Fix You escrita por SammyBerryman


Capítulo 18
How old are you?


Notas iniciais do capítulo

[Quantos anos você tem?]

A FIC ESTÁ COMPLETANDO 50 DIAS! E como um presentinho para vcs (finge que dias também podem contar como anos) eu deixei um pedacinho de um capítulo que estar por vir, eu aconselho a se preparem para o final, provavelmente haverá muitas especulações do que está acontecendo, eu sinceramente me arrepiei lendo, acho que peguei pesado... Nas notas finais comento sobre o mistério da família da Sam, agora leiam com colete.



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Povs Freddie:

Verifico os e-mails no meu computador em meu escritório do apartamento, enquanto a Sam não se arruma, estou aqui há algum tempo. Por que ela está demorando tanto? Não gosto de esperar. Isso me faz pensar no que pode dar errado. Eu não sei como vai ser esse café da manhã... Irei olhar para a mãe da Sam e vou ter que ficar quieto, quando na verdade, eu queria dizer o quanto ela está errada, em esconder coisas da filha. Não basta eu sofrer com isso e agora, a Sam me diz que também passa por esse problema. Tento me focar nos meus e-mails. Aquisições de empresas, relatório semanal, problema com a WSU, investimento na Polônia teve sucesso, canadenses não aceitam minhas propostas de cartel. É coisa de mais para mim e eu não tenho nem 30 anos. Mais um e-mail chega ao meu computador. Suspiro e abro para ler.

De: Carly Shay

Assunto: Idiota

28 de junho de 2016 07h58min a.m

Para: Freddward Benson

Pensei em te mandar mensagem, mas o Gibby disse que por aqui seria mais rápido. Só queria saber se você é idiota ou se faz às vezes. A Sam me mandou mensagem agora de manhã, dizendo que você pediu para que ela ligasse para o Austin. Não vou dizer que ela não te ama, mas você está correndo risco. O Austin está morando com a tia, Lou não era a namorada como eu te disse, descobri depois e esqueci-me de mencionar a você, ele ainda ama a Sam e pode persuadi-la a voltar com ele. Eu o conheço, por baixo de todo o amor e carinho, e rosto de bom moço, ele pode ser bastante manipulador para conseguir as coisas. Não faça nenhuma burrice, não a deixa telefonar, eu sei que errei, mas você está prestes a entregar o ouro para o bandido. Se cuide e cuide da Sam.

P.S: Mostre a ela esse email.

Carly Shay

 

 

Era disso que eu tinha medo. Eu não estava sendo paranoico. Não sou somente eu que pensava dessa maneira. Carly também enxergou muito mais a frente. Talvez até mesmo a Sam não esteja disposta a ligar, por causa desse mesmo medo. Releio o e-mail novamente e começo a digitar uma resposta.

De: Freddward Benson

Assunto: Idiota? Talvez

28 de junho de 2016 08h00min a.m

Para: Carly Shay

Ela precisa colocar um ponto final nisso tudo. Não podemos seguir em frente sabendo que ela... Isso é a realidade. Quero dar o mundo a ela, uma família, um lar, um futuro e tudo mais o que ela quiser, por que é isso que fazemos quando amamos alguém, fazemos um sacrifício. E eu estou arriscando perde-la, para tê-la por completo. Eu sou visionário, vejo tudo de ruim e tento extrair o melhor. Minha felicidade com ela está quase completa, mas o Austin está preso a Sam de uma forma, que nem eu mesmo entendo. Como eu poderia dormir com ela e em suas noites de sono, escuta-la chamar o nome dele? Manipulador ou não, ele tomou conta dela, eu não estava lá para isso. Agora tenho que me redimir. Não vou deixa-la. Irei lutar por ela, até meu último suspiro. Não vamos mais falar disso e esqueça que ele existe. É o que eu vou fazer daqui em diante. Cuide do Gibby, ele precisa de você. Amo você, se vemos em breve.

Freddward Benson CEO, Benson’s Lifes Invader Participações e Empreendimentos Inc.

 

 

Envio a resposta e desligo a tela do computador. Não tenho tempo de aguardar a sua resposta. Levanto da cadeira e fecho o botão do meu terno. Caminho para fora do escritório. Ando pelo corredor até a porta do meu quarto. Escuto a voz da Sam. Ela está falando com alguém no celular. Entro devagar e a observo. Seus cabelos estão soltos, caem ondulados pelos seus ombros, ela está usando uma camisa preta de manga cumprida, jeans apertado azul claro e sapatilhas azuis. Linda e perfeita em minha opinião.

Presto atenção na sua conversa.

— Eu ia te contar... – ela suspira e faz um sinal pra mim com o dedo, ela quer que eu espere. Bufo tendo que esperar mais para o nosso café da manhã – Sim mãe. Estamos felizes juntos. – oh, a conversa é sobre nós, ela escuta atentamente e faz uma cara de pânico – Estamos sim, somos cautelosos, não se preocupe – ela tapa a boca em seguida, acho que sei sobre o que é – Mãe a gente tem que ir logo ok? O Freddie ainda tem que trabalhar. – ela anda em minha direção – Até logo. – Sam desliga e coloca o celular no bolso da calça.

