E se Fosse Verdade escrita por Gyane


Capítulo 34
Capítulo 34 Fora do normal


Notas iniciais do capítulo

Olha como eu sou uma garota boazinha. Postando um capitulo atras do outro. então vcs também podem ser legais comigo né?
shuahsuahsauhsua



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Eu amava quem tinha inventado o sábado, amava mesmo não sabendo quem era, mas provavelmente era um dos meus. Eu dormi até meus olhos não agüentarem mais ficar fechados e isso demorou um bom tempo.

Eu passei a manhã inteira do meu sábado sentido que algo estava faltando. Cara aquele dia estava sossegado demais para ser verdade. Não podia ser passear com cachorro porque eu não tinha um cachorro, minha mãe era alérgica a pêlo, pelo menos era essa a desculpa que ela usava.  Dar comida para o Zico (meu peixe) também não era. Eu já havia feito de tudo, tudo mesmo, mais ainda assim eu senti que algo estava faltando... Ah quem sabe era entrar no meu PC... Ah isso eu já tinha feito. Pensa Ana Luiza, pensa.

Não adiantou a sensação de que algo estava faltando ainda continuava. Eu almocei pensando naquilo, quando minha solitária estava satisfeita eu levantei da mesa.

—Ana Luiza volta aqui. —Minha mãe gritou igual uma desesperada.

—O que foi?—Eu perguntei temendo pela resposta.

—A louça do almoço é sua. —ela disse sorrindo.

—Hoje é sábado. —Eu protestei na hora. Minha mãe sabe estragar meu dia.

—Por isso mesmo. —Ela disse como se fosse obvio. —Lave antes que a Nice apareça.

—LEMBREI, LEMBREI. —Eu disse correndo e beijando minha mãe. —Eu lembrei.

—O que tinha nessa comida?—O Meu pai perguntou mexendo no seu prato como se analisa o arroz.

—O Que deu em você garota?—Minha mãe perguntou ignorando a brincadeira do meu pai.

—Nada. —Eu disse sorrindo. —Mas agora eu preciso ligar para a Nice.

Eu disse saindo correndo para o meu quarto antes que minha mãe falasse algo. Claro que eu não estava tão entusiasmada por ter lembrado, na verdade essa era desculpa que eu precisava para não lavar a louça.

Cara, eu nem acreditava que eu tinha sentindo tanta falta da Nice assim. Como isso era possível? Será que eu estava pirando?

Eu peguei o meu celular e disquei o numero da Nice.

Tuuuuuu. Eu deitei na cama.

Tuuuuuu.

Tuuuuuu

Tuuuuuu. O que tinha acontecido com a Nice?

Tuuuuu. Porque inferno ela não atendia aquele telefone?

—Oi. —A Nice atendeu no quinto toque.

—O que foi esta com diarréia?—Eu perguntei irritada pela demora.

—Não, eu não comi na sua casa.

—Cara é assim que você fala com sua amiga? Eu aqui preocupada que você tivesse sido engolida por uma minhoca gigante e você fala assim comigo.

—Minhoca?! Credo Iza isso é nojento. —Ela não parecia de bom humor.

—Porque você não apareceu na minha casa hoje?

—Por nada.

—O que aconteceu?

—Nada. —Aquela não era a Nice, não mesmo.

—Ah, desculpa foi engano. —Eu disse desligando.

Estava na cara que aquele telefone não era o da Nice. Não podia ser, você acha que a Nice perderia uma oportunidade de falar algo.

Procurei novamente o numero da Nice na agenda do celular e disquei novamente, desta vez ela atendeu no primeiro toque.

—Tá com o cérebro OFF?—Ela perguntou assim que atendeu.

—Tá bom, pode falar pra mim. O que você tem? Eu não me importo que seja uma doença contagiosa, contudo que você fique longe de mim...

—Há há há. —A Nice me interrompeu. —Só pra dizer, isso não tem graça.

—Ta bom, tá bom. —Definitivamente a Nice estava de mau humor. —O que foi?

—Foi o que?—Aff pelo menos o cérebro dela continua lendo do mesmo jeito.

—O que aconteceu? O que você tem?

—Nada, já disse.

—Há.—Isso não podia ser verdade.—Vamos no shopping?—Eu convidei.

Assim ficava mais fácil eu enviar o dedo na goela dela e fazer ela falar o que quer que estivesse engasgado ali.

—Não vai dar.

Eu não tinha ouvido aquilo? A Nice recusando ir ao shopping. Definitivamente tinha algo de errado.

—A gente se fala depois, pode ser. —A Nice não queria conversar. Para tudo. Isso não era normal. Cara será que ela estava no meio de um seqüestro porque não podia existir outro motivo pra Nice estar mentindo.

—Tá bom. —Eu concordei desligando, sem acreditar.

Nesse momento meu celular começou a tocar novamente.

