E se Fosse Verdade escrita por Gyane


Capítulo 33
Capítulo 33


Notas iniciais do capítulo

conversa e mais conversa, eu gosto disso. shuahushauhsuah
epero que gostem.



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O resto da semana passou tranquilamente, isso tudo porque uma única pessoa tinha desaparecido da minha vida. Cara eu tinha até me esquecido como era viver sem ter o Michel para perturbar cada pensamento meu. Isso era um completo alivio.

O Max nunca falava do Michel, o que era estranho já que os dois eram os melhores amigos. Eu pensei em perguntar do Michel para o Max mais desisti da idéia logo. Provavelmente isso me traia mais complicação do que eu precisava.

Assim que o sinal do intervalo tocou na sexta-feira, sai da sala de aula esperando encontrar o Max, como de costume, mais estranhamente ele não estava lá. Tá quem sabe não era tão estranho, o fato que o Max nunca se atrasava, na verdade eu não tinha muito como saber disso, a gente estava junto há muito pouco tempo, agora sim que iria começar aparecer os defeitos.

—Ué, cadê o Max?—A Nice perguntou também estranhando a ausência dele.

—Não sei. —Eu disse me encostando à porta, enquanto alguns alunos ainda saiam da sala de aula.

—Quer que eu espere com você?—A Nice perguntou. Ela não gostava de passar o intervalo conosco, dizia que não queria segurar vela, então toda vez que o Max aparecia ela saiu correndo igual o diabo da cruz. Mas eu achava que ela estava mentindo, porque a Nice sumia durante os intervalos? Eu até suspeitava que ela e o Michel estivessem no mesmo buraco... Traidora do jeito que era eu não duvidava nada.

—Não. —eu disse cruzando meus braços sobre o peito. Eu detestava esperar.

Foi só eu dizer aquelas três letrinhas para a Nice desaparecer. Cara porque isso nunca funcionava quando eu realmente precisava.

Eu já havia contado todas as cadeiras dentro da sala de aula, eu já havia contado cada armário que tinha naquele corredor, eu já tinha contado quantas garotas usavam blusa rosa, e nada absolutamente, nada do Max aparecer.

Como eu odiava aquilo. Era bom que o Max tivesse uma bela e enorme desculpa por me deixar esperar. Porque senão eu ia fazer picadinho de Max com abobrinha, ou melhor, molho de Max. Humm duvida cruel.

—Esperando o príncipe encantado?—E só o que me faltava mesmo. Eu pensei comigo enquanto me virava para ver o Michel parado atrás de mim. O que ele estava fazendo ali? E cadê o Max?Droga, o que adianta um namorado se quando mais você precisa dele ele não esta por perto.

—Tá mais pra sapo. —Eu disse sem paciência entrando. —O que esta fazendo aqui?

Eu ergui minha cabeça e fitei o Michel parado na porta olhando atentamente para mim. Eu senti meu estomago revirar, mas que merda era essa que estava acontecendo comigo. Pense no Max, eu ordenei para mim mesma.

—Se eu me lembro bem, você não é o tipo de garota que costuma esperar. —Ele disse entrando e sentando na cadeira da Nice.

—Pode ser que você tenha razão. —eu abaixei minha cabeça enquanto brincava com a mão distraidamente. Aquele negócio de esperar já estava me deixando com os meus parafusos enferrujados.

—Então como se sente sendo abandonada?—Ele perguntou debochadamente. E eu presumi que ele sabia onde estava o Max.

—Você não veio aqui pra isso veio?—Eu perguntei tendendo controlar minha raiva, o Michel conseguia fazer o meu sangue ferver tão rápido que eu chegava acreditar que tinha um vulcão dentro de mim.

—Não. —Ele admitiu também olhando para o chão. —Eu vim te ver. —Ele disse como se fosse à coisa mais natural do mundo.

Eu apenas bufei. Esperando que ele entendesse o recado. Ele não podia falar aquelas coisa, ele nem tinha porque falar aquelas coisa. O que ele estava pensando? Isso se ele pensava.

—Esquentatinha.—Ele murmurou dando o seu sorriso torto.

—Eu não achei graça. —Eu resmunguei de volta.

—Você fica linda quando esta brava. —Ele disse sorrindo e eu prendi a respiração incapaz de falar algo. Agora sim eu acreditava que ele estava fumando atrás do ginásio da escola. —Eu não disse por mal.—Ele falou como se tivesse repensado no que havia dito.

—Somos amigos isso é normal. —Agora ele estava tentando se desculpar. —Não somos?

NÃO.

