Fix You escrita por SammyBerryman


Capítulo 31
Vertigo (Alfred Hitchcock) - part two


Notas iniciais do capítulo

[Um corpo que cai (Alfred Hitchcock) - parte dois]

Um doce hot Seddie para vcs... (Thais vc pediu um hot, Evelyn vc tbm pediu, então ficou um hot/doce/fofo, espero que gostem)


POSTEI E SAI DE JATO! SEGURA NA MÃO DE DEUS E VAI NA PARTE 2!!!



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Povs Sam:

Acordo meio confusa. Não estou no sofá aonde me lembro de ter dormido. Estou na minha cama, enrolada em uma coberta. Estou suando horrivelmente. Saio das cobertas e espero a tontura chegar, mas na verdade me sinto bem. Quase como se eu nem estivesse doente há... Não sei quanto tempo faz. Era por volta de meio-dia quando dormi. Olho para o relógio em cima da cômoda, marca cinco horas da tarde. Opto por tomar um banho, me sinto suja por ter ficado doente.

Depois do banho, coloco uma camisa xadrez azul e uma calça jeans qualquer, fico descalça só para irritar o Freddie, não perco a oportunidade.

Vou para o andar de baixo e me surpreendo ao ver o Freddie jogando xadrez com o Austin, eles estão tomando refrigerante, Carly está observando o jogo deles no sofá que fica afastado do centro da sala, enquanto Gibby beija seu pescoço docemente, Embryl está deitado no chão com as mãos atrás da cabeça escutando música em um fone.

— Mamãe chegou. - anuncio descendo lindamente as escadas e a reação já era esperada.

Freddie se levanta para vir me receber com um abraço e um beijo. Mais uma vez eu observo a reação do Austin enquanto abraço o Freddie, ele dá um levo aceno e um sorriso para mim.

Freddie desfaz o abraço e aperta minha cintura

— Sim. Estou me sentindo bem, muito melhor para ser exata. - respondo sua pergunta não formulada.

— Oh, perfeito. - ele se alivia e vamos de mãos dadas até o sofá, Austin permanece sentado na cadeira ao lado da mesinha onde estavam jogando xadrez.

— Descobriram alguma coisa, casal do ano? - me dirijo a Carly e ao Gibby que se beijam apaixonadamente no outro sofá.

Ela para de beijar ele e cora um pouco.

— A última vez que Lana esteve por aqui foi semana passada. - Carly me responde.

— Parece que tem um padrão, ela liga o celular no mesmo local e desaparece em seguida. - Embryl diz enquanto faz abdominais no chão da sala- Não usa cartões e nem nada que revele seus movimentos.

— Barney a acharia fácil em qualquer lugar do país através do sistema que ele tem, porém é como se ela não quisesse ser encontrada. - Carly finaliza e morde o lábio pensativa.

— Onde ela esteve da última vez? - pergunto e sinto o olhar do Austin em mim.

— Na casa dela em Clermount, mas o sinal parece sempre acabar ali. A última pessoa que ligou para ela foi o Austin. - Carly aponta para ele e sou forçada a encara-lo.

— Eu disse que tinha falado com ela. - ele dá de ombros.

— Sim, mas você disse que ela tinha te ligado. - relembro e Freddie retira o cabelo dos meus ombros.

— Ela ligou. E depois eu liguei para ela novamente. - ele desvia o olhar rapidamente sabendo o que Freddie irá fazer.

Freddie beija meu pescoço e eu suspiro baixinho, mas pela primeira vez, vou ter que recusar o seu gesto de afeto, estou ficando vermelha aqui.

— Para. - eu intervenho e me inclino para frente, não sei o que sou capaz de fazer com ele, Freddie me faz ter reações e pensamentos que nunca tive com ninguém - Austin, por que eu acho que essa história não faz sentido?

— Por que você é paranoica e você sabe que não é divertido ser paranoica. - ele sorri e eu engasgo por ter usado essa mesma frase há uns três dias atrás.

— Papai disse que vai entrar em contato de novo, até lá só nos resta esperar. - Embryl diz entre uma abdominal e outra.

— Então é isso. - volto a encostar-me ao sofá.