Ah eu sabia ela tinha se arrependido.

—Se arrependeu e quer sair comigo?—Eu disse aliviada, eu sabia que a Nice estava brincando comigo.

—Quem você convidou pra sair?— OMG aquela voz não era da Nice. Não mesmo.

—Max?— Eu perguntei surpresa.

—Você ainda não me respondeu. — Ughl ele falava como se eu tivesse cometido um crime.

—O tio patinhas.

—É pelo visto a conversa com o Tio patinhas estava boa. —ele disse ainda serio. —eu estou um tempão tentando de ligar e só da ocupado.

Aff. Eu nem devia ter pego aquele celular.

—É que a Nice fala demais. —Eu decidi que não era hora para brincar.

—A Nice?

—É aquela morena, magrinha que estuda na mesma sala que a minha...

—Eu sei quem é ela.

—Que bom. Mas o que você quer?

—Vamos ao shopping?—Ele me convidou parecendo mais aliviado.

Humm. Gostei disso.

—Vamos. —Eu disse empolgada. —A gente se encontrá-la?

—Não. eu estou aqui na frente da sua casa. —ele disse como se fosse a coisa mais natural do mundo.

—O que?—eu pulei da cama, e olhei pela janela.

—Algum problema. —Ele perguntou inocentemente.

—Imagina. Desço em dois minutos e se esconde. —Eu disse desligando o celular e me arrumando rapidamente.

—Mãe, pai. To indo no shopping. —eu gritei passando pela sala.

—Espera ai mocinha. —Meu pai gritou. Eu paralisei, porque o papo como o meu pai sempre era mais tenso.

—O quê?—Eu perguntei com a mão na maçaneta.

—Com que você vai?

—Com a Nice oras. —Lá ia São Pedro colocar outra mentira na minha lista. Isso não era justo.

—Humm. —Ele pareceu pensar um pouco.—Tá não demora.

—Por isso que eu te amo pai.—Eu disse saindo.

O Max estava com o carro estacionado enfrente da minha casa. Eu passei por ele e continuei andando.

—Ei aonde você vai?—O Max perguntou gritando da janela do carro, eu ignorei ele por completo e continuei andando até a esquina. Então eu parei de andar e olhei para os lados.

O Max parou o carro do meu lado surpreso.

—O que você esta fazendo?-Pelo menos o rosto dele não estava mais redondo, isso me deu quase um alivio total. Cara namorar o garoto trakinas não ia ser legal.

—Vendo se não tem nenhum vizinho fofoquei por perto. —Eu disse entrando e fazendo um sinal para ele acelerar.

—Do que nós estamos nos escondendo. —O Max parecia bem divertido com a situação.

—Dos meus pais. —Eu pensei que fosse obvio.

—E por quê?—Ele perguntou curioso.

—Bom eles ainda acham que eu estou sofrendo pelo Michel.

—Hum. —O Max concordou olhando para frente. Ele não parecia nenhum pouco satisfeito. —E quando você vai contar sobre nós?

—Vai demorar um pouco. —Eu não estava com pressa. Na verdade eu achava aquilo totalmente desnecessário.

—Com o Michel você foi bem rápida. —ele disse acusadoramente para mim.

Eu encarei o Max sem acreditar que ele estava fazendo aquela comparação.

—Isso foi diferente. —Eu estava perdendo a paciência.

—Claro que foi eu sou o seu namorado de verdade.       

Eu respirei fundo. O Max estava me chamando para briga era isso.

—O Michel foi meu primeiro namorado para os meus pais você não acha natural eu sofrer um pouco por ele.

—É só pro seus pais esse sofrimento mesmo.

—Para com isso. —Eu disse irritada quando ele estacionou o carro. —Você esta parecendo paranóico.

Ele colocou a mão na cabeça e respirou fundo.

—É eu sei. Desculpa isso é meio esquisito.

E ele fala isso pra mim. Eu sei como isso é esquisito. Melhor do que ele pode imaginar.

—Tudo bem. —eu disse beijando ele.

Caminhamos pelo shopping por algum tempo. O Max pareceu se recuperar do seu surto. E as coisas acabaram ficando legal.

—Eu estou com fome e você?—O Max perguntou quando chegamos perto da praça de alimentação.

—É minha solitária esta reclamando. —Eu concordei passando a mão na barriga.

—Hã?!—O Max fez uma cara de quem não estava entendendo absolutamente nada.

—Deixa pra lá. — Eu disse parando de andar.

Eu não acreditava no que meus olhos estavam vendo. Aquilo não era real. Não, não e não.

Sério mesmo. Eu senti como se tivesse recebendo uma punhalada pelas costas. EU NÃO CONSEGUIA ACREDITAR NISSO... Sério se um trem tivesse passado por cima de mim, seria menos dolorido do que aquilo.

