Infinity escrita por Hikari Mondo


Capítulo 3
Resgate


Notas iniciais do capítulo

Olha quem está ressurgindo das cinzas pra trazer um capítulo!
Em lembrança ao 1 ano desde a última atualização de Infinity, trago-lhes um capítulo novo! Eu nem acredito, estou super feliz de poder postar!
Este capítulo está dedicado super muito, imensamente, tremendamente a KL Corregio, que além de comentar a história também betou este capítulo para mim! Você é muito poderosa, minha idala KL! hahahahaha
Notas finais explicativas.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/707849/chapter/3

A vida de Temari nunca fora fácil. Talvez por isso ela não se incomodava tanto com adversidades como muitas pessoas que conhecia. Na época do Disastre de Ulysses, ela era pequena demais para entender o que estava acontecendo. Tudo que ela sabia é que eles precisavam se abrigar para evitarem os grandes meteoros que começaram a chover na Terra. O esforço da fuga fez com que sua mãe, já fragilizada e com dificuldades para andar devido à gravidez, entrasse em trabalho de parto durante o incidente, tendo sido apoiada e guiada pelo tio de Temari até uma tenda médica improvisada na proteção. Ela e seu irmão não puderam segui-los, ficando sozinhos enquanto o mundo parecia ser destruído.

A posição importante do pai dela como líder de um vilarejo garantiu a ela e sua família um pouco de proteção que não foi concedida a ‘meros mortais’. Mas mesmo com esta posição, seu tio voltou apenas com seu irmão recém-nascido. Sua mãe partira no mesmo dia que o mais novo dos irmãos nascera. Após vários dias de chuva de asteroides, o estado dos abrigos era precário, o que obrigou a saída deles em busca de mantimentos e ar fresco. Mas isso apenas os fez descobrir que a terra que até então eles conheceram por lar fora devastada, se tornando um deserto improdutivo e inabitável.

A família toda mudou-se para uma das áreas de refugiados. Novamente a posição de seu pai lhe proporcionou certa ‘vantagem’, permitindo que eles ficassem em uma zona mais refinada, apenas assistindo através das altas torres os demais refugiados, que chegavam com quase nada cada vez em maior número. Seu pai, devastado pela morte da esposa, se afundou no serviço ‘em prol do povo’ e abandonou emocionalmente a familia. No fundo ele sempre culpara o filho mais novo pela morte de Karura, o que gerou uma profunda tensão entre eles, e isolou o mais novo dos demais.

Às vezes, olhando pelas janelas da mansão onde morava, Temari olhava a cidade por cima, vendo os demais refugiados, que mesmo com tão pouco ainda conseguiam encontrar conforto e alegrias uns com os outros, e desejava ser como eles. A posição social de seu pai fizera com que ela não se encaixasse nem com os membros ricos e afortunados de países que quase não foram atingidos, e nem com os refugiados que nada tinham. Ela e seus irmãos viviam isolados, sem pertencer a nenhum grupo, contando apenas com eles mesmos.

Um dia, seu tio morrera em um motim na cidade. Ninguém chegara a falar nada para eles quando Yashamaru simplesmente sumiu, mas Temari ouviu o suficiente através de paredes e de boatos para saber o que tinha se passado. Seu pai nem se abalara com a notícia, aparentemente sem mais capacidade de sentir qualquer emoção. Seu pai fora assassinado em um tipo de golpe político. Temari sentiu algo estranho quando soube. Não era bem uma tristeza, mas uma sensação de vazio. Mas nenhum dos três irmãos sentira falta de verdade do pai – ele tinha morrido a muito tempo.

Talvez por isso, ter Viper agindo de uma forma tão paternal com ela lhe trazia sentimentos conflitantes.  Ao mesmo tempo que lhe dava uma sensação de calor e afeto, fazia com que ela se sentisse incomodada pela atenção. Especialmente porque ela não estava fazendo nada para merecer tais ações – ela nem sequer podia falar com eles.

