Encounter escrita por Sak Hokuto-chan


Capítulo 4
The Best Is Yet To Come


Notas iniciais do capítulo

Orphelin, meu carneiro-beta, obrigada pela revisão e revisão da revisão e, depois, mais revisão quando ~parecia~ tudo okay e.e'



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Capítulo IV

And the best is yet to come
I know, you know
That we've only just begun
The Best Is Yet To Come - Scorpions

***

Havia um rapaz de cabelos compridos, uma praça movimentada à noite e um rapaz de olhos azuis que talvez fossem verdes.

— Tem fogo?

O rapaz de cabelos compridos levantou a cabeça, o rosto já esboçando um sorriso, mas ficou logo confuso. Não havia um cigarro apagado entre os dedos da mão que se agitava à sua frente. Havia um... pirulito?

— Meu irmão está aí hoje... – foi tudo o que Aiolia disse à guisa de explicação, sentando-se ao seu lado no banco de madeira.

— Essa é a sua estratégia? – perguntou Mu, aceitando a bala que lhe foi oferecida. – É fácil substituir cigarros por doces?

O rapaz de olhos verdes muito azuis deu de ombros.

— Pra mim, é. Eu só fumo quando bebo e como eu só bebo quando venho pra cá, em geral às sextas e aos sábados... o que, por sinal, não acontece toda semana...

Mu não sabia que era possível fumar socialmente. Se bem que aquilo explicava o motivo de Aiolia não ter nada em sua aparência que lembrasse fumantes habituais, como dentes e dedos amarelados, ou lábios secos.

A aparência dele era tão boa quanto na noite anterior, aliás. Com os cabelos bagunçados e aquele piercing no lábio inferior, Aiolia estava fascinante em uma jaqueta de couro preto aberta que deixava entrever uma camiseta do Led Zeppelin. Mu se pegou sorrindo ao observá-lo, um sorriso amplo, feliz por ele ter chegado. Essa havia sido uma das muitas questões que passaram por sua cabeça ao longo do dia: que horas iriam se encontrar? Não tinham marcado. Mu resolveu ir no mesmo horário que haviam se conhecido, na noite anterior, e ficou grato por ter dado certo.

O rapaz de olhos meio azuis e meio verdes correspondeu o sorriso, apoiou um braço no encosto do banco e fitou Mu com toda a atenção do mundo. Os olhos dele estavam, outra vez, delineados de negro, indicando a provável presença de um certo rapaz com uma pintinha charmosa no rosto.

— O Afrodite te deixou sozinho aqui de novo?

— Sim, mas eu sei onde ele está por enquanto – respondeu Mu, indicando o bar meio decadente. – Acabou de ir até lá com o Milo. – E, diante da sobrancelha arqueada de Aiolia, confirmou: – Sim, Milo já chegou.

O olhar de Aiolia passou pelo bar. Não viu Milo, mas encontrou outra pessoa que o deixou bastante surpreso, a julgar pela forma como arregalou os olhos e engasgou com a própria saliva, passando a tossir.

— Caramba, aquele ali conversando com o Saga é o Camus?

Mu não conhecia Camus e só pôde confirmar por Afrodite já ter indicado o rapaz antes. O que o admirou foi Aiolia conseguir saber que o gêmeo era Saga. Mu não achava que seria capaz de distingui-los durante o dia, de perto, e Aiolia conseguia fazê-lo de longe, sob a iluminação precária da praça?

— Acho que ficou fácil depois de tanto tempo de convivência – disse Aiolia, sem dar muita importância. – A linguagem corporal diz muito, né?

Antes que Mu pudesse responder alguma coisa, o rapaz com a tatuagem de escorpião apareceu, voltando do bar com Afrodite e a primeira rodada de bebidas da noite.

— Santo Aiolos operando milagres também, hein? – disse Milo, encarando Aiolia e seu pirulito.

— Quer dar uma chupadinha? – Aiolia ofereceu, com um sorrisinho perverso, estendendo o palito de plástico com a bala arredondada e verde na ponta.

Milo fez uma careta.

— Aff, pergunta isso pro Mu...

O rapaz de cabelos compridos estava reparando que Afrodite carregava dois copos de bebidas, já desconfiando que ia receber um, quando aquele comentário o fez morder a sua bala sem querer.

