Watashi Wa Yakusoku escrita por G E W


Capítulo 5
4.


Notas iniciais do capítulo

Deve ter ficado horrível >.
Mas sei que muitos vão ler e nem notar =/
Fiz correndo, entre lições e trabalhos (de Artes ¬¬)
Já é a terceira vez que reescrevo este capítulo, mas fazer o quê? .-.'

Espero que tenham bom proveito e, quem achar qualquer coisa confusa, me avise!!!!!!!!


— Este capítulo está sujeito à revisão.



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——

 

O sábado chegou ventando forte e fazendo frio. Yuki já estava dentro do ônibus, assim como todos os alunos que já tinham chegado. Sentado do lado da janela, num dos primeiros bancos, esperava pacientemente Roku. Os minutos se passaram e o professor começou a fazer a chamada. Todos os nomes tinham alguém para responder, menos o dele. Suspirando, o sensei disse ao motorista que podia fechar a porta do carro.

Será que ele não virá? Ele disse que sim, m-mas... O neko sentiu seu estômago apertar enquanto procurava pelo outro do lado de fora. Quando o motorista ligou o motor ele desistiu, sentando pesadamente na poltrona. Já conformado de que iria sozinho, acabou não vendo algo passar de baixo de sua janela. Só notou quando o condutor abriu as portas e deixou Roku entrar, sentindo um alívio formidável.

Depois de passar pelo professor, Roku encontrou Yuki por sua touca, já que ele usava a mesma do primeiro dia de aula. Foi até ele e sentou ao seu lado.

— Q-quase pensei que você não viria.

— O quê? E deixar você ir e se divertir sozinho? De jeito nenhum! – Rindo, a descontração se manteve até o final da viagem, que durou poucas horas.

Logo ao entrarem na cidade puderam perceber a diferença de Namaeda. Totalmente turística, a cidade tinha um ar mais sofisticado. Com uma rica prefeitura, eles podiam desfrutar de ótimos eventos, além de bonitos prédios modernos por todo o centro. Mas nenhum se comparava ao Edifício das Belas-Artes (Kenchiku Bijutsu).

Enquanto o ônibus rodava rente ao terreno, os alunos puderam ter uma pequena vista do local, com um imenso parque antes da entrada, totalmente arborizado, com trilhas, bancos e uma belíssima fonte cheia de moedas no fundo. Mas apenas a fachada já era fascinante por sua grandeza e arquitetura. Adornada colunas que pareciam dançar ao vento, de cores marcantes, portas de vidro levavam ao hall, este com uma bela e enorme pintura de uma cerejeira, toda florida. Abaixo da moldura, na parede que descia do teto e parava ali, estavam os kanjis com o nome do local: 建築美術.

Dando uma leve pausa na entrada, todos puderam observar a grandiosidade do local. Uma mulher saiu de um balcão ao fundo, parecendo ser onde se compravam as entradas, e se ofereceu para guiar o grupo pela exposição de quadros. Eles passaram por inúmeras galerias, onde os dois adultos explicavam o que havia em cada uma delas. Roku não prestava atenção. Gostava mesmo só de olhar para os quadros, alguns de natureza morta, outros abstratos; nestes, sua imaginação flutuava.

— Esse foi pintado por um paraplégico – A voz de Yuki o despertou enquanto olhava para um caleidoscópio de cores a sua frente.

— Eu li.

Quando a hora se aproximou do meio-dia, o professor reuniu todos os alunos.

— Quero que vocês peguem seus cadernos e, escolhendo uma pintura, descrevam o máximo de características que conseguirem sobre ela. Depois, sigam para a área de alimentação. Estarei lá para ver a tarefa e liberá-los para almoçarem. Podem ir!

Mal havia terminado de falar e o sensei já começou a puxar conversa com a moça que os guiou pelo museu. Juntos, Roku e Yuki seguiram para uma galeria menos tumultuada e começaram a fazer a tarefa. Em minutos o mais velho já tinha terminado. Vendo que Yuki ainda escrevia, parou ao seu lado, olhando em sua caderneta.