Viper era o típico paizão. Aquela pessoa que exige muito de você, quer ver o seu melhor, mas está sempre ali para te proteger.  E neste momento, ele estava fazendo tudo isso ao mesmo tempo, e provavelmente mais do que ela podia se lembrar que seu próprio pai fizera em sua vida.

Sua missão anterior fora um sucesso. O centro aeroespacial saiu ileso, e eles estavam investigando a natureza da carga transportada. Ninguém sabia ainda ao que eles referiram com o primeiro grupo ter atingido seu destino. Mas eles mal tiveram tempo de descansar depois daquela missão, e já partiram nesta.

Agora, eles estavam em uma missão de resgate. Um grupo de nove executivos da mais alta classe foi sequestrado, e o resgate estava sendo liderado pelas forças militares regulares da UNF. O objetivo deles era apenas oferecer suporte operacional em ar, indo a frente para destruir os locais de vigilância e abater quaisquer inimigos e armas anti-aéreas, para garantir que o comando especializado em resgate chegue tranquilamente até o local, já que os últimos só possuíam artilharia de ar leve. Uma vez que os reféns estivessem seguros, eles deviam apenas dar suporte para levá-los de volta até a base da UNF.

Na teoria, uma tarefa simples. Na prática, nem tanto. O comando de resgate não possuía nenhuma defesa quanto a fogo anti-aéreo. O que significava que eles precisariam eliminar todas instalações de inimigos. E eles estavam agora sobrevoando o território inimigo, então estes estavam com uma vantagem bem maior. Eles estavam se aproximando através de um vale, para  manter certa cobertura, então uma vez que detectassem a presença deles, seria fácil prever sua trajetória. Por isso, os ataques precisavam também ser efetivos. E era aí que Viper entrava. Ele estava não só dando suporte e cobertura para ela quando ela não era tão efetiva em seus tiros – afinal, acertar alvos terrestres era diferente de combates aéreos, você precisava da altitude certa, e do momento certo, e caso errasse precisaria fazer uma manobra e voltar, uma vez que os alvos em terra eram fixos. Para evitar esses retornos desnecessários, ela estava indo a frente, fazendo a primeira ‘limpeza’, enquanto Viper vinha atrás finalizando. Omega e Bronco faziam algo similar ao lado deles, embora sem nenhum tipo de acordo verbal.

E Viper não só estava lhe fornecendo cobertura, mas também estava lhe passando um pequeno ‘treinamento de voo’, que ele sugeriu chamar de Seminário para Ás do Viper. Omega é claro tirou sarro a respeito do nome e do sábio conselho de Viper, e também criticou Goodfellow por pensar só em ‘dinheiro, dinheiro e dinheiro’ o dia todo. Goodfellow respondeu que eles precisavam do dinheiro para comprar novas aeronaves para uma certa pessoa que era derrubada frequentemente.  Tiros e mísseis vinham na direção deles o tempo todo, mas os três ainda tinham tempo para manter conversas leves. Temari podia dizer que se sentia bem com aquilo.

“<< Cara, se você continuar com isso nós vamos um Viper Jr na nossa equipe em breve.>>” Omega reclamou. De novo. “<>”

“<>” Viper respondeu com a voz calma, sem preocupações. Nem parecia que eles estavam trocando fogo ali. “<>”

“<< Você pode dizer que sim>>” Goodfellow soou indiferente. Talvez ele não fosse tão esperançoso quanto Viper.

“<<  1km para o destino. Nós agradecemos a ajuda, piratas.>>” Este era o Comandante Bertz, o responsável pelo Comando de Resgate. Felizmente o canal interno dos Arrows não era compartilhado com os demais membros da UNF – havia um canal específico para isto.

“<< Hã? Sinais de radar de trás, respondendo a IFF*. Aliados? >>” Perguntou Omega – pela primeira vez soando sério na missão.

Naquele momento, um esquadrão em formação passou sobre eles em alta velocidade, a formação perfeita sendo mantida.

“<< Edge para Slash. Parece que os piratas chegaram na frente .>>” Uma voz arrastada soou através do rádio.

