Só mais uma missão - (Contos do Branco e Vermelho) escrita por emrys


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

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A sensação de invocação era uma experiência curiosa, tanto para o invocador quanto para o invocado. Iris sentia-se como se seu corpo estivesse sendo puxado para baixo, todos os seus sentidos foram tirados dela nesse momento, permanecendo apenas sua consciência, enquanto se lembrava de tempos antigos, quando a rebelião da Estrela Dalva abalou toda a estrutura dos sete Céus. Uma batalha em que, apesar de já estar ganha, seus irmãos e irmãs continuavam a lutar e morrer, por motivos que, naquela época, ela sequer sabia o real motivo. Naquele dia uma flecha atirada de algum lugar rasgou a lateral de seu abdômen, isso somado ao cansaço de anos de guerra a levaram ao chão, o impacto com o solo intensificou a dor que sentia deixando-a imóvel por alguns segundos, olhou para cima e apenas enxergava pequenos pontos de diferentes cores correndo pelo céu, e quando duas cores diferentes se encontravam uma apagava a outra. Teve vontade de gritar, de pedir para que parassem com tudo aquilo, mas que razão ela tinha? Sua própria espada já apagara muitos outros daqueles pontos. A dor aumentou, Iris se contraía no chão, indefesa e sozinha. Uma sombra pairou sobre ela, sua visão turva não conseguiu discernir quem era, mas pode ver a espada por cima de sua cabeça pronta para cortar seu pescoço. Sem forças para revidar ela não tinha o que fazer, fechou os olhos aguardando que sua luz fosse apagada. Barulhos da espada acertando o chão acima de sua cabeça fizeram-na reabrir os olhos, a sombra voava para longe, agora uma luz castanha a erguia do chão para lhe proteger.

— Vai ficar tudo bem, vai ficar tudo bem. – Ela falava com Iris. – Eu me chamo Hemã. Não vou deixar que machuquem-na. - Iris desmaiou, mas foi salva, retomando a consciência dias depois do ocorrido.

Voltava a recobrar a consciência, estava deitada no chão de algum lugar mal iluminado pelas velas ao chão ao seu redor. Sentia-se como se uma parede tivesse caído em sua cabeça, o corpo era pesado e não se sentia firme o suficiente para levantar, mas uma mão a ajudou a se erguer.

— Finalmente você chegou, prazer em te conhecer, tenente. Eu me chamo Ruman,  sou soldado do 5º batalhão e seu companheiro nessa missão.


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Notas finais do capítulo

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