Memories Of The Past escrita por CanasOminous


Capítulo 12
Capítulo 12 - Sussurros na terra amaldiçoada.


Notas iniciais do capítulo

Ikana Canyon é uma fase do jogo Majora's Mask que merece atenção, sua história é fantástica e as descrições deste lugar podem ficar ainda mais legais. Ficou um capítulo ótimo na minha opinião, não percam!



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Capítulo 12 – Sussurros na terra amaldiçoada. 

 

Samus e Adeline procuravam desesperadas por Anju na base, não podiam deixá-la para trás, e ainda precisavam de alguém que conhecesse o local. Mas não demoraram muito para encontrá-la em seu quarto, arrumando uma mala.

— Samus! Temos que ser rápidas, não encontrei um mapa, então estou indo com vocês! Sigam-me, sei uma passagem secreta aqui que nos levará para fora da cidade! — disse Anju segurando uma pequena mala.

Samus e Adeline ficaram felizes ao ouvir que Anju iria com elas, e então rapidamente correram para chegar na passagem e poderem sair da cidade sem serem percebidas.

Era um alçapão, que parecia ter sido contruído em caso de emrgências como essa. Sua tampa era pesada, e foi preciso um pouco de esforço para levantá-la. Era um caminho estreito, podia-se passar apenas um por vez, Anju ia na frente guiando-as com a luz de um lampião. O buraco era bem elaborado, não corria risco de desabar e era muito bem revestido de metal.

As três acabavam de sair do buraco, agora estavam em uma vasta planície, poucas árvores nasciam naquele local, e havia muita vegetação rasteira. O céu estava plúmbeo, já amanhecia, mas o sol era tampado pelas espessas nuvens. Diversos monstros rondavam o local, mas pareciam não se importar com as jovens, eles estavam correndo para suas tocas, com medo do gigantesco dragão que atacava Clock Town.

— Que criatura é aquela?? — perguntou Anju assustada ao ver o dragão que atacava a cidade.

— Ah, é um conhecido meu. — riu Samus. — Onde temos que ir agora? Precisamos encontrar alguém que saiba da localidade das Time Gears e depois algo que possa criar dimensões.

— Conheço um local macabro que poderiam encontrar essas criaturas bizarras, precisarão de um pouco de sorte para encontrá-las, mas elas são extremamente perigosas. — respondeu Anju apontando para uma área naquela planície que levava até um canyon.

— Com seu braço assim, vai ser difícil nos defendermos tia Samus! — comentou Adeline.

Samus pensou um pouco e observou as misteriosas montanhas que cobriam aquela passagem mas respondeu:

— Não deixarei que nada aconteça com vocês, vamos para o canyon, é o único jeito!

 

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Dark Link estava sentado em frente à pousada, desenhando alguma coisa em um pequeno pedaço de papel queimado, quando Miracle Matter surge de um portal, ao seu lado.

— Dark Link, onde está a Time Gear? — perguntou a criatura.

— Toma... — Respondeu sem mesmo olhar para Miracle Matter.

— Hum, parece que está desenhando algo importante. — respondeu irônicamente.

— Tó a Time Gear e vai embora, daqui a pouco eu vou...

— Hum, parece que seu amiguinho está... Destruindo a cidade... Mas que raios você está desenhando? — perguntou Miracle Matter, curiosamente — Espere, mas esta é uma das jovens do grupo dos pirralhos!

— Você conhece ela?? Se você contar pro Witch King vô pega muito mal! Ele vai me zuar pelo resto da vida! — disse Dark Link, parando de desenhar, preocupado.

— Hohoho, vejo que está sem problemas aqui, então já vou indo... — riu Miracle Matter, pegando a Time Gear, criando um portal e partindo.

— Não! Não! Nem pense! ...Maldição... — balbuciou Dark Link frustado, voltando a sentar-se e continuando seu desenho.

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Samus, Adeline e Anju preparavam-se para entrar na vasta terra amaldiçoada, conhecida como Ikana Canyon. Suas terras inférteis, foram a anos um cenário de guerra, uma grande batalha da tribo dos Garos, que agora rondam estas terras como espíritos que transmitem tristeza e ódio.

Elas entravam em um local conhecido como Canyon Pass, um desfiladeiro rochoso com estátuas antigas e outrora repleto de inimigos, mas que jazia vazio, dando presença somente a rochas e pedregulhos. Elas andaram até aproximar-se de uma grande parede de pedra, que erguia-se com toda sua grandeza, algumas rochas podiam ser escaladas para chegarem ao topo, e assim fizeram, com um pouco de dificuldade subiram a grande parede, se seguissem para o oeste dariam as caras com o temível Ikana Graveyard, mas não pretendiam ir para lá.

—Olhe só esta árvore morta. Que estranha... — comentou Adeline.

— Esta terra a muito tempo fora amaldiçoada, dizem que um povo ancestral conhecidos como Garo travaram uma guerra aqui. Esses reinos possuem uma história de escuridão, manchada de sangue e ódio, e até hoje é um local onde atordoados espíritos ainda residem. — respondeu Anju.

Adeline assustou-se e segurou mais forte na perna de Samus.

— Anju, seria melhor se você não tivesse contado esta história... — comentou Samus.

— Perdoe-me, não era meu objetivo assustar a pequena... — desculpou-se Anju.