“<< É, é >>” Outra voz soou despreocupada. “ << Muito obrigada pelo ato de abertura. Nós assumimos a partir daqui. >>” O tom de voz mudou. Ao que tudo indicava , ele estava falando agora com o esquadrão dela.

“<< Aí estão eles. Eu vejo as linhas únicas em seus lemes. >>”

E aí estavam eles. O Esquadrão Konohabacks. Um esquadrão de elite de combate tático da UNAF*. Nas palavras de Goodfellow ‘diferente de vocês, eles são uma força tão de elite quanto se pode chegar a ser’. Ele também os alertou que se eles não acumulassem mais alvos derrubados que eles, isso traria um impacto no lucro do Arrows – logo, no de cada um deles.

O líder do esquadrão, Slash*, era um cara normalmente descontraído, mas se envolvia profunda e resolutamente nas coisas que fossem necessárias. Como piloto, dizia-se que ele era bem convencido, e continuamente vangloriava seu esquadrão. Não sem razão, seu esquadrão era conhecido pela rápida supressão das forças inimigas, e ele mesmo tinha um recorde sem igual em abatimentos como um ás da aviação. No entanto, seu maior orgulho estava no feito de que ele nunca perdera um colega de vôo. Sob seu comando, Slash preferia garantir que todos os Konohabacks voltassem em segurança para a base do que abater mais inimigos ou fazer mais dinheiro que os demais.

Já Edge*, o segundo em comando, tinha uma fama de ser um piloto muito talentoso e um incrível estrategista. Muitos questionavam sua posição como segundo em comando devido a sua tenra idade. Ninguém sabia ao certo que idade Edge tinha, mas todos concordavam que ele era muito jovem para uma posição tão importante em um esquadrão de elite. No entanto, boatos diziam que muitos pilotos experientes já haviam o desafiado, e ele superara todos eles.

“<< Pff... Estúpidos emblemas de arte moderna. >>” E claro, ele não podiam ficar sem algum comentário de Omega.

“<< Aqui é Sky-Eye, afiliado da UNF. Eu estarei direcionando as operações de combate para todas as aeronaves ativas. >>”

“<< Aqui é Goodfellow. Nós estamos começando agora as operações em conjunto. Sky-Eye assumirá o comando para todas as unidades do Arrows. >>” Ah, é claro, haviam outros esquadrões do Arrows além do Suna-Arrow nessa missão. Mas o nosso é o que tem o ás, isso deve significar algo. Temari pensou consigo mesma.

“<< Todas as unidades do Konohabacks. Apenas ignorem esses palhaços e prossigam sua missão normalmente. >>” Será que ele não sabia que ele estava falando no canal aberto, ou será que ele estava fazendo isso de propósito? Temari se perguntava se ele era estúpido o suficiente para não perceber, ou se ele realmente queria provocá-los e mostrar quão insignificantes eles eram. Temari odiava ser considerada insiginificante.

‘Hahaha, você não vai durar 10 segundos lá em cima.’ ‘Deixe que os homens te mostrem como se faz, querida.’ Flashs vieram em sua mente, e Temari tratou de afastá-los. Ela não deixaria ninguém subestimá-la.

“<< Destruam seus alvos antes que esses idiotas de elite peguem eles. Eles vão tirar todo nosso dinheiro. >>” Goodfellow reclamou. Pelo visto não fora só ela que ficou irritada.

“<< Entendido! Seu pior pesadelo, né?? >>” Ômega provocou, como sempre, zombeteiro.

“<< Seminário para Ás do Viper 103: Novato, você tem que estar faminto! >>” Isso nem precisa dizer!  “<< Se você é ‘elite’ ou não não significa nada. Você se sai bem em batalha, você ceifa as recompensas. É assim que nós operamos, nunca deixe eles pegarem sua presa. >>”

“<< Vamos lá, Reaper! >>” Até Ômega entrara na onda motivacional. Não que Temari precisasse de mais motivação neste momento. Afinal, eu sou o Ceifador. Hora de ceifar alvos e recompensas!

