Luxúria escrita por Diego Lobo


Capítulo 4
Desejo




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Mike, subindo as escadas muito pensativo, deparou-se com o quarto completamente arrumado. Lá fora, a chuva era tanta que ele não conseguia ver mais nada. “O que se tem para fazer nesse castelo idiota?”

Estava só com seus pensamentos.

Olhando a mesa inclinável ao lado da janela, agradeceu mentalmente por ter ali um local perfeito para deixar que sua mente vagasse. Pegou uma folha em seu bloco, que trouxera em sua mala, seu estojo repleto de canetas, pincéis e seu conjunto favorito de bastões de carvão junto com sua engraçada borracha mole.

Fitou por alguns minutos a folha em branco e riu de quanto aquilo parecia ser sua mente, afinal, ela estava vazia.

Aos poucos algo adquiria forma em seu pensamento.

Uma fada... uma criatura linda! Ele estava novamente pensando na garota que havia conhecido hoje cedo, Sarah. O carvão tocou a folha e seus batimentos aceleraram, o esboço da face começou a fluir lentamente, traço por traço.

Sarah.... A garota que por um segundo salvara seus dias tristes. Seu sorriso, seus olhos, tudo o alegrava, os cabelos dourados, sua forma graciosa de andar, seu cheiro...

Sem perceber, sua mão dançava novamente no papel. Com movimentos rápidos e precisos que cortavam a folha em traços fortes e fracos. Aos poucos aquela fada adquirira forma e o contraste já estava feito. A arte não poderia ser finalizada antes de estar perfeita, para não desmerecer a visão da perfeição que era ela.

Ele demorou mais do que de costume.

Seus desenhos mais elaborados gastavam em torno de uma hora no máximo, mas esse desenho específico lhe custou mais de três horas. Olhou para o papel, analisando o que já tinha feito todo aquele tempo. Muitos achariam que aquilo já estava há horas acabado, e que nada precisava ser acrescentado. Mas Mike não pensava assim.

Sua angústia de vê-lo perfeito o levou a refazer vários traços, aos quais acrescentava detalhes a cada segundo. O suor já impregnava suas roupas e seu rosto, levando sua respiração a um nível ofegante e sufocado, porém feliz.

Quando finalmente deu-se por satisfeito já era noite. No momento em que saiu da mesa, a criada batera em sua porta.

― Senhor, telefone. — A criada entregou-lhe um telefone sem fio.

— Alô?

— Mike? — perguntou a voz. — É você, meu querido?

A voz era doce e muito familiar, encheu seu peito de dor e os olhos de lágrimas.

— Mãe? — Indagou.

— Oi, amor! Como você está? — respondeu a mulher, alegre.

— Com muitas saudades de você! — disse ele andando pelo quarto, derrubando tudo pela frente.

— Não se preocupe, querido, os advogados vão resolver tudo. Liguei para saber se anda tudo bem com vocês.

— Eles... te machucaram? — perguntou já não contendo as lágrimas que agora escorriam pelo rosto.

— Não, meu amor. Eu e seu pai estamos detidos, não estamos na cadeia. — falou a mãe com calma. — Existe uma moradia para pessoas que estão sobe custódia... Mas em breve poderemos ficar em nossa própria casa.

— Por que não podemos ficar com vocês?

— Mike, já discutimos o bastante sobre isso. É perigoso para vocês. — respondeu ela bondosamente. Ele apenas a ouvia calado. — Até que tudo se acerte, eu e seu pai preferimos que fique com sua avó. Longe dos Estados Unidos, ficamos mais tranquilos em relação a você e sua irmã. Estamos bem, querido. Seu pai não pode falar com vocês por estar ocupado, mas mandou dizer que está morrendo de saudades.

Mike já soluçava.

— Mike. Escute, meu filho.

Ele não se controlava mais, a tristeza que há muito estava presa brotou sem que ele pudesse contê-la.

— Escute, querido, você tem que me prometer que vai cuidar da sua irmã!