 

Elas continuaram caminhando sobre o canyon, a terra começava a revelar-se morta, nem mesmo grama brotava, segundo as lendas, o rio que nascia da grande gruta assombrada permaneceu vazio por anos, um fantasma lançou uma maldição em suas águas, e tão sem vida vai prevalecer, para sempre amaldiçoado.

Vozes pareciam ecoar no vento, uma maldade que não dorme, nas rochas parecia que existiam rostos estampados, criaturas mortas a muito tempo no passado, e agora apenas suas memórias permaneceram nas paredes. Aquela terra mórbida e sombria estendia-se, para além de onde os olhos alcançavam. E bem ao longe, uma construção conhecida como Stone Tower, pouco se conhecia sobre aquele lugar que permanece um mistério.

 

 

 

— Olhe este rio, a água parece tão estranha... — comentou Adeline.

— Dizem as lendas que... — dizia Anju , antes de ser interrompida por Samus.

— Vai fazer ela nunca mais dormir a noite... — respondeu Samus, baixinho.

— Desculpe, é que eu gosto tanto destas histórias de locais remotos, ainda mais deste Canyon que possui lugares tão magníficos. — respondeu Anju.

— Se o Steven estivesse aqui ficaria louco! Olhe a quantidade de coisas históricas. — riu Samus.

 

A vasta terra estendia-se, elas sentiam-se observadas, parecia que criaturas de um mundo antigo as observavam, na verdade, algo realmente as observava. Samus parou por um minuto e virou rapidamente seu rosto, mas não havia nada... Aquela estranha sensação de que estavam sendo cautelosamente seguidas permanecia.

— Os mortos estão no seguindo... Eu não posso ver, mas sinto que há uma sede por sangue em nossa volta... — sussurrou Anju.

Adeline segurava-se com força em Samus, com medo de qualquer coisa que podia acontecer. De repente , Samus moveu-se rapidamente e por sorte, não foi pega por uma lâmina invisível, que fizera um pequeno corte em seu rosto. Adeline e Anju gritaram , não sabiam o que fazer.

— Não é possível, mas o que é isso? — perguntava Samus movimentando-se para não ser acertada. Alguma coisa tentava matá-las, mas não podia ser visto, era invisível, um sussurro naquela vasta terra, uma maldição interminável.

Mais do que de repente, um grande portal abriu-se, revelando Phantom que surgira, começando a lutar com o vento. Não um vento, mas sim um espírito.

— Phantom! — gritaram Samus e Adeline.

O cavaleiro lançou uma onda de raios, que revelou uma misteriosa criatura. Ela vestia um manto marrom, com símbolos a muito esquecidos pela raça humana, o manto cobria todo seu corpo, inclusive seus olhos que permaneciam em segredo, e em suas duas mãos, lâminas perfeitamente manuseadas por pessoas que certamente sabiam lutar com técnicas antigas. Seus olhos eram penetrantes, pareciam o vazio, não tinha alma, não tinha vida, era um espectro.

 

Phantom  continuou a lutar com a criatura, apesar do cavaleiro ser extremamente poderoso, a criatura era astuta, ela movia-se rapidamente e aplicava golpes velozes em Phantom, mas ele com sua grande lança cravou a criatura no chão, não matando-a mas deixando-a de modo que não pudesse mais lutar nem se mover no momento.

— Lamentável, você foi um rival espetacular. Para ti revelo minha sabedoria, cavaleiro. Não percam mais tempo procurando pelo artefato deste lugar, ele já foi encontrado. Corram e recuperem as misteriosas engrenagems ou será tarde demais, o tempo não para. — disse a estranha criatura.

Phantom ouvia tudo com muita atenção, assim como Samus.

— Morrer sem deixar um cadáver... Essa é a maneira de nós, Garo. — disse a criatura, que distanciou-se um pouco e desapareceu novamente.

— O que houve? — perguntou Samus.

— Eles têm sido incapazes de esquecer seus dias de vida, mesmo depois de mortos, seus espíritos continuam a vagar na escuridão. — disse Anju.

— Obrigado pela ajuda Phantom! — disse Samus dirigindo-se em direção ao cavaleiro. — Vocês ouviram o que a criatura disse? Acho que deve ter acontecido alguma coisa com Cynthia, temos que ir logo! Anju, agradecemos sua ajuda, foi de muita utilidade, mas agora que nos separamos novamente. A não ser que deseje vir conosco.

— Eu entendo, minha vida deve continuar na pousada, tenho que ver se aquele dragão não fez muitos estragos nela. Foi fantástico acompanhá-las, desejo-lhes muita sorte em sua busca!— respondeu Anju.

— Até breve! E obrigada por tudo! — respondeu Samus. — Phantom, crie um portal e leve-nos para a base!

 

Assim o cavaleiro criou um grande portal levando Samus e Adeline junto, deixando Anju naquela vasta terra amaldiçoada. O vento soprava fraco sobre seus cabelos, Anju continuava olhando para o nada, desejando-lhes a maior das sortes. As criaturas não apareceram mais, permitindo que ela voltasse calmamente para Clock Town. Anju olhou uma última vez para o horizonte e pensou um pouco se deveria ter ido com elas. O tempo não para, que outros perigos os aguardam? 

 

 

 

 


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