— Uau! Mal enchi algumas linhas do caderno e você já está virando a segunda folha! – Disse, tentando elogiar o trabalho do neko.

Um pouco desconcertado, ele respondeu:

— M-minha folha é bem menor que a sua.

— Mas tenho certeza de que está com muito mais conteúdo!

Corando, Yuki teve dificuldade em voltar a se concentrar. Com o dever pronto, os dois saíram da sala e caminharam por um extenso corredor diagonal, que levava até o centro do salão. O professor estava sentado numa mesa, a sós com a moça, e já com papéis à sua frente. O espaço era amplo, com muitas mesas e muitas pessoas às ocupando. Lá havia três lanchonetes, do tipo de fast food, e um restaurante de porções e pratos feitos.

— Não estou muito a fim de comer lanches agora. Vamos ao restaurante – Com a decisão de Roku, eles adentraram no local, onde havia um letreiro ao lado da porta, dizendo, em kanjis, Yoshi’s (ヨッシーの).

Era maior do que o esperado: tinha várias outras mesas, porém estofadas; o chão era de taco num tom avermelhado, as paredes em madeira e as luzes amareladas, o que dava uma sensação de aconchego ao ambiente. Não estava cheio, dois casais e uma família comiam quietamente. Os nekos escolheram uma mesa próxima à divisão de vidro escurecido e logo uma atendente saiu de detrás do balcão para atendê-los.

— O cardápio, senhor – Aceitando-o, Roku discorreu pelos inúmeros tipos de pratos e porções, decidindo pedir uma de Onigiris – Algo para beber?

— O que você vai querer, Yuki?

Pego de surpresa, o garoto tirava sua touca no exato momento, atrapalhando-se com as palavras.

— Po-pode ser c-chá verde.

— Então são dois.

A moça marcou os pedidos e levantou o olhar. Yuki mexia em seus cabelos, tentando esconder as orelhas. A atendente viu e estranhou. Orelhas de gato? No momento em que elas tremularam sozinhas, sua expressão estacou, sua boca levemente entreabriu e seus modos desapareceram. O neko sentiu a força de seu olhar e percebeu para o que ela olhava. Corando, não soube como disfarçar.

Roku estava entretido com o cardápio, mas estranhou o silêncio, já que sentia a mulher ainda ao seu lado. Tirando os olhos da ementa, viu a face da mulher, entendendo rapidamente o que estava acontecendo.

— Tudo bem, você já pode ir.

— Ma-mais alguma coisa, se-

  — Não! Já disse que pode ir – Despertada, a atendente fez uma leve reverência e saiu de perto dos dois. A cara fechada de Roku, por causa de ter sido grosso com a moça, se desanuviou ao ver a vergonha de Yuki – Esse povo não aprende que é feio encarar! – Disse, conseguindo despertar nele um sorriso de aprovação.

— N-não sei o que chama tanta a-atenção assim – O menor completou o comentário.

Logo um garçom diferente trouxe os pedidos. Dos seis bolinhos, Roku pegou um, passando a mastigá-lo com calma.

— Você p-pode ir comigo lá fora, depois que terminarmos? Q-quero conhecer andar pelo parque – Engolindo o que havia em sua boca, o outro confirmou.

Terminado o almoço, Roku pagou, mesmo com Yuki insistindo em dividir a conta, e eles saíram do estabelecimento. Depois de percorrerem toda a distância até a entrada do museu, eles passaram a caminhar pelas trilhas. Apesar do frio que fazia, todas aquelas árvores davam ao ar um bom e arejado cheiro de folhas, refreado apenas pelo perfume de flores que vinha de alguns canteiros.

Depois de andarem por um pedaço, o menor decidiu se sentar, enquanto Roku foi até uma árvore, atrás do banco. Esperava que fosse mais do que só pinturas e quadros. Mas por só não estar em casa, já está sendo ótimo. Percorrendo a mão pela casca do tronco, soltou um suspiro bastante audível. Yuki reclamou:

— Hey! Não faça tanto barulho – O mais velho estranhou a autoridade imposta em sua voz. Curioso para saber o que ele fazia, foi até o banco e sentou-se ao seu lado.