— Não. Seria vulgar – replicou Aiolia, com uma expressão muito solene. – Tsc, tsc. Não me admira que o Camus tenha demorado a te dar moral, se esse é o tipo de coisa que você perguntava pra ele...

Quê?!

Aiolia fez um gesto de dispensa com a mão. Milo não gostou e o agarrou pelo antebraço, puxando-o para que se levantasse.

— Falando nisso, vem cá! – exclamou, começando a arrastar Aiolia pela praça.

Mu apenas sorriu ao notar o rapaz revirar os olhos verdes-e-azuis, dizendo que em breve voltaria.

No processo, para a estupefação maior de Mu, Aiolia virou-se para Afrodite e o cumprimentou com um e aí? acompanhado de um toque nos cabelos ondulados dele. Foi só aquilo, Aiolia deu um rápido toque em uma mecha de cabelo que descia sobre um ombro de Afrodite enquanto se afastava.

Sem parecer ter se incomodado, Afrodite meneou a cabeça em resposta.

— Você está bem? – perguntou Mu, abismado diante daquela cena porque Afrodite não era de muito contato físico.

Mas o rapaz com a pintinha charmosa apenas piscou com indiferença, estendendo-lhe um dos copos de bebida que segurava, e não disse nada.

*

Havia um rapaz de cabelos compridos achando mais graça do que compadecido da situação, um rapaz de olhos verdes quase azuis com ar tão cansado quanto indignado e uma praça prestes a se tornar abandonada.

— O Milo fala demais... – Aiolia reclamou, não pela primeira vez, apoiando os cotovelos nas coxas e enterrando o rosto entre as mãos. – Depois de dois minutos, meu cérebro começou a abstrair e eu nem sei dizer do que ele reclamou tanto. Tinha a ver com o Camus, acho.

Mu tinha sentido bem a demora. Afrodite até já tinha sumido de vez, dizendo que o reencontraria depois, no local do festival de bandas. O pessoal na praça e no bar parecia ter tido a mesma ideia, uma vez que o local se encontrava quase vazio. Sorrindo, Mu correu os dedos entre aqueles cabelos de ouro e bronze, em um carinho contemplativo como forma de confortar Aiolia e a si mesmo.

Pelo modo como Aiolia levantou a cabeça e exibiu uma expressão mais animada, dava para dizer que tinha funcionado.

— O que é isso que você está bebendo? – perguntou, estranhando um pouco por se lembrar de que Mu havia dito que não era muito de beber. Passou um braço por trás dos ombros dele, apoiando-o no encosto do banco, sem, contudo, chegar a tocá-lo de fato. As laterais de suas coxas estavam bem próximas, mas também não chegavam a se encostar.

— Hmm... – fez o rapaz de cabelos compridos, lançando um olhar intrigado para o copo ainda cheio. Tinha tomado só dois goles e era bom, por mais que não soubesse o que era. Não entendia de bebidas. Tomou um terceiro gole e olhou para cima, pensativo, seus dedos distraídos se enrolando numa mecha do cabelo de Aiolia. – Tem morangos, mas, ah, toma aqui – sugeriu, oferecendo o copo e afastando a outra mão por precaução.

— Vejamos... – murmurou Aiolia, mas sua atenção não estava no copo.

A luz da lua iluminava a praça de um jeito melhor do que qualquer um dos postes conseguia. Iluminava, em especial, a pele pálida e os longos fios cor de lavanda de Mu, fazendo os olhos claros dele cintilarem. E era neles que Aiolia estava concentrado. Talvez, por isso, eles estivessem daquele jeito. Talvez seus próprios olhos cintilassem também.

O rapaz de olhos azuis bem verdes inclinou-se um pouco na direção de Mu sem saber que essa repentina aproximação fez com que o estômago dele gelasse. Tinha algumas pessoas na praça, ninguém que o preocupasse, ou que fosse se incomodar, mas Mu não tinha como saber disso. Então, quando Aiolia chegou seu rosto perto o suficiente para sentir tanto o perfume quanto a respiração adocicada dele, Mu ofegou e hesitou. Na mesma hora, Aiolia se afastou, endireitando a coluna com um sorriso satisfeito.

— Espanhola de morango...

