The Seven Deadly Sins escrita por Coffee


Capítulo 1
Envy - The Tailor Shop on Hogsmeade


Notas iniciais do capítulo

Hello, friends! :3

Gnt, alguém me socorra. Eu estava muito ansiosa para postar essa short-fic! Juro que não esperava postar tão rápido, scrr sdjksdjksd

Enfim, vamos aos avisos, certo? Em primeiro lugar, como eu disse nas Notas da História, essa fanfic é inspirada na saga The Seven Deadly Sins do Vocaloid, em que cada música irá representar um pecado. No caso, aqui, cada capitulo será um pecado. Já vou avisando que é uma saga pesada, tem alguns temas que podem ser considerados um pouco perturbadores para pessoas mais sensiveis, e tem muito sangue e morte nessa saga, então, se voce se considerar sensivel, não leia. Voce foi avisado.

Outro aviso: nenhum capitulo estará em ordem cronologica. Todos os capitulos aqui estarão interligados, sem exceção, como um grande quebra-cabeça, mas a ordem está toda bagunçada. Esse daqui pode ser o segundo, o último, o quarto... Quero ver voces teorizando nos comentários :v

Gnt, pelo amor de Merlin, não se sintam ofendidos caso eu tenha meio que transformado o seu personagem favorito em vilão. Estou apenas mostrando o pior lado de alguns personagens, em quem eu vi o tal pecado se destacar.

E nesse capitulo, temos a Inveja. A música é essa, quem quiser dar uma olhada para tentar compreender melhor, pode ouvir nesse link: https://www.youtube.com/watch?v=pQnLrIboMpg

Agradecimentos a Danny, que me ajudou muito com a fanfic e fez esse banner de capitulo maravilhoso! ♥

Enfim, é apenas isso! Todos os avisos já foram dados, tenham consciencia disso, e já aviso que eu posso aumentar a classificação da fanfic para +18. Boa leitura, nos vemos nos comentários:



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ENVY

The Tailor Shop on Hogsmeade

***

Even so, I must devote myself to the task at hand.
I grip my sewing scissors fiercely.
These scissors of my mother’s may be quite old, but
The more you sharpen them, the better they cut.

***

"Agora, vamos começar a costura!"

***

No período Edo do Japão, dizem ter existido uma pequena vila de imigrantes com o nome de Hogsmeade. Essa pequena vila era um local tranquilo para se morar, onde nada de muito interessante acontecia e todos os presentes se conheciam e se cumprimentavam todas as manhãs com um sorriso. Nessa pequena vila, existia um jovem rapaz com o nome de Severus Snape. Esse rapaz era dono de uma alfaiataria e ele era muito querido e conhecido em toda a vila.

Porém, havia uma coisa que preocupava o jovem Severus todas as noites. A sua esposa nunca estava em casa, de forma que ele se encontrasse olhando para a janela todos os dias a sua espera. Ele nunca entendeu por que, mesmo tendo alguém como ele, ela nunca iria ao seu encontro quando o seu trabalho terminasse. Esse pensamento fazia dos dias do jovem Severus cada vez mais tristes e depressivos.

Mas ele não deveria se preocupar com isso. Afinal, ele tinha trabalho para fazer, ele era dono da única alfaiataria da vila. Com a sua antiga tesoura na mão direita, ele iria cortar o pano com a maior perfeição que poderia se imaginar. Aquela tesoura, que era a única memória da sua mãe. Ele se lembrava de, em tenra idade, se sentar no colo dela enquanto ela lhe contava histórias. Um dia, perguntou como aquela tesoura cortava tão bem. Com um sorriso doce e gentil no rosto, ela lhe respondeu:

“Meu filho, o segredo é simples. Quanto mais você cortar com ela, melhor ela cortará.”

***

Em uma manhã de verão, onde as pessoas saíam de suas casas para fazerem as compras, Severus caminhava tranquilamente pela rua. As pessoas lhe cumprimentavam, e ele sorria para elas, desejando um bom dia. Porém, a sua paz lhe foi tirada quando olhou para a frente de uma loja e a viu.

Seus sedoso, longo e ondulado cabelo ruivo caía por suas costas. Seus olhos verdes como esmeraldas brilhavam em plena felicidade e alegria. As poucas sardas presentes em suas bochechas lhe deixavam apenas mais charmosa do que já era. Sua visão fazia um sorriso se formar na face de Severus. Mas afinal, quem era aquele que estava ao seu lado?

