Now Before and Then and maybe a little for later escrita por Mares on Mars


Capítulo 2
Before




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Três dias antes, Centro de Operações Táticas da SHIELD, Nova York, 8:55PM

 

— SHIELD 415, permissão para pousar concedida — uma voz feminina ecoou no Quinjet e o piloto fez sua manobra final antes de fazer seu pouso suave no telhado do prédio. Rapidamente, o único agente dentro do jato se aproximou do piloto e deu-lhe uma ordem simples:

— Fique pronto para partir em vinte minutos — disse suavemente e deu um tapinha no ombro do homem antes de sair do jato e caminhar para o elevador no telhado. Com gentileza, tocou o botão do 2º subsolo e imediatamente o elevador começou a descer 26 andares. Ao finalmente chegar no andar desejado, o homem pisou para fora do cubo e caminhou entre os cubículos da grande sala, em direção a um dos únicos ainda iluminados — Sabe, não tem graça nenhuma te visitar nesse buraco — ele provocou com um sorrisinho de canto e a mulher que ocupava o cubículo, levantou o olhar na direção do agente.

— Coulson — ela cumprimentou rapidamente e voltou sua atenção a um documento a sua frente.

— Você precisa vir comigo — ele disse sem cerimônias e ela ergueu o olhar novamente.

— Isso é mais alguma tentativa de me convencer a passar uma noite em Atlantic City? Porque eu nunca mais aposto no jogo contra você — ela respondeu com seu tom entediado.

— Infelizmente não … Por favor May, pega seu casaco e vem comigo — ele insistiu, parecendo mais preocupado do que ela estava acostumada, e mesmo contrariada e desconfiada, ela fechou a pasta de arquivos que analisava e tirou seu casaco do encosto de sua cadeira, vestindo-o rapidamente antes de seguir Coulson até o elevador.

— O que tá acontecendo? — perguntou com preocupação, assim que notou que ao invés de apertar o botão do térreo, ele apertara o botão para o último andar.

— O Tesseract foi roubado, e a Iniciativa Vingadores acaba de ser ativada. Não faz nem dez minutos que eu saí da Torre Stark — ele informou rapidamente, e imediatamente ela soube o porque ele havia a procurado. Era óbvio que ele queria sua ajuda. Há anos ele falava sobre esse projeto, e sobre como ele precisaria dela a seu lado, e mesmo quando ela fora para o setor administrativo, ele mexera uns pauzinhos para que ela fosse incluído nas decisões táticas da iniciativa. Em silêncio, eles chegaram ao telhado, e o agente fez uma nota mental para falar bem sobre o piloto do quinjet, que já o tinha pronto para patir. Em uma corridinha, os dois agentes cruzaram o telhado e subiram a rampa de carga do pequeno avião, que decolou no momento em que os dois estavam lá dentro.

— Então, qual é a missão agora? — ela perguntou enquanto fechava o cinto de segurança de um dos acentos em volta de cintura.

— Eu vou te levar até uma casa segura, onde você vai ficar protegida até o final disso, e eu vou até o Brooklyn, buscar o Capitão Rogers … — ele explicou e uma expressão incrédula formou-se no rosto de Melinda.

— Você não veio atrás da minha ajuda? — questionou, parecendo realmente surpresa.

— Eu vim pra te levar até um lugar seguro — respondeu com firmeza e ela ainda parecia confusa.

— Phil … — ela chamou-o, sem saber o que dizer — Desde que a ideia da Iniciativa começou você quis que eu fizesse parte…

— Isso não importa agora — disse parecendo ansioso.

— Tem alguma coisa que você não tá me contando.

— O Tesseract não foi roubado por um grupo qualquer … — começou e diminuiu o tom da voz. Mesmo sendo uma ameaça mundial, ainda haviam protocolos que ele deveria seguir, e esses protocolos diziam estritamente que somente agentes de nível 6 e 7 tinham permissão total para saber o que estava acontecendo, e o piloto não se encaixava em nenhum desses níveis — Você se lembra do Thor, no Novo México ano passado? — perguntou rapidamente.

— É claro que lembro, você me enfiou na equipe de análise e eu passei duas semanas lendo relatos de civis sobre tudo o que aconteceu — ela recordou e ainda não parecia nada feliz com o que acontecera.

— Então você sabe muito bem sobre o irmão dele, Loki, o que enviou o Destroyer — prosseguiu e ela assentiu — Ele veio pra cá, pra Terra, numa espécie de portal… Ele roubou o Tesseract e usou o cetro dele …

— Cetro? — ela interrompeu-o, desorientada.

