New World escrita por Cherry Bomb


Capítulo 5
Work


Notas iniciais do capítulo

Hey, meus amores.
Desculpa pela demora.
Beijinhos.



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—Essa daqui é a ultima caixa. – Falei colocando a caixa em cima do balcão.

Essa era última caixa do galpão. Já tinha três dias que eu e Wanda estávamos arrumando a loja. Só uma parte dela que tinha sido inaugurada, a parte da mercearia. A parte da lanchonete ia abrir hoje.

— Vai enchendo as prateleiras. Tenho que terminar isso para poder abrir logo a loja. – Wanda falou arrumando outra parte da loja.

Já havia três dias que nós estávamos trabalhando na loja da senhora Lahote. Apesar da relutância, eu estava gostando de trabalhar lá. Até que era legal trabalhar lá. Tirando a parte que Wanda não quer que eu hipnotize os clientes para fazer compras.

Também fazia quatro dias que eu sai com Jacob. Nesses quatros dias eu fazia de tudo para não ver ele. Ele veio algumas vezes com Paul aqui, mas eu sempre me escondia. Não era uma atitude muito madura, mas eu não estava pronta pra vê-lo. Ele é muito bom pra mim. Paul vinha quase toda hora aqui, sempre usava a mesma desculpa ‘’ se nós duas precisávamos de ajuda’’. Eu sabia era mentira, ele só estava lá por causa da Wanda. Eu já não me importava muito com essa ‘’amizade’’.  Só sentia ciúmes mesmo. Eu odeio ter que dividir meus amigos.

Comecei a usar os meus poderes para colocar os produtos na prateleira, enquanto os produtos levitavam, eu arrumava outro cômodo. Nosso expediente começa depois da escola. Hoje ia chegar uma nova funcionaria na loja. A loja era um tipo de lanchonete com uma mercearia. Eu e Wanda pegamos o primeiro turno, nós abrimos a loja todo dia, de noite vinham outras pessoas para cuidar da loja, e eles fechavam. Senhora Lahote decidiu expandir a parte da lanchonete e teve que contratar outro dois funcionários já que eu e Wanda não sabíamos nada de comida. Um dos novos funcionários ia chegar hoje e outro amanhã.

— Hope! – Wanda gritou atrás de mim fazendo tudo cair tudo no chão. – Por isso que eu falei para você não usar os poderes aqui. Olha o que aconteceu. Vamos fingir que somos normais, por favor. – Ela começou a surtar. – Sabe o que poderia ter acontecido se alguém tivesse nos visto? Então, por favor, para de ser tão irresponsável. Não é só sua vida que está em jogo. – Wanda gritou e voltou para o estoque.

Comecei a catar as coisas do chão para colocar na prateleira de novo, tinha algumas coisas quebradas no chão. Passaram alguns minutos do surto de Wanda, ela voltou e começou a ficar me olhando arrumando as coisas.

— Desculpa Hope. Eu...

Wanda parecia estar arrependida. Mas ela tinha razão. Não podíamos levantar nenhuma suspeita de quem somos.

— Tudo bem, Wanda. Já esqueci. – A interrompi. – Você está certa.

Eu continuava a catar as coisas do chão sem encará-la.

— Olha, você pode usar os seus poderes para consertar tudo. – Wanda falou tentando aliviar a tensão.

— Não foi você que falou que devemos ser normal? Pessoas normais não saem levitando coisas e consertando coisas quebradas. – Falei notando o sarcasmo na minha voz.

— Às vezes eu tenho vontade de socar esse seu rosto lindo cheio de sardas. – Wanda riu. – Vamos fazer o seguinte: Vamos fingir que o instituto do professor Xavier é Hogwarts, e que não podemos praticar ‘’magia’’ fora de lá. Assim fica mais fácil pra gente não ficar usando os nossos poderes por ai. Que você acha?

