Opostos - HIATUS escrita por Cat Valdez


Capítulo 4
Capítulo 4 – Irmãs


Notas iniciais do capítulo

Ayo, ladies and gentlemen! Aqui é a Lady Elena!
Então, people, esse capítulo é mais amorzinho do que o outro que eu escrevi, então não esperem por lutas e mortes e sangues. hauhaahuahuahauhauahua
Enjoy it! :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/707275/chapter/4

Hope abriu os olhos quando ouviu batidas na porta. Ela tentou ignorar, mas quem quer que fosse abriu a porta e adentrou o quarto. Eu questão de segundos, alguém pulou em cima dela, esmagando-a e metendo o cotovelo em suas costas. 

— Hooope! – Jackie cantarolou, tentando abraçá-la. Hope resmungou enterrou a cara no travesseiro. – Como se sente?

— Esmagada. – Ela respondeu.

— Uh, foi mal.

Jackie saiu de cima dela, deixando-a finalmente respirar. Então Crosswright sentou-se, olhando para a amiga.

— Por que você tá tão suada?

— Ah, isso? Eu ‘tava treinando com a Natascha. Dei uma pequena pausa para te ver.

— E você pulou em cima de mim assim nojenta? Eca!

Jackie soltou uma risada, mas ela logo morreu em sua garganta e ela disse:

— Como você tá?

— Melhor – respondeu, suspirando. – Com a costela dolorida. Um pouco perturbada ainda.

— Andou pensando muito... naquilo? – a garota direcionou o olhar para o criado-mudo ao lado da cama. Havia um papel em cima dele.

— Em quê? Tragédia ou ataque?

— Tragédia.

— Quando não estou acordada, tenho muitos sonhos. Quando estou, sinto muita dor. Então, não muito.

— E no ataque?

— Penso nele toda vez que me mexo – Hope soltou uma risada sofrida.

Jackie deu um sorriso sofrido, ainda encarando para o móvel. Hope finalmente seguiu seu olhar, dando um suspiro bem audível quando viu para onde era direcionado.

— Já leu a carta?

— Cheguei a abrir, mas ainda não li.

A carta. Ela fora encontrada dentro de uma gaveta de uma escrivaninha no escritório de seus pais. Isso após o ataque. E era direcionada a ela. Hope estava até que curiosa para saber o que estava escrito lá, mas também estava aflita.

Após encará-la por mais um tempo, pegou-a violentamente e desenrolou o papel, podendo ver a letra minuciosas de sua mãe. Então, quase inconscientemente, segurou a mão de Jackie enquanto lia as palavras.

Jackie, pega desprevenida pela ação da amiga agora distante, viu-se totalmente surpresa quando lágrimas caíam pelo rosto de Hope. Um soluço baixo e engasgado saiu de sua boca e ela se levantou com brusquidão.

— Hope! O que aconteceu?

Mas ela não respondeu. Ao invés disso, começou a andar para a porta e passou pela mesma. Fairash, assustada, seguiu-a de perto até a sala de treinamento. Crosswright abriu-a sem cerimônia alguma, fazendo uma perfeita entrada triunfal, e adentrou a sala. Peter, Ben, Jason e Natascha pararam de treinar e conversar para olhá-la. Hop parou em frente a Nat, encarando-a profundamente.

— Hope! Você está bem? Está com dor? – Natascha indagou, aproximando-se.

E então Hope abraçou-a, surpreendendo a todos lá dentro. Natascha, ainda meio atônita com tudo, retribuiu enquanto sentia os ombros da outra chacoalharem e seu ombro ficar molhado de lágrimas.

— Eu... você... nós... – Hope tentou falar, mas acabou embolando-se.

Ela se deu conta de que era a primeira vez que abraçava alguém ou chorava daquele jeito desde o Massacre de Munique. E então ela se recompôs, afastando-se da garota e enxugando as lágrimas.

— Desculpem-me – pediu, respirando fundo. – Natascha, posso falar em particular com você?