Austin fica meio incomodado e noto que quer dizer alguma coisa.

— Bom, acho que eu já vou...

— Não, você pode ficar. – eu me surpreendo quando a voz do Freddie ecoa pela sala - Se tivermos mais alguma coisa você vai saber na hora.

Eu suspiro e me inclino contra ele. Até coço meu ouvido para ver se eu ouvi isso direito.

— Dorme aqui, temos um quarto vago, acho que ninguém iria se incomodar, não é gente? – Freddie pergunta olhando para todo mundo e eu o fito pasma. Meu subconsciente caiu da sua cadeira de bar e me puxou com ele. O que o Freddie está pensando? Ficou maluco? Está achando lindo meu ex-namorado desfilando pelo meu apartamento? Controlo-me para não dar um tapa nele.

Sinto o olhar de todos em mim esperando para ver a minha reação, até Embryl se sentou para ver o que eu vou falar. Respiro calmamente e faço uma contagem regressiva, hora de sair dessa com uma piada.

— Se sinta em casa Austin, só não tira a roupa que é feio. Provavelmente você não vai conseguir dormir já que o quarto de hóspedes fica ao lado do quarto da Carly e do Gibby, se o barulho te incomodar creio que o Freddie não ia se importar se você dormisse no nosso quarto, não é amor? – pego a mão do Freddie e beijo seu rosto. Freddie trinca os dentes com força e Carly joga uma almofada em mim.

Austin está desesperadamente tentando segurar o riso, ele inspira e expira algumas vezes antes de conseguir formular uma resposta, torço para que ele negue, mas parece que o Freddie e ele estão jogando o mesmo jogo: "tire a Sam do sério".

— Se não for muito incômodo, eu aceito ficar. - ele pisca para mim.

— Incômodo nenhum, o único incômodo aqui é a Carly e o Gibby de noite. - volto a fazer piada com os dois.

— Sam!- Carly reclama do sofá- Tem umas cobertas na cama que você pode usar Austin, acho que você vai ficar bem aqui.

— Claro, obrigado galera. - ele agradece e troca um olhar de dúvida com o Freddie.

 

 

O decorrer da tarde foi totalmente estranho. Austin e Freddie agiram como melhores amigos, até jogaram bilhar na mesa de sinuca que temos no andar de cima, conversaram sem problemas a todo momento. Até mesmo no jantar Freddie se sentou ao lado dele e eu me sentei ao lado da Carly. Tentei descobrir o que estava acontecendo, mas ninguém soube explicar. Barney não nos ligou de novo e por volta das 10 da noite, todos combinaram de ir dá uma volta por Londres. Freddie concordou e murmurou que iria tomar banho. Essa foi minha deixa, assim que ele subiu para o quarto, me despedi de todos e subi atrás dele.

 

Abro a porta do meu quarto e noto a luz irradiando por baixo da porta do banheiro. Deito-me na cama enquanto espero pelo Freddie. Noto uma cueca boxer preta, uma calça jeans, uma camisa social branca e um cinto próximo aos meus pés. Um sorriso travesso surge no meu rosto ao saber que ele vai ter que sair do banheiro de toalha para vir se trocar. Continuo deitada a sua espera, após cinco minutos escuto o barulho do chuveiro sendo desligado. Apoio-me no cotovelo e ergo a cabeça para vê-lo sair do banheiro.

Freddie abre a porta segurando a toalha na cintura. Ele me dá um sorriso sugestivo quando se aproxima e balança a cabeça para secar o cabelo.

— Quer me ajudar a colocar a roupa? - ele continua sorrindo e para ao lado da cama.

— Sua mãe não te ensinou a se vestir?

— Ensinou, mas você faz isso muito melhor. - ele sobe na cama e engatinha desajeitadamente com a toalha até mim.

— Oh, que elogio estranho. - o puxo pelo antebraço e ele cai em cima de mim, deixo meu joelho entre suas pernas, mas ele o empurra com a mão e faz com que eu coloque minhas pernas em volta do seu quadril.

— Talvez devêssemos os deixar irem e ficar com o apartamento só para nós. - ele me rouba um selinho.

