Desafio de mini fics Star Wars escrita por Livia Y


Capítulo 1
Pai


Notas iniciais do capítulo

Texto após desafio do Luks Valentim: "Um UA aonde os personagens bons são maus e os maus são do bem... o legal é manter as personalidades, só mudando a 'meta' e tal"



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"Pai!"

Sua voz ecoou pelo enorme vão onde estava instalado o estabilizador da base Starkiller. Ele não via o pai há anos, mas a figura na jaqueta negra, de cabelos grisalhos, era inconfundível mesmo na luz evanescente que iluminava o maquinário pesado. O homem mais velho parou no meio da ponte e virou-se devagar em direção ao rapaz, e o encarou com olhos sombrios, iluminados de vermelho. Então apontou para o mais jovem a arma que carregava, uma enorme besta wookie que certamente faria um estrago.

“Eu não tenho filhos. Meu único filho morreu há muitos anos, jovem Skywalker.”

O homem pronunciou cada palavra como se fosse um golpe, e um sorriso mal disfarçado nasceu seus em lábios. A crueldade atingiu o rapaz em cheio. Ele engoliu em seco, desligando o sabre que carregava. O feixe esverdeado do laser piscou e sumiu, escurecendo ainda mais o lugar.

“Meu nome é Solo, pai. Ben Solo. Como o senhor, antes de... antes de tudo isso acontecer”

O homem franziu o cenho, mas abaixou o blaster.

“Han Solo está morto. Eu o matei. Ele era fraco, tolo e covarde.”

Ben Solo deu alguns passos cuidadosos em direção ao pai. Jogou seu sabre no abismo sob a ponte, para que o antigo contrabandista se certificasse de que ele seguia desarmado.

“Não, pai. Venha comigo. Volte para casa. O Lado Sombrio não é para o senhor. Veja... minha mãe também veio busca-lo...”

Ben ergueu a mão para uma das plataformas alguns metros acima. Sua mãe observava os dois atentamente, uma das mãos no peito, em frente ao coração. O riso sumiu dos lábios do velho capitão. Ele virou os olhos para onde Ben apontava, e suspirou. A visão da mulher que havia sido o amor de sua vida pareceu finalmente tocar o coração do homem, há tanto tempo controlado pela escuridão de Snoke.

“Garoto... Ben... venha até aqui.”

Encorajado pela suavidade que agora percebia na voz do pai, Ben caminhou até ficar quase em frente à figura de Han Solo. A luz era agora um fiapo vermelho, o sol quase todo consumido pela máquina mortal da Primeira Ordem. Precisavam terminar logo com aquilo, se quisessem salvar a base da Resistência. Mas depois de tantos anos sem o amor paterno, o jovem jedi não era capaz de interromper Han Solo.

“Você ficou tão alto, meu filho.”

Ben sorriu, comovido. Estendeu a mão para o pai.

“Vamos?”

Quando o último raio de sol sumiu, outro clarão tomou seu lugar. Por uma fração de segundo, Leia não entendeu o que acontecera... até ver o corpo sem vida do filho desabar da estreita ponte de metal, e a besta fumegando nas mãos de Han Solo. Ela caiu de joelhos, o ar lhe faltava.

E então tudo escureceu.


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Notas finais do capítulo

“Venha, Oh criança humana
Para as águas e para a selva
Com uma fada, de mão dada
Pois o mundo está mais cheio de mágoa
Do que você pode entender.”

Yeats, no poema "A Criança Roubada"



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