—Somos. —Eu concordei pensando em como aquilo era mentira. Eu nunca seria amiga do Michel, isso era impossível. Porque ele não facilitava as coisas e ia embora.

—Então como anda o seu namoro?—Ele perguntou me encarando pela primeira vez.

—Achei que você era o melhor amigo do Max. —Eu retruquei sem saber por quê. —Porque não perguntou pra ele?—O Michel tinha um estranho poder sobre mim, eu não conseguia me controlar. Fala tudo que vinha na cabeça. E eu estava com raiva por ele estar ali falando aquelas coisa pra mim.

—Não estamos tento muito tempo pra conversar. —Ele disse fazendo pouco caso. Aquilo soou como um alarme dentro de mim. Ótimo eu tinha estragado a amizade deles. Parabéns Iza desse jeito São Pedro nunca vai deixar você entrar no céu.

—Claro, a loira anoréxica esta sugando todo o seu tempo. —Eu disse ironicamente e o Michel não aprovou minhas palavras.

—Será que é demais respeitar a Thifany?—Ele perguntou e eu pude ver a sua irritação.

—Desculpa. —Esse sim foi um pedido de desculpa falso.

—Então vamos atrás do seu príncipe?—Ele disse se levantando.

—Aonde o Max esta?—Eu perguntei sem vontade de sair lá fora com ele. Isso não seria bom.

—Vem. —Ele disse saindo o que me restou apenas segui-lo.

Eu sabia que isso iria acontecer. Cara porque o pessoal dessa escola não sabia ser discreto. Porque algumas pessoas tinham que olhar para nós como se tivéssemos fazendo algum crime? Isso era falta de educação. Será que eles conheciam essa palavra.

—Aonde esta a sua namorada?—eu perguntei enquanto nós andávamos pelos corredores, eu não queria correr o risco de encontrá-la e ela vir com a síndrome do “estou sendo traída”.

—Aqui. —Ele disse parando diante da enfermaria.

—Aqui?—eu perguntei sem entender nada.

—É. O Max levou uma bolada muito forte na educação física e precisou vir para a enfermaria. —Ele disse entrando e eu o segui até á ultima maca da enfermaria onde o Max estava deitado de olhos fechados, enquanto a Thifany lixava as unhas.

—Sua encomenda chegou. —O Michel disse fazendo o Max abrir os olhos me procurando.

Eu parei ao lado de sua cama. E passei a mão na sua testa, seu rosto estava vermelho e seus lábios inchados. Como se ele tivesse sido atacado por abelhas. Cara eu não iria conseguir beijar ele tão cedo novamente.

—Tudo bem?—Eu perguntei preocupada, naquele momento minha raiva já tinha evaporado.

—Tudo. —Ele forçou um sorriso que desfez logo.

—Ainda bem, não agüentava mais isso aqui. —A Thifany resmungou levantando da cadeira. —Vamos Mi eu quero aproveitar o intervalo.

—Eu vou ficar aqui. —O Michel disse se sentando na cadeira onde a Thifany estava sentada.

—Mas eu estou com fome amor. —Ela disse com a voz manhosa. Isso me embrulhava o estomago. Que nojo cara.

—Eu sei. —Ele sorriu para ela e eu virei meu rosto. —Vai lá. —O Michel não fez menção alguma de se levantar.

Ela olhou para os lados com a expressão zangada. Bem feito loira.

—Eu volto logo. —Ela saiu batendo os pés.

Se ferrou, Barbie oxigenada.

—Então quem foi o estúpido que fez isso?—eu perguntei tentando ignorar o Michel a poucos passos de nós.

—Ele esta bem ali. —O Max disse virando a cabeça e olhando para o Michel. Que sorriu de volta.

—Acho que você precisa melhorar a sua pontaria cara. —O Max resmungou fechando os olhos.

—Você não tinha nada que entrar na frente. —O Michel não parecia achar que estava errado.

—Eu estava livre custava passar a bola. —O Max retrucou ainda de olhos fechados.

—Vocês não vão discutir isso agora. —Eu os interrompi e os dois ficaram em silêncio.

Aquilo estava sendo extremamente constrangedor. Tipo, porque o Michel não levantava e ia passear com a Barbie. Porque ele tinha que ficar ali como um cão de guarda? Eu ainda não conseguia acreditar que aquilo estava acontecendo.

—Tá foi mal.—O Michel disse por fim se aproximando da maca. —desculpa cara, você tinha razão. Foi bobeira minha dizer aquilo.

Razão? Bobeira?Porque eu tinha a impressão que eles estavam escondendo mais coisa do que eu podia saber.

