Parallel escrita por Escrever Sonhar Viver


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Boa noite galera!!!
Quero pedir desculpas de novo pela demora! Agora eu estou de férias do serviço e da faculdade, porém tive problemas terríveis, que incluem ter gastado toda a minha criatividade em planejamentos de aula e trabalhos de faculdade, e ter um computador horrível, que não vejo a hora de comprar meu notebook haha

Enfim, no último capítulo, os dois se encontraram. Porém esse capítulo de hoje mostra somente Viktor pra vocês e saberemos um pouco do lado da história desse apanhador lindo ♥

Boa leitura!!!



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Capítulo 7

Viktor descansava em sua cadeira de praia. Os óculos escuros que usava impediam os colegas, que gritavam ao longe enquanto tentavam afogar uns ao outros, de tentar arrastar Viktor para o mar. Enquanto os companheiros de time pensassem que ele estava acordado, não ousariam colocar as mãos no apanhador. Na verdade, ele tentava cochilar, mas as memórias não deixavam.

As férias deles estavam sendo um sucesso. Eles estavam no Brasil, em uma cidade chamada Porto Seguro. Um lugar maravilhoso, por assim dizer. Duas semanas de viagem e ele se apaixonava cada vez mais pelo local. As três semanas que restavam seriam revigorantes para que começassem a próxima temporada de Quadribol com todas as forças.

A cidade, conhecida por festas, shows e baladas, estava levando Viktor e seu time à loucura. Quase todas as noites eles bebiam tanto que no outro dia não se lembravam do que tinham feito. Viktor perdeu a conta de quantas mulheres beijou. Somente beijou, porque, mesmo sendo desejado, ele não gostava de levar mulheres para a cama na primeira noite. Claro que com algumas exceções.

Tantas mulheres assim davam a Viktor certa distração de certo alguém. Podia ser imaturidade da parte dele, gostar da mesma pessoa desde sua época de Durmstrang. Era o que seus amigos diziam. Como ele podia não ter superado uma paixonite de escolinha, não ter superado uma pessoa que ele nem mesmo beijou? Viktor não sabia. Ele teve diversas namoradas depois de voltar de Hogwarts, mas nenhuma delas durou muito tempo. Claro, ele não conseguia tirá-la da cabeça, não conseguia parar de falar sobre Hermione Granger.

Ele se arrependia amargamente de ter parado de mandar as cartas. Parar de se comunicar com ela foi a pior decisão que ele tomou. Por dois anos eles se comunicaram, contando ao outro tudo o que acontecia em suas vidas. O búlgaro tinha certeza que Hermione ficara imensamente magoada pela pausa abrupta das cartas. E, conhecendo-a, sabia que ela provavelmente imaginara o pior, pensando que ele talvez tivesse sofrido ataques de bruxos das trevas. O real motivo de não escrever mais as rotineiras cartas foi que Viktor sentia que estava segurando Hermione, impedindo-a de viver sua vida e conhecer outros garotos. Ele queria que ela fosse dele, mas sabia que não era possível, então resolveu deixa-la livre para namorar quem quisesse. Ah se ele tivesse beijado ela na noite do baile... tudo então seria imensamente diferente.

Quando a guerra começou, ele sabia que ela estaria bem no centro da luta, afinal Hermione era a melhor amiga do menino que sobreviveu. Nesta ocasião, ele ficou noites sem dormir, pois as notícias não chegavam. Nem mesmo o Profeta Diário dava notícias. Quando ele dormia, tinha terríveis pesadelos em que Hermione era torturada e morta. Viktor estava louco para mandar cartas a ela, mas não o fez, por medo. Medo de saber que algo terrível acontecera a ela, medo de descobrir que ela estava namorando outro.

Quando a guerra terminou e ele teve a notícia da vitória, e ficou sabendo que ela estava bem, Viktor mais uma vez ficou louco para mandar cartas a ela. Mas mais uma vez seu medo prevaleceu. Ele não queria vê-la com outro homem, não queria ter que dormir sabendo com certeza que ela não pensava mais nele como ele pensava nela. Ele namorou outras mulheres, e sabia que Hermione namorou outros homens em Hogwarts e fora dela, porém não queria admitir isso para si. Ele sabia que era um idiota por sofrer tanto.