Um homem de cabelo negro e bagunçado que, vagamente, lembrava um porco-espinho. Ele utilizava óculos e seus olhos eram castanhos de um tom esverdeado e sua pele morena, bronzeada, como se passasse boa parte de seu tempo observando o Sol. A ruiva parecia feliz ao seu lado, ambos rindo. Ele vestia um quimono vermelho que ficava muito bem nele, e isso despertou uma inveja enorme em Severus. Além de estar andando ao lado de sua esposa, como aquele idiota ficava tão bem naquele quimono?! Severus tinha a certeza de que ficaria melhor vestindo aquela estúpida roupa.

Ele sentiu as lágrimas se reunirem nos cantos de seus olhos escuros como túneis. Seu olhos ainda observavam aquela estúpida visão, aquele homem estúpido ao lado de sua esposa, que parecia mais feliz do que nunca havia sido.

— É desse tipo de homem que você gosta, certo? – Severus rosnou, cerrando os punhos.

E dizendo isso, ele virou as costas para o feliz casal, indo na direção de sua casa. Ele não tinha estômago para estar assistindo aquela terrível cena. E acima de tudo, ele tinha trabalho para fazer naquela noite. Um quimono vermelho o esperava, assim como a sua afiada tesoura.

Naquela noite, Severus tinha que se concentrar no seu trabalho. Ele carregava a antiga tesoura de sua mãe na sua mão direita enquanto molhava o pano com as suas lágrimas de tristeza. Ele não deveria estar chorando, não deveria ter o seu pensamento centrado em outra coisa. Deveria apenas pensar no quimono vermelho que estava em suas mãos.

***

No dia seguinte, rumores rondavam por Hogsmeade. Não havia uma única pessoa que não conversava sobre o tal assunto. Na noite anterior, aconteceu um assassinato. Um homem foi morto e ninguém soube quem havia cometido o homicídio. Todos na vila estavam agoniados, criando teorias de quem poderia ser o assassino, mas nenhuma dessas pessoas conseguiam chegar perto de quem teria matado o homem.

Severus caminhava tranquilamente pela rua, causando um enorme contraste a agitação das pessoas ao seu redor. Cantarolava uma música enquanto observava as pessoas conversarem. Ele se aproximou da barraca de vegetais, no objetivo de comprar alguns legumes para o almoço. A vendedora, uma moça muito simpática, sorriu ao vê-lo se aproximar.

— Bom dia, Severus! – ela exclamou. – Você soube o que aconteceu na noite passada?

— Não faço a mínima ideia. – ele respondeu, pegando alguns legumes e os colocando na cesta que carregava.

— James Potter foi assassinado! Você consegue acreditar?! Logo em Hogsmeade, um lugar tão calmo e tranquilo?!

— Uma verdadeira pena. – Severus suspirou, entregando o pagamento para a vendedora. – Tenha uma boa tarde, Sra. Black!

Ele então se afastou, ainda cantarolando uma música. Porém, a sua breve felicidade foi interrompida ao vê-la na rua, caminhando. A angústia estava transparente em sua face e era possível ver as marcas das lágrimas nas suas bochechas. Ela parecia triste. Severus quis abraçá-la naquele momento, mas estava paralisado de raiva. Mas afinal, quem era aquela que estava ao seu lado?

Era uma mulher graciosa, com bonitos cabelos castanhos e sedosos que caíam pelos seus ombros como ondas. Seus olhos, bonitos, capazes de faze-lo se apaixonar a primeira vista. Ela chorava, abraçada à mulher ruiva. Parecia triste, talvez mais triste do que a ruiva.

— Tão jovem. – ela murmurou, soluçando. – Ele não merecia isso, ele não merecia!

— Eu sei, Emmeline, mas tenha paciência. – A mulher ao seu lado suspirou tristemente. – Alguém irá descobrir o assassino e irá fazer justiça. James era um bom homem, sua morte teria que ser vingada por alguém.

Mas as palavras da mulher ruiva não pareceram fazer muita diferença. Emmeline continuou a chorar de uma forma que era de dar pena em qualquer um que olhasse a cena. O olhar da mulher ruiva foi atraído para uma loja, onde estavam vendendo pulseiras bonitas e, provavelmente, caras. Ela então se aproximou do vendedor e teve uma rápida conversa com ele, pagando uma certa quantidade de dinheiro a ele, que lhe entregou algo que estava embrulhado.

