Since Hate escrita por natyL


Capítulo 1
Casamento?


Notas iniciais do capítulo

OI,
eu estou repostando essa pois a outra tava ruim demais, espero que gostem, do fundo do core!



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Era primavera, uma das mais floridas que já pude presenciar, eu esperava menos flores do que a primavera do ano passado, mas é uma das mais belas e floridas que eu presenciei.

Eu estava andando pelo jardim do castelo- sim, castelo! Meus pais eram rei e rainha de Genova e eu era a sucessora do trono-, eu estava com meu vestido favorito.

Hoje o rei da Itália virá com sua família para o almoço. Estou animada! Não pelo fato de quem virá- Nem mesmo conheço o dito cujo-, mas pelo de que alguém virá! Nosso castelo se situa dois quilômetros de distância da casa mais próxima, nossa vizinhança consiste em três residências: A residência dos Matwell, que fica perto do lago, aproximadamente setenta quilômetros daqui; A mansão dos Lockywoods, que só será ocupada nos dias calorosos do verão, como eventualmente acontece; e por fim, o chalé mais próximo, o chalé dos Sommers, meus avós.

Nunca se quer troquei mais que um "bom dia" com os vizinhos mais próximos, mesmo meus avós morando perto, eles não gostavam do meu pai, nem da minha mãe e nem de mim, pelo visto. Fui uma criança sozinha na minha infância, filha única, nunca tive amiguinhos, somente no verão quando meus primos e minhas primas vinham até nossa propriedade nos visitar, mas eles não nos visitam mais, por algum motivo inexplicável, ou talvez oculto de mim, afinal o rei e a rainha sempre sabiam de tudo!

—Querida, venha cumprimentar as visitas- minha mãe gritou da soleira da porta.

Imediatamente me levantei com postura, ajeitei meu vestido e caminhei até a porta. Minha mãe, com seu sorriso estampado no rosto pálido, estava linda! Seu batom era vermelho, como sempre, a cor combinava com ela, destacava seus lábios.

—Está linda!- Não compreendia seu entusiasmo, gostaria de ter, mas não me foi permitido.

—Sejam muito bem-vindos Senhor e Senhora Salvatore- a voz de meu pai soou grave quando a porta foi aberta.

Conseguia ver a imagem de uma moça jovem por cima do ombro de um senhor, não muito velho. Era a rainha!

Ela não tinha algumas marcas feitas pelo tempo, mas as tais não conseguiam esconder tamanha beleza e juventude, com certeza seu ser era jovem.

Seu companheiro, o rei, era um homem lindo, de postura rígida, mas sorriso amigável. No primeiro momento já descobri que sua postura era só um disfarce, usado para manter o controle de toda a situação.

—Muito obrigado , Senhor Gilbert- ele apertou a mão do rei com firmeza e em seguida o abraçou, foi um cumprimento informal, indigno de classe, porém de bons amigos.

Logo adentraram no cômodo e fomos apresentados.

—Senhor e Senhora Salvatore, esta é minha filha, Elena- sorri e os cumprimentei com um aceno de cabeça, como minha mãe me havia ensinado- e minha esposa, Jenna- minha mãe repetiu o ato.

—Pensei que seus filhos viriam como combinamos- o rei disse após pigarrear, eles combinaram? Arqueei a sobrancelha.

—Eles vieram, estão somente falando com o cocheiro- então ele piscou para o rei.

Minha face se retorcia em confusão e medo, o que ele estava tramando? Conhecia o rei de tamanho modo, mais do que a mim mesma, e sabia que havia algo por trás daquela visita atípica.

—Aqui estão eles- o rei da Itália deu espaço para dois jovens entrarem.

Os dois eram altos e muito bonitos, imediatamente meus olhos se fixaram no que tinha olhos azuis, eu amava azul! Eles aparentam ter certo poder, eles prendem os olhos de qualquer um que pense em encará-los, eram autênticos, nunca havia visto olhar parecido, nem em pinturas, tinham até certo brilho natural que me fazia querer os encarar por um bom tempo, uma força, uma rigidez, mas ao mesmo tempo, um poder sedutor e amoroso, o fôlego havia fugido. Alguém pode me permitir tê-lo de volta?

—Estes são meus filhos, Stefan e Damon.

O nome dele era Damon, ele parecia ter mais ou menos minha idade, o conheço á dois segundos e já estou querendo chegar mais perto para sentir melhor seu cheiro, que sinto fraco, sem nem ao menos respirar, então desvio o olhar, pois percebi que estava o encarando muito, mas se me fosse permitido eu ficaria olhando para ele o dia inteiro.

