Lances da Vida escrita por Nina Malfoy


Capítulo 4
CAPÍTULO 4 – Às vezes, quando você perde, você ganha...




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Título: Lances da Vida

Autora: Nina Malfoy

Beta: Samantha Tiger

Fandom: Harry Potter

Casal: Draco x Harry

Classificação: + 16

Gênero: Romance Colegial, Realidade Alternativa, Slash (Homem com Homem, entenderam???)

Resumo: Harry e Draco são namorados há pouco mais de três meses e mantêm o relacionamento deles em segredo. Ocorre que numa noite os dois são flagrados aos beijos... Situações fortes e conflituosas. Bullying, preconceitos e injustiças. Seriam os sentimentos deles grande o suficiente para sobreviver a tudo?

Avisos: Yaoi. Menção de Violência Física e Sexual, Estupro.

Disclaimer: Essa história é baseada nos personagens e situações criadas e pertencentes a J.K. Rowling, várias editoras e Warner Bross. Não há nenhum lucro, nem violação de direitos autorais ou marca registrada

Dedicatória: Dedico essa Fanfiction para minha grande amiga Samanta Tiger, que sempre me incentivou a escrever e sempre teve muita paciência para me ajudar e orientar. Minha primeira fic publicada é pra você Samie!! E é de Coração!!

LANCES DA VIDA

 

CAPÍTULO 4 – Às vezes, quando você perde, você ganha...

 

Sábado

— Bom dia, mãe! – cumprimentou Harry entrando na cozinha.

— Bom dia querido! Dormiu bem?

— Dormi sim. Obrigado por deixar o Draco ficar aqui em casa essa noite.

— Não foi nada. E ele pode vir aqui quando quiser. Falando em Draco, onde ele está que não desceu com você?

— Ele está tomando um banho.

— E como ele está? Ele me pareceu estar bem abatido ontem, sem contar os machucados visíveis. O que aconteceu com ele?

— Lucius não gostou de saber sobre a orientação sexual do filho.

— Você está dizendo que foi Lucius quem o machucou daquela forma?

— E essa não foi a primeira vez, mãe. Lucius tem o hábito de bater no filho há muito tempo.

— Como ele tem coragem de fazer isso com o próprio filho?

— E ele não fez só isso mãe.

— O que você quer dizer com isso, Harry?

— Dessa vez ele fez algo bem pior…

— Como assim fez algo pior?

— Ele tocou o Draco de outra forma...

— Meu Deus do céu, você não está dizendo que ele...

— Estou sim, mãe, ele fez exatamente isso que a senhora está pensando.

— ESSE HOMEM É UM MONSTRO!!!

— Mãe, não grite. O Draco não pode nem imaginar que contei isso a alguém, ainda mais a você.

— Coitado desse garoto, Harry. Eu nunca imaginei que Lucius Malfoy pudesse fazer isso ao filho.

— Apesar das surras, também não imaginei que ele pudesse chegar ao ponto de estuprar o próprio filho.

— E como ele está?

— Machucado! Mas bem, dentro do possível. E extremamente assustado e muito, mas muito envergonhado mesmo.

— Também não é pra menos.

— Mãe, ele só me contou porque não teve muita escolha, já que as marcas que Lucius deixou no corpo dele deixam mais que claro o que houve. Caso contrário, acredito que nem para mim ele teria contado.

— Temos que denunciar Lucius.

— Não! Não podemos fazer isso. Draco tem medo que isso só piore as coisas.

— Mas e a tia dele? Belatrix pode ajudar.

— Ele já pediu ajuda à tia e não adiantou nada. Ela contou a Lucius que o castigou 'pela mentira’.

— Mas Narcissa tinha outra irmã...

— Que ele nem conhece porque ela rompeu relações com a mãe dele quando ela se casou.

— Deve ter algum jeito de ajudá-lo. Vamos pensar em algo, eu prometo.

— Obrigado mãe. E por favor, não comente nada com ninguém. Draco é muito orgulhoso e não vai saber lidar com o fato de que outras pessoas saibam o que aconteceu com ele e menos ainda com fato delas sentirem pena dele. Ele não suporta humilhação e isso pra ele foi a pior de todas as que ele poderia ter sofrido.