Ele chorava por seu apego aos pais, por seu amor à família.

— Eu... Prometo, mãe.

Porém só parou para pensar no assunto naquele momento. Lembrou-se de como Cherry, sua irmã, também estava sozinha e provavelmente sofrendo como ele.

— Preciso desligar, amor. Por favor, cuide-se e cuide de Cherry!

— Sim, mamãe, e... — A ligação caiu.

Ele desligou o telefone e o segurou tentando sentir, de uma forma patética, o calor de sua mãe mais uma vez.

A chuva finalmente parara e deixara um silêncio estranho, o castelo tinha tantos empregados, mas não havia barulho nenhum. Subitamente, resolveu cumprir a promessa que fizera para sua mãe.

Demorou mais do que esperava para chegar ao quarto de Cherry. O fato de o castelo ser gigantesco começava a irritá-lo, era uma boa distância entre os dois quartos. Ele bateu várias vezes na porta, mas a irmã não respondeu. Com a promessa na cabeça, aventurou-se abrindo a porta do “santuário proibido”, o quarto dela.

Seus sentidos se perderam em meio ao perfume de sua mãe, o mesmo que Cherry teimara em usar, deixando-o desconfortável em meio às lembranças. Ainda com o espírito aventureiro, seguiu vasculhando o quarto, que era consideravelmente maior que o seu.

Havia ali uma mesa inclinável igual à que se encontrava em seu quarto, mas estava repleta de coisas femininas. Algo chamou sua atenção: a foto de família que Mike também possuía.

Ele pôde ver sua mãe linda, com seu cabelo loiro, e seu pai, muito bem arrumado. O Mike da foto sorria alegremente e ainda tinha a cor natural do cabelo, castanho.

Cherry também parecia feliz.

Sentou- se na cama da garota por um segundo para analisar aquela foto e a felicidade contida nela. Quando a porta se abriu, levantou-se imediatamente.

— Mike? O que você está fazendo aqui? — perguntou Cherry, como se um desconhecido estivesse em seu quarto.

— Mamãe ligou...

— Eu sei.

Cherry estava meio impaciente como se estivesse contando os segundos para que Mike saísse de seu quarto.

Ele continuava olhando para ela, que estava estranhamente bem arrumada, à espera de uma reação melhor. Ela percebeu.

— Ah, não comece! — falou a garota entrando de vez no quarto. — Eles estão bem! Pare de ser um bebê chorão, pelo amor de Deus!

Essa era a Cherry de sempre e Mike não conseguiria discutir com ela, afinal, era imbatível.

— Quero ir para casa... — disse ele olhando para baixo.

A garota bufou nervosa.

— Por que você está me falando isso? O que quer que eu faça? — falou indignada.

— Que seja humana! — respondeu ele revoltado.

— Você me ignora há semanas e agora vem com essa choradeira? Quem tem que ser humano é você! — falou Cherry, já alterando sua voz.

Mike percebera que estava chorando novamente. “Droga qual é meu problema?”, pensou.

— Mamãe pediu para que eu cuidasse de você! — falou Mike levantando-se e enxugando as lágrimas que teimavam cair.

— Ah, me poupe! Você não consegue nem cuidar do seu próprio traseiro e vai tomar conta de mim? — berrou Cherry forçando uma risada.

Resolveu sair do quarto.

Sabia que o vocabulário dela era extenso e simplesmente não valia a pena discutir. Cherry não se conteve ao ver a indiferença de Mike e partiu logo atrás, berrando xingamentos nervosos que estavam entalados nos últimos dias. Mike chegou a achar graça.

Era divertido.

A irmã estava desabafando e às vezes se confundia nas palavras, chegando ela mesma a rir. Aquilo o fez lembrar-se dos velhos tempos divertidos em que tinham brigas iguais a essa. No final, os dois chegaram ao quarto de Mike dando gargalhadas.

