Parallel escrita por Escrever Sonhar Viver


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Olá galera.. sei que sumi por um tempo mas eu estou atolada na faculdade e no estágio esse final de semestre. Quando achei que teria um tempo, viajei a trabalho no final de semana, e no outro trabalhei de sexta a domingo.... sem contar trabalhos e provas. Então vocês ja imaginam.

Não pude deixar de reparar que ninguém comentou o ultimo capitulo, então se tem algo que não estão gostando, comentem por favor.

Boa leitura



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Capítulo 5

– Kalina Krum... Kalina Krum... Kalina Krum... –Hermione murmurava enquanto passava a ponta do dedo pela borda de seu copo de uísque, sentada no banco de um bar qualquer.

A inglesa tinha saído correndo no momento em que acordou do sonho em que era casada com Ron e amante de Draco. Ela saiu a não olhou para trás, não queria enfrentar a realidade que Kalina Krum trouxera. A mulher de Viktor. Viktor era casado. Aparatou o mais rapidamente que conseguiu em um beco qualquer e andou até encontrar o bar. O quarto de hotel não parecia nada acolhedor no momento e a companhia de Boris era a ultima coisa que ela queria. Sim, ela era uma coitada de uma idiota que correra atrás de seu amor feito um cachorrinho que persegue o osso. Mas a última coisa que queria era alguém olhando-a com pena. Talvez se voltasse para sua casa e bebesse mais ainda, ela esqueceria o búlgaro. Só mais um copo e ela voltaria a seu lar.

– Mais um por favor. –A mulher chamou o garçom trouxa, levantando o copo na direção dele.

– Senhorita, não acho que esteja em condições de beber mais. Tem alguém que possa entrar em contato para leva-la para casa?

– Eu não vou para casa... Eu quero beber mais e mais e mais até esquecer aquele nome estúpido. –Hermione se levantou, cambaleando, enquanto falava cada vez mais alto e embolado.- Você vai me servir mais ou vai ficar falando esse inglês embolado igual idiota?

O garçom olhou feio para ela, mas sabia que a mulher não estava em boas condições e precisava descontar a raiva em alguém. Infelizmente, ele era o alvo. A inglesa andou na direção do garçom com o braço estendido à frente, apontando para dentro do copo para que ele colocasse mais uísque. No caminho, ela tropeçou nos próprios pés e por sorte o homem segurou-a pela cintura. Aproveitando-se que a garrafa de uísque estava na bandeja que ele segurava, Hermione pegou-a e olhou para o garçom emburrada. Ela poderia ter virado o uísque na boca e tudo ficaria bem, mas ela estava bêbada, então fez algo pior.

– Se eu não posso tomar meu uísque, então ninguém pode. –Gritou Hermione, ainda nos braços do garçom, enquanto jogava a garrafa de vidro com todas as suas forças na parede mais próxima, e a mesma espatifava em mil pedaços. Um dos líquidos mais caros de todo o bar se espalhou por todo o ambiente, chamando a atenção de quem ainda não olhava à mulher.

– Chega! A senhorita passou dos limites! -Imediatamente, o garçom soltou-a e disse que chamaria a polícia. Ele chamou um dos seguranças do bar para tomar conta da inglesa e saiu à procura do telefone. Hermione tentou negociar, dizendo que pagaria o preço da garrafa, porém o trouxa foi irredutível, sabendo que ela não tinha o dinheiro.

Alguns minutos depois, uma viatura da polícia búlgara estacionou em frente ao bar e algemou Granger, que no momento gritava em alto e bom som o quanto odiava Kalina Krum. Ao ser levada para o carro, uma multidão se aglomerou em volta da viatura para ver o escândalo da moça, e a última coisa que Hermione viu antes de ser empurrada para dentro da viatura e sua visão escurecer foi um flash de uma câmera que não parecia nada trouxa. E então ela desmaiou no assento do carro.

Já passava das duas da manhã quando os policiais carregaram Hermione, desmaiada, para dentro da cela provisória da delegacia. A mulher nem mesmo se mexeu quando foi colocada na parte de baixo do beliche, e ao menos deu sinal de vida com o barulho da grade sendo fechada.

~#~

O sol entrava pelo buraco na parede e batia exatamente no rosto de Hermione, que resmungava irritada, ainda com os olhos fechados. Havia algo estranho na cama do hotel. Ela tinha certeza que se lembrava de uma cama macia e com travesseiros, e nada disso estava lá. Além disso, as camareiras não entravam nos quartos enquanto os hóspedes ainda dormiam, porém diversas vozes sussurravam ao fundo, emboladas.

A bruxa tinha certeza de que bebera de forma exagerada na noite anterior, mas não se lembrava de nada. Provavelmente pegara um táxi de volta ao hotel e esquecera a porta do quarto destrancada. Cada barulhinho mais agudo causava um terremoto em sua cabeça, conforme seu corpo anunciava a rejeição ao álcool e a ressaca lhe desejava um bom dia.