— Não se preocupe com nada. Não contarei a ninguém. Confie em mim.

— Eu confio, mãe. — Ele vem vindo… – comentou Harry ao ouvir barulho na escada.

— Bom dia senhora Potter! – cumprimentou.

— Bom dia Draco. Dormiu bem? – perguntou Lilian.

— Senta aqui – convidou Harry para que o garoto sentasse à mesa ao seu lado, no que foi prontamente atendido.

— Sim, senhora Potter. – respondeu educado sentando-se ao lado de Harry.

— Por favor, Draco, me chame de Lilian – pediu novamente.

— Me desculpe. É força do hábito.

— Está tudo bem. Logo você se acostuma. Você toma leite como o Harry ou prefere um suco, ou café? – ofereceu.

— Leite está bom. Obrigado.

— Draco eu vou me arrumar que está quase na hora de eu sair pro jogo. Você se importa de terminar o café com minha mãe?

— Não. Pode ir. – respondeu Draco recebendo um selinho de Harry, que logo após saiu da cozinha.

— Draco – chamou Lilian após o filho ter saído.

— Sim, senhora Potter, digo, Lilian.

— Obrigada por ter voltado a namorar com o Harry. Ele gosta muito de você.

— Também gosto muito dele. – confessou meio envergonhado.

— Fico feliz em ouvir isso. O Harry cometeu alguns erros, mas está profundamente arrependido. A prova disso foi que ele contou a James sobre vocês ontem.

— Eu confesso que fiquei com medo do seu marido me por pra fora daqui a ponta pés.

— James nunca faria isso. Ele só tomou um susto. Ele, assim como eu, nunca imaginou que Harry pudesse ser gay, e ainda por cima estar namorando o garoto com quem ele passou boa parte da vida brigando.

— Isso é realmente surpreendente. Até hoje não sei como que acabamos namorando. Se me dissessem isso há quatro meses, eu teria rido da pessoa até não aguentar mais. – respondeu sorrindo.

— Eu imagino que sim. Vocês dois eram como água e óleo. Perdi as contas de quantas vezes fui chamada na escola por causa de brigas entre vocês. Mas estou feliz que vocês estejam juntos. Você é um bom rapaz Draco e faz muito bem ao meu filho.

— O Harry é que faz bem para mim.

— Quando ele não está sendo um babaca idiota.

— O Harry não é idiota. Babaca talvez, mas idiota não. – brincou o loiro vendo Lílian sorrir.

— Que bom que estão se dando bem – falou Harry retornando e encontrando a mãe e o namorado rindo. — O Ron ligou que já estão vindo me pegar. E Draco, eu liguei pro Zabini e avisei que você está aqui. Ele disse que chega em meia hora. – informou Harry.

— Não precisava ter feito isso. Não preciso de babá.

— Eu sei que não, mas ele estava preocupado com você. Só achei por bem informá-lo. E você ia ligar para ele de qualquer forma depois que eu saísse. Eles chegaram – disse Harry ao ouvir a buzina. — Você vai ficar bem? – perguntou preocupado.

— Eu sempre fico.

— Eu sei. É só pra ter certeza. – disse Harry dando um beijo um pouco mais ‘caliente’ que o necessário para a ocasião, sem se importar que sua mãe estivesse na cozinha vendo.

— Harry, pare com isso, se não te levo lá pra cima e você vai perder o jogo.

— Não é uma má ideia.

— hram-hram - Lilian raspou a garganta pra se fazer notar.

— Desculpa mãe. – pediu — E Você, Draco, não mudou de ideia? – perguntou Harry.

— Não. Não mudei.

— Bem, se você mudar de ideia e resolver ir ao jogo vou dedicar todas as minhas cestas e jogadas a você.

— Então talvez eu vá ao jogo para ver vocês perderam. Será divertido no fim das contas, mas não quero que saibam sobre nós. Será ainda pior.

— Mas Draco…

— Por favor, respeite minha decisão.

— Ok! Não direi nada se você não quer, mas somente por isso, por que se dependesse de mim todos saberiam.

