Oposto Complementar escrita por Tai Barreto


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Minha gente. Alguém me socorre!!!
Eu estou cheia de coisa para fazer aqui ainda, então, se você lê outra história minha por aqui e deve estar puta por eu ainda não ter respondido, fique ciente de que eu vou retomar esse serviço dentro de instantes.
Eu quero avisar que essa história vai ser uma long. Sim, porque eu tenho diversas coisas para esses dois ainda, até o ponto crucial, uma pitada de ciúmes aqui, outra de desejo ali... Essas coisas, sabe? Porque quando o bicho pegar por aqui, meus amores...
Estou nas nuvens. Consegui acessar uma conta da nuvem cheia de conteúdos. Saí espalhando a senha aos quatro cantos do mundo somente para garantir.

Sem mais, boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/708404/chapter/10

Eu faço uma careta de dor e solto um grunhido, encolhendo-me completamente, enquanto embolo na cama de um lado para o outro. A minha cólica está me matando, muito mais do que no mês passado e eu sinto como se navalhas me cortassem por dentro. Por favor, não pense que é exagero. A dor realmente é tão grande que minha pressão costuma baixar e eu, desmaiar. Inspiro fundo e tento reunir coragem para levantar. É segunda-feira e eu sei que dentro de instantes, Harry vai estar entrando para me buscar. Aperto os olhos e estico as pernas, a fim de sair, mas a vontade logo passa e eu volto a gemer, como venho fazendo desde que acordei.

Levanto, calço minhas pantufas e vou ao closet. Pego um protetor diário, calcinha e arrasto-me para o banheiro. Dispo-me, fazendo caretas e mais caretas de dor, triste por não ter ido caminhar, ciente de que, se eu me atrevesse a tal coisa, era provável que eu caísse na rua. Tomo um banho quente, esperando que sirva como uma compressa, mas dor me impede de passar mais do que alguns minutos sob o chuveiro. Seco-me, utilizo o protetor e saio do banheiro, enrolada na toalha. Visto o sutiã do conjunto de lingerie preto, uma calça cinza, de cintura alta e uma camisa preta de alças grossas, calço meus scarpins brancos e saio do quarto, gemendo de dor a cada passo.

Eu preciso ser forte. Não posso faltar ainda. E talvez nunca. Desço a escada segurando firme no corrimão, entro na cozinha e vou à geladeira. Encontro um papel pregado com fita adesiva, onde minha irmã avisa que saiu para dar uma volta. Eu sabia que, mesmo com o jet lag ainda nela, Letícia não ia ficar aqui, de braços cruzados. Esquento um pedaço de pizza e como em pé mesmo.

Ao fim, eu lavo as mãos e me apresso — a passos de tartaruga — de volta ao quarto. Vou de imediato ao banheiro, onde eu escovo os dentes. Arrumo uma bolsa de alça tiracolo no closet, pego um blazer preto e saio do quarto.

— Meu doce? — questiona Harry e, dessa vez, eu me apresso a sair do quarto e descer a escada.

Minha visão escurece.

***

— ... de Deus, doutor. — Ouço o tom de voz do Harry extremamente preocupado. — Eu não tenho ideia...

— Harry — murmuro.

— Oi, oi, meu doce. Eu estou aqui. — Sinto sua mão na minha. — O que você tem?

— Cólica. Muita cólica, mas ainda dá para ir trabalhar.

— Já liguei para mamãe avisando que não vamos hoje.

Eu abro os olhos de imediato e vejo que estou na minha sala, deitada no sofá, com Harry ao meu lado e um homem impecavelmente vestido de terno e gravata. A rapidez com que sento me deixa tonta e me faz tombar, porém, sou aparada a tempo pelo homem.

— Não. Temos que trabalhar.

— Vamos ao hospital, Laila. Muito obrigado, doutor Wood. — Ele levanta e o homem faz o mesmo.

— Eu ia receitar algo, mas é melhor que ela procure um especialista.

— Faremos isso. Eu vou acompanhá-lo e você, mocinha — Harry me olha. — Fique aí.

Reviro os olhos, cruzo os braços e bufo, fazendo minha melhor cara de teimosia. Eles murmuram mais alguma coisa, agradecimentos, eu acho e Harry não demora a voltar.