Yuki tinha a caderneta na mão, na qual rabiscava alguma coisa. Várias vezes ele olhava para cima e, depois, voltava para a folha. Ele não conseguia ver o que era.

— O que voc-

— Psiu! Assim ele vai sair voando! – Falando baixo, novamente com o pedido de silêncio, Yuki pousou seu dedo na boca de Roku, para que ele a fechasse. Só se deu conta do ato quando o mesmo puxou seu dedo para baixo, fazendo-o corar e pedir desculpas.

Roku deu de ombros e se recostou no banco. Olhando para os galhos das árvores, ele notou um pássaro, verde também, quase camuflado entre as folhas. Ele estava imóvel, fazendo o neko se perguntar se era de verdade. Deve ser ele que Yuki está desenhando. Chegando a esta conclusão, ele fechou os olhos por um instante, cochilando.

— Não durma! Está na hora de voltarmos.

Ele acordou com pontadas em seu braço; era Yuki, o cutucando para acordar. Esfregou os olhos e, num bocejo, notou que adormeceram por uns minutos. Pedindo para ver o desenho, Yuki o entregou, um pouco receoso. Ao bater o olho ele se espantou. Estava realmente perfeito. Detalhes em cada pena, ranhuras no bico, dobras nos pés. Tudo simétrico como numa fotografia. Apesar da cor única da caneta, o desenho não precisava ser colorido para se ver contrastes diferentes.

— Como... Como você aprendeu a desenhar assim?

— S-sozinho. Por quê? Está ruim?

— Nem de perto! Está magnífico! Parece que o passarinho vai sair voando a qualquer momento do papel. Muito melhor que o original! – Yuki ficou com um leve tom avermelhado nas bochechas. Gostava quando fazia um bom trabalho – Quem dera eu desenhar assim como você.

— É-é só treinar.

— Você não fez nenhum curso?

— N-não. Sempre gostei de desenhar. Mas o gosto por pássaros foi... F-foi mais recente.

Roku quis admirar mais algumas vezes o pássaro enquanto Yuki se levantava.

— Vamos? Já estamos aqui há bastante t-tempo.

Eles seguiram de volta para o prédio, encontrando com o professor na área de alimentação, que já começava uma chamada geral. Indo para a segunda parte do salão, eles observaram uma exposição de esculturas, não muito interessantes. O sensei se despediu da moça e todos foram para o ônibus. A viagem de volta foi mais rápida — menos trânsito. Antes de descer, Yuki confirmou com Roku:

— Amanhã, às duas horas?

— Sim. Pode chegar nesse horário que o treinador sempre atrasa.

— H-hai, e depois seguimos para m-minha casa.

Roku assentiu. Os dois se despediram e foram para suas respectivas casas. Uma ansiedade atormentou Yuki quando o dia terminava, enquanto uma sensação de alívio perdurou em Roku ao ver as malas de seu pai na sala de casa.

 

 

 

—--//---

 

Glossário:

Sensei = professor

Onigiri = bolinho de arroz envolto numa folha de nori (algas)


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Notas finais do capítulo

Como dito antes, informações adicionais

" Por causa da mutação nos genes, dando à pessoa a proximidade com os felinos, o aqui chamado de Nekísmo, o portador tem certas características relevantes:

— Cor da íris em tons mais claros (pode acontecer tons escuros, mas é raro).
— Pele clara, ausência de Melanina.
— Cor dos cabelos em tons próximos ao das orelhas e cauda.
— Ausência total de pelos no corpo (desde barba até pubianos). "


Isto ai, 4 informações para os 4 capítulos
O quinto logo chegará. Este estou morrendo de vontade de escrever. É só o Universo conspirar para que eu o escreva @w@'


Senkiuu!!!



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