— Ahn? – fez Mu, visivelmente atordoado. Seus olhos, além de cintilantes, estavam com as pupilas dilatadas. As íris não passavam de finos contornos esverdeados. – Ah! – Pestanejou, surpreso com a observação de Aiolia e consigo mesmo, pela sensação de antecipação que sentira.

Aiolia sorriu de lado em clara provocação, ciente da confusão que causara. Em contrapartida, Mu balançou a cabeça de leve, após recuperar um pouco da sua lucidez, como se dissesse que aquilo não ficaria daquele jeito. Teria volta.

De repente, o rapaz de cabelos compridos sentiu o copo que ainda segurava ser tirado de sua mão. Mas se Aiolia permanecia com uma das mãos no encosto do banco enquanto a outra vasculhava um bolso da jaqueta, isso queria dizer que... Mu olhou para cima, constatando que tinha ficado com a mão um pouco levantada no ar desde que oferecera a bebida para que Aiolia provasse, e sentiu o rosto esquentar ao perceber que era encarado por uma terceira pessoa.

— Você ia derrubar a bebida em cima de vocês mesmos – disse Milo, com ar de quem tinha assistido por tempo suficiente.

Camus estava logo atrás dele, seus vibrantes cabelos vermelhos se destacando na noite, e era impossível ler sua expressão. Como, em seguida, Milo e Aiolia passaram a trocar olhares faiscantes, Camus estendeu a mão em cumprimento para Mu, apresentando-se.

A palma era fria, mais fria do que a de Aiolia, e ele pareceu educado, embora não tivesse sequer fingido um breve sorriso.

— Está na hora de irmos – disse Camus com simplicidade, a voz baixa e monótona, sobressaltando Milo.

— Ah, é! – exclamou o rapaz com a tatuagem de escorpião, lançando um olhar todo azul-claro para cima de Aiolia. – Alguém aqui vai tocar hoje...

O rapaz de olhos verdes quase azuis praguejou. Era verdade, tinha um compromisso para aquela noite. Não dava para escapar. Como iria saber, ao concordar com aquilo, que conheceria alguém tão fascinante quanto Mu?

*

Havia um rapaz de cabelos compridos admirado, um rapaz de olhos azuis-ou-verdes que não parava de ser cumprimentado e centenas de pessoas passando por eles.

O alívio que Mu sentira por, dessa vez, não ter viajado espremido dentro de um carro começou a esmorecer rápido. Não se lembrava de já ter visto tanta gente, tantas motos e tantos carros juntos, ocupando um mesmo espaço. A todo instante, ele esbarrava ou era esbarrado por alguém. O ar cheirava a fumaça, a álcool e a algo mais fraco que não soube identificar. Para não falar na música dez vezes mais alta do que o limite agradável ressoando pelo lugar. Era como uma versão da festa do aniversariante desconhecido só que em larga escala.

Tinha contado seis rapazes e, pelo menos, nove moças que vieram cumprimentar Aiolia, nos primeiros cinco minutos que chegaram, antes de desistir daquilo. Começou a achar que a fama de Aiolia era maior do que pensava, depois de ele ter dito que não fazia ideia de quem era metade daquelas pessoas que o cumprimentaram.

Também havia pessoas que pareciam ligeiramente ressabiadas ao notarem que estavam passando perto de Aiolia, isso Mu notou fácil. Algumas genuinamente assustadas e que pediam desculpas exageradas ao se esbarrarem nele. Sem falar em outras que se encolhiam e buscavam se afastar rápido, como se Aiolia fosse capaz de eletrocutá-las ou algo do tipo.

Teve um homem, por exemplo, que deu um encontrão tão forte em Mu que, se não fosse Aiolia segurar-lhe um braço para que se estabilizasse, teria caído. O homem pediu desculpas duas vezes para Mu, e aí, percebendo Aiolia, desculpou-se mais umas cinco vezes antes de se afastar deles tão rápido que tropeçou nas próprias pernas e quase derrubou outras pessoas no processo.

Mu teve a impressão de que os últimos pedidos de desculpas tinham sido feitos para Aiolia, mas, ao olhá-lo de um jeito indagador, o rapaz de olhos verdes-e-azuis apenas arqueou uma sobrancelha, como se não tivesse entendido qual era a questão não dita, e o soltou. Era provável que não tivesse entendido mesmo.