Aquela era ideia mais idiota mais que eu já ouvi. Apesar de que eu gostei da ideia um pouco. Eu tinha que parar de ser uma vadia frigida com as pessoas, afinal, ninguém tem culpa de minha vida ser uma merda.

— Que essa é a ideia mais idiota que você já teve. – Digo me levantando do chão. – Hogwarts, sério? Que droga é essa que você está usando? Eu sabia que andar com esse Paul não ia fazer muito bem a você. – Falei concertando a bagunça do chão.

— Nós não podemos ficar fazendo esses tipos de coisas do nada. – Wanda falou preocupada.

— Eu sei. Eu não quero ser trancada em um zoológico de mutantes. – Falei indo pra o estoque. - Você tem que relaxar mais. Por que não convida aquele babaca para sair? – Gritei de lá de dentro.

— Paul? Ele não é babaca. – Wanda gritou de volta.

Bom, ela realmente estava interessada nele. Só tinha uma semana que eles se conheciam. Isso até está parecendo uma historia da Disney. Eles são o casal que se apaixonam a primeira a vista, e eu sou a vadia que tenta separar eles. Que original.

— Tanto faz. – Disse saindo do estoque. – Só chama ele logo para sair. – Falei revirando os olhos.

— Ele é filho da nossa chefe.

— Eu sei, mas isso não impede de você ter alguns pensamentos com ele. E ele também é mais velho que você. Lembra-se do filme ‘’Confiar’’? Então, cuidado.

Wanda começou a me encarar, e jogou um pano no meu rosto.

— Vou um tempo para você correr, Hope.

— Calma amor, eu só estou brincando. – Falei rindo da cara de Wanda.

— No filme ele é 20 anos mais velho que ela, e também a alicia e depois a estupra. Bela comparação, Hope.

Eu realmente não tinha feito uma boa comparação, mas eu me preocupava com Wanda. As parece que eu sou uma vadia sem coração, mas infelizmente eu não sou. N Só não sou boa em demonstrar meus sentimentos.

— Foi mal. Vamos logo terminar essa merda.

Voltamos arrumar tudo. Eu odeio arrumar as coisas, mas como eu estou sendo paga para isso não posso ficar reclamando sobre isso. A loja é logo na entrada de La Push, o que era legal porque não tinha só mato. Mas não era muito bom pelo fato da oficina do Jake ser quase do outro lado da rua. Jake. Já estou ficando intima demais. Já tinha quase duas semanas desde mudança, e eu toda hora pensava nele. Eu só queria pensar em batata frita, mas ele não deixava. Adolescente e seus hormônios.

Uma hora depois, finalmente abrimos a loja. Até que a loja estava sendo muito frequentada. Depois de eu e Wanda atendermos alguns clientes, Jacob e Paul chegaram à loja. Paul foi até Wanda e começou a falar com ela.

Jacob ficou parado no batente da porta e me cumprimentou com um aceno de cabeça.

—Hey. – Falei indo até ele.

Bom, já estava na hora de eu falar com ele. Não posso me esconder para sempre. Chega de drama adolescente.

— Hey. – Respondeu de volta.

— Você gosta de feijão por cima ou por baixo? – Perguntei cruzando os braços.

Eu não sou muito boa em puxar assunto. Jacob da uma risada e passa a mão nos cabelos.

— Por cima. – Riu. – Por quê?

— Nada, só curiosidade. – Falei dando os ombros. – Eu também gosto por cima, é melhor para misturar as coisas. Acho que devíamos nos casar. Eu gosto de feijão por cima, e você também. Isso pode ser o destino. – Falei brincando.

Jacob ficou me encarando com um sorriso de lado. Acho que ele deve pensar que eu sou maluca. Uma semana dou um fora nele e na outra pergunto como ele gosta de feijão. Bipolaridade, essa palavra me define. O que eu posso fazer? Não posso ser uma vadia frigida o tempo todo.

— Claro, é só marcar o dia. – Jacob entrou na brincadeira.