— Somos cautelosos? Tem certeza? – cruzo os braços e encaro seus olhos azuis, estão mais bonitos do que ontem.

— Queria que eu dissesse o que? Ela pode não ser a mãe mais responsável do mundo, mas ela te mataria mesmo assim. Ela teve a vida arruinada por mim e pela Melanie. Tenho certeza que ela não quer que, eu cometa o mesmo erro. – Sam arruma minha gravata corretamente e desce a mão pela lapela esquerda do meu terno.

— Eu fico pensando, em como foi para a sua mãe criar você e a Melanie sozinhas. Se eu for pai, eu quero dar o meu melhor – coloco sua mão sobre o meu coração.

— Vai ficar tudo bem – Sam me conforta e me beija, saboreio o gosto dos seus lábios e dou um meio sorriso.

— Se você estiver grávida e... Algo dá errado nisso tudo... – eu começo a fica preocupado novamente.

— Vamos pensar em outra coisa. – Sam me interrompe pegando meu rosto – Como, por exemplo, encarar minha mãe nesse café da manhã – sorri para ela e nos beijamos mais uma vez.

 

 

Saímos do elevador e eu caminho para o carro. Luthor não está do lado de fora para abrir a porta. Ele não deve estar bem. Toda vez que vê o pai fica desse jeito. Abro a porta do carro para a Sam e ela entra, entro em seguida e fecho a porta.

— Você tem que se acertar com ele, quanto tempo faz? Uns três anos? – pergunto para o Luthor e ele fica chateado, arranca com o carro pelo estacionamento.

— Bom dia Sam. – ele cumprimenta a minha namorada me ignorando, Luthor pisca para ela pelo retrovisor, Sam cora e olha para nossas mãos. Se ele não fosse gay, eu já teria o demitido.

— Bom dia Embryl – ela cumprimenta de volta e meu olhar fuzila seu rosto. EMBRYL?! Que intimidade com meu motorista é essa? Não bastou com o Barney? Tudo bem, ele gosta de ser chamado pelo primeiro nome. Só pode ser mal de família.

— Ansiosa para ver sua mãe? – Luthor inicia uma conversa com ela.

Sam se mexe desconfortável

— Não sei dizer.

— Pelo menos ela está disposta a te ver – ele murmura meio bravo.

— Luthor, só faça seu trabalho – eu o repreendo e Sam aperta a minha mão chateada com minha atitude, lanço um olhar a ela de “Não me deixe irritado de manhã Puckett”, mas ela não se abala.

— Então Embryl – ela volta o olhar para frente – Você está passando algum problema com seus pais?

Luthor me fita pelo retrovisor, suspiro e dou de ombros, é melhor os dois conversarem.

— Eu tenho uma situação difícil com meu pai.

Sam ri achando algo divertido

— Eu nem conheço o meu.

— Oh, eu não sabia.

— Já superei – ela o acalma de imediato – Superei há uns 20 anos.

— Ah – ele fica mais aliviado – Eu acho difícil às coisas entre nós. Teve uma época, quando eu era pequeno, que ele e minha mãe se separaram, depois quando ele voltou para casa, estava diferente. Passou uns anos e eu descobri o por que...

Luthor se perde em pensamentos, péssima conversa para se ter, no volante de um carro em movimento com passageiros.

— Continua. – Sam fica curiosa, eu já ouvi essa história antes, então pego meu celular para jogar qualquer coisa, até chegarmos a casa da mãe dela.

— Ele teve um filho com outra mulher.

— Nossa... – ela se surpreende.

— Não o culpo, era um amor do passado, foi um momento de fraqueza, isso custou caro para nós e para ele também, a mulher não quis deixa-lo ficar com o bebê. Há alguns anos atrás, ele finalmente conheceu a filha.

— Então foi uma menina?

— Sim – Embryl dá um suspiro de dor – Eu nunca quis conhece-la, já meus irmãos, só faltaram traze-la para morar com a gente. Eu não aceito ter uma irmã por parte de pai, por isso fui morar com o Gale, não dava pra suportar ele sobe o mesmo teto.

Dou um olhar de relance para Sam, ela fica pensativa e parece está montando um quebra-cabeça mentalmente.

— Quantos anos você tem? – ela pergunta baixinho.

Olho pelo espelho retrovisor para Luthor, ele vinca a testa tentando entender a mudança repentina da Sam.

— Vinte e oito. – ele responde e freia devagar em um semáforo.

— Interessante... – ela fica pensativa e o assunto se encerra.

Não entendi a reação dela, mas por mim tanto faz. A mãe dela é o problema em questão. Volto a me concentrar no jogo.

 

Enfim chegamos à casa da Sam. Embryl estaciona o carro e olha confuso para o local, ele observa bem e até abaixa o vidro da janela do passageiro. Ele parece não acreditar no que vê e se retira do carro. Observo ele correr para abrir a porta da Sam.

— Quantos anos você tem Sam? – ele pergunta ficando atordoado.

— Vinte e um. – ela sorri ficando sem jeito, pego a sua mão e saio pela outra porta, a puxo comigo ficando nervoso com tudo isso.