Cerca de três anos após a guerra, Viktor foi a Londres. Ele estava de férias, deitado no sofá de sua casa, recordando  momentos que passara em Hogwarts, quando se lembrou dos momentos com Hermione. Abruptamente, seu corpo esquentou e ele sentiu uma corrente elétrica percorrê-lo. E então o búlgaro soube que precisava ir atrás dela. Para saber que ela estava bem, para saber se ela estava casada ou aberta para um relacionamento com ele.

O apanhador chamou um amigo búlgaro e partiu para a Inglaterra, usando toda sua influência no mundo bruxo para conseguir o endereço da grifinória. Viktor foi até Gringotes, o banco bruxo, e chantageou um duende, o único que, por uma conversa que ouvira nas ruas do Beco Diagonal, estava aberto a negociar em troca de informações de contas dos clientes.

Conseguiu o endereço de Hermione e esperou na lanchonete trouxa em frente ao prédio em que ela morava. Horas se passaram e nada da mulher. O búlgaro começava a achar que ela tinha se mudado, incentivado pelos murmúrios de seu amigo, quando viu cabelos castanhos como os dela, porém mais domados do que antigamente. O coração de Viktor parou por um instante. A mulher virou o rosto em direção ao bar e ele teve a confirmação. Era Hermione Granger, mais linda do que nunca, rindo de algo e andando em direção ao apartamento. Foi então que ele percebeu. Um homem de cabelos loiros claros caminhava ao lado de Hermione, as mãos entrelaçadas nas dela, falando coisas que a faziam rir. O búlgaro reconheceu-o como Draco Malfoy, ao mesmo tempo em que suas mãos se fecharam em punho. Hermione estava namorando Draco Malfoy? Ele não conseguia acreditar naquilo. Hermione chegou à porta do prédio, se virou de frente para Draco e deu-lhe um selinho, entrando no local.

Viktor não conseguia mais respirar. Jogou o dinheiro na mesa da lanchonete e andou com passos firmes procurando o primeiro beco que visse, louco para aparatar. Ele estava cego de raiva. Sabia que corria o risco de encontra-la namorando alguém, mas não estava preparado para a ocasião.

Naquela noite, ao chegar na Bulgária, não hesitou em ir à casa de um de seus colegas de time, que estava dando uma festa. Bebeu até não aguentar mais ficar em pé, beijou tantas bocas que não conseguia se lembrar, e acabou levando uma mulher desconhecida para a cama. No dia seguinte, acordou com o barulho da modelo com quem dormira se vestindo. Ele nem mesmo se deu ao trabalho de se despedir, virou para o lado e fechou os olhos. O búlgaro não teve tempo de dormir, pois escutou uma voz conhecida falando ao longe com a mulher que estava em sua cama.

— O que você está fazendo aqui? –Kalina Krum perguntava para a modelo.

— E-eu... eu não sabia que ele era casado moça, me desculpe. Eu só... vim para cá com ele.

— Ele não é casado. Só quero saber o que está fazendo aqui. Você é namorada dele?

— Não, nós nos conhecemos ontem, e acabamos vindo para cá.

— Kalina, deixe a mulher ir embora em paz. –Disse Viktor, chegando na cozinha, o local da discussão. A modelo acenou com a cabeça para ele, assustada por encontrar Kalina, e saiu rapidamente pela porta. –O que você está fazendo aqui?

— Ora, primo. Fiquei sabendo por seus colegas de time que você quase acabou com o estoque de bebidas da casa do Andon. Você não é de fazer isso... Só quando está magoado. Vamos, eu sou sua melhor amiga, pode me contar. O que aconteceu em Londres?

— Eu encontrei Hermione Granger. –Disse Viktor, mal-humorado, enquanto andava até a sala e sentava ao lado da mulher no sofá.

— E isso não deveria ser uma coisa boa?

— Não... Ela está namorando. E pra piorar, com um cara que ela odiava com todas as forças.

— Ouch. E você viu os dois?

— Vi com meus próprios olhos. Eu sei que não posso culpa-la por seguir em frente, fui eu quem a deixou na mão, eu parei de escrever as cartas e a magoei. Mas não imaginei que iria doer tanto vê-la com outra pessoa.