— Pode. – Nat assentiu, guiando sua prima para fora da sala.

Enquanto isso, tanto os outros quanto Jackie, que ainda estava parada na porta, estavam em silêncio.

— Isso foi... intenso – concluiu Ben. – Ela é sempre emotiva assim?

— Hope sempre foi quieta, mas se fechou mais ainda depois da morte dos pais – explicou Jason. – Ela geralmente não faz isso. Algo sério dever ter acontecido. Alguma ideia, Jackie?

— Ela leu a carta dos pais.

***

Estavam todos, menos a menina nova, reunidos na sala de treinamento, esperando Nat e Hop falarem algo. Elas estavam em silêncio, encarando a carta na mão de Hope. Então, tomando fôlego, a mesma começou a falar.

“Querida Hope, nem sabemos por onde começar. Mas queremos que saiba que te amamos muito, independentemente de tudo, e esperamos que você possa nos perdoar depois de descobrir isso. Hope, querida... Apesar de termos te criado como tal, você não é nossa filha de verdade. Eu e seu pai descobrimos que eu não podia ter filhos, então ninguém herdaria o instituto.”— Ela fez uma pausa antes de continuar. – “Mas sua... tia... teve dois. Na verdade, duas. Gêmeas. Ela e o marido eram bem jovens quando as tiveram. Mas, um dia, eles e uma das bebês foram assassinados. Quando eu e seu pai chegamos a casa deles em Idris... Foi terrível. Mas então ouvimos um choro e subimos a escada. Encontramos um bebê. Você.”

Hope entregou a folha para Nat, que tomou as rédeas.

“Então acolhemos você. Seus pais estavam mortos, e sentimos que era nosso dever cuidar de você. Hope, você sabe que os Crosswright sempre foram uma família muito influente na Clave, portanto temos muitos inimigos. E sabíamos que havia sido obra de caçadores invejosos, mascarado por demônios. Nunca contamos a ninguém a verdade por medo de acharem que havíamos feito aquilo para tê-la, mas, acredite, não fizemos. Eu amava – amo – minha irmã, e nunca faria isso com ela. Mas estamos escrevendo essa carta porque receamos que a mesma coisa possa acontecer conosco. Muitos querem acabar com os Crosswright e sua linhagem.”— Natascha também tomou fôlego. – “Sua irmã está viva, Hope. Quando a achamos, ela deveria estar inconsciente e cometemos o erro de não verificar se respirava. Desejamos reuni-las em breve, mas ainda há informações faltando. Achamos que ela possa estar no Canadá, mas nada muito concreto. Apesar de sermos seus tios, te amamos como pais amam seus filhos. Porque, para nós, você sempre será nossa filhinha. Nós te amamos, Hope Crosswright, e temos orgulho de você.”

A sala mergulhou num silêncio sepulcral, que foi quebrado pela própria Nat.

— Somos irmãs – disse ela, soltando uma risada nervosa. – Meus falecidos tios adotaram Hope e eu fui adotada pela tia Lianna. Somos gêmeas!

Então o cômodo virou uma bagunça. Lianna abraçou Hope, enquanto os outros as parabenizaram.

— Quando formos chamá-las pelo sobrenome, quando saberão quem é quem? – brincou Peter.

— Já sei! Chamaremos Hope de Mun e Natascha de Van! – disse Jason, sorrindo. – Crosswright Van e Crosswright Mun!

Elas riram fracamente. Natascha entrelaçou seus dedos nos de Hope, olhando para ela alegre.

— Se você quiser conversar sobre qualquer coisa, eu to aqui.

— Eu sei – Hope sorriu, apertando a mão de sua gêmea.

Então, com aquele alarde, ninguém percebeu que Elizabeth saía pela porta da frente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Não esqueçam de deixar um comentário!
A Cat postará o próximo em breve, aguardem.
Um abraço estilo Tyson e beijossssssssss! :*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Opostos - HIATUS" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.