— Eu tenho que ir trabalhar.

— Vamos. — Ele me estende a mão e Letícia entra.

— O que houve? — questiona.

— Eu só estou com cólica.

— Só? Desde quando suas cólicas se reduziram a um “só”? Lembra daquela vez que você quase ficou internada?

Eu fecho a cara para ela, enquanto Harry arregala os olhos para mim e pega a minha bolsa.

— Mais um motivo para irmos ao hospital. — Ele me pede a mão e eu dou.

— Eu espero que passem algum medicamento para aliviar todo esse mal-estar que sempre antecede esses dias. — Minha irmã abre a porta do galpão. — Vai tranquila. Skye me deu a chave dela.

Eu cerro os dentes e saio, a passos lentos, de braço dados com Harry. A vertigem ainda me assola.

— Não precisava se preocupar tanto assim comigo — murmuro.

— Laila, sempre vou ficar extremamente preocupado com você. Pode ser apenas um furo de agulha no dedo ou um desmaio como o de minutos.

Eu opto pelo silêncio e chamo o elevador. Quando as portas se abrem, entramos e ele seleciona o botão da garagem. Eu devo estar mais pálida do que algum dia estive na minha vida.

***

— Des-ne-ces-sá-rio — digo, pausadamente, enquanto Harry me oferece a caixa do medicamento. — Harry!

— Você prefere ficar sentindo cólicas a tomar um anticoncepcional? — Ele ergue as sobrancelhas e eu reviro os olhos. — Laila, se você visse seu estado quando eu cheguei. E ainda teve o desmaio. O doutor Wood ficou preocupado com você.

— Eu estou me referindo a ter que ficar em casa.

— Você não vá pensando que vai me enganar com esse batom nos lábios, está bem? Vai ficar em casa sim.

Eu fecho a cara e cruzo os braços. Eu sei bem que não vai adiantar discutir com ele. Harry é extremamente teimoso. E esse cuidado excessivo está me sufocando. Suspiro e olho pela janela, ainda emburrada, e observo a paisagem. Entendo o cuidado dele para comigo, principalmente depois de eu ter vomitado no hospital, mas, o que é que custa compreender que ele não precisa ficar em casa?

— Sabe que pode ir trabalhar, não é?

— Eu avisei ao papai que vou ficar cuidando de você.

— Eu tenho a Letícia.

— Sua irmã não cuidou de você no Brasil. Por que vai fazer aqui?

Certo. Eu mereci essa linda bofetada sem utilizar as mãos que ele me deu. Bufo, por Harry ter tanta razão. Eu não tenho ideia do que Letícia está fazendo, muito menos o que vai fazer. Ela sequer pode estar em casa.

E quando percebo, ele está estacionando na sua vaga e sai do carro. Eu retiro o cinto, pego a caixa do anticoncepcional, rezando para que, pelo menos, diminua esse meu mal-estar costumeiro desse período, e saio do carro. Harry me estende e, assim que eu a pego, ele ativa o alarme do carro.

Caminhamos, lentamente, em direção ao elevador e eu fico feliz por ele estar no solo. Harry abre as portas e nós entramos.

— Obrigada pela sua preocupação — murmuro, cedendo um pouco.

— Não precisa agradecer, meu doce. — Harry fica de frente para mim e beija a minha testa. — Eu realmente me preocupo porque eu te amo muito, mesmo você divagando demais, até em momentos que não deve.

Eu estreito os olhos e ele sorri lindamente, inflando meu coração de felicidade.

— Eu tenho muita sorte de ter você na minha vida.

— Eu tenho mais. — Ele me puxa para fora da cabine. — Acredite, eu tenho mais.

***

Bocejo e me espreguiço, cansada demais. É bem pior do que se eu tivesse corrido uma maratona; é como se eu tivesse feito diversos exercícios físicos, aeróbicos e anaeróbicos, e sei lá mais que tipo existe. Sento na cama, divagando demais, o que não é novidade. O toque do meu smartphone me assusta e eu praguejo baixo. Cato-o, sem saber onde exatamente ele está e suspiro, sentindo uma pontada de dor na cabeça.

— Eu falei para não colocar despertador — diz Harry, entrando. — Eu vinha acordar você. — Ele pega o aparelho. — Ainda usa o brasileiro? — E mostra, depois de desativar o alarme.