— Eu sei que sim. E obrigado por isso. Agora vai logo antes que invadam a casa – disse Draco ao ouvir além da buzina, gritos chamando por Harry.

Harry ainda roubou mais um beijo do namorado antes de sair correndo.

*** Drarry ***

— O que esse cara faz aqui? – perguntou Ron ao ver Draco entrar no estádio da escola e sentar-se na arquibancada acompanhando por Zabini.

— Ele tem tanto direito quanto qualquer outro aluno de vir assistir ao jogo. – respondeu Harry.

— Mas ele não deveria ter vindo. Tanto ele quanto Zabini vieram só para torcer contra. – falou Ron

— E qual o problema disso? – perguntou Harry demonstrando irritação — Eles continuam no direito deles. Além do que não estão fazendo nada para te atrapalhar. Agora foque no jogo e esqueça o Malfoy.

— Harry está certo. Vamos todos nos concentrar. – falou Cedric ouvindo o apito do juiz para iniciar a partida que já estava no terceiro tempo.

—----------- Drarry -----------

— Eu não acredito que perdemos! – comentou Oliver.

— Se o Harry não tivesse sido expulso por faltas teríamos ganhado com certeza. – disse Fred.

— Não teríamos não. Vamos ser realistas, fomos massacrados. – admitiu Jorge.

— Nem mesmo com Malfoy e Zabini no time teríamos ganhado. – foi a vez de Seamus dizer.

— Mas talvez não fosse tão humilhante a derrota. O placar de 103 a 57 foi vexame total. – disse Dean.

— Nunca perdemos de uma diferença tão grande! Nem no ano passado que nem passamos da primeira fase. – endossou Oliver.

— Nossa única chance de vencer o próximo jogo é se Malfoy e Zabini voltassem pro time. – comentou Harry.

— Você está louco Harry! Nós tiramos Malfoy do time e não o queremos de volta. Eu não quero jogar com um gay no time. – falou o Oliver.

— Mas sem ele nossas chances de vencer são realmente pequenas. Talvez devêssemos pensar direito a respeito disso. – sugeriu Dean.

— Eu concordo. Talvez seja nossa saída. – disse Seamus.

— HARRY! HARRY! – gritou Neville entrando correndo no vestiário onde os garotos se trocavam a pós o jogo.

— O que houve?

— O Ron. Ele surtou de vez. Ele e Malfoy estão brigando lá na quadra.

— Droga! – disse Harry saindo correndo e sendo seguido pelos demais.

Harry chegou a tempo de ver Ron dar um soco no rosto do loiro que acabou caindo e levando vários chutes em seguida. Zabini estava sendo preso por Cedric e McLaggen, que o impediam de ajudar Draco, enquanto alguns alunos que ainda estavam na quadra assistiam sem fazer nada, assim como as líderes de torcida.

— PARE COM ISSO RON! VOCÊ FICOU LOUCO? O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO? – Gritou Harry entrando da frente de Ron e indo acudir Draco caído no chão, enquanto Fred e Jorge seguravam o irmão. — Você está bem, Draco? – perguntou ao loiro agachando ao lado dele. Draco tinha os lábios e o supercílio esquerdo cortados e sangravam devido ao soco.

— Estou, Harry. São só cortes, não sou de vidro. – disse se levantando com a ajuda de Harry.

— Esse veado filho da puta sabia que não tínhamos chances hoje e veio aqui para rir da nossa desgraça. Ele vibrou com cada cesta do time de Durmstrang. – falou Ron exaltado.

— O que você queria que ele fizesse depois de terem tirado ele do time, Ron? Que ele viesse aqui torcer para que ganhássemos? – falou Harry também exaltado defendo Draco.

— Ele não deveria nem ter vindo. Ninguém o quer aqui – respondeu Ron.

— Por que a presença dele te incomoda tanto? O foi que ele fez para você odiá-lo dessa forma? – perguntou Harry bravo.

— O que ele fez? Você esqueceu tudo o que ele já fez pra mim, pra nós? Ele fez da minha vida um inferno! Quantas vezes não fui humilhado por essa bicha e os amigos dele?

