Willow Tree March - HIATUS escrita por Wanderlust


Capítulo 2
From a time far more innocent and young.


Notas iniciais do capítulo

Olá novamente, pessoinhas!
Primeiramente, eu gostaria de agradecer a todos que favoritaram e comentaram no prólogo. Vocês deixaram uma pessoa muito feliz ♥
Segundamente, prIMEIRO CAPÍTULO BITCHES! YAYAYAYAY! O próximo só vai vir semana que vem, okay? Vamos deixar um capítulo por semana, certo? Certo.
Ah, sim, eu tenho um spin off ou um pequeno spoiler da história - se você quiser acreditar... - nas notas final junto com a música. É uma pequena one shot, curtinha, mas feita com carinho e amor.
Outra coisa, eu geralmente gosto de deixa a aparencia dos personagens na mão da imaginação de vocês, mas aqui vai o "elenco" do povo original, mas se sinta a vontade para imaginar como quiser.

Catharina 'Nina" como Adelaide Kane;
Analya 'Nana' como Blake Lively;
Amilyna como Emmy Rossum;
Hector como Michiel Huisman.


Boa leitura, seumaninhos



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/708654/chapter/2

"I left with nothing
Life for the bluffing
Fled to the forest
Northward bound."

Catharina não tinha nada o que perder. Deve ser por isso que ela amarrava os cabelos num coque apertado e jogava os adornos em sua cabeça no chão, correndo em direção ao estabulo. Os olhos cor de chocolate atentos a qualquer movimento suspeito em sua rápida escapada. Depois do suposto sequestro de Caspian pelos narnianos os guardas estavam em peso, espalhados pelos corredores do castelo de Telmar.

Ao chegar na porta de madeira do estabulo, ouviu a voz de seu tio e esperou, quieta, antes de fazer qualquer coisa. Os olhos castanhos observavam Glozelle dar instruções para uma possível busca por Caspian na floresta. Os soldados prestavam atenção em cada palavra proferida por seu general quando, ignorantes a sua presença, Catharina sorriu ao ser iluminada com uma ideia perigosa que precisava não apenas de coragem, mas como sorte. Poucos minutos depois, Glozelle saiu do estabulo apressado, deixando seus cavaleiros aprontando seus respectivos cavalos.

E então, Catharina esperou.

— Acha mesmo que é uma boa ideia entrarmos naquela floresta? – um deles, de cabelos cor de areia e olhos verdes, perguntou ao companheiro.

— Não vá me dizer que tem medo daquelas criaturas. – riu o outro, esse era mais alto que o primeiro, de cabelos e olhos negros. O modo debochado que mencionou os narnianos fez algo borbulhar em Catharina, não acreditando que as fantásticas criaturas que ouvirá falar seriam más. Não totalmente, pensou. – Porcaria. – resmungou ao analisar sua besta. – Estou com pouca flecha.

— Vá buscar mais, mas volte rápido. Logo o General estará de volta para partimos. – aconselhou o loiro. Catharina se escondeu atrás de um monte de feno quando o soldado passou, não acreditando na sorte que teve.

Que conveniente, zombou uma vozinha em sua cabeça. Aproveitando sua sorte curiosamente conveniente daquela manhã. Catharina saiu de seu esconderijo e caminhou calmamente até o soldado loiro, os olhos castanhos com um indescritível brilho determinado. A garota parou a poucos metros do homem, as mãos dadas em frente a seu corpo num movimento gracioso. Crescer na corte telmarina tinha suas vantagens. O homem virou-se quando acabou de arrumar a cela de seu cavalo, assustando-se ao se deparar com a figura pequena da garota atrás de si.

— Lady Catharina. – fez uma breve mesura ao que a mesma retribuiu. – O que faz tão longe de seus aposentos?

— Soube o que aconteceu com o príncipe Caspian. –  Catharina deu alguns passos em direção ao soldado; o movimento era simples e delicado. – E entreouvi por um dos criados que começariam uma busca pela floresta.

— Sim. – o homem não sabia como se comportar diante da presença da garota. Por mais que sua pouca idade fosse presente nas feições levemente infantis, a presença e autoridade que Catharina passava era estrondosa. Os antigos rumores talvez estivem certos, pensou. – Uma fatalidade. Esperamos extinguir de fez esses narnianos bárbaros e trazer Vossa Alteza de volta para o castelo em segurança.

— Compartilho de sua esperança, soldado. – deu um breve sorriso, afastando-se em direção a um monte de feno. Perto do lugar, uma pequena fornalha de pedra se erguia e a seu lado uma pilha de lenha estava alinhada no formato de uma pirâmide. – Está começando a esfriar, não é mesmo? Acha que isso possa ser algum pressagio? – o homem observou Catharina se abaixar para observar os tocos de madeira com atenção.

— Não acredito em tal coisa, minha senhora. – virou-se, convenientemente, de volta para seu cavalo, não percebendo a aproximação repentina de Catharina.