— Acho uma boa ideia. - aliso seu peito com uma mão e suas costas molhadas com a outra.

— Hmmm. - ele fecha o olho e roça o nariz contra o meu, Freddie me beija nos lábios de novo, vai trilhando beijos pela minha bochecha e desce para o meu pescoço.

— Faz amor comigo. - eu sussurro e ele se arrepia completamente.

— Sim. - ele aceita e sinto seu sorriso contra meu pescoço.

Freddie se levanta rapidamente e corre para fechar a porta, dou risada da sua pressa. Ele apaga a luz e volta para a cama, ele liga o abajur da cômoda como uma tradição. Freddie se ajoelha e tira minha camisa rapidamente, em seguida puxa a minha calça e minha calcinha junto, ele não quer perder tempo. Eu suspiro quando ele começa a beijar a minha barriga, ele morde e eu arfo puxando seu cabelo. Ele vai subindo os beijos para os meus seios, eu gemo quando ele abaixa o meu sutiã e beija cada um.

— Me deixa tirar. – sua voz está rouca. Eu arqueio as costas e em um movimento rápido ele retira meu sutiã.

— Eu quero que você seja doce comigo... – peço algo que não é natural para mim.

— Prometo ser doce com você. – ele se inclina e beija meus lábios, eu fecho os olhos saboreando a sua boca, depois vou para o seu pescoço onde eu mordo e sinto o gosto de sabonete. Eu desço as mãos pelo seu peito, chego à sua toalha e a puxo para o lado com rapidez, o nó se desfaz e ele fica nu em cima de mim. Deixo uma mão em seu rosto, outra em seu cabelo, onde eu puxo devagar, tentando ser carinhosa, assim como eu espero que ele seja comigo.

— Eu amo você Freddie. – paro de beija-lo para dizer isso – Eu amo você, entendeu?

— Por que está me dizendo isso? – ele sussurra contra a minha boca.

— Porque você ainda não aceitou a verdade, eu disse “sim” para você Freddie, sou eu que preciso dizer que te amo todos os dias, não ao contrário. – dou carinho na sua face – Eu sempre vou amar você. Eu escolhi você. Renuncio a todos para ficar com você para sempre.

Ele fecha os olhos e volta a me beijar. Seu beijo é intenso, cheio de paixão e um amor inacreditável. Freddie se ajeita em cima de mim e começa a me preencher com calma, eu prossigo o beijando com todo o meu amor por ele. Ele agarra os lençóis e se esforça para ir devagar. Ele está em um ritmo leve, calmo como um balanço suave de um barco, ou como o vento leve de uma brisa em uma tarde de verão. Eu deixo meu corpo se adaptar ao momento, minha respiração aumenta, paro de beija-lo para me focar somente no prazer que ele está me dando. Ele beija meu rosto, meu queixo, minhas pálpebras, minha testa. Ele retorna para os meus lábios com um toque leve, quase sem vontade.

— Minha Sam... – ele murmura docemente – Eu amo tanto você.

— E tenha certeza que eu também te amo. – sussurro abrindo os olhos e fitando o castanho dos seus, um mar de chocolate perfeito.

Prosseguimos nesse ritmo doce e calmo. Freddie começa a ir um pouco mais rápido, eu sei que ele está perto, assim como eu. Meu corpo está tão perfeitamente ligado ao dele, que sinto tudo o que ele sente. Seus lábios sussurram palavras doces no meu ouvido, é quando eu me sinto a ponto de explodir.

— Preciso que você se solte Sam. – Freddie mantém o mesmo tom – Agora...

E como um timing perfeito, eu chego ao ápice afundando meu rosto contra seu pescoço e sentindo seu cheiro amadeirado. Ele tem o cheiro de casa. O único lugar do mundo aonde eu queria estar agora, mas queria estar lá com ele. Meu corpo treme com o orgasmo intenso, mas ao mesmo tempo tão perfeito e extremamente puro.

Freddie se movimenta mais um pouco e sinto seu corpo tombar sobre o meu, ele geme baixinho enquanto o orgasmo o faz desmaiar de sono. Ele fica parado respirando com força no meu pescoço, acho que ele dormiu e não percebeu. Eu só fico acariciando seus cabelos com um sorriso no rosto.