— Eu tenho outras prioridades.

— Seu aniversário está chegando. — Ele senta na beira da cama e segura a minha mão. — O que quer de presente?

— Nada. — Meneio a cabeça em negativa e saio da cama, indo ao banheiro.

Depois do lanche da manhã, Harry me fez tomar um banho relaxante para dormir. Eu bem que gostaria de utilizar a banheira do antigo quarto do Bruno, porém, eu não tenho sais e tudo o mais, então tomei apenas um quente, vesti uma camisola de seda e me deitei.

Agora eu lavo o meu rosto, domo os cabelos, prendendo-os num rabo de cavalo e saio.

— Eu preparei um prato simples. — Harry me estende a mão e eu a pego. — Achei num site de receitas algo brasileiro e leve.

— E o que fez? — Saímos do quarto.

— Feijoada.

Eu caio na gargalhada e ele me acompanha. Estou me sentindo bem melhor, apesar de ter dormido apenas três horas.

— Engraçadinho.

— Filé à Oswaldo Aranha.

— Mentira! — exclamo e o olho. — É o meu prato favorito. Um dos, quer dizer.

— E quais são os outros?

— Eu adoro rabanada. Comi tanto nesse último Natal, já que eu não sei se ou quando volto para casa... E como foi?

— Mais fácil do que eu imaginei. Pedi a Letícia que ficasse de olho em você enquanto eu ia ao mercado.

— E onde ela está? — Lavo as mãos.

— Foi almoçar com a Skye.

Duas cobras peçonhentas juntas... Isso dá muito certo. Eu sento à ilha e Harry me serve, não demorando a sentar ao meu lado. Ele se serve.

Fazemos a refeição com Harry narrando como foi fazer o prato. E eu bem que tento lavar a louça, mas ele me impede, mandando-me sentar ao sofá. É quando eu vejo diversas folhas espalhadas pela mesinha de centro.

— Esteve trabalhando? — questiono, olhando o relatório.

— Sim. Fiz o almoço em trinta minutos...

— Por que não me chamou para te ajudar? — Eu cruzo os braços.

— Porque a senhorita estava mal.

A campainha ecoa e eu vou até a porta. Abro-a e me deparo com Eleanor. Arregalo os olhos e tento domar os cabelos.

— Querida. — Ela me envolve num abraço apertado. — Como você está?

— Oi. — Dou um pequeno sorriso. — Eu estou melhor, obrigada e você?

Eu admito que me sinto estranha chamando-a dessa forma, porém, depois de tanta insistência de sua parte, eu cedi.

— Fiquei tão preocupada com você. Eu saí correndo da empresa.

— Mãe?

— Desculpe minha falta de educação. Por favor, entre.

Ela faz e Harry se apressa a vir recepcioná-la e beija sua testa.

— Eu vou me trocar. Colocar algo decente.

— Desde que esteja confortável... — Eleanor sorri para mim.

— Eu não demoro.

Subo a escada e entro no meu quarto, seguindo para o closet. Pego um short de tecido moletom, preto e curto, uma camisa de mangas e um conjunto de lingerie. Visto rapidamente, escovo os dentes e calço meus chinelos, saindo do quarto outra vez.

— Eu trouxe chocolate para você — diz Eleanor, pegando uma caixa quadrada, estreita e preta com um laço vermelho.

— Muito obrigada. Não era preciso. — Eu pego quando ela me oferece.

— Você está tão pálida... — Ela toca o meu rosto. — E quentinha.

— Eu costumo ter febres. — Suspiro e me sento ao seu lado. — Mas estou bem melhor. No Brasil, nesse momento, eu estaria bem pior, acredite, e, sem sombra de dúvidas, sozinha. Então, agradeça ao seu filho por eu estar bem melhor.

Harry segura a minha mão, já que eu estou entre ambos e beija meu ombro.

— Vocês são tão lindos juntos. Até parece um casal.

— Mãe, não surta. — Harry ri.

— Eu acredito que jamais passaremos de amigos.

— O que é uma pena. — Ela tenta soar despretensiosa e eu rio.

— E o senhor Carter?