Seu radar apitava alvos a sua frente, e ela mal começara a ajeitar seus mísseis e um veio em sua direção. Mas o inimigo estava muito longe, foi uma evasão rápida e fácil. Pelo visto eles entendem pouco de batalha. Era no mínimo estranho que eles deixassem pilotos tão mal preparados para proteger uma base onde supostamente estariam seus reféns.

“<< Aqui é o Tenente Bertz do Controle Aéreo Avançado da Marinha. Nós temos SAMs* posicionados em nosso caminho. Requisitando apoio de fogo. >>”

“<< Sky-Eye para todas as unidades. Protejam a zona de aterrissagem dos helicópteros . Destruam todos os locais de misseis anti-aéreos. >>”

“<< Konohaback aqui. Wilco, Sky-Eye.” Slash falou no canal aberto, com uma única frase já avisando a todos os esquadrões  suas intenções e aos seus subordinados as suas ordens. No canal fechado ele deve ter dito algo mais, porque todo seu esquadrão abriu um pouco mais a formação e formaram uma linha que avançava como uma parede em direção a área de pouso.

Temari se aproximava também, um pouco atrás mas com uma altitude bem menor que a linha única dos Konohabacks, e enquanto travava a mira em seu alvo, começou a ouvir seu radar apitar um alerta de míssil.

Ela disparou assim que sua mira travou, e logo depois iniciou sua manobra evasiva, apenas para ver como o míssil que Edge lançara destruira seu alvo primeiro, fazendo com que o tiro dela fosse desperdiçado. Temari inclinou um pouco sua aeronave, voltando-se para outro alvo, apenas para este novamente ser destruído por Edge assim que ela conseguiu a mira.

“<< Não deixe eles pegarem todos. >>” Ômega se apressara em manifestar o óbvio, novamente. Não que Temari não estivesse acostumada a essa altura.

Temari mirou em mais um alvo, e desta vez o destruira, mas logo ela percebeu que se tratava de um alvo menor – apenas um torre de tiros, nada que pudesse abater um avião andando. Mas poderia matar homens que descem de um helicóptero. Ela se disse em consolação.

Ela buscou novamente outro alvo, e estava pronta para disparar quando outro Konohaback o destruiu. Será que esses caras não sabem dar um tempo? Ela se perguntou, um tanto irritada, mas mais consigo mesma por não conseguir ser tão efetiva.

“<< Rápido, ou nós vamos ser derrubados! >>” Mas pelo visto eles também não estavam atingindo as expectativas, já que Bertz gritara para apressá-los. Temari não tinha certeza se as expectativas não estavam altas demais.

“<< Quantos SAMs nós temos? >>” Finalmente uma pergunta séria e construtiva de Ômega.

“<< Três ao total. >>” Respondeu Sky-Eye. “<< Ataquem e destruam. >>”

“<< Sinto muito, piratas. >>” Apesar de suas palavras, o tom de voz de Slash não parecia nem um pouco pesaroso. Temari pouco o conhecia, mas já estava pegando antipatia por Slash.

Logo que ele dissera isso, ele e Edge mergulharam, reduzindo sua altitude e aumentando sua velocidade para ficarem mais a frente dos outros dois, em uma variante do fluid-four.

“<< Uou, relaxa, cara. >>” Se Temari pudesse, ela botaria a mão sobre seu rosto, em vergonha alheia por Omega. Será que ele não percebera o quanto Slash queria implicar com eles?

Neste instante, Edge deu apenas uma leve inclinada em sua aeronave, distanciando da linha reta que o grupo seguia, enquanto Temari acelerava para chegar mais a frente. Ele atirou um míssil, e logo retornou a sua posição na rota do grupo. O resultado foi anunciado logo em seguida.

“<< Primeiro SAM inimigo destruído. >>” Como ele fizera aquilo, Temari se perguntava. Foram apenas alguns segundos, fora da rota, e inclinado. Não deveria ser tão rápido para travar sua mira numa manobra assim.

Temari mirou em alguns outros alvos menores no caminho, enquanto se aproximava do objetivo. Ela destruiu vários deles – embora não fossem muita coisa, a falta de concorrência os tornava alvos e dinheiro fácil.