Quando Mu achou que não podia ficar mais atônito, apareceu um rapaz com uma bandana vermelha e olhos iguaizinhos aos de Aiolia. Ele pareceu sair do nada – eles já estavam em uma área em que as pessoas conseguiam andar um pouco mais afastadas umas das outras –, abraçando Aiolia pelas costas e estalando um beijo na bochecha dele.

— Aiolos! Quando é que você vai parar de beijar seu irmão caçula em público? – reclamou, as faces ruborizando ao tentar se desvencilhar, em vão, do abraço. – Não tem vergonha, não?

— Nunca – respondeu, estalando outro beijo. – E não. Quem parece ter vergonha é você, não sei por qual razão...

Aiolia suspirou – um pouco de alívio por Milo ter sumido pelo lugar com Camus assim que chegaram e, portanto, não poder zombar de sua cara – e colocou um novo pirulito na boca, fazendo um gesto impaciente na direção de Mu. Era de se esperar muito que seu irmão tivesse o bom senso de não o tratar como um bebê na frente da pessoa em que estava interessado?

Pelo jeito, era. A reação de Aiolos foi apertá-lo um pouco mais e perguntar para o rapaz de cabelos compridos:

— Ele não é adorável?

Era difícil saber se Mu ia rir, já que ele ainda estava ocupado, olhando boquiaberto para Aiolos. Os dois irmãos eram tão parecidos! O rapaz com a bandana vermelha era um pouco mais alto e tinha os cabelos um pouco mais escuros, mas, fora isso...

Ou seja, Mu não podia ser realmente culpado por apenas balançar a cabeça em concordância, fazendo Aiolia corar de novo e resmungar que não era adorável porcaria nenhuma. Ou algo nesse sentido. O que só fez Aiolos levar a mão ao palito de plástico, puxando o pirulito da boca do irmão.

— Não deu pra entender nada – disse com tranquilidade, mas não esperou que o caçula repetisse. – Agora, eu vou dar uma volta. Cuidado pra não perder o horário da sua apresentação, ou a banda vai surtar. – Aí, soltou Aiolia; trocou apresentações apropriadas com Mu, dando-lhe um tapinha no ombro como quem diz legal te conhecer; colocou o pirulito na própria boca e saiu flanando pelo lugar, misturando-se entre as pessoas.

— E ele nem está bêbado... – Aiolia se queixou, bagunçando os cabelos.

Whoa! – foi o único comentário de Mu.

— Hey! Você não ficou todo whoa ao me conhecer.

O rapaz de cabelos compridos sorriu, envolvendo o pulso de Aiolia para que não acabassem se perdendo um do outro – como quase tinha acontecido duas vezes antes – enquanto voltavam a caminhar pela multidão.

— Só estou admirado porque vocês são bastante parecidos – explicou, tendo que erguer a voz para se fazer entender em meio às conversas e ao som de uma das bandas que se apresentava num palco não tão distante dali, voltando sua atenção para o rapaz de olhos azul-esverdeados por cima do ombro. – Muito parecidos mesmo.

Isso, definitivamente, não tinha como ser negado.

— Você tem noção de que ele roubou meu pirulito?

— Tanto tenho quanto gostaria eu de ter feito aquilo antes...

— Mu! – exclamou com falsa indignação, remexendo um dos bolsos da jaqueta de couro. – Hmm, tenho outros ainda... mas não pense que será fácil...

De modo algum, Mu garantiu ao guiá-los para nenhum ponto em específico a fim de conhecer um pouco o lugar. Estava contando com algum desafio.

*

Havia um rapaz de cabelos compridos analisando tudo o que podia ser visto do alto de uma colina, um rapaz de olhos meio azuis e meio verdes apoiando as costas contra uma árvore e uma brisa gelada bagunçando os cabelos de ambos.

— Dá pra ver várias coisas daqui – disse Mu, enxergando do alto coisas pelas quais tinham passado e não dado muita atenção.

Dava para ver, principalmente, o caminho que era ladeado pelos quiosques que vendiam bebidas e comidas nada saudáveis para longas filas de pessoas. Viu, inclusive, um pedaço de uma das três áreas cobertas em que os palcos estavam montados para as bandas se apresentarem – o som era tão alto e a gritaria era tanta perto deles que Mu tinha passado longe.

Suspirou ao vislumbrar a quantidade de pessoas lá embaixo, aliviado por estar num lugar vazio, mesmo que desse para ouvir que a banda da vez fazia um cover do Scorpions de um jeito que não era lá muito bom.