— Espera!- Embryl chama e dá a volta no carro – Qual é o nome da sua mãe? – ele se aproxima da Sam.

— Francamente Luthor! – eu reclamo – Você está insuportável hoje. Vai falar com seu pai e tenta se acalmar, perdeu o juízo?

Ele dá um passo para trás, leva as mãos a cabeça como se algo estivesse errado, anda para o carro e entra, ele fecha a porta com força e sai cantando pneu. Sam está ao meu lado, a boca aberta encarando o carro que se perde ao virar na esquina.

— Ele é... – Sam começa a dizer, ela balança a cabeça e vira para olhar sua antiga casa.

— Não liga para o Luthor, ele está chateado com o pai. – começo a andar com ela pela grama do jardim.

— Eu daria tudo para me chatear com o meu. – sua voz fica abalada, um sentimento de pena vem sobre mim.

Tenho que admitir, que lá no fundo, eu invejo o Luthor, o pai voltou para ele pelo menos, o meu se foi e ainda por cima deve ter levado a minha irmã. Sam e eu vivenciamos o mesmo problema, só que em níveis diferentes. E isso nos quebra por dentro.

Sam abre a porta da casa dela, não a deixo soltar a minha mão, relembro de quando eu estive aqui pela última vez. Mas faz tempo, então para mim está tudo diferente. Andamos pela casa em direção à cozinha, a mãe dela está cortando bacon em uma tábua para carne.

— Não esqueci o seu bacon, não se preocupe – a mãe dela sorri feliz em ver a filha e eu escondo minha cara de desgosto.

— Oi mãe. – Sam me solta e vai até a mãe com pressa.

— Oi pequena – as duas se abraçam e eu viro meu rosto para olhar outro lugar, por que é tão difícil engolir o fato dela esconder coisas da filha? Céus, ela nem sabe quem é o próprio pai! Somente a Melanie é a beneficiada, a queridinha, a mimada, enquanto a Sam tem que sobreviver nas trincheiras. Sinto meu rosto esquentar e começo a ficar nervoso. Quanto mais rápido acabarmos com isso, melhor vai ser.

— Como vão as coisas por aqui? – Sam se senta encima da mesa.

— Vão bem – Pam responde e coloca o bacon na frigideira, ela olha para mim – Olá Freddie.

— Oi senhora Puckett – murmuro friamente e forço um sorriso a sair, Sam me lança um olhar de reprovação.

— Sente-se à mesa – ela aponta com a espátula – E Sam, sente-se á mesa e não na mesa. – ela bate na perna da filha de leve.

Meus pés parecem feitos de chumbo. Vai ver, eles não andam em direção a gente falsa. Mordo a língua com esse pensamento, é melhor eu me controlar, antes de falar um monte de asneiras. Caso eu não consiga ficar quieto, o script já está pronto.

— E a Melanie? – Sam pergunta fazendo o papel de boa filha.

Pam se surpreende com a pergunta.

— Ela está ótima, a carreira de direito fez bem para sua irmã.

— E o meu pai? – Sam sibila e eu seguro um riso debochado.

Sua mãe não responde, só serve nosso café da manhã devagar. Preenche nossos copos com suco de laranja e nossos pratos com ovos, panquecas e bancon. Sam pegou duas vezes mais como eu esperava. Pam se senta na cadeira em frente a da Sam e fita a filha.

Começamos a conversar sobre nosso tempo juntos no Havaí, sobre nosso namoro e a mãe dela escuta nos dando alguns conselhos, o que é bem estranho. Ela faz pergunta sobre meu trabalho e eu respondo o mais educado que eu consigo. A conversa segue calma e Sam consegue ser sorrateira. Mas vejo-a se segurando para perguntar alguma coisa, então acontece.

— Não me respondeu sobre meu pai. – Sam volta ao assunto.

— Ele deve estar bem, melhor do que comigo. – ela não tem emoção na voz.

— Eu não iria atrapalhar, pode ter certeza que, eu negaria até minha existência só para vê-la feliz. – Sam fala como se quisesse chorar, sinto uma pontada de dor no meu coração, como a Pam pode ser tão horrível?

— O problema não é você Sam. Ele está casado, foi difícil para sua família quando apresentei a Melanie. Só que ele se encantou por ela, a esposa também, no fim das contas.

— E eles não podiam me conhecer não é? A ovelha negra. – olho para a Sam e ela toma o suco de laranja.

— Ele sabe que tem você também, mas eu o mandei não te procurar, o ameacei para ser exata. – Pam admite e começa a olhar para minha expressão de raiva.

— O ameaçou? – Sam bate na mesa e nós dois nos mexemos assustados.

— A senhora está errada. – escapa da minha boca antes que eu tenha controle.

Sam vira o rosto e me encara de boca aberta.

— Como é? – A senhora Puckett fica abismada.

— Você não pode fazer isso com ela, omitir coisas assim! Eu também passo o mesmo com a minha mãe, você não faz ideia de como é horrível sentir algo faltando na sua vida e não poder fazer nada para mudar. – minha voz fica rouca pelas lágrimas de raiva, que eu não permito deixar descerem. Homem não chora Freddie! Minha mente começa a me coordenar.