— Isso não é motivo para atacá-lo desse jeito. Ele nunca te agrediu fisicamente.

— Por que você está defendendo tanto ele, Harry? Vocês nem são amigos. – perguntou Ron.

— Por que não é certo o que estão fazendo. Ele é o melhor jogador de todos aqui. Ele merecia estar nesse time.

— MAS ELE É GAY! – gritou Ron novamente.

— E o que isso muda? Ele sempre foi o melhor jogador do time independente de qualquer coisa. Ou você acha que ele se tornou gay no dia em que você descobriu que ele gostava de garotos. Ser gay não faz ele jogar melhor ou pior.

— Harry, esquece esse assunto. – pediu Draco que agora era apoiado por Zabini que havia se soltado dos garotos que o seguravam. — Está tudo bem. Blaise vai me levar para casa agora.

— Você está machucado! Precisa passar no pronto socorro pra ver isso e fazer curativos. Talvez tenha que dar pontos no supercílio.

— Eu estou bem. Já disse que são só alguns cortes.

— Isso não está certo. Eu vou com vocês.

— Como assim você vai com eles? – indagou Ron.

— Exatamente isso que você ouviu Ron. Hoje você passou de todos os limites. Nos vemos na segunda.

— Se você for com eles não tem mais volta. – falou vendo Harry ignorá-lo saindo com Malfoy e Zabini. — Então é isso mesmo, Harry? Você vai ficar do lado dele ao invés do meu? – perguntou Ron incrédulo.

— Só estou escolhendo o lado certo. É o que eu deveria ter feito desde o início. – falou Harry se voltando para o rapaz ruivo.

— Harry, não faz isso – pediu o loiro já antecipando o que o rapaz faria.

— Eu sei que prometi, Draco, mas não dá mais. Me desculpe por isso.

— Do que vocês estão falando? – perguntou Ron.

— Se Draco não pode jogar no time porque é gay, eu também não posso. – falou vendo todos se calarem em espanto.

— Vo... você… é… é... gay? – perguntou McLaggen sem conseguir falar direito.

— Eu sabia! – comemorou Cedric. — Era você nas fotos com Malfoy! Você o defende porque são namorados!

— ISSO É MENTIRA!! – gritou Ron.

— Ron… – tentou Harry

— DIGA QUE É MENTIRA, HARRY! DIGA QUE É MENTIRA!! – pediu Ron quase chorando.

— Não posso! Era eu naquelas fotos, sempre foi. Cedric está certo. Draco é meu namorado e eu fui um imbecil em esconder isso de todos e quase o perdi por isso. Mas isso não importa mais. Draco Malfoy é meu namorado e quero que todos saibam. E se o preço a pagar por isso é ficar fora time de basquete, por mim tudo bem.

— Então é isso? Meu ex melhor amigo, além de ser gay, ainda come o cu de Draco Malfoy? – falou Ron com raiva, querendo ofender.

— Não. Eu não como o cu do Draco, Ron. É o Draco quem come o meu! – disse Harry sem pensar, querendo chocar.

— Seu veado filho da puta! – disse Ron partindo pra cima de Harry com os punhos fechados acertando um soco bem dado do rosto do ex-amigo.

Harry revidou e os dois se envolveram numa briga de chutes e socos, que só parou depois que foram separados.

— Como eu posso ter me enganado tanto tempo com você? – disse Ron.

— Fui eu quem me enganei com você Ron. Achei que era meu amigo, mas me enganei.

— Você mentiu pra mim! Me escondeu que era gay!

— Eu nem sabia que gostava de garotos até 3 meses atrás. E depois o que você queria que eu fizesse? Que lhe contasse? Olha para sua reação! Você é um maldito homofóbico.

— Eu vou embora. – disse sem responder se soltando dos irmãos que haviam apartado a briga e ainda o seguravam, impedindo que ele partisse novamente para cima de Harry.

Harry ficou parado assistindo seu melhor amigo lhe dar as costas. McLaggen, Cedric e Oliver fizeram o mesmo, assim como as líderes de torcida e algumas pessoas que haviam presenciado a briga.

