I Need You escrita por Skyller Angel


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi, pessoal!
Primeiro capítulo, espero que gostem!



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Quando eu acordo no meu quarto, eu sou só um ninguém
Depois que o sol se põe, eu ando tropeçando
Eu me torno uma destruição total, estou bêbado, bêbado
Só xingo nas ruas, ruas
Eu perdi minha cabeça, como um cara maluco

Fire - Bangtan Boys

 

 

—NÃO FAÇA ISSO! - o pequeno Tae fechou os olhos ao escutar sua mãe gritar com o seu pai, aquele monstro que batia nele e em sua mãe. Tae, que era pequeno e frágil, não podia fazer nada para ajudar a sua mãe, que vivia apanhando do monstro do seu pai. O pai quase nunca ficava em casa e quando chegava, estava bêbado e era sempre um indicio de que ele e sua mãe apanhariam mais um pouco.

Não aguentava os gritos, tinha medo toda vez que aquele monstro chegava em casa, não aguentava mais escutar os urros de dor da sua mãe, não queria mais ver ela chorando. Nutrira um ódio enorme pelo pai naquele mesmo dia e com apenas 8 anos, já sabia que colocaria aquele monstro em seu devido lugar.

[...]

Ele nunca fizera isso, nunca bebera tanto, aquela foi a primeira vez em anos, prometera a sua mãe que não faria mais isso, só que a raiva falou mais alto. Tae sempre soube fingir estar sóbrio, mas bastava abrir a boca e palavras sem nexo eram lançadas. A garrafa de vidro dançava em suas mãos.

Demorou um pouco para que Tae chegasse na sua casa, já que andara em passos lentos e preguiçosos. Fizera 19 anos e seu presente de aniversário foi encontrar a sua mãe chorando no chão da cozinha com um olho roxo. Aqueles abusos eram constantes e o moreno vivia se perguntando o motivo de sua mãe nunca chamar a polícia, já tentara ligar várias vezes, já tentara denunciar, mas a sua mãe não deixava e isso o irritava, saber que ela não faria nada além de apanhar o deixava irritado.

Assim que o moreno se postou de frente para porta, percebeu que ela estava entreaberta. Ele passara um tempo em silêncio, confuso, decidiu entrar e quando o fez se deparou com a cena de sua mãe apanhando mais uma vez, o seu sangue ferveu e sua paciência se esgotou de vez. Empurrou o pai que foi de encontro ao chão e se aproximou dele.

—Filho da puta, desgraçado! - bravejou o moreno chutando o estômago do homem jogado no chão. Assustada com o que estava prestes a acontecer, a morena se levantou do chão e foi até seu filho, que encarava o seu pai mortalmente.

—Meu filho, não, não faça isso. - implorou entre lágrimas, mas ele não deu ouvidos, a sua raiva gritava mais e mais, seus únicos pensamentos eram matar aquele infeliz, desgraçado que batia na sua mãe, a garrafa de vidro escapou de sua mão e estilhaçou no chão, assustando a sua mãe, que deu alguns passos para trás, foi quando o seu pai reagiu e ambos começaram a brigar. Tae foi jogado contra a parede.

—Acha que é mais forte que eu, Tae? - perguntou ele em tom de deboche e Tae trincou o maxilar, olhou para os cacos de vidro no chão e depois encarou o seu pai com um sorriso sacana.

—Vai pro inferno. - replicou e, ao ver que conseguiu irrita-lo, pegou o caco de vidro e fincou na barriga daquele infeliz, que se afastou urrando, nem mesmo o sangue na mão de Tae o parou, em passos lentos e sinistros, ele foi até a cozinha e ficou procurando o objeto pela cozinha.

—Filho. - Mi-Cha se aproximou do filho, que matinha o rosto inexpressivo enquanto encarava algo no fundo de uma gaveta do armário. - Filho. - a voz embargada de Mi-Cha chamou a atenção de Tae, que apenas a encarou e puxou a faca de lâmina brilhante de dentro da gaveta. - Não. - pediu e ele saiu rápido de lá, trancando a sua mãe na cozinha. -Tae! Não! - gritou a morena, tentando sair para impedir o seu filho de fazer qualquer burrada.

Tae encarou aquele homem e apertou mais forte o cabo da faca, observou enquanto ele tirava o enorme caco de vidro preso na sua barriga e a vontade de ver aquela lâmina cravada no corpo dele só aumentava.

—Vai me matar, filho? - perguntou sarcástico e Tae encarou a faca em sua mão.

—Você não sabe a quanto tempo eu espero por isso.

—Você não seria capaz, eu sou o seu pai. - Tae riu fraco daquela frase, aquilo só podia ser brincadeira.

—Eu não tenho pai, meu pai morreu no dia em que ele encostou em um fio de cabelo da minha mãe. - replicou se aproximando a passos lentos daquele homem nojento, que tentava escapar dali, mas não tinha por onde correr. Tae começou a descontar toda a sua raiva em cada facada que depositava na barriga daquele ser desprezível e quando sentiu o sangue respingar no seu rosto, parou no mesmo instante, deixando o corpo daquele homem cair no chão com um baque surdo, a camisa de Tae estava suja de sangue, assim como suas mãos e o seu rosto. O arrependimento logo bateu, ao se dar conta do que fez, o moreno desabou de joelhos no chão e suas mãos foram em direção a sua cabeça, como se para tentar esquecer a cena que se passava em sua cabeça.

Prometera ser um homem melhor que aquele cujo a vida tirou, mas acabou se tornando pior que ele e aquilo o machucava muito.

 

[...]


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Notas finais do capítulo

E então?
Espero que tenham gostado!



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