— Está tudo bem Freddie – Sam alisa meu braço enquanto Pam e eu nos encaramos.

De repente um riso borbulha da sua garganta. Pam ri de alguma coisa muito estúpida que vem na sua mente, depois passa as mãos nos cabelos curtos.

— Sua mãe está tentando te proteger. É isso que as mães fazem. – ela me adverte, eu não compreendo, me proteger do quê? – E Sam – ela olha para a filha – Eu estou tentando te proteger da família horrível do seu pai.

— Ham? – a Sam fica estarrecida.

— Estou te mantendo longe do inferno. Uma ladra, um assassino e um renegado. Melanie sabe lidar com tudo isso, já você... Eu não iria te deixar se juntar a eles. Aquele tipo de gente. Ele sai por ai se gloriando, “três filhos maravilhosos”, porque ele os ama, mas não soube nem guia-los direito. Você pode ser essa pessoa atual, porque puxou o gênio dele, mas eu consegui em alguns aspectos. Hoje você se tornou essa mulher linda, bem sucedida, com o nome estampado em uma empresa, cercada de gente do bem, morando em Londres, com uma melhor amiga maravilhosa. Eu me orgulho de você Sam – quando Pam diz isso, Sam leva as mãos à boca, por um momento acho que ela vai cair da cadeira - Eu posso encher a boca e contar isso aos meus amigos. Agora posso adicionar um namorado rico, que a ama, a respeita e tentou até te defender de mim. Por que eu iria querer mancha-la com meu passado fodido? O passado se foi justamente para não voltarmos a vivê-lo Sammy. Viva o futuro. Faça isso por você mesma. – ela encerra e Sam continua em choque – Tudo o que fiz, foi por você, por nós, pode ficar chateada, pode me odiar, mas eu não vou permitir que os conheça. Antes disso, eu vou estar em um leito de hospital a beira da morte.

Sam se retira da mesa e corre para a sala. Eu penso em segui-la, mas sei que ela quer um tempo sozinha. Eu permaneço na mesa de cabeça baixa, não tenho coragem de olhar para a mãe dela. Sinto-me envergonhado com minha atitude. O tempo todo foi amor de mãe, e eu achando que era loucura como da parte da minha mãe. Volto a comer em silêncio apesar de que, eu sei que devo desculpas a Pamella. Ergo a cabeça e ela está comendo, parece aliviada em vez de triste, ela levanta o olhar e encontra o meu.

— Perdão pela minha atitude – comento com ela.

Pam engole o que está mastigando, bebe um pouco de suco e agora parece disposta para outro discurso.

— O nome da sua irmã é Lana. – ela me conta e eu sinto como se tivesse batido contra um muro – Seu pai se chama Joshua Benson, ele mora em Dakota do Norte com sua irmã; Sua mãe não lhe contou isso, porque ela não aceita ele ter abandonado vocês. Lana não sabe que tem um irmão, e se ela sabe, seu pai deve ter contado uma boa história, dizendo que você e sua mãe não querem a companhia deles. Lamento por você garoto, mas é a realidade.

Pisco atônito por tanta informação recebida. Eu não esperava por isso. Eu não sei como reagir. Sinto-me sem ar. Acho que vou desmaiar. Não foi necessário um psicólogo para trazer minhas memórias de volta. Só bastou a mãe da Sam dizer o nome da minha irmã, que tudo voltou. É como se eu tivesse cinco anos de novo.

Flash back ON:

Persigo uma garotinha de cabelos castanhos pela sala, ela é bem menor que eu. Tem perninhas gordinhas de bebê. Escuto mamãe mandar a gente parar de correr. É quando a porta se abre, papai chegou em casa. Eu não devo correr quando ele está aqui. Papai não gosta de mim. Ele prefere Lana. Sempre gostou mais da Lana. Ele avança para cima de mim e mamãe vem me pegar no braço.

— Ele também é seu filho! – ela grita, tapo meus ouvidos e Lana começa a chorar.

— Não dou à mínima, o quero longe da Lana, esse pedaço... – papai grita com ela, diz uma palavra feia que não posso repetir, nem em pensamento.

— Não fale assim com ele! Para de culpa-lo! Ele é uma criança! – mamãe se distancia do papai – Você tem que se contentar que foi um acidente!

— Eu não tenho que me contentar com nada! Eu não vou mais ficar aqui! – ele grita mais alto e pega Lana que chora muito.

— Solte a minha filha!

Fico assustado e escondo meu rosto no ombro da mamãe.

— Eu estou indo embora e ela vai comigo... – ele anda para o quarto.

É quando mamãe começa a chorar, eu também estou chorando, mas eu não sei por quê. Quero ficar com Lana. Eu só tenho ela. Minha única amiga. Mamãe começa a se ajoelhar no chão e me leva junto. Eu não quero que o papai vá embora. Ele não gosta de mim, mas eu gosto dele. E se ele for, vai levar Lana. Eu amo minha irmã. Não a leve, por favor. Não!