Ginny estava entre as garotas e chorava quando saiu da quadra, olhando para Harry de forma ressentida, passando por ele que tentou pedir desculpas a ela, sem sucesso.

— Não fica assim, Harry. – falou Jorge pondo uma mão no ombro do moreno.

— O Ron é cabeça dura. – emendou Fred.

— Mas ele vai acabar aceitando. – concluiu Jorge.

— Não estão bravos ou zangados? – quis saber Harry olhando para as pessoas que ainda estavam na quadra com ele.

— Por que estaríamos?

— Você é nosso amigo.

— E ser gay não muda nada.

Disseram os gêmeos intercalando as falas como sempre.

— Para alguns parece que muda tudo... – respondeu Harry triste.

— Esquece isso. – pediu Neville.

— É Harry esquece isso. – pediu Dean também.

— Você está bem? – perguntou Draco se aproximando de Harry.

— Como você mesmo disse, são só alguns cortes.

— Não me referi aos machucados, Harry.

— Eu já sabia que seria essa a reação do Ron. – respondeu.

— Saber disso não machuca menos.

— Isso não importa mais. Ao menos agora sei quem são meus amigos de verdade. – disse olhando para os amigos que não haviam ido embora.

— Vem, Harry, vamos te levar pra casa. – convidou Fred.

— Você também Malfoy. – falou Jorge. — Os dois precisam de curativos.

*** Drarry ***

— Meu Deus! O que aconteceu com vocês dois? – perguntou Lilian ao ver os meninos machucados entrarem na sala.

— Ronald Weasley ficou revoltado por que perdeu o jogo e atacou Draco. Harry o foi defender. – Blaise resumiu a história.

— Preciso saber de mais alguma coisa? – perguntou a mulher diante do relato mínimo.

— No meio da briga Harry assumiu que é gay e disse em alto e bom som que ele… bem… que ele dá o… que ele e Draco estão juntos.

— Ok. Eu entendi. Vamos limpar esses machucados e fazer alguns curativos. Esperem aqui que vou buscar o kit de primeiros socorros.

— Você não precisava ter dito aquilo pra minha mãe, Zabini.

— Sei que não, mas foi divertido ver a cara de vocês e da sua mãe também, embora ela não tenha parecido tão surpresa. Sua mãe sabe sobre isso Potter? – perguntou — Ela sabe! – constatou ao ver o vermelho tingir o rosto do rapaz. — Como você conta uma coisa dessas pra sua mãe?

— Eu não contei. – disse, percebendo só depois que havia feito merda.

— Então como ela sabe? Não! Vai me dizer que ela viu vocês transando?!!

— Já chega Zabini. Isso já é constrangedor o suficiente sem você precisar ficar falando.

— Draco, como você deixou uma coisa dessas acontecer? Logo você que é tão… Draco? – chamou ao notar que o amigo não estava bem.

— Draco o que houve? – perguntou Harry preocupado — Você está branco igual papel.

— Não foi por causa do que eu disse, não é? – perguntou Zabini.

— Não seja bobo, Blaise. Só estou um pouco zonzo. – disse praticamente sem forças.

— Você não está bem! Precisamos ir a um hospital!

— NÃO! Já disse que estou bem! É só uma tontura.

— Tem certeza?

— Sim!

Lilian voltou logo depois encontrando Draco com a cabeça apoiada no sofá devido à tontura que ele alegou e começou os curativos por Harry.

— Sua vez, Draco. Deixe-me dar uma olhada nesses machucados. – Draco obedeceu, deixando que Lilian limpasse os cortes. Primeiro o dos lábios para depois passar para o supercílio esquerdo. — Esse corte está fundo. Talvez precise de pontos. Vamos precisar ir ao hospital para ter certeza e fazer os pontos se necessário. Eu vou buscar minha bolsa com as chaves do carro.

— Não! Não precisa. Eu estou bem. – disse Draco.

— Querido, precisamos ver esse corte. Não vai doer se precisar de pontos. – insistiu Lilian.

— Por favor, não quero ir ao hospital.