Estávamos todos sentados no sofá, após sermos totalmente apresentados, os irmãos Salvatore eram encantadores, o Senhor e a Senhora Salvatore igualmente. Eu esperava que fossem, mas não tanto, mal conversei com os garotos, porém as posturas suaves me mostravam que eram seres tão amáveis quanto sua mãe.

—Elena, mostre o jardim para os nossos jovens visitantes- meu rei lançou a bomba para mim, me obrigando a parar de olhar para o moreno á minha frente.

— Vá querida- me incentivou, obrigando com o olhar.

—Tudo bem, cavalheiros, peço que me acompanhem- levantei e sorri, esperando os dois, mas apenas um deles se levantou... Damon!

—Cavalheiro?- perguntei, querendo saber se Stefan nos acompanharia, ele negou com a cabeça.

—Muito obrigada senhorita, mas eu prefiro o ar de dentro- Assenti.

—me acompanhe, por favor- pedi sem olhar para seu rosto, pois estava sorrindo e não permitiria que ele descobrisse.

Dirigi-nos para um banco que dava de frente para as flores do jardim, elas dançavam com o vento e brincavam de colorir a paisagem, era como se fossem a fonte de alegria daquele jardim, os enfeites mais lindos do mundo, eu amava aquele lugar! Quando respirava fundo sentia o perfume que emanava das flores, quando eu fechava os olhos e sentia o vento acariciar meu rosto eu sabia que ali estava à brisa mais doce e que eu poderia me afundar naquele momento, me afogar e nunca mais sair, as flores faziam parte de mim, assim como minhas veias e artérias, sem elas meu mundo fica triste e sem cor.

—Então, você fala direitinho assim toda hora? Isso me irrita! – disse Damon espaçoso, e de repente onde estava o encanto de minutos atrás?

—Só quando eu quero falar! E se quer saber, não me importo com o que você pensa ou deixa de pensar- Retruquei bufando.

Afinal, qual era sua intenção? A minha agora no momento, se não fosse uma dama, seria de atravessar seu rosto com um forte tapa, estralado e dolorido.

— Ata, mas deveria!- cruzou os braços no peito.

—Por que razão, motivo e circunstancia?- arqueei as sobrancelhas.

—Pois nós iremos casar- respondeu como se fosse obvio, cai na risada.

—Casar? Enlouqueceu-te? O ar aqui de fora não te fez bem?- perguntei irônica.

—Vai dizer que não sabia?- arqueei uma sobrancelha- seu pai ainda não lhe contou?-

Contou o que? Ele riu, tremi de medo.

—O que exatamente?

Da maneira que ele ria fazia-se parecer uma chacota, eu juraria, se não fosse pecado, que ele estava a rir de mim, mas então eu não tive tempo de me preocupar com a sua possível "chacota", pois o que ele proferiu a mim a seguir me deixou indignada.

—--

—Meu rei, pode me explicar isso?- pedi, estávamos em sua sala de negócios.

—Elena, é para o nosso bem, o bem da nossa família- insistiu- É o bem do reino!

Eu estava farta!

—EU NÃO QUERO ME CASAR COM ELE!- meu grito soou tão alto que a rainha apareceu na sala, mandando-me abaixar o tom de voz.

—EU FAÇO O QUE QUISER, EU SOU DONA DA MINHA VIDA- Estava desesperada.

Então a dor tomou conta do lado esquerdo do rosto e lá estava ele, em toda a sua glória de rei, batendo no rosto de sua filha justamente porque ela não queria ser tratada como um objeto de troca.

—Eu não sou um dos seus brinquedinhos Gilbert! Não sou sua moeda de troca, sou sua filha!- as lágrimas racharam minha bochecha, eu sentia formigar a maça do rosto- Eu o odeio!

E com isso sai correndo escada acima, exatamente como uma dama não faria, porem, eu estava exausta de toda aquela ladainha, eu não queria mais ser a filha mal-amada de um rei que é ganancioso e presunçoso.

Bati a porta do meu quarto e o estrondo foi alto, provavelmente a cinta do rei me visitaria hoje á noite, isso me dava pavor!

Joguei-me na cama e agarrei o travesseiro me colocando a chorar e soluçar alto, eu estava aos prantos, desolada e recatada a uma vida medíocre ao lado de alguém que não amo.

Eu estava cogitando a hipótese de desistir da vida quando passos na escada me assustaram.


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Notas finais do capítulo

Quem será hein? Espero que não seja o Rei! né?
Comentem chuchus.
XOXO, NatyL



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