Flash Back OFF

 

Estou chorando, mas não produzo nenhum som, meus dentes estão trincados e a mãe da Sam segura minha mão. Meu corpo treme com a dor. Minha mãe passou anos tentando me fazer esquecer isso. Mas a memória nos prega uma peça. Ela pode voltar a qualquer momento, através de um cheiro, uma música, um lugar... Até mesmo um nome. Quero gritar. Pedir para alguém apagar minhas memórias, eu conviveria com os danos se isso me fizesse esquecer-se de tudo. A vida é cheia de surpresas, algumas desagradáveis de mais para existirem. A realidade é horrível. Não quero viver nela. Meu pai não passava de um egoísta e possivelmente um agressor. Eu sou o retrato dele. Lembro-me de quando eu era pequeno e via os hematomas na minha mãe. Desgraçado! Coloco a mão em punho na boca e as lágrimas descem, são de tristeza, raiva, angustia, medo, abandono...

E apesar de tudo... Eu me sinto leve. Como se alguém tirasse um peso gigante das minhas costas. A verdade não dói. A verdade liberta. Até minha alma está mais leve. Minha mente mais focada no momento atual. É como se milhões de balões estivessem presos ao meu corpo, me mantendo pairando acima, mas agora, finalmente alguém cortou um por um e eu estou indo para a terra de novo, onde eu devo ficar, onde é seguro.

Enxugo meu rosto e solto a mão da Pam.

— Eu... – não consigo achar algo a dizer – Devo parecer ridículo chorando – continuo a enxugar meu rosto.

— Por que, as pessoas dizem que homem não chora? – Pam encara meus olhos.

— Sim. – murmuro.

— Se até Jesus chorou Freddie. – ela me consola e dá carinho no meu braço.

 Quero agradece-la por me contar a verdade. Mas ainda tem algo errado nisso tudo. Como ela sabe dessas coisas?

— Onde você descobriu tudo isso? - pergunto meio rouco por causa das lágrimas.

— Sua mãe contou. - ela responde e começa a se levantar.

— Não sabia que vocês conversavam...

— Eu não disse que ela contou para mim. - Pam murmura me deixando encabulado e vai procurar a Sam.

Quando eu acho que resolvi uma coisa, aparece outra mais interessante. Estou eufórico. Descobrir a verdade sobre a minha família, não poderia ser mais gratificante. Não é uma história feliz, mas são as únicas lembraças que eu tenho de Lana. Eu a amo, mesmo sem conhecê-la totalmente. Só o simples fato, de saber que ela é minha irmã, já é o suficiente. Queria conversar com ela, vê-la de novo. Ela deve estar grande, não iria me reconhecer, mas tudo bem. Eu tomaria conta dela mesmo assim. Não a deixaria com meu pai. E ninguém no mundo nos separaria de novo. Não sei se ligo para minha mãe ou não, quero perguntar como a mãe da Sam sabe de tudo isso. Ou eu posso deixar tudo esfriar por hora. Olho para o meu café da manhã, vou terminar de comer enquanto espero a Sam voltar.

Como todo o conteúdo do meu prato e tomo meu suco. Levo meu prato para a pia e penso em lavá-lo, mas meu celular toca e o pego do bolso do terno. É um e-mail.

De: Carly Shay

Assunto: Faça a coisa certa

28 de junho de 2016 09h08m a.m.

Para: Freddward Benson

Também amo você amigo, faça o que achar melhor, só não culpe a Sam depois, ela já sofreu muito e a última coisa que precisamos é que ela saia magoada nessa história. Boa sorte, você vai precisar.

Carly Shay

 

 

 

Não vou enviar uma resposta. Minha decisão já foi tomada. E no momento, estou ocupado descobrindo sobre a minha vida a qual eu não lembrava. Eu preciso de algo mais cognitivo para me apoiar. Somente isso não basta. Uma fotografia seria bom. Uma coisa forte e verdadeira. Essas memórias que retornaram, ainda não são o suficiente. Amanhã irei falar com a minha mãe sobre isso. Hoje eu quero desfrutar do dia com a Sam e saber se ela está bem ao ouvir tudo aquilo sobre seu pai. Ligo a torneira e jogo uma água no meu rosto. Não vou até o banheiro, muito empenho. Não me molho muito para não pingar pelo chão. Respiro fundo.

— Não precisa lavar o prato Freddie. - Sam me avisa, viro-me para ela.

Não sei como seu humor está. Ela parece confusa e nervosa, mas ao mesmo tempo, parece aliviada assim como eu.

— Não vai terminar de comer? - ando para a mesa.

Ela nega com a cabeça.

— Vamos para empresa - ela se encaminha para a sala e a vejo abrir a porta para sair.

Vou para sala, desvio do sofá e a mãe dela desce as escadas.

— Desculpas mais uma vez senhora Puckett.

— Não importa Freddie, você só estava tomando conta dela. Muito bonito de sua parte, continue sendo assim, ela precisa de alguém como você. - Pamella se apoia no corrimão.

— Obrigado por contar a verdade.

Ela só acena com a cabeça e eu me retiro da sala.