— Interessante – continuou Mu, os braços cruzados sobre o tórax.

Teria que buscar o casaco que deixara dentro do carro de Afrodite se continuasse esfriando, visto que a blusa de mangas longas que usava não seria o suficiente para aquecê-lo. Mas a vista o fez perder o pensamento e ele deu alguns passos para a frente, esticando-se um pouco. Conseguiu ver muitas motos estacionadas para além dos quiosques.

— É, superinteressante... – concordou Aiolia devagar, seu olhar preso nas costas de Mu, assistindo às mechas compridas daquele cabelo se movimentarem com a brisa. Queria um cigarro, mas suas mãos estavam nos bolsos da jaqueta e neles só tinham pirulitos e balas.

Quando estava considerando abrir um deles, o rapaz de cabelos compridos se virou e sorriu. Tão perto e tão fácil de alcançar. Aiolia estendeu um braço, a mão um pouco áspera virada para cima como se estivesse tirando Mu para dançar.

Mu deu um passo. Dois. Três. E mais nenhum. Suas mãos se tocaram e ainda havia espaço desnecessário entre eles. Aiolia mostrou isso ao puxá-lo, sem muita força, e abraçá-lo, fazendo-o rir suavemente.

Os olhos de Mu se semicerraram, mas ele não quebrou o contato visual. Apenas inclinou a cabeça. Aiolia fez a mesma coisa, permitindo, enfim, que suas bocas se roçassem uma contra a outra.

O corpo do rapaz de cabelos compridos estremeceu sob o contato daqueles lábios quentes com o piercing gelado. Suas mãos deslizaram para trás do pescoço de Aiolia, alcançando-lhe a nuca no intuito de trazê-lo mais para si. Ao entreabrir os lábios, a língua dele os pincelou e deslizou sem pressa para dentro de sua boca.

De certa forma, por tê-lo visto fumar tantas vezes antes, Mu tinha esperado pelo gosto amargo da nicotina. Porém, se a aparência de Aiolia não correspondia à de um típico fumante, o gosto do beijo dele não era uma exceção. Quando aquela língua úmida e quente deslizou contra a sua, só houve o sabor doce e artificial dos pirulitos e o adocicado da tal espanhola de morango.

O cheiro da fumaça ambiente, sim, estava lá, já fixada em ambos desde que haviam chegado. Não que tivesse alguma relevância perto do perfume que emanava de Aiolia e que fazia com que Mu pensasse em dias ensolarados.

Suas unhas arranharam ligeiramente a nuca do rapaz de olhos verdes-e-azuis, fazendo um arrepio correr pela coluna dele. Quase se esqueceu de respirar quando os lábios de Aiolia se afastaram um pouco, capturando o seu lábio inferior para mordiscá-lo de leve antes de voltarem a beijá-lo com mais ímpeto. A boca macia de Aiolia era obstinada, envolvendo Mu no beijo com vigor, demandando uma réplica idêntica.

Quantas horas tinham esperado por aquele momento? Muitas.

E era muito melhor do que tinham imaginado.

Assim como só o começo.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Aee, agora sim, gente! ♥ 8D (aliás, agora está explicado o motivo do Aiolia estar segurando um pirulito como se fosse um cigarro na capa da fic, né? '-')

No próximo veremos como andam Milo e Camus também, tá? :3

Já ouviram aquela história de que reviews são amigas e que deixam ficwriters felizes? E que, sobretudo, ficwriters felizes escrevem mais rápido e mais fics também? :3 Pois é... Saibam que é a mais pura verdade. Fiquei muito feliz e agradecida pelas reviews do último capítulo, tanto pelas pessoas que vêm comentando desde o começo da fic quanto por aquelas que apareceram recentemente. Logo, acabei escrevendo mais coisas e a minha ideia é postar a parte dois de "Numa Tarde Qualquer", que é outra fic com Aiolia e Mu, semana que vem ♥

Então, que tal este capítulo? Nas semanas que não atualizo "Encounter" podem aparecer outras coisas se eu estiver feliz :3

E muito obrigada aos queridos: Bakanda, Diana Lua, MilaScorpions, Orphelin, reneev, Amore, PCHolmes, Kass, Suh, Bloody Rose e Svanhild ♥



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