desejos é ter condições para uma vida digna e dividi-la com meus pais.
Mas não posso dizer que meu coração concorda com meus desejos.
Me visto, com um dos últimos vestidos que minha mãe fez para mim, e saio para fazer algumas compras para o almoço de hoje. O dia está esplêndido e fiz bem em escolher a capa mais quente que tenho, pois brisa fria é como água de um lago congelado.
Caminho pelo solo úmido até o estábulo e pego Winter, um cavalo que ganhei quando completei meus quinze anos. Ele se tornou o melhor presente que papai poderia me dar. Um ano depois acabei descobrindo que ele tinha economizado desde o dia em que nasci para compra-lo. Isso fez meu amor por ele crescer ainda mais.
A cavalgada é rápida, o que faz mamãe reclamar sempre que saio com Winter. Mas o que posso fazer? A velocidade me acalma.
Quando chego à vila, próximo ao palácio, diminuo a velocidade. Fico fascinada com o lugar, com a história que ele possui. A construção de pedra é encantadora deixando diversos homens estupefatos. O rei e a rainha passarem pela guerra há cinco anos atrás, e assim perdemos os dois. Hoje em dia o filho deles reina sozinho. Após a morte dos pais, o jovem rei ficou muito abalado e atarefado para pensar em uma esposa. Mas o entendo; qualquer um ficaria abalado ao perder os pais com apenas quinze anos.
Volto cavalgar para adentrar ao centro comercial da vila. Após o palácio ainda há uma pequena estrada com árvores dos dois lados, cobrindo nossa visão do que há a nossa frente. Logo no inicio há uma taverna feita de madeira escura, as constantes chuvas a deixaram caída com um aspecto deprimente. Chegando em frente à taverna, onde costumo comprar bebidas para papai, desço de Winter e o amarro na árvore que fica próxima a estrada.
Como de costume, ele está me esperando com o seu sorriso cafajeste e encantador que me conquistou.
— Olá, ruiva! — Retribuo o sorriso.
— Olá! Já está trabalhando? Não está muito cedo para as pessoas beberem?
Seu sorriso se transforma em uma expressão de desdém.
— E quem se importa? O importante é que eles comprem as bebidas, fiquem com a visão turva após ter tanto destilado no corpo e eu ganhe meu dinheiro. — Seu sorriso volta a brilhar em seus lábios — E que eu possa ver você sempre pela manhã.
Me aproximo dele e passo os olhos pelo local para ter certeza que ninguém está a nos observar. Quando noto que não há ninguém. Ergo as minhas mãos, passo-as por seu abdômen, subindo pelo seu pescoço e envolvo-o em meus braços.
— Tem algum cliente?
— Por enquanto, nenhum.
— Então acho que tenho uma ideia. — Sorrio apenas com os lábios.
— E qual seria? — Seu olhar faz com que minha pele queime.
— Vamos para o seu quarto, nos divertir um pouco. Essa manhã está muito fria e quero ser aquecida. Por você.
— Estou ao seu dispor Senhorita. — Ele agarra minha mão e me leva até o seu quarto.
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