Cherry entrou feito um bicho em seu quarto. Analisando-o de ponta a ponta. Mas ele não ligava para atitude xereta de sua irmã, que continuava a comparar os quartos. “Sua vista é melhor”, “Sua cama maior”, “Armário bonito”, e assim prosseguiu até ele perceber sua hesitação em direção à mesa, onde estava o desenho.

— Uau! Quem é ela? — perguntou Cherry, muito antes de Mike tentar impedir que ela visse algo.

— Ninguém. — respondeu fechando a cara.

— É ninguém mesmo? — perguntou ela, olhando com um sorriso.

— É só uma garota que eu conheci hoje na escola...

— Nossa, Mike! Tenho que admitir, você é bem rápido!

— Não temos nada. Ela é só uma garota que conheci. — falou corando.

Seu tom de voz o entregou por completo. Mas se tratando de Cherry, ele tinha certeza de que ela já tinha sacado muito antes de ele sequer pensar em uma resposta. “Droga! Odeio como ela parece com o papai...”.

— Nossa! Você se empenhou bastante! — Olhou para o desenho, rindo.

— Dá para mudarmos de assunto? — “Não quero ter esse tipo de conversa com minha irmã!”.

Cherry riu mais uma vez. Ela sentou em sua cama e começou a encará-lo.

— O que foi agora? — perguntou o irmão corando novamente.

— Você é tão parecido com a mamãe!

— Ah, cala essa boca! — disse Mike pegando o desenho da mão de Cherry e guardando. Ela ria baixinho.

— Onde você estava? — perguntou Mike olhando novamente para a irmã.

Cherry usava um vestido para lá de elegante e seu cabelo estava amarrado. Ela só fazia aquilo em ocasiões importantes.

— É que teve uma espécie de festa do chá aqui no castelo. — falou ela escondendo o seu rosto.

— E como é que eu não fiquei sabendo disso? — perguntou indignado, pensando no seu momento de tédio absoluto.

— Você não ia gostar, Mike. A vovó organizou para receber uma gente importante da cidade.

“Gente importante é igual a gente chata”, pensou Mike.

— É... acho que não iria mesmo. ― assentiu ele, resolvendo ignorar o fato de que Cherry parecia esconder alguma coisa.

— Ah sim! — disse ela espantada. — Encontrei uma chave esquisita no meu quarto e descobri que abria um outro quarto mais esquisito ainda!

— O quê? — Mike não entendeu nada.

— É isso o que você ouviu! — afirmou nervosa. — E dentro desse quarto eu encontrei isso.

Ela tirou da bolsa, igualmente elegante, uma caixinha.

— O que é? — perguntou Mike sentando ao lado da garota.

Ela abriu a caixa revelando algo que pareciam ser cartas enormes.

— São cartas de tarô. ― afirmou Cherry.

— Hum... Legal! — disse Mike, desinteressado e decepcionado.

— É legal mesmo. — falou a irmã, ignorando a falta de interesse de Mike. — Agora, olha isso!

Ela virou a tampa de madeira e havia algo rabiscado.

CHERRY

— Por que isso tem seu nome? — perguntou Mike, prestando finalmente a atenção na situação.

— Não sei. Essa caixa parece ser muito antiga e, convenhamos, Cherry não é um nome incomum. Muita gente pode ter se chamado Cherry, não acha?

— Bem.. Sim. Embora não deixe de ser assustador. Aliás, esse castelo todo é assustador à noite. Não dá para escutar uma alma viva!

Mike deitou na cama e esticou os braços.

— E aí, quer ver seu futuro? — falou ela dramaticamente.

— Não estou com tanto tédio assim. — resmungou. Cherry deu uma boa olhada nele.

— Tá legal, estou sim! — disse ele rindo.

— Legal! Me empresta seu notebook para ver como se joga isso! — falou animada.

— Cherry, isso não é necessariamente um jogo...

— Se vai me divertir, então é um jogo!

Ele riu mais uma vez e tirou seu notebook da mala.

Cherry fez todas as ligações necessárias até, finalmente, conectar-se à rede. Mike olhava e ria da empolgação da irmã para fazer algo de interessante.