Percorro o caminho de pedras do jardim, gostei dele. Seria uma boa coisa para adicionar em uma casa. Continuo andando e vejo a Sam com os braços em volta de si mesma, perto do carro, Embryl está do lado de fora segurando a porta. Quando me aproximo, Sam me abraça. Eu afundo meu nariz na sua cabeça e inalo o cheiro do seu cabelo. Minha Sam... Até que alguém diga o contrário. Beijo o topo da sua cabeça e Embryl olha o gramado da casa, ele bate o pé impaciente como se quisesse afastar-se daqui. Solto a Sam e entramos no carro juntos, vejo Luthor suspirar aliviado e fecha nossa porta. Passo meu braço sobre o ombro de Sam e deixo minha mão junto com a sua, beijo seu rosto para conforta-la.

— Ela queria me proteger esse tempo todo. - ela sussurra contra meu pescoço.

— A minha mãe também - informo a ela.

Sam ergue a cabeça e beija meu queixo.

— Me conta o que ela te disse.

Então eu começo a contar. Sobre quando eu era pequeno, sobre Lana, sobre meu pai e seu temperamento explosivo. Explico que eu ainda não me lembro porque ele não gostava de mim. Conto mais algumas coisas que eu lembrei e digo que gostaria de pegar uma fotografia de Lana com a minha mãe, Sam concorda sem hesitar.

Eu notei uma coisa, durante toda a conversa, Embryl nos observou pelo retrovisor, ele ficou abalado com a história, como se tivesse algo haver com ele. Ou ele ainda está abalado por que viu o pai ontem, aposto minha empresa inteira, que eles não conversaram.

 

 

Chegamos à Lifes Invander e Sam olha para tudo bem admirada. Minha empresa é o terceiro maior prédio comercial de Seattle, 80 andares de puro futuro estabelecido para cada pessoa na face da terra. Eu tenho um projeto para ajudar cada um, seria tão simples se o mundo todo se ajudasse, mas o que temos é somente guerra e hierarquia, todos nós somos iguais, não deveriam existir separações. No interior de cada um de nós, tem uma parte fundamental, que deveríamos escutar mais vezes, nosso coração. Eu gostaria de poder fazer amor e lógica caminharem lado a lado.

Entro com a Sam pela porta da frente, e repouso minha mão possessivamente sobre as suas costas, não é todo funcionário homem que eu tenho, que joga no outro time como Embryl. Uma de minhas funcionárias se arruma rapidamente na mesa do saguão e se levanta para me receber.

— Bom dia senhor Benson, estamos contentes em ter você de volta. - ela sorri e seu olhar desvia para a Sam rapidamente.

— Bom dia Tess - eu murmuro e ando para o elevador, escuto uma risada abafada de Embryl.

Entramos no elevador e Luthor aperta o botão para o meu andar.

— É Sam, você tem sorte - ele murmura e Sam balança a cabeça sem acreditar.

— Você sabe que eu posso demiti-lo. - finjo indignação mas falho quando estou sorrindo.

— Mas não vai. - Embryl ri e dá um tapa de leve nas minhas costas.

Sam se escora no meu ombro e meu corpo se arrepia. Se Luthor não estivesse aqui dentro, eu já teria parado o elevador para dar uns beijos nela. Controle-se Freddie, quantos anos vocês tem? Dezesseis? Minha mente faz carranca pra mim e eu suspiro chateado.

O elevador chega ao último andar, as portas se abrem. Quando Sam e eu saímos, sou recebido por uma saudação em coro dos meus funcionários mais próximos.

— Bom dia senhor Benson, bem vindo de volta.

Sam segura um riso e chuta Embryl no pé, já vi que esse dois se dão muito bem.

Para deixar tudo mais engraçado, faço um "V" com a mão direita pra eles.

— Senti saudades pessoal. - prossigo andando até a porta do meu escritório - Luthor também sentiu saudades, e essa jovem é Samantha Puckett minha namorada, enquanto ela estiver aqui, a tratem educadamente como se fosse da sua família. - Luthor abre a porta do meu escritório e pisca para Sam - Isso não vale para você Luthor. - todos os funcionários riem como se fossem pagos para isso.

Entro no meu escritório e Luthor fecha a porta. Sam e ele ficam parados perto um do outro. Meu escritório é enorme, tem um conjunto de sofás brancos para visitas, mais dois computadores em um canto, um de frente para o outro. Não tem paredes na parte de trás, é tudo de vidro, o que faz boa parte da iluminação ser natural, um escritório ecologicamente sustentável. Subo o único degrau para minha mesa, passo a mão sobre ela e vou sentar na minha cadeira. Sento confortavelmente e quando fito Embryl e Sam, eles se olham e depois me encaram.

— Bom dia senhor presidente. - os dois falam em uníssono e riem como duas crianças. A química deles é algo interessante, mas está começando a me irritar, a Sam é muito bonita, linda para ser mais exato. Mesmo Embryl tendo o Gale, ainda me incomoda seu nível de carinho e comportamento exagerado com ela. O que é bastante inacreditável, por que eles se conheceram ontem!

Quando dou por mim, rio em harmonia com eles e levo os dedos aos meu lábios para pensar por onde eu começo.

— Sam, venha até aqui - eu sorrio de lado - Luthor, pode utilizar o computador para entrar em contato com a WSU. - ele acena e se encaminha para o lado direito do escritório que é a minha esquerda.