—Eu perdi alguma coisa?—Eu perguntei olhando diretamente para o Max.

Ele fechou os olhos sem me responder, então eu me virei para o Michel. O Michel fez um sinal com as mãos que nem em mil anos eu entenderia aquilo.

Nesse momento o sinal tocou e o Michel voltou a se sentar. Mas a enfermeira apareceu naquele momento.

—Vocês não ouviram o sinal?—ela perguntou evidentemente irritada. —Andem logo. —Ela disse saindo.

O Michel caminhou até a porta e me esperando. Eu olhei para o Max e sua cara enorme imaginando que ele daria um ótimo garoto propaganda da traquinas.

—Eu tenho que ir. —Eu disse meio sem jeito pro Max.

—Eu sei. —Ele tentou sorrir o que piorou ainda mais sua afeição.

—Vê se melhora logo. —Eu quase sussurrei enquanto tentava não olhar para a porta aonde o Michel prestava atenção em nós.

—Ta tão ruim assim?—O Max perguntou.

—É melhor ficar um tempo longe do espelho. —Eu o aconselhei.

—Será possível. —A Enfermeira Cooper reapareceu na porta. —Ou vocês saem agora ou eu vou comunicar a direção. —Ela ameaçou.

—Tchau. —Eu disse beijando levemente a testa do Max e indo me encontrarem com o Michel na porta.

—Me lembre de nunca jogar com você. —Eu disse para o Michel enquanto sai da enfermaria.

—Acidentes acontecem o tempo todo. —Ele disse dando de ombros.

—Mesmo assim não quero correr o risco. —Eu disse debochadamente para ele.

Andamos pelo corredor em silencio. Aquilo nunca funcionaria, foi meio esquisito estar ali do lado do Michel namorando o Max, nunca em mil anos eu imaginaria isso.

Fim da linha. Eu precisava seguir enquanto o Michel tinha que pegar o outro corredor para a sua sala de aula. Paramos e encaramos um ao outro em silencio. Não havia nada para ser dito.

—Eu acho que nunca imaginei isso. —O Michel disse de repente.

—Imaginou o que?

—Você namorando o Max, sei lá num combina. —

—Ah claro se eu virasse freira ia combinar mais. —Eu disse debochadamente.

—Não, você num tem cara de santa, ia aterrorizar o altar, melhor não. —Ele disse rindo e eu acabei rindo também.

—Então você gosta dele. —Ele disse pensativo como se aquela idéia fosse absurda demais.

—Claro que gosto. —Eu tentei ser convincente. —E Thifany e a você como estão?—Eu perguntei mudando de assunto.

—Bem. —Ele disse simplesmente.

—Felizes?—O que eu estava fazendo? Tortura é. Pra que diabos eu ia querer saber sobre aquilo? Aff às vezes eu mesmo me assustava com a minha burrice.

—Claro. Ela é a garota que eu sempre quis. Porque eu não estaria?—Ele perguntou depois de algum tempo.

—Sei lá. —Eu dei de ombros. —Vai lá saber você acordou no meio da noite e viu ela passeando de vassoura pelo céus...

—Luiza.

Ops. Eu disse isso mesmo em voz alta.

— Isso pode bem acontecer. —Pela cara dele, isso não convenceu. — Eu só estava brincando cadê seu senso de humor

Acho que também num funcionou.

—Porque você não gosta da Thifany?—Ele quis saber. Pensei que isso era obvio, eu não gostava de bruxa.

—Não é que eu não gosto dela, longe de mim. —eu disparei a falar. —eu respeito e acho até bonito a espécie dela, mais isso quer dizer eu a quero por perto ou que eu aprove, na verdade eu acho meio tenso esse negocio, vai que ela se irrita e decide me transformar num sapo de uma hora pra outra, sei lá eu.

—Humm. —O Michel fez uma cara de quem não estava entendendo nada. Será que eu falei rápido demais.

—Deixa pra lá. —eu disse balançando as mãos.

—Ah então tá. —Acho que ele achou minha explicação confusa demais. —É melhor ir .—Ele disse apontando para o corredor.

—Claro. — eu concordei.

Então ele se aproximou mais de mim. Cara o que ele estava fazendo? Eu pensei em dar dois passos para trás mais meu corpo não se moveu. Eu podia sentir a respiração quente dele no meu rosto. E eu apensa fiquei paralisada.

—A gente se vê. —Ele disse colando seus lábios na minha bochecha. Então ele se virou e sumiu no corredor.


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Notas finais do capítulo

BOm garotas é isso ai. E o que vcs me dizem