— E o quarto onde você achou isso, era de quem? — perguntou Mike.

— Não sei, estava vazio! Encontrei isso escondido! — disse ela rapidamente.

― Escondido? — Mike se surpreendeu com o ponto onde a “xeretisse” da irmã detetive chegara.

— É. Depois te explico! — falou ela clicando no computador. — Droga!

— O que foi? — perguntou Mike tentando olhar para a tela.

— Existem vários tipos de cartas de tarô, e um jeito de se jogar para cada uma!

— Tanto faz. Escolha uma. — falou Mike dando de ombros.— Não. Vamos fazer isso direito, droga!

— Argh, que seja, Madame Cherry! — Ela riu.

— Talvez... Aqui nesse tarô tem um desenho muito parecido com essas cartas, veja. — Mike olhou o símbolo que representava o tarô e era muito parecido com o símbolo que a havia atrás de cada carta.

— Se chama tarô do Éden — leu Cherry. — “O tarô do Éden, diferente dos tarôs comuns, não tem origem cigana nem Wicca. É um dos tarôs mais antigos, sendo criado pelos egípcios originalmente e passado para os gregos, mas foi secretamente utilizado pela igreja católica durante anos. Pelo seu tempo de existência, muitas cartas perderam seu significado original, por isso é muito pouco usado”...

— Já posso começar a roncar? — perguntou Mike imitando o ronco.

— Aqui tem as instruções de como se jogar, embora não sejam precisas!

Cherry tirou o baralho da caixa e Mike abriu espaço na cama. Olhando para tela, ela ia colocando uma a uma as cartas.

Começava com uma única carta. Logo abaixo vinha uma sequência de três cartas alinhadas e, finalmente, quatro cartas. Depois, em ordem decrescente, três cartas e depois uma única carta. Com as cartas posicionadas daquele jeito, via-se nitidamente a forma de um losango feito de cartas.

— Legal! É assim! — falou Cherry.

Ela juntou as cartas e olhou para Mike.

— Agora, para começar, você corta o baralho.

Ele o fez e Cherry pegou o baralho restante, refazendo a montagem de antes.

— Você tem que sentar de frente para mim!

Mike obedeceu bufando. Ficou em uma ponta e a irmã à sua frente.

— Isso aí! Mike, você vai querer que eu comece por qual carta? A do presente... — Cherry apontou para aquela que estava na frente de Mike. — Ou a do futuro? — disse apontando para a carta à sua frente.

— Ok... Vamos lá! Que tal presente? — Mike estava pronto para virar a carta, quando Cherry o interrompeu.

— Aqui diz que quem lê as cartas é que tem que virar.

— Argh! Começa logo com isso, pelo amor de Deus!

Cherry, no auge de sua excitação, virou a carta e lá estava um desenho de uma linda mulher nua, porém com véus estrategicamente tapando suas partes íntimas.

A mulher sorria e tudo em sua volta era rosa e em sua mão segurava uma maçã muito vermelha.

— O que é?

— Calma, estou olhando... — Ela procurou o significado no computador, e depois de um tempo ela encontrou. — Essa carta se chama “desejo”, e como apareceu no presente significa que nesse exato momento você possui um enorme desejo por algo ou alguém. —Cherry não resistiu e encarou Mike até fazê-lo corar de verdade. — Bem, começamos muito bem. — disse Cherry rindo muito.

— Cale essa boca! — Embora Mike soubesse que estava correta.

Nesse exato momento de sua vida ele tinha um forte desejo pela garota loira que havia conhecido na escola. Um enorme desejo de encontrá-la novamente.

— Essas três cartas à sua frente representam os desafios do decorrer de agora. Podem ser coisas boas ou ruins. Vamos virá-las.

 Cherry virou as três.