Ela se aproximou da mulher de cabelos castanhos com o embrulho em suas mãos, um sorriso triste presente em seu rosto. Emmeline parou de chorar e observou a ruiva se aproximar. Ela então lhe entregou o embrulho e, ao abri-lo, os olhos de Emmeline brilharam. Nas suas mãos, estava um bracelete com pedras verdes, sendo esse bracelete muito bonito.

— É lindo. – murmurou Emmeline, sorrindo pela primeira vez naquele dia.

— E ficou muito bem em voce. – A ruiva lhe lançou uma piscadela.

Severus sentiu o seu rosto ferver em pura raiva. Uma lágrima de raiva escorreu por seu rosto, observando a cena que fazia o seu coração acelerar e os seus ouvidos começarem a perder a audição diante a ira que invadia o seu corpo e a sua mente. Por que a sua esposa lhe dava um bracelete tão caro e bonito?! Por que ela não dava aquele bracelete para ele?!

— É desse tipo de pessoa que você gosta, certo? – Severus estreitou os olhos, observando como Emmeline parecia levemente mais feliz com o presente que ganhou.

Ele então deu as costas para a dupla, rangendo os dentes e pensando em diversos insultos direcionados a jovem Emmeline. As lágrimas de ódio ainda escorriam por seu rosto naquela noite enquanto segurava a sua tesoura na mão direita. Seus olhos estavam vermelhos de tanto chorar, mas aquilo não importava naquele momento. Ele tinha que se concentrar em seu trabalho.

***

As pessoas na vila estavam começando a ficar impacientes. Pessoas inocentes estavam começando a morrer e ninguém sequer conseguia teorizar sobre quem estava cometendo os homicídios. Naquela noite, mais um assassinato aconteceu. Uma jovem mulher muito conhecida na vila de Hogsmeade, mulher essa com o nome de Emmeline Vance, foi assassinada.

Naquela manhã, Severus sorria de forma sonolenta. Ele havia passado a noite inteira acordado, tentando terminar o seu trabalho. E provavelmente iria valer a pena no final de tudo. Por enquanto, durante o dia, ele poderia tirar uma pequena folga. Caminhar pela cidade iria fazer bem para a sua saúde mental. Mas ele acabou esquecendo de seu cansaço diante a terrível visão que se encontrava da sua mente.

Com o seu quimono preto, ela parecia estar em luto. E não apenas as suas roupas que demonstravam aquilo, mas também a sua expressão. Triste, extremamente triste, como se tivesse acabado de voltar de um enterro. Ele queria que ela apenas deitasse a cabeça no seu ombro e chorasse tudo o que ela provavelmente queria chorar. Mas ele não iria até lá e consolá-la devido a raiva que sentia no momento. Afinal, quem era aquele ao seu lado?!

Era um garoto jovem, magro e pequeno, não deveria ter mais do que dez anos. Lembrava muito o primeiro homem que Severus viu ao lado da ruiva. Seu cabelo era negro e espetado naturalmente, sendo que, provavelmente, nem o melhor dos pentes poderiam fazer aquele cabelo se tornar arrumado. Seus olhos, tão verdes quanto os da ruiva. Ele parecia triste, tão triste quanto a sua mãe. Ele soluçava baixo, tentando com esforço limpar as lágrimas nos cantos dos olhos.

— Não chore, Harry. – ela lhe disse, parecendo tentar não chorar. – Seu pai e sua tia não iriam gostar que você chorasse, certo?

Ele não respondeu, apenas continuou a chorar. A ruiva então colocou em suas mãos algo pequeno. Seus olhos verdes se arregalaram ao encararem o pequeno objeto em suas mãos. Um bonito broche, cujo facilmente poderia ser dito que foi feito de ouro, com o formato de um cervo.

— Seu pai queria que você ficasse com o broche. – A ruiva lhe lançou um sorriso doce, porém, triste. – Eu pretendia lhe dar quando você fizesse aniversário, mas acho que você precisa dele agora mais do que nunca. Será como ter um pedaço do seu pai te acompanhando.

Ele teve um sorriso triste presente no rosto, mas abraçou a sua mãe, que sorriu. Severus olhou para os dois com ódio. O que ela achava que estava fazendo?! Será que ela tinha ideia da idade do menino?! Isso não importava naquele momento. Ele estava com raiva demais para pensar naquilo.

— Esse é o tipo de pessoa que você gosta, não é mesmo? – ele rosnou, cruzando os braços em plena fúria.