— Por que é tão difícil entender que eu só quero você Freddie? – sussurro para a escuridão do quarto.

Infelizmente, nenhuma das sombras silenciosas responde a minha pergunta.

 

 

 

 

 

Povs Lana:

Observo o anoitecer em Londres. É uma das cenas mais belas que poderia existir no mundo. Tomo um gole de uísque enquanto desfruto da vista. O som da TV que eu tenho no quarto preenche o silêncio do ambiente. Está passando um filme antigo chamado "Um corpo que cai". Eu não sei se estou prestando atenção, só me deixo levar pelas palavras pronunciadas pelos personagens. Ele se assemelha muito com o que eu fiz antes de vir para cá.

Estou em casa com aquele maldito sentimento arrasador de novo. Eu sei que ele mereceu aquilo, mas vai ter consequências depois. Desgraçado! Passou a vida toda mentindo para mim. Quando descobri a verdade foi o cúmulo. Fez a minha vida ser perfeita, mas era tudo uma mentira. Sempre foi. Ainda posso ver ele caindo, ainda sinto o gosto amargo da vingança em minha boca. Saio da janela e ando pelo quarto pensando em meu próximo passo.

Não foi difícil descobrir que o Freddward Benson era meu irmão. Só pela idade e pela semelhança, já foi o suficiente. Eu senti o laço que se rompeu anos atrás. Culpa do meu pai. Mas ele já pagou pelo o que fez. Espero que minha madrasta não saiba da verdade, provavelmente ele não vai sair do coma nem tão cedo.

O uísque desce quente pela minha garganta e o Austin vem em minha mente. O que aquele garoto fez comigo? Eu o usei o tempo todo, não queria ama-lo, mas vê-lo tão perdido, tão sozinho, me fez ter pena. Só que eu me apaixonei por ele, algo que estava totalmente fora dos meus planos. E depois ele falou por telefone com a ex-namorada dele, eu não podia suportar aquilo. E agora pensando bem, ele é o único que pode me ajudar. Tenho que ter cuidado ao usar o celular, procuro entre meus bolsos e caio no chão por causa da quantidade de álcool ingerida. Consigo pegar meu celular no bolso do shorts e disco o número dele.

Leva um tempo até ele atender.

Eu senti sua falta.— é a primeira coisa que ele fala.

— Eu preciso de ajuda. – murmuro meio bêbada.

O que aconteceu Lana?— ele se desespera.

— Não. Não é o momento certo ainda. – o corpo do meu pai caindo retorna na minha mente – Eu sinto muito. – me desculpo com a pessoa errada.

Onde você está?— ele me pergunta e eu ignoro.

— Desculpa. – peço novamente e desligo o telefone.

Uma lágrima escapa do meu rosto, mas eu juro que é última que irei derramar. A dor é minha companheira nesses últimos meses. Ela e eu viramos melhores amigas. A imagem volta para os meus pensamentos, eu grito sozinha e me encolho diante disso tudo. Abro o meu celular, tiro a bateria e o chip. Não posso deixar ninguém saber onde eu estou. Pode ser perigoso. Principalmente se a policia descobrir o que eu fiz.

Ele mereceu. Ele mereceu. Se a queda não o matou, a culpa irá. E se nada adiantar, eu volto para terminar o serviço. Eu tenho que voltar... Eu fico agarrada a única foto que tenho do Freddie. Meu irmão. Aquele que é meu por direito. Me tiraram dele. Mas eu vou voltar para a vida dele. Mas para isso, preciso da Sam longe por um tempo. Em breve eu ligo para o Austin de novo, vou tentar descobrir que são os que cercam meu irmão, depois disso, se o Austin ama tanto a Sam, ele saberá o que fazer. Eu só tenho que esperar. Esperar mais um pouco... Como em um corpo que cai.

 

 

 

Povs Sam:

Acordo-me com o Freddie me envolvendo com os braços, sua respiração está no meu pescoço, olho para o relógio e vejo que ainda está muito cedo, porém ontem dormi a tarde inteira e não consegui dormir muito de noite, mesmo o Freddie tendo tirado minhas energias. Fazer amor com ele foi perfeito como sempre. Estou com um sorriso de satisfação no rosto, o mesmo com o que fui dormir ontem a noite.