 Mike ainda estava disperso. Havia à sua esquerda um homem vestido de cinza, era magro e muito feio. No meio havia uma carta com aspecto diferente das outras, era mais radiante, toda vermelha e um homem com olhos de fogo habitava a carta. À direita havia um homem de verde, tinha um peito estufado e confiante. Todos pareciam ser de épocas antigas.

— Bem, a da esquerda e a da direita representam azar e sorte, ou seja, possibilidades de tudo acabar bem ou mal! — Mike fechou mais a cara.

— E a carta do meio? — perguntou desanimado.

— Essa é uma das cartas que não tem uma definição específica, mas tem um nome.

— Qual?

— Humm... De acordo com o site, se chama “Ira” (Wrath), o significado deve ser literal, não sei... Mas ele está no meio, significa que essa carta é uma espécie de desafio pela frente. — Mike teve um estalo mental.

Richard, o primo de Sarah, mostrou ter uma força incomum e um temperamento mais incomum ainda. Ele se encaixaria perfeitamente na denominação “Ira”.

― Tá. Vamos ver logo a do futuro. — disse Cherry empolgada.

— NÃO! — gritou Mike. Ela pulou.

— O que foi? — perguntou assustada.

— Não quero saber! — disse Mike pálido, não queria saber o que viria pela frente.

Cherry ignorou o irmão e virou a carta do futuro. Ele não pôde impedi-la e nem impedir a si mesmo de olhar para a carta negra com uma espécie de criatura sinistra.

— Parece que não precisamos de tradução para essa. — Mike levantou-se da cama e abriu a porta de seu quarto. Era uma mensagem para Cherry cair fora.

— Qual é, Mike? Você não acredita realmente nisso, não é? — falou a garota. Mas ele não respondeu.

— Vamos terminar. Faltam algumas cartas para virar!

— Tenho muito dever para fazer, cai fora! — disse secamente Mike.

 Ela revirou os olhos, pegou o baralho e saiu o quarto.

— Boa noite. ― falou Cherry.

—Tanto faz. ― resmungou Mike.

Ele se jogou em sua cama.

O computador ainda estava ligado. Ele olhou para a página do site procurando o significado da carta negra que havia saído por último, que obviamente significava a morte.

O que significava Sarah para ele? “Pelo amor de Deus, eu a conheci há algumas horas!”. E aquele primo que parecia muito com a carta “ira” não era alguém com quem ele desejava arrumar uma briga, mesmo porque odiava brigar com qualquer pessoa.

Mike se lembrou de quando era normal. Em Baltimore, saía com uma garota diferente a cada mês. As garotas simplesmente adoravam o fato de ele ser capitão do time de futebol, mas era só um passatempo. Para ele todas as garotas eram uma espécie de casca vazia, todas mesmo.

Ele se imaginava casando com uma mulher que nunca o entenderia, até conhecer Sarah. Mesmo com sua aparência nova “de poucos amigos”, essa garota fantástica se aproximou dele sem se importar com sua indiferença.

Ela era sem dúvida diferente das outras, era viva de verdade.

Conseguiu arranjar força suficiente para se levantar e tomar um longo banho. Ao sair do banheiro ele ouviu algo estranho vindo do corredor. Na atual situação em que estava, de toalha, saiu do quarto para verificar o que era.

Uma criada havia derrubado um vaso muito feio e outras criadas se apressaram para ajudá-la. Mike bufou e virou para voltar para seu quarto, quando viu alguém de pé na outra extremidade do corredor.

Era uma garota. Lara, a filha da criada Cristine, estava ali, parada no escuro olhando para ele. Os olhos dela brilhavam naquela escuridão. Tinha um sorriso provocativo em seu rosto, e seus olhos desciam e subiam devagar sobre o corpo do garoto. Mike teve a impressão de que aquela garota poderia arrancar sua toalha somente com os olhos.

Lara estava encostada na parede, muito quieta, ela passava suas mãos delicadas em seu cabelo. Ele acenou para a garota, mas ela não retribuiu, somente piscou e saiu de cena lentamente, com aquele olhar provocativo de profundo desejo.

 


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