— Ah, eu quase esqueço. — Eleanor procura algo na bolsa e eu desvio a atenção para o outro lado, completamente sem jeito. — George também mandou uma caixa. Que cabeça a minha.

— Muito melhor que a minha, acredite. — Eu a olho e ela sorri.

Caramba. Ela é lindíssima. Emana tanto poder, confiança que eu gostaria de ser como ela. Aposto que se tivesse uma filha, seria tão incrível quanto. Eu acho que jamais cansaria de olhá-la. Harry tem tantas fotos ao lado dela que eu sinto inveja desse relacionamento, já que eu não tive um decente com minha mãe. Eu a tenho evitado demais, desde que cheguei aqui, e a última coisa que eu quero é estragar a minha felicidade com alguma discussão, que eu sei que não será nada pequena.

— Por que não jantam lá em casa hoje? — Sugere Eleanor, feliz demais. — Isso é, se você estiver se sentindo bem, é claro.

— Se Harry quiser ir, por mim não tem problema algum.

Ela o olha, cheia de esperança.

— Acha que estará bem melhor até lá? — Ele aperta levemente a minha mão.

— Eu estou bem melhor, acredite. Eu não estava brincando ou exagerando quando disse que estaria pior no Brasil. Eu estaria definhando sozinha, já que todo mundo sai, ou estaria subindo algum morro para ir em busca dos meus irmãos. Essas três horinhas de sono foram suficientes para melhorar meu estado.

— Eu não sinto nem um pouco de vontade de conhecer sua família. — Harry resmunga.

— Filho. — Eleanor o repreende.

— Mãe, eles não davam a mínima para a Laila. Como eu posso ter algum respeito por eles?

— Pelo fato de serem parentes da sua melhor amiga.

— Não se preocupe, Ellie. Eu entendo o Harry.

O sorriso que ganho da mulher à minha frente me deixa sem graça e ao mesmo tempo, maravilhada. Ela me oferece a caixa idêntica à sua e eu coloco em meu colo.

— Adorei que tenha me chamado de Ellie. Então, vão mesmo jantar lá em casa.

— Só tem um probleminha? — Prendo os lábios numa linha rígida.

— Qual?

— Minha irmã mais velha está aqui. Veio passar as férias.

— Ela pode ir. Vou adorar conhecer alguém da sua família.

Essa mulher não poderia ser mais perfeita. Ela usa um vestido verde, com contorno preto, de mangas três quartos, decote em V, fechado por zíper e na altura dos joelhos. Os scarpins pretos e de meia pata interna são brilhosos, lindíssimos e a julgar pela elegância da mulher se trata de um Louboutin.

— Tudo bem, então. Estaremos lá.

***

Eu tento não surtar, todavia, é quase impossível. Eu já coloquei esse closet de cabeça para baixo, em busca de algo à altura da elegância da Eleanor, entretanto, eu não encontro absolutamente nada. Harry deve chegar em instantes e eu ainda estou de robe, cabelos presos e sem um indício de maquiagem. Vasculho outra vez e opto por pegar uma saia de cintura alta e pregas, preta, um suéter cor de vinho e um conjunto de lingerie peto. Visto-me rapidamente, mas não sem esquecer das meias de inverno. Pego uma bota de cano curto, decidida a voltar a fazer meus exercícios a partir da semana que vem, que é quando eu vou estar livre dessa maldita menstruação, que só me deixa mal e indisposta. Arrumo uma bolsa de alça tiracolo, bege e pego um cachecol creme, querendo dar uma clareada no look.

Apresso-me até a penteadeira e faço uma maquiagem simples, apenas para melhorar a cara de cansaço e dar um pouco de cor às maçãs pálidas. É como se eu tivesse perdendo todo o meu sangue. Por que sempre fico tão pálida?

— Você está incrível. — O tom de voz de Harry, embasbacado, me surpreende.

— Mesmo? — Aplico o batom rosa suave.

— Demais. — Ele se aproxima. — Eu não me canso de te olhar, sabia?

Eu sorrio e beijo sua bochecha.

— Ih! — exclamo, querendo assustá-lo.

— Ficou a marca? — questiona.

— Não. — Eu rio. — Esse batom não sai fácil assim. — Dou-lhe uma piscadela.

— Podemos ir?