— Realmente. Você foi um babaca. Sabe que eu sempre soube que essa garota era perfeita para você. Quando você disse que pararia de escrever as cartas, o que eu te disse? Não faça isso. E não sei se é bom ou ruim poder te dizer agora que eu avisei. Relaxa primo, esquece ela. Ela seguiu em frente, você também tem que seguir.

E com as lembranças de sua procura pela grifinória, Viktor acabou adormecendo na cadeira de praia, sonhando com o momento em que vira Hermione beijando Draco. Mas desta vez era o búlgaro quem estava no lugar de Malfoy.

Quando acordou, seus colegas já juntavam as coisas para voltarem ao hotel e o apanhador acompanhou-os, decidido a beber, mais uma vez, tudo o que pudesse para esquecer Granger.

Ele saiu com seu time para mais uma balada na cidade, mas naquela noite não teve a menor vontade de beijar alguma mulher. Ele se limitou apenas a beber, mas o álcool não adiantou, não apagou as memórias da mente dele nem por um momento. Naquela noite, o búlgaro foi para o hotel antes de uma hora da manhã.

Viktor acordou por volta das sete da manhã com o barulho de seu colega de time, que era seu companheiro de quarto, tentando abrir a porta. Bêbado, ele xingava e esmurrava a madeira com todas as forças. Viktor se levantou e, ao se dirigir à porta para abri-la para o colega, notou uma cópia do Profeta Diário no chão do quarto. Ele não deixava de ler o jornal um dia sequer, e pedira para que fosse entregue no Brasil durante suas férias. O búlgaro pegou o jornal, abriu a porta para que seu colega entrasse e se deitou em sua cama, acomodando-se para ler o jornal.

Ao desenrolar o exemplar do Profeta Diário, o coração de Viktor falhou uma batida. A manchete da primeira página dizia: “Hermione Granger, melhor amiga de Harry Potter, causa tumulto em bar trouxa na Bulgária”. Logo abaixo, em letras menores, havia uma breve explicação da notícia: “A mulher, que trabalha no Departamento de Execução das Leis Mágicas no Ministério da Magia, parece não conhecer bem as leis trouxas.” Ironizava a publicação. “Hermione Granger foi vista ontem na Bulgária, bêbada e causando tumultos em um bar trouxa, e teve de ser retirada e detida pela polícia local. Enquanto estava sendo presa, Hermione gritava em alto e bom som o quanto odiava Kalina Krum, e o quanto precisava encontrar Viktor Krum, apanhador da seleção búlgara, com quem teve um affair nos tempos de Hogwarts. Parece que a sorte no amor não está do lado da senhorita Granger, não é mesmo?”

Entre a manchete e a notícia, havia uma foto de Hermione sendo presa. Ela se debatia, irritada, e gritava algo, enquanto os policiais a empurravam para dentro do carro.

Viktor se levantou com um pulo. Hermione fora procurar por ele na Bulgária e agora estava presa. Ele mal podia acreditar no que estava acontecendo. O homem pegou sua varinha, juntou suas malas e aparatou direto para sua casa, sem nem mesmo dizer uma palavra a seus colegas de time.

Decidido, foi até a delegacia. Ele precisava tirá-la de lá. A mulher que Viktor considerava ser o amor de sua vida, que pensava ter perdido para sempre, estava presa por ter procurado por ele. O sorriso do búlgaro mal cabia no rosto e seu coração batia desesperado, louco para encontrar Hermione Granger.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, quero a opinião de vocês, tudo bem? Eu sei que eu demorei para postar, mas esse fim de ano foi extremamente dificil para mim. Mas é muito gratificante ter um retorno, nem que seja um comentario falando que nao gostou... Sério, a pior coisa é escrever, ler, reescrever, ficar com dor de cabeça, para acabar não tendo retorno nenhum. Falem tudo!!!

*** Parallel é a primeira de uma série de estórias que irei escrever, e serão todas baseadas em minhas músicas preferidas. Algumas irão ter, assim como Parallel, uma média de 5 ou 6 capítulos, e outras terão apenas 1 capítulo. Espero que gostem e sigam comigo.***

Beijos ♥



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