Meu estômago ronca. Mexo-me para sair da cama. Faço com cuidado para não acordar o Freddie, porém ele me aperta contra o colchão.

— Não vá. – ele pede em um sussurro.

— Vou fazer o seu café e trazer aqui na cama. – ronrono e dou um beijinho na testa dele.

— Eu que devia fazer isso para você. – ele ainda está sonolento.

— Hoje não. – saio da cama e procuro algo para vestir.

Pego meu sutiã e minha calcinha do chão e os coloco, depois decido usar a camisa social que o Freddie iria vestir ontem e me visto com ela, pego o shorts mais curto da cômoda e o coloco. Olho para a minha roupa, a camisa é grande e da impressão que não estou usando nada na parte de baixo, o que deixa minhas coxas a amostra.

 Desço as escadas sem fazer barulho para não acordar ninguém. A sala está uma tremenda bagunça, Carly nunca foi de fazer isso, vou tentar entender o que aconteceu mais tarde, mas agora quero comer alguma coisa enquanto faço algo para o Freddie comer também.

  Entro na cozinha meio que dormindo, vou para a geladeira e a abro, procuro o necessário para fazer uma omelete espanhol. Ovos, batata frita, bacon e presunto. Coloco tudo na bancada, quando fecho a geladeira dou um pulo e o Austin também.

   - Meu Deus. – ele leva a mão ao peito – Desculpa eu... – ele para de falar ao ver a maneira que estou vestida – É...

   - Está tudo bem... – me acalmo e coro sob o seu olhar para minhas pernas, ele disfarça rapidamente – Eu esqueci que você estava aqui.

    - Não foi a única coisa que você se esqueceu. – ele limpa a garganta e eu sorrio com seu comentário inapropriado.

    - Por que está acordado?

    - Não consigo dormir até tarde, mesmo a padaria não abrindo hoje. – ele olha para todos os lugares menos para mim.

    - Entendo… - sinto uma ponta solta pairando entre nós – Acho que ainda temos coisas pendentes.

     - Eu sei.

     - Austin, o Freddie se tornou o centro do meu universo, a decisão já foi tomada. Eu escolho ele. Sempre vai ser ele. Eu preciso dele. O Freddie é minha vida agora, mas nem por isso eu deixei de me importar com você. – me aproximo devagar dele – Eu amo você, mas não é mais a mesma coisa, o amor que eu ainda sinto é algo totalmente familiar, não te enxergo da mesma forma.

      - Eu também te amo Sam. Ainda é a mesma coisa para mim, mas a Lana... – ele engole em seco – Eu me apaixonei por ela, só que é diferente. Mas eu sei que se nós a encontrarmos... É com ela que eu vou ficar. Ela disse que me amava, não sei dizer até onde eram verdadeiros os sentimentos dela por mim.

      - Ela está com problemas, depois que passar por eles, eu sei que ela ainda vai querer você. – cruzo os braços.

      - Ainda me pergunto por que eu deixei você. – ele murmura baixinho e eu tento manter meu olhar no seu rosto.

     - Você sabe por que. – recordações daquele dia no hospital invadem minha mente me condenando.

      - Eu cometi um erro. – ele dá um passo para frente, a distância entre nós é mínima, sinto a sua respiração na minha testa.

      - Não cometeu. – eu nego.

      - A culpa nunca foi sua Sam. – ele segura o meu rosto com uma mão – Não aguento mais esconder isso de você. Tenho que te contar a verdade.

      - O que? – eu tenho que empurra-lo, mas não consigo.

     - Não foi a neve que causou o acidente, foi o eixo da direção que estava solto... Ficaria tudo bem se eu tivesse os alertado, eles teriam ido em segurança, eles ainda estariam vivos se não fosse por mim... Eu sinto muito. – ele me conta e uma lágrima solitária desse pelo seu rosto.