Na hora que eu ia responder Jacob, Paul e Wanda surgem no meio de nós. Tinha acontecido alguma coisa entre os dois, Wanda estava corada e toda hora colocava mexia no cabelo.

— Hope, eu estava perguntando para Wanda se ela podia sair comigo. E... - Paul falou para mim.

— E o que isso tenha a ver comigo?  Sou prima dela, não mãe dela. – Interrompi Paul. Cruzei os braços e dei um sorriso irônico para ele. – Ela faz o que quiser da vida dela.

Paul bufou e encarou Black. Se eu soubesse o que ele estava pensando com certeza era mil formas de como calar minha boca. Tinha alguma coisa errada com os garotos de La Push. Eu não conseguia entender seus pensamentos, eles são muito confusos. Isso era bastante frustrante para mim. Não estava acostumada a não saber dos pensamentos das pessoas em minha volta.

— Bom, eu ia pedir se você pode cobrir ela aqui na loja para a gente poder sair mais tarde.

Encarei Wanda por alguns segundos. Dava para perceber que ela estava envergonhada com a situação pelo seu olhar.  Jacob parecia estar se divertindo com a situação.

— Se ela quiser, não vejo problemas nisso.

— Tudo bem para você, Wanda? – Paul perguntou encarando Wanda.

— Claro. Mas nós vamos voltar a tempo para o jantar da Emily? É que ela pediu para a gente ir. Parece que uma sobrinha dela vai passar algum tempo lá com eles.

Eu percebi que Wanda estava incomodada com eu e Jacob ouvindo a conversa deles. Com isso, eu fui para o caixa com Jacob atrás de mim. Paul e Wanda ainda conversavam animadamente no canto da loja. Eu estava  me controlando para não dá uma das minhas crises de ciúmes. Deus falou para dividir o pão e não os amigos. Depois de alguns segundos de silencio constrangedor, Jacob ia falar alguma coisa, quando o sino em cima da porta balança anunciando alguma pessoa entrando na loja. Eu e Black viramos para ver quem é. Era o gostosão da escola. Melhor dizer Chris. Nessas duas semanas que eu frequento a escola da reserva, Chris sempre arruma algum motivo para poder fala comigo. Não que eu esteja reclamando. Até porque isso faz bem para meu ego,afinal hris é lindo. Chris  veio caminhando até nós com seu habitual sorriso no rosto.

— Hey Hope. Não sabia que você trabalhava aqui. – Chris falou sorrindo para mim.

— Mas eu falei que estou trabalhando aqui. – O encarei. – Eu acho que falei isso ontem para você. Tenho certeza.

Chris ficou um pouco vergonhado com o que eu falei. Sempre que ele ficava com vergonha colocava as mãos nos bolsos. Eu sou uma ótima observadora.

— Você falou mesmo. – Chris deu um meio sorriso. – É que meio que eu estou tentando tomar coragem para chamar você para sair. – Nessa hora Black começou a encarar ele e Paul saiu do lado de Wanda e ficou atrás de Black. – Amanhã de noite vai ter uma festa na casa de um amigo meu. Ele estuda em Forks, então você não o conhece. Mas ele é uma boa pessoa. Você vai querer ir?

Duas semanas morando aqui e esse vai ser meu segundo ‘’encontro’’. Eu estou virando uma femme fatale.

— Eu não La Push direito, imagina Forks. Vou me perder na hora. Eu não sou muito boa com lugares. – Dei de ombros.

— Eu posso ir te buscar, se você quiser. É só me passar o seu endereço que eu vou lá.

— Pode ser.

Peguei um bloco de notas perto do computador e anotei meu numero e endereço. Jacob não tirava os olhos de mim. Dava para perceber que sua respiração estava descompensada, Paul estava segurando o braço dele.

— Está aqui. – Falei entregando o papel.

— Eu vou ter que ir. Qualquer coisa eu mando uma mensagem. – Chris se despediu dando um beijo em minha bochecha.

— Tchau.


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Notas finais do capítulo

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