— Pois deveria, soldado. – comentou suavemente antes de acertar a nuca do pobre rapaz com toda a força que tinha. Catharina observou o corpo do homem cair para frente e uma boa quantidade de sangue começar a jorrar de um corte médio em sua cabeça. – Perdoe-me. – jogou o pedaço de lenha dentro da fornalha.

>>> >>> >>>

Se arrependeu assim que montou no cavalo. Catharina nunca imaginou que armaduras seriam tão desconfortáveis, ainda mais as folgadas. Mal conseguia enxergar pela viseira do capacete visivelmente maior que sua cabeça e sua lombar doía com o constante atrito que a parte do torço da armadura fazia com sua pele devido ao movimento do cavalo. Estava acostumada a ter sua pele beijada pelos tecidos mais macios e finos de Telmar e não duras latarias lhe cutucando e arranhando. Sem contar que o tecido da roupa do soldado loiro lhe pinicava a pele.

Lady Catharina teve que se esforçar ao máximo para arrastar o corpo pesado e lhe despir as roupas. Se perguntou se ir atrás de Caspian realmente valia a pena quando se preparou para retirar seu vestido, entretanto tal pensamento se foi na mesma velocidade que veio. Caspian era, e sempre será, seu melhor amigo e confidente. Faria por ele o que ele, naturalmente, faria por ela.

Adiante os cavalos do grupo de busca pararam. Catharina segurou as rédeas, ficando a poucos metros, mas perto o suficiente para ouvir o que o comandante falava.

— Foi aqui que o anão foi encontrado. Príncipe Caspian não deve estar muito longe, provavelmente se embrenhou na mata a pé. – a voz grossa e ríspida do homem fez Catharina se encolher dentro da armadura, seu coração martelando contra as costelas.

A partir daquele momento, o comandante separou seus homens para irem em direções diferentes. Felizmente ele não chamou Catharina, praticamente não dando atenção a sua presença.

— Os outros venham comigo. – começou a cavalgar rapidamente com outros atrás dele. Catharina suspirou antes de seguir o homem. Se passou alguns bons minutos, quase uma hora, desde da separação dos soldados. Foi quando o líder parou abruptamente. – Desçam e peguem suas bestas. Acho que encontramos o rastro de Caspian.

Catharina ficou alerta, entretanto desceu desengonçada do cavalo e pegou a besta de seu “amigo” do estabulo que estava presa em uma das bolsas do cavalo. Amarrou o animal em um dos troncos como os outros fizeram e os seguiram, tentando imitar a posição de ataque dos homens. Depois de caminharem alguns metros, os que estavam mais adiante começaram a correr e gritar, fazendo seu companheiro e Catharina lhe acompanhar.

A moça posicionou uma flecha na besta e se preparou para enfrentar o que visse. Tudo para salvar seu amigo. Viu mais a frente a silhueta conhecida de Caspian e mais duas pequenas ao seu lado, mas não teve tempo suficiente de conseguir as identificar, pois os soldados começaram a lhe atirarem flechas. Logo Caspian e as duas figuras começaram a correr, desviando das arvores e se enfiando ainda mais mata adentro. A vegetação naquela parte chegava a quase tocar os joelhos de Catharina. A garota viu quando uma das flechas quase acertar Caspian quando decidiu deixar seu disfarce de lado.

— O que estão fazendo? – gritou ofegante, sua voz abafada por causa do capacete. Um dos soldados mais próximos a ela lhe olhou rapidamente, voltando a atirar contra o príncipe. – Vocês estão loucos? Podem o machucar. – berrou. Demorou mais duas tentativas, quando Catharina finalmente percebeu que a real intenção do grupo de busca não era trazer Caspian vivo para a corte e sim ter certeza que ele não voltasse.

Uma das dezenas de flechas disparadas acertou uma das criaturas pequenas que corriam com Caspian, detendo o príncipe mais a frente que voltou para buscar seu companheiro. Mesmo sendo perigoso, o garoto ficou alguns segundos preciosos ajoelhado em frente a criatura antes de a erguer no braço. Catharina sentiu seu coração se encher de orgulho do amigo, mas isso não afastou a onda de ira que lhe tomou o corpo. Ela não se demorou a mirar sua besta nos soldados e soltando a flecha, acertando o homem nas costas.

Ela acertou pouco mais de dois homens quando todos pararam e, curiosamente, um por um caiam no chão feridos. A única prova que não era algo totalmente invisível que os atacavam era o farfalhar da vegetação. Um por um os soldados iam ao chão até que sobrou apenas Catharina e, o que ela reconheceu, o homem moreno do estabulo. O mesmo jogou sua besta no chão e desembainhou sua espada, cortando rente a vegetação ao seu redor. Entretanto a prevenção não lhe poupou de ser vítima de tal criatura invisível. Tendo em mente que apenas ela tinha sobrado e conveniente vestida com as armaduras da guarda real, Catharina teve que tomar uma decisão rápida.

Jogou sua besta no chão e retirou o capacete, os cabelos castanhos caindo bagunçados sobre seus ombros. A criatura chegava veloz e a garota já aceitava seu destino, fechando seus olhos com força.

O grito de Caspian e uma afiada dor no ombro foi o que sentiu quando suas pernas amoleceram e seu corpo se encontrou no chão.