      Dor. Ódio. Saudade. Raiva. Angústia. Tudo gira em mim agora. Passei tanto tempo me culpando por algo que nunca foi realmente minha culpa. Passei anos me odiando amargamente. Passei anos dizendo que deveria ter morrido no lugar deles. Passei anos... E agora eu vejo que a culpa sempre foi dele. Por que ele não me contou? Sinto vontade de gritar com ele. Mas as palavras não vêm. Só pisco perdendo todo o ar que eu tinha. Olho para sua face. Uma careta de dor corta o seu rosto. Eu devo odiá-lo. É isso que todos os meus instintos me mandam fazer. E eu não consigo. Na verdade não sinto nada.

      Penso no meu amor no garoto dormindo no segundo andar, no meu amor pela minha melhor amiga nos braços do seu noivo, no meu amor pelo meu irmão descansando em um dos quartos. E penso no meu amor pelo Austin. É diferente de tudo. Não se encaixa e não parece certo. Mas eu preciso fazer uma última coisa antes de ir embora.

      Eu inclino minha cabeça para cima e beijo seu rosto, no mesmo lugar que o Freddie diferiu um soco. Agora eu entendo por que. Austin suspira e eu me solto dele.

      Eu deixo tudo na cozinha e corro para a sala, subo as escadas para o andar de cima sentindo um peso horrível me esmagando.

     Entro no meu quarto e vou para a cama, tiro a camisa do Freddie e meu shorts rapidamente, coloco minha blusa xadrez que usei ontem e minha calça jeans, procuro um tênis em baixo da cama, acho um com um par de meias dentro, coloco nos pés e me viro para o Freddie. Ele está dormindo tranquilamente. Eu deposito um beijo demorado nos seus lábios.

     Pego as chaves do Mustang de cima da cômoda, saio do quarto em silêncio e corro para escadas.

      Quando chego à sala o Austin está me esperando.

     - Sam!- ele me chama. Eu o ignoro e abro aporta da frente, preciso sair daqui. – Não faça isso com o Freddie. – ele pede.

     - Não estou fazendo isso com o Freddie, estou fazendo isso com você. – rosno para ele e vou para a calçada.

      Aperto o botão e destravo o Mustang, abro a porta e entro no carro. Dou a partida e saio rapidamente da frente da casa, o carro pega velocidade em pouco tempo. Dirijo durante uns dez minutos para a região de Clermount, onde a Lana mora e onde existe um dos cemitérios de Londres.

      Prossigo guiando o carro para a zona rural de Londres, o tempo ainda está meio escuro. Após vinte e cinco minutos, avisto as casinhas do pequeno vilarejo.

      Meu celular toca e deixo uma mão no volante, atendo sem ver quem é.

       - Sam.— uma voz feminina fala comigo – Precisamos conversar.

      - Lana? – eu me surpreendo e freio o carro sem ver aonde eu parei. Nesse exato momento escuto um apito muito alto. A cancela abaixa e os trilhos vibram furiosamente em baixo do carro.

      Depois eu só vejo um clarão e meu coração pulsa nos meus ouvidos. Meu último pensamento é em um par de olhos castanhos. Freddie é você quem eu amo. Penso nele pela última vez quando o destino se desenrola na minha frente.


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Notas finais do capítulo

BOOM... Não me responsabilizo por ataque cardíacos ou similares, não vem querer me processar Paola huehue Então foi isso gente, oq acharam? Falem toda a verdade, Whatsapp aberto funcionando 24/7, qualquer coisa para matar as dúvidas de vcs. Escolham as opções e se vemos em breve!

OPÇÃO 1: Todos desistem de procurar por Lana, menos Freddie que sente que o sumiço de Sam pode ter haver com Lana, ele tem uma corrida contra o tempo para encontrar ambas. Austin visita o cemitério onde enterrou sua família e tem uma surpresa. Carly faz um ato heroico. Receoso em algo dar errado, Gibby faz uma surpresa totalmente inacreditável para Carly.

OPÇÃO 2: A localização de Sam é revelada. Freddie discute com o Austin dadas as circunstâncias da atual situação e esperam o inevitável. Gibby e Carly procuram por Sam em Clermount. Lana conversa sobre o que fez com alguém. Embryl recebe notícias chocantes.



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