Mas talvez ela comemorara cedo demais. Ela atirou em outra torre de vigilância, no entanto outro míssil que a destruiu. Edge. Era fácil de reconhecê-lo frente aos outros. Embora todos os aviões dos Konohabacks fossem iguais – mudando apenas o numero de linhas em seus emblemas de acordo com o numero na hierarquia – Edge era fácil de reconhecer pelo seu tipo de voo. Ele parecia fazer um voo despreocupado, mas ao mesmo tempo ele conseguia – de alguma forma – fazer com que seus inimigos fizessem o que ele queria, e aprisioná-los facilmente. E embora Temari não fosse inimiga dele, ela era sua adversária, e sentia que ele estava a conduzindo para uma espécie de armadilha, e enquanto ela tentava se esquivar de uma ele aparecia com outra.

Esse pensamento desagradou a Temari. Ela estava acostumada a ser a estrategista e pegar seus adversários, e não o contrário.

Neste momento, Temari  viu um dos SAMs, e decidiu que ela iria virar as coisas ali. Ela se aproximou diretamente, acelerando, e logo todos os mísseis e tiros estavam vindo em sua direção. Tudo que Temari podia fazer era se esquivar enquanto se aproximava. Um pouco atrás dela, Edge aproveitava-a como isca enquanto atingia o alvo.

Temari se maldizia por dentro pela ideia. Ela se sentia  aprisionada pela sombra de Edge. Ela teria que ao menos tentar lutar para conseguir causar algum dano no SAM e não deixar todo crédito para ele.

Mas então, algo inesperado aconteceu. Quando o SAM estava quase totalmente destruído pelos mísseis de Edge e Temari estava quase conseguindo travar sua mira no alvo, Edge simplesmente se virou e seguiu para o próximo alvo. Quase como se ele tivesse desistindo. Temari atirou e finalizou a destruição do SAM.

“<< Segundo SAM inimigo destruído. >>”

Mas ela não se sentiu feliz. Em tese, o abatimento foi dela. Mas o sabor amargo de saber que, na prática, quem ganhara fora Edge, lhe deixava uma cicatriz em sua dignidade.

“<< Um local SAM restante. >>”

“<< Ohh, você ainda está aí? >>” A voz de Slash soou debochada. “<< Eu esperava que o Grim Reaper* já estivesse no seu próximo alvo agora. >>”

“<< Eu vou pegar esse. >>” A voz arrastada mas determinada de Edge soou pelo rádio.

“<< Ei, eu não preciso de nenhum bebê roubando nossos doces. >>” A voz dura e firme de Viper soou pelo rádio, como quem está defendendo seu pupilo – e o incentivando ao mesmo tempo. Temari se sentia cada vez mais como se a relação de professor-aluno entre ela e Viper se estreitava a cada missão. Mas como isso é possível? Eu nem respondo...

“<< Hmpf. Você não deveria estar numa casa de repouso a essa altura? >>” Edge soava até aborrecido, entediado, enquanto respondia a Viper. Como ele podia estar entediado em meio a uma batalha? Temari estava a todo momento desviando ataques, tiros e mísseis, em uma frequência interminável, enquanto no meio disso estava a destruir vários alvos terrestres: tanques, reservatórios de combustível, torres de vigilância.

“<< HA. Muito bom. >>” O tom de Viper era irônico, indicava que ele podia ter achado qualquer coisa do que Edge dissera, mas definitivamente não ‘bom’.

“<< Edge, pare de gastar seu tempo com esses caras. >>” Slash tinha um tom neutro, mas seu desprezo era evidente. Aparentemente ele queria dar um gelo e ignorá-los por completo. O que é no mínimo engraçado, Temari pensou consigo mesma, ele que começa provocando e depois ordena seu subordinado a ignorá-los.