– Moça, acorda. –Granger ouviu uma voz se sobressair ás outras, com um inglês muito ruim, e cogitou abrir os olhos. Provavelmente a camareira tinha achado algum problema em seu quarto. O sol ainda estava em seu rosto e ela tampou-o com o antebraço. - Vamos lá, acho que você será liberada.

Ao ouvir tais palavras, Hermione se sentou com um pulo e abriu os olhos, se arrependendo logo depois, pois parecia que alguém tinha jogado um tijolo em sua cabeça. Ela olhou ao redor, e o que viu não era nada que esperava. Sua cama não tinha travesseiros, somente um colchão finíssimo, e fazia parte de um beliche, que ficava de frente para outro exatamente igual. A parede cinza tinha buracos e se encontrava com uma grade preta, que dava vista para um local cheio de mesas, policiais e telefones tocando. Era a delegacia.

Na cela com a inglesa estava a fonte da voz que a acordara, uma mulher de vinte e poucos anos muito parecida com Stephka, a dona do antigo apartamento de Viktor. O cabelo era laranja e tatuagens rodeavam todo seu pescoço.

– Como eu vim parar aqui?

– Você não se lembra? Realmente, você estava bastante bêbada quando chegou aqui. Estava desmaiada, mas às vezes murmurava coisas como “Kalina Krum” ou “Viktor”, e outras coisas que não faço ideia do que sejam. Deve ter bebido algo bem forte. Ouvi os guardas comentando que foi presa por ter jogado uma garrafa de uísque cheia na parede de um bar.

Vagas memórias tomaram a mente de Hermione. A casa de Viktor, a esposa dele, o garçom que não quisera lhe dar mais bebida, a polícia chegando, o flash de luz.

– Deve ter sido uma noite difícil para você. Não parece do tipo que faz coisas assim.

– Foi bem frustrante, devo admitir. –Hermione sorriu, envergonhada, e estendeu a mão para a mulher.- Sou Hermione Granger.

– Anka Atanasoff, muito prazer.

– Foi presa por que motivo?

– Posse e uso de maconha. Eu estava fumando com meu namorado no carro quando a polícia chegou. Ele saiu correndo, levando as chaves do carro, e me deixou sozinha com toda a droga. Babaca...

– Nossa! Ele foi um idiota. –Hermione disse, surpresa com a falta de caso do namorado da companheira de cela.- Anka, quando eu estava acordando, você disse que eu estava prestes a ser liberada?

– Sim, um policial veio aqui com um homem alto o seguindo e disse que sua fiança tinha sido paga, e que você sairia quando acordasse.

Boris. Ele tinha vindo resgatá-la. Hermione estava morta de vergonha, pelo fiasco que tinha pagado. Ela olhou para baixo, checando suas roupas. Estavam completamente amassadas, e seu rosto, de acordo com Anka, estava um pouco manchado de maquiagem, mas nada assustador.

Hermione conversou com Anka por mais alguns minutos e acabou contando sua história, tudo desde que saiu de Londres até parar na delegacia. A parte bruxa não foi difícil de esconder. Após certo tempo, um policial abriu a cela e chamou Hermione, dizendo que a fiança estava paga e que ela estava livre. O homem também disse que a pessoa que dera o dinheiro estava na recepção, separada da ala das celas por uma porta de madeira.

– Tchau Anka, foi um prazer conhece-la. Espero que encontre seu ex-namorado e mostre a ele o quão acima dele você está. –As duas deram um breve abraço. Quem diria que uma amizade poderia ser criada em uma cela. Elas até mesmo trocaram números de celular.

– Até mais Hermione! Espero que encontre Viktor. E não se esqueça, me conte o que aconteceu. Estarei esperando alguma mensagem assim que sair daqui.
Granger calçou seus saltos, pegou sua bolsa com os policiais e abriu a porta da recepção.

Seus olhos procuraram por Boris, e seu rosto já se encontrava vermelho de vergonha. Ela ainda não estava acreditando que tinha feito aquilo.

Hermione não viu sinal do amigo, e já se preparava para voltar porta adentro e perguntar se havia ocorrido algum engano quando seus olhos pararam em alguém encostado na parede mais próxima à saída, com os olhos fixos na inglesa, as mãos nos bolsos, um pé apoiado na parede e um sorriso. Seu coração acelerou, seu corpo estremeceu e o estômago gelou.

Ele era alto e forte, tinha o cabelo raspado, os olhos brilhantes e um sorriso malicioso de canto, que era encantador. Como ela poderia algum dia se esquecer de algo sobre ele?

Era ele. Era Krum. Viktor Krum.


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Notas finais do capítulo

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