— Eu vou apenas falar com a minha irmã.

— Ela vai?

— Letícia tem uma energia surpreendente. Vai sim.

— Eu vou descer, tudo bem?

— Claro. Vejo você em instantes.

Saímos do quarto, ele desce a escada e eu entro no quarto em que minha irmã está.

— Que linda! — Letícia exclama, olhando-me pelo espelho, enquanto coloca os brincos.

— Leti, por favor, não me constrange, está bem? Eu sei que você gosta de lembrar dos erros que cometi no passado, mas dessa vez, não.

— Não se preocupe. Tudo vai ser perfeito na casa dos seus sogros.

— Eu também não quero esse tipo de piadinha. — Fecho a cara.

— Está bem. — Ela ergue as mãos.

Letícia usa tubinho sem mangas, justo, de estampa étnica, preta e branca. Lindíssimo, por sinal. Em seus pés, scarpins pretos, de meia pata interna. Ela pega a clutch de alça transversal, amassa os cachos e sai do quarto, passando por mim.

Agasalhamo-nos, saímos e eu chamo o elevador. No térreo, entramos no carro, depois de Harry abrir as portas para nós e vamos à casa dos pais dele. Eu não posso negar que estou apreensiva. Quer dizer, é a primeira vez que vou a uma casa que não é onde Harry mora e, ciente da fama dos Carter, sei bem que a casa não é pouca coisa. Eu sou muito desligada. E se eu derrubar ou quebrar algo? Ou fazer as duas coisas ao mesmo tempo? Eu posso falar alguma baboseira e acabar estragando tudo.

— Chegamos — diz Harry, despertando-me.

Eu o olho e encontro ao meu lado, com a porta aberta. Eu saio do carro e o meu queixo cai só de ver a fachada da casa. A semana em que passei com Bruno, eu o vi trabalhar e isso me ajudou a identificar algumas características dos estilos de arquitetura. Essa tem os tijolinhos avermelhados, duas janelas ao lado da porta e três, acima. O jardim é divino.

— Que linda! — exclamo, ainda admirada.

— Precisa ver por dentro.

Caminhamos em direção à porta de madeira e Harry abre e gesticula para que Letícia entre primeiro. Sem desgrudar de mim, vamos logo atrás dela e ele fecha. Eu olho o interior, ainda mais embasbacada, mas eu mal tenho tempo de analisar todos os detalhes. Sou surpreendida por um abraço, que nem sei de onde veio e retribuo ao perceber que é Ellie.

— Que delícia ter vocês aqui. — Ela toma distância, segurando minhas mãos. — Como você está, querida?

— Estou ótima, obrigada, e a senhora?

— Estou maravilhosa. — Ela afaga os dorsos. — E quem é essa mulher tão linda? — E olha para a geminiana.

— Minha irmã mais velha.

— Eleanor Carter. — Ela estende a mão.

— Letícia Vidal. — E minha irmã cumprimenta-a com um aperto de mão.

— Que irmã maravilhosa você tem. — O sorriso de Eleanor é divino e ela abraça o filho. — Harry nunca esteve em melhores mãos.

— E pensar que são apenas amigos — diz Letícia.

— Pois é. — Ela sorri ainda mais.

Eu estreito os olhos para ela, mas logo refaço a minha expressão ao ver Ellie melhor. Ela está divina numa calça pantalona vermelha alaranjada, camisa branca de mangas compridas e botão e um cinto preto marcando a incrível cintura. Os cabelos castanhos estão soltos e brilhosos.

— Chegaram! — exclama George, descendo a escada. — Laila! Como se sente? — Ele me abraça. — Fiquei preocupado com você.

— Estou bem, senhor Carter. Obrigada.

— Vamos sentar? — Harry sugere.

— Desculpem. — Ellie aperta os lábios numa linha fina. — Eu me perdi em devaneios.

— Eu lhe entendo perfeitamente. — Sorrio para ela.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Foi grandinho, não foi? Pois é. Foi um dia longo para os dois.
E antes que pensem que tudo não passou de drama da parte da Laila, eu tenho uma amiga que fica bem pior do que ela.
Eu vou agora responder aos reviews e amanhã eu volto com outras histórias.
Até dia 15, se tudo der certo.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Oposto Complementar" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.