“<< Prossigam com a operação imediatamente. >>” A ordem de Sky-Eye surgiu como para lembrá-los de seu objetivo. “<< Todos os voos. Há apenas algumas instalações inimigas restantes. Continuem a atacar. >>”

Todas as aeronaves já estavam a caminho do último SAM, que ficava um pouco mais afastado, e todos estavam simplesmente seguindo o caminho mais curto até lá. No entanto, Temari percebeu uma espécie de muralha de defesa inimiga nas encostas nas montanhas que circundavam o local de aterrizagem, então inclinou seu avião para a direita, tomando o caminho mais longo, mas onde poderia abater estes alvos menores.

Abatê-los foi simples. Eles não eram preparados para defesa aérea – até porque ficavam bem escondidos – e possivelmente estavam posicionados de maneira a evitar a chegada de embarcações indesejadas através do rio que corria no vale. O que fazia sentido, considerando como era dificil achar e formar pilotos desde o Desastre de Ulysses.

 Uma pena que eles resolveram mexer com pessoas que tem aviões.

Quando, depois de percorrer o caminho rente as montanhas, Temari percebeu que ela havia chegado a tempo de participar do abate do último SAM, ela ficou contente. Viper e Omega já estavam fazendo suas contribuições, enquanto Bronco estava um pouco atrás dos Konohabacks. Aparentemente, ele nem estava se dando ao trabalho de participar da implicância dos grupos, e se contentava com os alvos que ninguém queria, na encosta da outra montanha.

Pelo que Temari poderia analisar dos Konohabacks, embora Edge e Slash fossem ótimos pilotos e abatedores, os outros dois eram menos maduros – não necessariamente maus pilotos, apenas longe do nível de Edge e Slash, e isso estava atrasando o grupo para a chegada no último local SAM. Temari deu um sorriso de lado, e guinou sua aeronave com tudo, mergulhando por baixo da formação dos Konohabacks – baixo demais, diriam os conservadores – e então vendo o alvo desejado bem a sua frente.

Temari sabia, que pela altura e velocidade que ela tinha colocado para esta manobra, que ela teria apenas uma única chance para atingir seu objetivo. Vamos lá Temari, hora de mostrar do que você é capaz. Sua mira travou, mas Temari esperou o momento certo. Só mais um pouco....

Ela atirou, e logo foi obrigada a subir sua aeronave. “<< Bom tiro! >>” Temari ouviu Omega em seu rádio, e logo a voz neutra de Sky-Eye.

“<< Mísseis anti-aéreos offline. >>” Temari comemorou consigo mesma. Nenhum dos Konohabacks se manifestou.

“<< Obrigada pela ajuda. Iniciando aterrisagem. >>” Bertz avisou.

“<< Todas as unidades aéreas, cuidem da área e destruam as posições inimigas restantes. >>”

Temari mirou em outro tanque de combustivel, e quando estava sobre sua mira atirou, apenas para ver seu alvo novamente destruído por um míssel de Edge.

Qual é?! Porque ele não pode pelo menos destruir os alvos antes de eu atirar, para poupar meus mísseis? No entanto, Temari não se sentia mais tão indignada com Edge ou consigo mesma. Ela conseguira mostrar que, mesmo tendo perdido uma vez, ela tinha seu próprio valor.

“<< Aterrisagem completa. Nós estamos entrando. >>” Bertz anunciou. E agora, a missão de resgate se iniciava.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Se chegou até aqui, poderia fazer esta humilde leitora amadora mais feliz comentando sobre o que achou do capitulo, o que gostaram ou não e o que acham que vai acontecer. Até o próximo!

Notas explicativas:

9- IFF: Identification friend or foe, Identificação amigo ou inimigo: é um sistema para separar naves tanto civis quando militares como amigáveis ou inimigas. Se a nave responde a um IFF, ela é aliada.
10 – UNAF: United Nations Air Force, Força Aérea da Nações Unidas
11 – Slash: cortar, especialmente com um movimento profundo e violento, geralmente com uma faca ou espada ou similar
12 – Edge: Fio, lâmina, gume
13 – SAM: Surface-to-Air Missile, Míssil Superfície-para-Ar. Como o próprio nome indica, é um missil de terra destinado a destruir aeronaves inimigas.
14 – The Grim Reaper: A personificação da morte, “O Ceifador Severo”.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Infinity" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.