Opostos - HIATUS escrita por Cat Valdez


Capítulo 3
Capítulo 3 - Elizabeth Grayson


Notas iniciais do capítulo

Olá! Desculpem a demora. Espero que gostem!



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A notícia de um assassinato chegou, mais uma vez, com a notícia de que um novo morador chegaria ao instituto de Vancoover. Lianna achava aquilo estranho. Porque a clave estava mandando tantas crianças para lá? Em todo caso, ela teria que acolher a menina do melhor jeito possível, afinal, Elizabeth Graystone tinha acabado de perder os pais.

Natascha estava feliz em ter mais gente no instituto. Sua felicidade só não era completa por causa dos assassinatos. A garota sempre fora muito doce e sensível, o tipo de pessoa de quem todos gostavam, o que, ao contrário do que era de se imaginar, nunca a impediu de ser uma das melhores caçadoras da sua idade, mas quando mundanos, caçadores de sombras ou membros do submundo que eram bons morriam, principalmente de um jeito tão brutal, ela ficava realmente abalada.

—Você está bem, Nat?

—Não muito, como está a Hope?

—Se recuperando. Amanhã já deve estar completamente curada.

Natascha suspirou aliviada.

—Acha que ela é da sua família?

—Ela tem o meu sobrenome e a minha cara. Literalmente.

—Mas?

—Mas mesmo assim, quem sabe? Talvez seja a maior coincidência da história.

—Não acredito nisso.

—Não?

—Não. Seus pais morreram quando você era pequena, certo?

—Até onde eu sei...

—Você não acha estranho que tanto Hope quanto Joe tenham sido atacados quando descobriram que tinham relação com você?

Ela piscou os olhos.

—Você está dizendo... que a culpa é minha?

—O quê? Não! Claro que não! Mas talvez o assassino dos seus pais...

—Meus pais foram mortos por demônios.

Ele olhou para Natascha, que parecia prestes a chorar.

—Ah, Nat, desculpe. Eu não deveria ter... Esqueça tudo isso, está bem? Não faz o menor sentido mesmo.

Ela se levantou.

—Com licença, vou ver como está a Hope.

—Ah, claro. Hm, te vejo no treino?

—Na verdade, Jackie disse que quer treinar comigo hoje.

—Ah, certo. Te vejo depois então.

Nat o abraçou.

—Não fique chateado, ok? Posso treinar com você amanhã.

—Claro, e desculpe por...

—Tudo bem. Sei que só queria ajudar.

Ela saiu da sala e foi até o quarto novo de Hope.

—Como você está se sentindo?

Hope levantou os olhos.

—O que você acha?

—Está melhorando?

—Sim.

—Precisa de alguma coisa?

—Não.

—Qualquer coisa, pode pedir.

—Eu sei.

Natascha olhou para o chão, um pouco sem graça.

—Ficou sabendo das notícias?

—Que notícias?

—Vamos receber uma nova moradora!

—Ah.

—Não gostou?

—Acho que é indiferente.

—Tenho mais uma notícia, mas essa não é muito agradável.

—O que é?

—O Anjo da Morte fez mais uma vítima

Hope olhou para o teto.

—Gostaria que saísse agora. Estou com sono.

—Tudo bem. Melhoras.

Natascha se virou para a porta.  Tentou não demonstrar a decepção que sentia.

—Você... Acha que somos parentes?

Hope suspirou.

—Pelo Anjo, garota, temos o mesmo sobrenome e a mesma cara. Devemos ser primas, no mínimo.

O rosto dela se iluminou.

—Você acha mesmo? Estou procurando minha família há anos! Meus pais... morreram quando eu era pequena.

Hope piscou.

—Ah. Sinto muito. Meus pais também morreram.  Recentemente.

—Sinto muito também.

Hope tossiu um pouco.

—Desculpe, mas realmente preciso dormir agora.

—Ah, tudo bem. Espero que melhore logo.

—Obrigada

Ela saiu do quarto e encontrou Lianna.

—Como ela está?

—Cansada, mas fora isso parece bem.

—Você já soube o porquê de ela ter vindo para o instituto, certo?

—Sei que ela perdeu os pais, mas não sei por que ela veio para Vancoover e não para um lugar mais perto, ou até mesmo continuou no instituto de Munique.

Lianna suspirou.

—Natascha, não percebeu ainda?

—O quê?

—Hope foi mandada para cá porque vocês são parentes. Primas por parte de mãe.

—O quê? Por que não me contou?

—Eu também não sabia. Fiquei sabendo no dia em que ela chegou aqui. Eu sou irmã do seu pai, nunca tive muito contato com a família da sua mão, já te disse isso.

—Isso é incrível!

Ela sorriu.

—Sabia que ia ficar feliz.

—E a nova garota? O que sabe sobre ela?

—O nome é Elizabeth Graystone. A mãe dela foi assassinada pelo Anjo da Morte. O pai morreu há uns cinco anos.

Natascha cobriu a boca com as mãos.

—Que coisa horrível!

—Nem tanto. Aparentemente ela e a mãe não eram próximas nem se davam bem.

—Mas mesmo assim, ela deve estar abalada.

—Imagino que sim, mas não acho que vai ter problemas para se recuperar ou se adaptar aqui.

—Espero que você esteja certa.

—Ah, quase esqueci. Jackie está te esperando para o treino.

Natascha teve um sobressalto.

—Ah, esqueci completamente. Obrigada Lianna!

—De nada.

Nat correu para a sala de treinamento e encontrou Jackie um tanto impaciente.

—Desculpe, fui ver a Hope e perdi a hora.

Jackie balançou a cabeça.

—Não tem problema. Ben me fez companhia, saiu um pouco antes de você chegar.

Nat sorriu.

—Que bom que vocês estão se dando bem.

Ela ficou um pouco vermelha.

—É... Então, vamos treinar ou não?

Nat sorriu.

—Quando você estiver pronta.

Peter entrou na sala.

—Lianna está chamando. A garota nova chegou mais cedo.

Jackie e Nat correram para a sala de entrada, onde encontraram uma garota morena que parecia irritada.

—Elizabeth? –Nat chamou.

A garota se virou para ela.

—Meu nome é Natascha. Prazer em conhecê-la.

Ela lançou-lhe um olhar desconfiado.

—Igualmente.

—Sinto muito por...

Elizabeth interrompeu.

—Não éramos próximas. Não nos dávamos bem e eu não estou sofrendo com a morte dela. Não precisa sentir muito por nada.

A sala caiu em um silêncio constrangedor até que Lianna pigarreou e disse:

—Vamos, Elizabeth, vou mostrar o seu quarto. Depois Peter, Natascha e Ben podem te mostrar o instituto.

—Na verdade, estou muito cansada, acho que vou deixar a apresentação para amanhã.

Lianna franziu a testa. Não gostava de ser contrariada. Mas a garota tinha acabado de perder a mãe, ainda devia estar em choque, apesar de não parecer se importar muito.

—Tudo bem. Ben, pode ajudá-la com as malas?

—Claro.

Ben tentou pegar uma das malas, mas Elizabeth o impediu.

—Não precisa! Eu dou conta!

Ela pare um pouco desesperada.

—Tem certeza? Parece pesado...

—Eu dou conta. – Ela repetiu.

—Hã, tudo bem.

Ela pegou as duas malas e, com certa dificuldade, seguiu Lianna para seu futuro quarto.

—Sou só eu ou vocês também acham ela meio esquisita? –Jackie perguntou.


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Notas finais do capítulo

Deixem comentários. Beijos de purpurina e até a próxima!



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