>>> >>> >>>

Flora Catharina nasceu nas primeiras semanas da primavera, em uma noite estrelada e com uma leve brisa que vinha do sul, trazendo o cheiro das plantações de lavanda próximo ao castelo. Amilyna, sua mãe e uma antiga dama de companhia da rainha, mãe de Caspian, morreu na manhã seguinte do nascimento da filha. Com um sorriso cansado, porém feliz, pediu para o marido lhe desce o nome de Flora em homenagem a plantação de flores onde foi concebida e que o homem cuidasse da pequena com toda sua vida. Seu pai, Hector, general daquela época, cumpriu a promessa que tinha feito no leito de morte de sua esposa e cuidou de Catharina com todo amor e cuidado até que uma terrível doença tirasse sua vida poucos meses depois que a filha tinha completado dois anos.

A garota ficou aos cuidados de Glozelle, seu tio, e ganhou o afeto de Caspian IX e sua esposa, portanto continuou a viver em meio a corte. Cresceu junto com o príncipe e ambos criaram uma grande amizade mesmo com os três anos de diferença. Estudou com junto a Caspian e ouviu as histórias sobre Nárnia com igual interesse. Sendo filha e sobrinha de generais fez Catharina ter um grande apresso em aprender a duelar com espadas e treinar sua pontaria com arco e flecha, porém tal atividades não interferiram em seu aprendizado para ser uma dama. Catharina foi criada para ser como uma flor delicada e gentil, mas seus espinhos continuaram intactos.

Caspian se aproximou do corpo de Catharina deitado sobre algumas folhas. A garota tinha o ombro enfaixado num curativo improvisado por Caça Trufas e novas roupas providenciadas pelo grupo de ratos que Ripchip comandava. Logo após Ripchip enfrentar Caspian, o príncipe correu até onde a amiga estava, se surpreendendo com o estado da menina. Os cabelos bagunçados e o rosto e roupas sujas de terra. Quando os centauros apareceram em meio a uma conversa sobre a trompa que Caspian tinha soprado na noite anterior, o garoto pediu, humildemente, para que eles o ajudassem.  

Catharina deu um suspiro alto e mexeu o ombro machucado, soltando um gemido alto.

— Nina? – Caspian chamou com delicadeza. A garota se remexeu e abriu os olhos por alguns segundos, voltando a fecha-los.

— Que é? Me deixa dormir.

— Nina, você se lembra onde está? O que aconteceu? – ignorou o resmungo da amiga e se sentou no chão ao seu lado. Catharina abriu os olhos castanhos e fitou a copa das árvores antes de se virar para o príncipe.

— Caspian? – um vinco se forçou em sua testa e a mesma tentou se levantar com a ajuda do amigo. Olhou o perímetro ao seu redor e encontrou um pequeno aglomerado de centauros próximo a uma clareira. Pela luz do sol era quase duas da tarde. – Por quanto tempo eu dormi?

— Por umas quatro, cinco horas. – lhe entregou um cantil com água. – O remédio que te deram lhe acalmou os nervos e relaxou seu corpo.

— O que houve comigo? Apenas lembro de uma forte dor no ombro e de alguém gritando.

— Ripchip lhe atacou pensando que você era um soldado e você desmaiou. – ambos ficaram momentaneamente em silêncio, perdidos em pensamentos. Caspian levantou a cabeça e levou alguns fios de cabelo para trás de sua orelha. – Como você se meteu nisso, Nina?

A garota lançou um olhar obvio para o amigo antes de juntar os cabelos castanhos num lado de seu pescoço.

— Eu ouvi que você tinha sido sequestrado por narnianos. – começou a contar enquanto começava a trançar os cabelos, seu tom de voz era zombador. – Eu iria deixar esse trabalho para os guardas, mas então eu vi o professor sendo levado para as masmorras. Miraz deve ter descoberto os livros sobre as histórias dos narnianos no gabinete do professor e, bom, era uma questão de tempo até ele vir atrás de mim buscando respostas. Então eu tive uma ideia. – contou tudo o que tinha feito e riu da expressão chocada do amigo quando contou que tinha batido num dos guardas. Aos poucos o sol foi se mexendo no céu e os amigos continuaram conversando. Dessa vez, Caspian estava no comando da história.

— Então aquela trompa é realmente mágica? – perguntou, os olhos curiosos para o objeto nas mãos de Caspian.

— Eu não sei, Nina. Caça Trufas,  Nikabrik e os centauros acham que sim. – Catharina desviou os olhos do rosto do amigo e começou a brincar com algumas flores brancas que se sobressaiam na relva. – Haverá um tipo de assembleia com os narnianos hoje à noite.

— Assembleia? Para quê?

— Para decidirem nossos destinos, Nina.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Spin off/Spoiler: https://fanfiction.com.br/historia/706108/Be_Here_Now/

Música: https://www.youtube.com/watch?v=KMXYgMY13Dk

Deixem comentários, okay? Adoro saber da opinião de vocês ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Willow Tree March - HIATUS" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.