Destiny escrita por Vic Teani


Capítulo 2
Capitulo Dois: Complicações




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   Dean andava de um lado para o outro.
  - Você tem certeza que são essas tais de nornas que estão aqui na cidade? – ele perguntou para Castiel.
  - Só podem ser elas – disse ele – Elas controlam a vida e o destino das pessoas, logo, podem evitar que alguém morra.
  - Como o cara do caixão – disse Sam – Mas e os dois que morreram de morte natural?
  - As nornas, diferentemente das parcas – disse Castiel – tem mais um significado. Cada uma delas representa um período de tempo: passado, presente e futuro. Não se sabe a extensão dos poderes delas, mas não me surpreenderia se elas pudessem acelerar ou desacelerar o tempo.
  - Ou – disse Sam – Realizar viagens temporais.
  Os dois olharam para ele.
  - As mulheres que eu vi na rua – ele explicou – Elas estavam crentes que estavam vivendo a vários anos atrás. Isso explica o como delas estarem aqui, mas por que será que elas não estranham nada?
  - Algumas lendas mais antigas – disse Castiel – Dizem que as nornas podem fazer as pessoas enxergarem o que elas quiserem.
  - Elas então seriam bem mais poderosas que as parcas, não é? – disse Sam.
  - Existem deusas tecelãs em quase todas as religiões – disse Castiel – No básico são a mesma cosia, mas tem suas pequenas diferenças. Provavelmente, todas essas crenças tiveram inicio em um mesmo lugar, e acredito que tenha sido nas nornas.
  - Mas se o que você está dizendo for realmente verdade – disse Sam – Significa que essas nornas podem ter um poder quase ilimitado. Se todas essas crenças tiverem tido origem nelas, e já que cada crença tem suas diferenças...
  - Nem tudo que se diz sobre elas é verdade, assim como em qualquer lenda ou crença – disse o anjo – Mas você está certo. São inimigas muito poderosas.
 Dean assistia a tudo, com cara que de quem estava entendendo.
  - O que me intriga – disse Sam – É que nas lendas que eu conheço, as nornas não causam alterações desse tamanho. Elas se limitavam a tecer e cortar os fios da vida e fazer pequenas alterações no destino.
  - Algo muito grave deve estar acontecendo – disse Castiel – E temos que descobrir logo o que é.
  - Bom – disse Dean, se levantando da cadeira e pegando a jaqueta – Eu estou com fome.

  Os três entraram no restaurante. As paredes eram vermelhas, e as cadeiras, corrimões, maçanetas, e várias outras coisas tinham detalhes em um amarelo quase dourado.
  Garçonetes com vestidos curtos vermelhos andavam de um lado para o outro, todas de cabelos pretos presos em um ou dois coques.
  Uma delas parou em frente a mesa deles, sorrindo.
  - Então, o que vão querer? – ela disse.
  - Ainda não sei – falou Dean, olhando para o cardápio. A garçonete foi falar com Castiel, mas ele apenas balançou a cabeça negativamente. Ela se virou para Sam.
  - E o senhor? – ela falou, sorridente.
  Nenhuma resposta.
  - Senhor, tudo bem? – ela disse.
  Dean olhou para o irmão, e percebeu que este olhava para a garçonete, completamente perdido em seus pensamentos – provavelmente obscenos.
  Ele deu uma cotovelada nada discreta no mais novo, que balançou a cabeça.
  - Ah, é, por enquanto nada – ele disse, e a garçonete se afastou.
  - Devia ter pedido um babador – falou Dean, rindo.
  Castiel apenas olhava tudo, em silencio.
  - Eu acho que não devíamos estar perdendo tempo – ele falou, sério.
  - Nós temos que comer, ao contrário de você – disse Dean.
  Castiel resmungou qualquer coisa e Dean escolheu o que ia pedir. Sam escolheu também e eles chamaram a garçonete.
  Para o desanimo de Sam, não era a mesma mulher de antes.
  Comeram rapidamente, por que Castiel ficava falando o tempo todo para se apressarem.
  Dean pagou a conta com um dos cartões falsificados e ele saíram do restaurante.
  Quando passaram pela porta, Sam sentiu que estava sendo observado.
  Olhou para trás e viu a garçonete japonesa, a primeira que foi até a mesa deles. Ela olhava fixamente para ele.
  Ele se virou para avisar Dean e Castiel, mas quando olhou novamente, ela havia sumido.
  - Pare de ter sonhos eróticos – disse Dean, rindo.

  Eles entraram no quarto do motel. Dean se jogou em uma das camas, e Sam sentou na outra.
  - Reviramos a cidade inteira e nada – disse Dean – Alias, como vamos achar essas deusas? Com o que elas se parecem?
  - Pelas poucas informações que se tem sobre elas – disse Castiel – Dizem que Urd é uma velha, Verdandi é a mais jovem e bonita, e Skuld está sempre encapuzada e carrega um pergaminho. Mas elas podem assumir a forma que desejarem, e de qualquer jeito, é muito pouco provável que essa descrição seja a forma verdadeira delas. Algumas lendas dizem que são gêmeas, mas a aparência pode ser qualquer uma.
  - Gêmeas – disse Dean, com um ar malicioso.
  - Castiel, você disse que as nornas representam o passado, o presente e o futuro – falou Sam, e o anjo confirmou com a cabeça – Então, qual delas representa o que?
  - Nisso as lendas são bem especificas – falou o anjo – Urd representa o passado, Verdandi o presente e Skuld o futuro.
  - Então, quem trouxe aquelas duas mulheres aqui foi a Urd? – disse Sam.
  - Em teoria, sim – falou Castiel – Mas o tempo é relativo. Se levarmos em conta nosso período de tempo como presente, sim, foi Urd que as trouxe aqui, mas se levarmos em consideração o período delas como sendo o presente, teria sido Skuld, a deusa do futuro, que as trouxe aqui.
  - Então como saber qual delas fez isso? – perguntou Dean.
  - As nornas não agem sozinhas – disse Castiel – As três só agem juntas, unindo seus poderes. Claro, em coisas menores elas podem se virar sozinhas.
  - Então, se matarmos uma, as outras perdem os poderes? – perguntou Sam.
  - Primeiro – disse Castiel – Que matar uma das nornas é praticamente impossível. Basta que elas sintam a ameaça para que usem seus poderes e pronto, elas somem da sua frente. E também, não vamos matar uma delas mesmo que tenhamos a oportunidade – disse ele – Matar as nornas poderia causar um desequilíbrio no tempo. Elas são as guardiãs do tempo, o que está acontecendo agora nem se compara com o que aconteceria se uma delas fosse morta.
  Os Winchesters ouviram a explicação de Castiel.
  - Então, o que devemos fazer? – perguntou Sam.
  - Nessa situação, acho que a melhor opção seria encontrá-las – falou o anjo – E então conversarmos com elas. Poderíamos saber o que está errado, e tentar convencê-las a ajeitar as coisas.
  - Que ótimo – disse Dean – Então nossa missão é conversas com três deusas nórdicas desequilibradas? Vamos precisar de sorte.
  - Então estamos ferrados – falou Sam – Afinal, para elas definir a sorte de alguém é tão fácil quanto olhar pro Castiel pela primeira vez e deduzir que ele é virgem.
  O anjo balançou a cabeça positivamente, mas entendeu a “ofensa” no meio do gesto, e se sentou em uma cadeira, emburrado, como uma criança pequena.
  Percebeu que as piadas sobre sua virgindade ficavam cada vez mais freqüentes. E por um breve momento, se perguntou se deveria tentar perder sua virgindade de novo.




 


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