E dizendo isso, ele deu as costas para a ruiva e o garoto. Não deveria se preocupar com aquilo naquele momento. Ele tinha mais trabalho para fazer quando chegasse em casa. Naquela noite, carregando a sua tesoura na mão direita, ele iria cortar o pano enquanto resmungava insultos. Severus franziu a testa, encarando a sua tesoura. Desde quando ela era vermelha? Ele não se importava com isso. O importante era que, naquele momento, ele havia terminado o seu trabalho.

—--___---

“Meu filho, laminas de uma tesoura são como um casal que consegue se dar bem. Juntos, eles irão fazer um bom trabalho, sempre com perfeição e harmonia.”

—--___---

Severus se olhou no espelho mais uma vez, no objetivo de não achar erros na sua aparência. Ele deveria estar perfeito naquela manhã, simplesmente perfeito. Afinal, se a sua esposa não viesse até ele, ele iria até ela. O quimono vermelho, o bracelete de pedras verdes, o broche dourado. Depois de dias de trabalho, ele estava pronto. Valeu a pena.

Saiu de casa, sendo banhado pelo sol daquela manhã. Os moradores da vila estavam desesperados. Conversavam sobre o desaparecimento de um garoto. As pessoas suspeitavam de assassinato, porém, o corpo não foi achado. Os moradores criavam diversas teorias, alguns achando que o garoto estava vivo e outros achando que ele estava morto. Porém, nenhuma dessas teorias poderiam mudar o simples e triste fato de que ele estava desaparecido.

Mesmo com toda a agonia, os moradores ainda achavam tempo para prestar atenção em Severus. Lhe elogiavam, dizendo que, naquela manhã, estava muito bem vestido. Ele assentia e acenava, grato, porém, não querendo os elogios deles. Ele queria os elogios dela. Por fim, ele a viu. Abalada, triste, chorando. Chocada. Severus se aproximou, de forma que ela o encarasse.

— Bom dia. – ele a cumprimentou, sorrindo levemente. – Você está bem?

— Não tenho certeza. – ela limpou as lágrimas, suspirando. – Eu… É como se alguém tivesse lançado alguma maldição contra a minha família. Primeiro, o meu marido morreu. Logo em seguida, a irmã de criação dele, que é a madrinha do meu filho, morreu também. E por último, meu filho está desaparecido, provavelmente morto. Eu não entendo! Por que logo nós?! O que motiva uma pessoa a fazer isso?!

— É uma verdadeira pena. – Severus lhe lançou um sorriso doce e repleto de dó.

— Bonita roupa, se me permite dizer. – ela disse educadamente. – Lembra a que meu marido vestia. E esse bracelete também é muito bonito. O que me surpreende é o broche. Sabe, quando meu marido comprou, o vendedor disse que era único e que não existia outro igual no mundo. Estranho. Ele devia ter mentido para fazer da mercadoria mais cara.

— Sim, eles vivem fazendo isso. É extremamente comum.

— Sabe, o senhor é muito simpático. Engraçado que, mesmo em uma vila tão pequena, eu nunca te vi por aqui. É o rapaz da alfaiataria, certo? É um prazer te conhecer. Meu nome é Lily Evans Potter.

Uma leve carranca se formou no rosto de Severus. Por que ela estava agindo daquela forma?! Por que ela fingia que não o conhecia?! Ele escondeu toda a ira e inveja com um sorriso amável.

— Meu nome é Severus Snape. Foi um prazer te conhecer.

***

Naquela manhã, a vila de Hogsmeade estava um caos. Ninguém fazia outra coisa que não fosse comentar sobre o acontecimento da noite anterior. Uma mulher com o nome de Lily Evans Potter foi morta, fazendo com que toda uma família tivesse sido assassinada. As pessoas agora andavam com medo. Quem seria o próximo naquela triste sequencia?

Severus andava pela rua com um sorriso leve no rosto, como o de quem sabia de algo que ninguém sabia. A mulher que foi morta estava agindo estranha no dia anterior. Disse que não o conhecia. Parecia que não o conhecia. “É um prazer te conhecer”, ela disse. Agia como se ele fosse um estranho.

Porém, ele não deveria se preocupar com aquilo. Cinco pessoas na vila pediram para que ele costurasse diferentes quimonos e obis. Ele deveria se concentrar no seu trabalho, afinal, ele deveria sair sem um único erro. Com a tesoura na sua mão direita, ele iria cortar o pano com uma tremenda perfeição. Tesoura essa que, como a sua mãe dizia, quanto mais você cortar com ela, melhor ela cortará.


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Notas finais do capítulo

:3 :3 :3 :3 :3 :3 :3



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