— É, ele tem um cetro mágico … Enfim, ele usou esse cetro mágico para controlar o Doutor Selvig e o Agente Barton — explicou e ela olhou-o em choque.

— Como a Nat reagiu? — perguntou e o agente encolheu os ombros.

— Ela não teve muito tempo pra reagir… Ela tava no meio de uma missão, aquela dos traficantes de armas e tanques — disse ainda em voz baixa e Melinda assentiu em reconhecimento, afinal, fora ela que liberara a tal missão para Romanoff — E agora ela está em Calcutá.

— Calcutá?

— Banner.

— Ah — ela murmurou — E é uma boa ideia mandar a Natasha atrás do Hulk?

— Nós não precisamos do Hulk, só precisamos do doutor.

— E pra qual casa segura você tá me levando? — questionou, realmente curiosa pra saber onde passaria os próximos dias.

— Para A Casa Segura — ele respondeu e ela revirou os olhos. A Casa Segura era como Phil Coulson se referia a seu próprio apartamento. Tudo bem que o apartamento não muito grande e consideravelmente simples, porém muito bem mobiliado no segundo andar de uma antiga fábrica de tecidos no Brooklyn era uma verdadeira fortaleza. Para abrir a porta da garagem era necessário que o carro tivesse um dispositivo feito pela SHIELD, que liberava o acesso imediatamente, e se alguém tentasse entrar sem o tal dispositivo, um alarme silencioso se ativaria e em menos de 3 minutos, pelo o menos um dúzia de agentes apareciam. Para acessar o elevador e a porta de entrada do apartamento, era necessária leitura de retina e digitais, e somente 7 pessoas tinham tal acesso - Coulson, May, Audrey, Hill, Barton, Romanoff e Fury. E para ter acesso ao primeiro andar do prédio, onde Phil mantinha seu precioso carro, todos os procedimentos anteriores eram necessários e mais uma senha especial que mudava a cada 24 horas, que ele somente compartilhava com Melinda. Todas as portas e janelas do prédio eram a prova de mísseis e as paredes eram blindadas com mais de 200 quilos de titânio, e por insistência de Hill, havia um sistema de defesa anti aéreo no telhado, onde frequentemente alguns quinjets pousavam. Era um sistema de segurança completo, que o próprio Tony Stark projetara para ele, e do qual o agente estava muito orgulhoso. Já Melinda achava tudo ridículo e exagerado demas.

— Eu não sei pra que você precisa de tudo isso — ela comentou, pela milésima vez, um segundo antes do piloto avisar que eles estavam chegando. Rapidamente, Phil digitou em seu celular o código de acesso a seu sistema anti aéreo e o pouso foi autorizado.

— Eu preciso de tudo isso porque o mundo é um lugar perigoso e eu gosto de dormir com os dois olhos fechados durante a noite — ele respondeu logo que eles saíram do quinjet e andaram em direção à porta do telhado — Eu não vou entrar … — ele declarou e segurou-a por perto, durante um minuto — Tudo que você precisa tem lá dentro, comida, bebida, filmes, e tem algumas roupas femininas no armário próximo a cozinha. As senhas da semana estão grudadas na geladeira, e você precisar dar comida pra Molly.

— Eu achei que ela já tinha morrido — comentou após ouvir o nome do bichinho de estimação de Coulson.

— Jabutis vivem 100 anos — respondeu distraidamente e continuou a passar informações para a chinesa, como se fosse a primeira vez que ela ia até o lugar.

— Phil, eu sei como funciona a sua casa, ok? — interrompeu-o e ele deu um sorrisinho.

— Fica aí dentro até toda essa situação de resolver, ok? Quando tudo tiver bem eu venho te libertar — ele disse com um tom de brincadeira no fim de sua frase, que não era o suficiente para esconder sua preocupação, e ela puxou-o para um abraço rápido.

— Resolve isso logo — ela pediu e se afastou, dando um sinal para que ele fosse embora. Rapidamente, ele piscou para ela e sorriu, antes de caminhar de volta para o avião, deixando-a sozinha no telhado do prédio. “Se cuida”, ela pensou enquanto acenava para ele, e assim que o quinjet partiu, ela encostou a palma de sua mão na porta, aguardando de que o scanner lesse suas digitais e permitisse que ela entrasse.

 


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Notas finais do capítulo

por favor, não me deixe sem saber o que vocês acharam!