Sam vem até mim, mas dá a volta na mesa e se coloca ao meu lado. Eu empurro meus papéis para o lado, para que ela se sente, aguardo-a se sentar. Abro o aplicativo de e-mail no meu computador e seleciono o que a Carly me mandou pela manhã.

— Esteve falando com a Carly? - ela olha para a tela.

— Sim e ela pediu que eu lhe mostrasse esse e-mail. - aponto pro computador e a deixo ler.

Sam lê e fica meio chateada. Ela chega em alguma parte que a faz bufar e prossegue com os olhos fixos na tela. Ela desce a mão pelo rosto e me olha pensando no que vai dizer.

— Não sei o que deseja que eu faça.

— Leia minha resposta. - eu peço e ela consente.

Sua reação a cada linha me emociona, ela mantém um sorriso pequeno no rosto e olha para mim às vezes, mantenho a expressão impassível, não quero pressioná-la a nada. Quando ela termina, pega meu rosto e me beija com amor e uma felicidade bastante sincera.

— Eu te amo. - ela pronuncia e eu fecho os olhos apreciando o som dessas palavras.

Eu te amo. - respondo e me levanto para sentir sua boca na minha mais uma vez, não ligo se Luthor está no fim do escritório observando a cena, eu a beijo com todo o meu amor e necessidade infinita por ela, o gosto da sua boca e seu cheiro doce, ficam impregnados em mim e uma sensação de calma se envolve em nós dois.

— Não importa o que acontecer após a ligação. Daremos um jeito, e se não dermos um jeito, eu ainda estarei com você. - Sam fala para mim e todas as minhas inseguranças são esquecidas, ela não vai me deixar. Eu sei que não vai.

— Vamos começar o dia senhor Benson! - meu assistente vai entrando no escritório sem bater e Sam me solta ficando vermelha - Essa deve ser a Sam, realmente linda.

— Obrigado - Sam cora me olhando para que eu faça as apresentações.

— Sam, este é Gale Andromenon, meu assistente pessoal. Gale está é Sam, minha namorada, mas disso você já deve saber. - lanço um olhar para Luthor, óbvio que ele já contou ao namorado.

— Encantado em conhecê-la - Gale anda com pressa para perto de nós, pega a mão da Sam e beija delicadamente.

— Tais modos... - Embryl murmura aborrecido.

— Você tem uma reunião em cinco minutos - Gale verifica o Pearpad e troca olhares com Embryl.

— Claro... – porcaria! Terei que ficar longe da Sam - Bem bebê, eu volto logo - dou um selinho nela.

— Boa reunião nerd. - ela me abraça sorrindo e nos soltamos.

— Tome conta dela Luthor. - Gale rouba a minha fala e caminha comigo para a porta.

— É meu trabalho. - Embryl responde e eu saio do escritório.

 

A reunião segue entediante como eu pensava. Os canadenses reclamando da minha maneira administrativa e muito intensa. Eu exijo o máximo dos meus funcionários, fiz de tudo para que eles conseguissem a aprovação dos canadenses. Mas são pessoas dificeis. Eles não querem aderir o preço dos meus produtos. Não vou fundir nossas empresas, enquanto não aderirem ao cartel. Ofereço mais uma vez minha proposta e dou um prazo de uma semana para pensarem a respeito, caso ainda não concordem, oferecerei para os brasileiros.

Quando vejo o horário no meu celular, noto que passei uma hora e vinte e oito minutos longe da Sam. Eu estive tão próximo a ela nesses últimos dias, que qualquer espaço de tempo sem vê-la, parece uma eternidade. Quase corro de volta para o escritório e Gale me segue contando da agenda de hoje, tento prestar atenção nele, mas minha mente só foca no rosto angelical da Sammy. Praticamente incorporo o Flash e entro no meu escritório. Sam está sentada no sofá, mexendo em um Pearpad, onde ela arrumou isso?  Embryl ri de algo no computador.

— Eu não sei desenhar!- ela ri sem controle.

Luthor continua a olhar para tela.

— Isso é um aquário? – Luthor solta uma onda de gargalhadas.

Pigarreio da porta e ele tenta retomar a postura formal. Sam prossegue rindo e me ignora.

— Estamos jogando Gartic— ela me explica e meu coração bate mais rápido ao escutar sua voz dirigida a mim.

— Luthor, vá com o Gale. – eu não tiro meus olhos da Sam, ela engole em seco e abre a boca acomodando a respiração que se intensificou.

Embryl se levanta da cadeira e arruma a gravata, reviro os olhos para ele. Tenho que anotar na minha lista, Luthor não vai mais usar gravatas, que ele ache outro hábito menos irritante. Assim que ele passa por mim, eu fecho a porta e um sorriso de “Finalmente a sós com você Puckett” ilumina meu rosto.

— Vem cá – ela ronrona e deixa o Pearpad encima da mesinha em sua frente.

Vou andando em sua direção e sento do seu lado, ela pega minha mão. Beijo-a mostrando que senti saudades e ela coloca a mão no meu ombro. É um beijo doce, tem uma alegria não explicada e um carinho intenso um pelo outro. Rompemos o beijo com gosto de quero mais, mas estamos na minha empresa e não é bom continuarmos.

