Cartas ao mar escrita por Agnar
Aprendi no verão que nem todo calor significa amor. E que há paixões tão rápidas quanto as chuvas da estação.
No inverno vi que abraços são tão importantes quanto chocolates bem quentes. Que o frio mais impiedoso é o que existe dentro de nós, este, só se esvai quando alguém acende algo em você.
No outono me vi caído e quieto, como se fosse o fim da jornada e que tudo já havia terminado. Os outros também caiam gradualmente.
Depois de aceitar a queda de outono, me vem você; primavera. Tão quente quanto o verão - calor afetivo e feliz - tão impar e cheia de energia que me ergueu do solo como se ergue uma flor. A, se pudesse prender-te em um pote para que nunca mais fosse embora. Não haveria tinta para tantos poemas ou textos que escreveria para ti. Mas a primavera pertence somente a si mesma embora acolha a todos.
No fim, resta-me apenas dedicar a você, querida, este texto com poucas palavras mas extensos sentimentos. Ainda posso te ver pela minha janela e te dar amor sem que você tenha a ciência disto, pois não pedirei o teu amor, apenas que me permita amar-te como mereça ser amada. Porque eu amo te amar.
Só de pensar você ir, já me sinto em outono.
Sei que este verão será o mais frio que eu já vivi.. Que o inverno plantará a solidão em meu coração .. Que florescerá no outono enquanto definho lentamente.. Florescerá porque a primavera vem, florescerá porque você vem, meu bem.
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