— Está bem. – concordou Lilian resignada diante da negativa do rapaz. Não ia obrigá-lo a fazer o que não queria. — Mas vou ligar para uma amiga que é enfermeira para vir dar uma olhada, tudo bem? – perguntou Lilian vendo o garoto assentir. — Eu volto logo.

— Qual teu problema com hospitais, Draco? – quis saber Blaise.

— Não gosto de hospitais.

— Por quê? – perguntou Harry.

— Se eu for ao hospital vão ver os hematomas mais antigos que tenho e vão saber que sofro maus tratos e não quero isso. Só vocês dois sabem e quero que continue assim. Além disso, a última vez que vi minha mãe com vida foi em um hospital. Me traz lembranças ruins.

— Tudo bem se você não quer ir ao hospital.  Apesar de achar que você devia ninguém te obrigará a ir. Além disso, minha mãe já deu um jeito.

“Ding Dong - Ding Dong - Ding Dong”

— Pode deixar que eu atendo pra você – disse Zabini indo até a porta para ver quem tocava a campainha.

— Blaise? O que faz aqui na casa do Harry? O Malfoy também está aí? – perguntou Hermione entrando na casa. — Harry? Você está bem? Eu não acredito que o Ronald fez isso. Ele é um estúpido! E você Malfoy? Meu Deus, você também está machucado!

— Se acalma Hermione. Estamos bem. Foram só uns cortinhos.

— Não parece ser só um cortinho no supercílio do Malfoy. – constatou a garota.

— Não se preocupe com isso. Eu vou ficar bem. – disse Draco sentindo seu celular vibrar no bolso da calça. — Pansy? O que houve? Fala mais devagar! – falou atendendo ao telefone.

— O que aconteceu? – perguntou Harry ao ver Draco deixar cair o celular no sofá, voltando a ficar mais branco que o normal novamente, totalmente em pânico.

— Gravaram a briga na quadra. – disse ele num sussurro.

— Foi isso que vim fazer aqui Harry. – disse Hermione — Alguém gravou a briga pelo celular e jogou na rede. O vídeo está bombando. O colégio todo já viu a briga uma hora dessas

— A briga… toda? – perguntou Harry engolindo seco.

— Sim! – respondeu a garota com pesar.

— Que merda! – disse Blaise resumindo o sentimento de todos.

— Meu pai vai saber e vai ver o vídeo! – disse Draco apavorado. — Droga! Isso não podia ter acontecido, não podia! Eu tô ferrado. Preciso ir pra casa.

— Draco, se acalme, por favor. Ele não vai saber. Ele está viajando lembra? – falou Harry

— Ele vai, Harry. Ele vai. – disse Draco com tanto medo que não conseguia disfarçar.

— O que houve? – perguntou Lilian que voltava para sala.

— Gravaram a briga e jogaram na internet. – contou Blaise.

— Isso não é bom. – constatou Lilian.

— Não mesmo – endossou Blaise.

— Eu preciso ir. Me leva até em casa Blaise. – pediu Draco.

— De jeito nenhum. Papoula está vindo aqui para ver esse ferimento. Além disso, acho prudente que fique aqui em casa essa noite. – falou Lilian.

— Eu agradeço o convite, mas acho melhor ir para casa. – ainda tentou Draco.

— Seu pai está viajando, não está? – perguntou vendo o loiro assentir — Então não tem problema ficar mais um pouco e descansar. Não vai adiantar ir embora e ficar sozinho. Fique essa noite conosco e amanhã você vai. O que você me diz?

— Fica Draco – pediu Harry.

— Está bem. Não vai adiantar nada mesmo eu ir embora hoje.

— Ótimo. Vou preparar algo para vocês comerem enquanto esperamos Papoula.

— Blaise, Hermione, você lancham conosco?

— Claro! – responderam juntos.

E a tarde correu tranquila depois que a enfermeira se foi. Com Lilian e os dois jovens fazendo companhia para Harry e Draco. Tranquila demais... Talvez um prenuncio de que talvez a noite não fosse tão tranquila assim.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. O próximo capítulo será o ultimo, mas ainda tem muita coisa para acontecer. Fortes emoções ainda nos aguardam no próximo capítulo. Beijos!!



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