— Você se dá bem com o Embryl... – murmuro enciumado.

— Não seja bobo.

— Hum... – mordo sua bochecha.

— E sobre aquele plano de alimentar o mundo? – Sam toca no assunto que, comentamos ontem à noite no jantar.

— Vou te mostrar – pego sua mão e saímos do sofá, vou para o outro lado do escritório, sobre a mesa tem alguns gráficos que gostaria que ela visse. Ela olha para tudo como se fosse a coisa mais estranha do mundo – Eu venho trabalhando nisso á algum tempo... São ONGs para cada lugar do mundo, onde colocaríamos o que fosse necessário, para erradicar a fome nos lugares mais remotos.

Sam cruza os braços e morde o lábio, eu queria fazer isso nela. Nossa! Como ela me distrai...

— A ideia é boa, mas não acha que é meio que um exagero?

— Exagero? – pergunto dando um papel para ela – É a melhor ideia que alguém já teve. O mundo todo deveria se juntar para isso.

— Mas o bordão não seria melhor, “empregos para o mundo” em vez de “alimentos para todos” – ela lê o slogan e coloca o papel sobre a mesa.

— Imaginei que direi isso, mas veja o meu ponto, ninguém pode trabalhar com fome. – a deixo ciente do quero dizer.

— Bom... – ela pensa a respeito e lhe dou outro papel para que ela leia.

— Vamos supor... – dou uma caneta a ela – Que... – pego dois papéis na mesa e deixo na frente dela – Você tem que escolher entre – empurro o primeiro papel – Acabar com a fome no mundo – empurro o segundo papel – Ou oferecer a cura do câncer. – Sam coloca a caneta da boca e eu desvio o olhar dela, preciso de controle aqui. – Qual deles vocês assinaria?

— Se realmente ambos fossem verdade? – ela me pergunta, olha para os papéis e tira a caneta da boca.

— Sim.

Sam não pensa duas vezes.

— Acabar com a fome no mundo. – ela coloca a caneta sobre o papel, mas seguro sua mão.

— Por quê? – pergunto para ver se temos a mesma linha de raciocínio.

— Você parece aquelas provas do colegial, eu estava indo bem até chegar em “Justifique sua resposta” – Sam brinca comigo e eu dou risada com ela.

— Sério... Por quê?

Ela pensa por um tempo, parece estar montando uma frase bem elaborada.

— Porque... – ela inicia – Eu estaria disposta a sacrificar a vida de alguns, para salvar a vida de todos. – eu bato palmas.

— Esse é o meu pensamento. A maioria é o que conta, desse jeito é a vida, e desse jeito posso mudar o mundo. Mas óbvio não sozinho – vou para perto dela.

— Gostei da sua linha de pensamento. – ela se vira e apoia as mãos no meu peito – Realmente você faz maravilhas na sua empresa.

— Um dia, ela vai ser sua também – eu sussurro e pego sua mão para deixa-la sobre meu coração batendo.

Sam fica admirada com minhas palavras e não consegue dizer nada de volta.

Realmente, eu não vejo a hora desse dia chegar... O dia em que tudo que é meu será dela. Mas serão apenas bens materiais, porque eu sou completamente dela. Eu daria tudo a ela, se isso realmente fizer nós ficarmos juntos. Ela precisa de um cérebro? Precisa de um coração? Leve o meu... Pegue o meu... Leve tudo o que eu tenho. Eu a amo de mais para não dar o que ela pedir, o que ela precisar. Eu giro em torno dela e ninguém pode mudar isso...

 

 

 

Em breve:

— Você não sabe contar os meses?! – Carly berra se desesperando. Ela segura a mão dela com força, ou ela que segura à mão da Carly com força? Ambas estão ficando vermelhas.

— Eu não sei! – ele se desespera.

— Ela está morrendo! – Carly usa a outra mão para segurar seu rosto.

— Sam! – Freddie grita entrando em desespero.

— Não vá agora, fique conosco! – Carly começa a chorar – Fique viva! Você prometeu!

Seus cabelos loiros cobrem seu rosto, ela fecha os olhos de novo, acho que dessa vez, eles não voltarão a abrir.


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Notas finais do capítulo

Eu já tinha terminado um capítulo da fic com "Em breve", agora vocês tem mais 1, ambos estão interligados... Sobre os mistérios da família da Sam, soltarei a próxima dica semana que vem, fiquem atentos a cada linha dos capítulos... Gostaram do capítulo? Acham que eu tenho que melhorar em alguma coisa? É só dizer, deixa sua opinião.. Se for novo(a) leitor(a) manda um pra tia aqui, vou gostar muito, beijos...

Essas opções serão diferentes, porquê vocês terão que escolher um personagem e falaremos do passado deles e da vida atual, escolham somente um e se vemos em breve...

PERSONAGEM PRINCIPAL DO PRÓXIMO CAPÍTULO:

(1) - PAM PUCKETT

(2) - MARISSA BENSON

(3) - EMBRYL LUTHOR

(4) - LANA BENSON



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