—O que foi?—O Max perguntou olhando espantado para mim.

—Eu acho que eu estou alucinando. —Eu murmurei e o Max acompanhou o meu olhar ainda muito confuso.

—Aquela não é a Nice?—Ele perguntou apontando para as pessoas lá na frente.

—Não diga isso. —Eu quase gritei.

—Por quê?—Ele perguntou espantado.

—Porque assim eu tenho certeza que não estou alucinando.

—Qual é o problema?—Se eu não estivesse tão chocada eu até riria da cara do Max nesse momento.

—É o que eu vou descobri. —Eu disse andando rapidamente na direção da Nice.

Que merda esta acontecendo ali? Serio de rocha porque a Nice mentiu pra mim. Eu comecei a me andar mais rápido entre as pessoas, só que a Nice estava muita na minha frente, então eu pensei que seria uma boa idéia, gritar o nome dela, só que então a Nice começou a andar mais rápido ainda. Eu

E eu comecei a correr parecendo uma marginal, algumas pessoas até se afastavam. Até parecia que eu ia pular no pescoço delas e gritar “Perdeu”. Bom deixa pra lá. O Max tinha ficado para trás.  O fato é que a Nice estava fugindo de mim. Porque minha melhor amiga iria fazer isso comigo? Por quê? Por quê?

Eu estava tão concentrada na minha perseguirão a traidora que nem notei quando um imbecil apareceu na minha frente. Eu tentei desviar mais acabei tropeçando e indo direto pro chão.

Eu tinha um motivo a mais para matar a Nice. Eu estava parecendo um tomate que esborrachou no chão. E olhei em volta algumas pessoas sufocava o riso enquanto outras riam abertamente. Se eu pegasse a Nice era o fim dela agora. Como eu queria ser um filhote de avestruz pra enfiar minha cabeça no chão. Minhas bochechas estavam quentes.

—Ainda com dois pés esquerdo? —Isso só podia ser mais um episodio de SÁBADO 13. Eu não conseguia achar outra explicação. Porque eu tinha que cair praticamente encima do pé do Michel? Não tinha outra explicação mesmo. Eu levantei meu rosto lentamente e fitei o Michel sorridente para mim. —Já sei estava roubando alguém?

Ele estava zoando literalmente com a minha cara.

—Errado. —Eu disse aceitando a mão que ele me estendia. —Eu estava quase prendendo o bandido.

—Digamos que sua perfumasse como policial não foi das melhores.

—É você tem razão. —Será que dava para parar com aquele papo?

—Se Machucou?—Ele perguntou olhando cuidadosamente para mim. —Uma macha roxa a mais não vai fazer diferença. —eu disse escondendo a careta de dor. CARA a Nice ia pagar muito caro por isso. A se ia.

—Então tá sozinha?—Ele perguntou sem soltar a minha mão.

—Não vai dizer que era o Michel que você estava correndo atrás?—O Max perguntou aparecendo do nada. E respondendo a pergunta dele.

—Pegar o Michel é fácil é só amarrar uma cordinha na Thifany e esperar. — Tá porque todo mundo estava me olhando assim. -Vixe eu só estava brincando. — O povinho sem humor, eu hen.

-Falando nisso cadê a Thifany?-O Max perguntou me ignorando por completo. Ah valeu por isso.

-Ali. — O Michel disse virando a cabeça. A Thifany estava babando enfrente a uma vitrine. Aposto que estava sonhando em virar um manequim, só pra poder devorar as roupas. E espantalho de grife.

  —Então o que vocês vão fazer? —Eu não tinha ouvido isso sair da boca do meu namorado lindo. Não mesmo.

— A gente estava pensando em assistir um filme. —O Michel disse simplesmente.

—Legal, podemos ir junto? —O Max disse se virando pra mim.

—NÃO. — Eu praticamente gritei na cara do Max. Onde ele estava com a cabeça?

O Michel e o Max olharam espantados pra mim.

-Porque Não?-O Max quis saber.  

Toma Iza vai falar tudo que vem na cabeça;

-A gente não ia comer. —Ufa, ainda bem que eu pensava rápido.

—É podemos comer alguma coisa e depois assistir ao filme. —O Michel disse como se fosse um gênio. Tá ele estava querendo que eu tivesse uma indigestão Isso sim. Nesse momento espantalho de gripe apareceu grudando no pescoço do Michel.

—A gente vai comer alguma coisa e depois assistir ao filma ta?-Ele estava pedindo permissão para ela. Rá eu não acreditava nisso.

—É pelo jeito eu vou ter que me acostumar a isso. —Ela resmungou bem baixinho no ouvido do Michel, mas eu acabei ouvindo.

Ah bem feito não era só eu que não estava feliz nessa.


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Notas finais do capítulo

O cap ficou grande agora só falto os reviews ai tudo fica perfeito*-*