Fix You escrita por SammyBerryman


Capítulo 17
Challenging and hard


Notas iniciais do capítulo

[Desafiadora e difícil]

Alô alô realeza aquele abraço... PARA O NYAH QUE EU QUERO DESCER! Gente, como assim a Sam ligando pro Austin? Nananinanão! Ela não podia fazer isso... Tá que a fic vai ter uma reviravolta no futuro ( 4 luas pretas) mas isso não quer dizer que ela iria ligar para ele e dizer "Onde você esteve amor?". Desculpas pelos surto sorry, o erro em parte foi meu, eu sei, eu devia ter colocado a tradução da música que a Sam escutou no carro, no povs dela ela menciona que considerava a música dela e da mãe, em uma parte da canção tem a seguinte pergunta "Onde você esteve amor?"... Ai vcs tiraram conclusões precipitadas, fiz de propósito em parte pra deixar vcs loucos, mas eu não acreditava q vcs realmente iam surtar kkkk bem, queria pedir desculpa de novo... Julie Kress coloquei a conversa do Freddie com a mamãe dele nesse capítulo, espero que goste... Mais avisos na notas finais, leiam agora e nos vemos lá embaixo...



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Povs Sam:

Eu também senti saudades. Oh minha Sammy.— a doçura e o amor são reconfortantes em sua voz.

— Me perdoa, por favor. - eu ando em direção à sala para que Carly ou Gibby não me vejam chorando.

Te perdoar?— sinto sua confusão eminente.

— Sim. Por se uma filha horrível. - sussurro no celular e enxugo uma lágrima.

Você não é uma filha horrível, eu que fui o problema o tempo todo.— minha mãe me consola.

— Mamãe? Posso te visitar? - finalmente pergunto com coragem.

Você está em Seattle?— ela se alegra.

— Sim...

Venha, a sua casa está aberta para você, vai vir hoje?— sorrio com sua empolgação.

— Não, mas amanhã eu estarei ai.

Bom, estarei a sua espera.

— Mãe? - chamo uma última vez.

Sim Samantha?— ela pergunta calmamente.

— Amo você - eu consigo pronunciar depois de tanto tempo.

Ela não responde, só sinto sua respiração do outro lado da linha. Por fim ela consegue dizer alguma coisa.

Eu também amo você pequena.

— Xau. - me despeço.

Até mais.— ela desliga e eu solto o suspiro que eu vinha segurando. Eu sabia que seria difícil, mas não tão difícil assim.

Respiro fundo algumas vezes e dou dois pulinhos para me acalmar. Tenho que devolver o celular pro Gibby e voltar para o apartamento do meu Freddie. Talvez eu deva desculpas a ele pela maneira que eu o tratei. Eu estava chateada. Falei coisas sem pensar. E se eu estiver grávida, óbvio que eu permaneceria aqui em Seattle. Tem certeza Sam? Você não quer alguma coisa em Londres novamente? Meu subconsciente aparece com seus óculos de meia lua, para me questionar. Não tenho tempo para discutir com ele agora. Olho para o celular na minha mão. Eu deveria ligar para o Austin? Acertar as coisas e mandar ele nos deixar em paz? E se eu escutasse a voz dele e o quisesse de volta no mesmo instante? Se meu amor por ele, que eu mantive escondido por muito tempo, voltasse? Eu deixaria o Freddie? Eu teria coragem de fazer isso? Sabendo, que ele pode ser o pai do meu provável filho? E mais uma vez eu vejo o meu egoísmo. Eu teria a degradante ideia de ficar com o Freddie se eu realmente engravidasse. Mas sem o risco do bebê, o que me prenderia a ele? Me fito no grande espelho da sala do Gibby. Eu não tenho uma resposta para essa pergunta.

Saio dali a passos rápidos e o Gibby ainda está abraçado com a Carly sussurrando coisas no seu ouvido. Ando para devolver o celular e rolo os olhos diante do amor dos dois. Isso é tão... Tão Carbby, ou Cibby, ou seja lá qual nome deram para esse shipp. Se não nasceram pra ficar junto, então eu não sei de nada.

Gibby me vê se aproximando e solta a Carly devagar.

— Eu tenho que ir. - lhe devolvo o celular - Já fiz meu trabalho aqui hoje.

— Vou mandar o Barney te levar. Vai escurecer em algumas horas, não vou querer o Freddie no meu pé depois. - Gibby pega o celular e liga pro Barney - Leve a Sam para o apartamento do Freddie, espere ela com o carro aqui na porta. - ele desliga e Carly está me fitando com raiva.

— O que foi? - não entendo sua atitude.

— Você não fez isso. - ela sai de perto do Gibby e vem até mim. Carly pega meus braços e encara os meus olhos - Sam, por favor, diga que você não ligou pra ele.

Suspiro e solto um sorriso duro.

— Eu liguei pra minha mãe Carly. - retiro suas mãos do meu braço - Relaxa baby.

Ela fica aliviada.   

— Fez a coisa certa.

— Diferente de você. - murmuro e saio de perto dela.

— Achei que tivesse me perdoado - ela fica exasperada.

— Eu te perdoei ok? Mas eu não tenho amnésia. - eu ergo o tom da voz e a Carly recua, Gibby se intervém e eu abro a porta para sair.

— Parem as duas. - Gibby segura o braço da Carly.

— As duas? – Carly empurra o braço dele – Ela que ainda está de birra.

— Birra? Carly você não existe mesmo. – ergo as mãos pra ela.

— Eu não existo? – ela me encara friamente.

— Chega Carly – Gibby reclama.

— Desculpas – ela me olha e eu suspiro nervosa.

— Já desculpei.

— Eu sei que eu errei. Só não me culpe para sempre. - Carly pede e tenta pegar a minha mão.

Não respondo e não deixo Carly me segurar. Saio da mansão e fecho a porta. Barney está me esperando ao lado de uma Mercedes SUV. Ele conversa no telefone com alguém. Ando sem muita pressa até ele. Penso em cumprimentá-lo, mas o dia foi estranho de mais para eu conseguir dizer algo normal. Quando me aproximo ele desliga.

— Posso sentar no banco da frente? - pergunto feito uma criança e Barney me olha com carinho.

— Sim, você pode Sam. - ele abre a porta para mim e eu noto algo de errado nele, mas não sei identificar o que é.

— Obrigado Barney. - me sento e espero ele fechar a porta.

Fecho os olhos e encosto minha cabeça no banco. Realmente eu só queria alguém para culpar por tudo isso. Bem, e não é assim que as coisas funcionam desde que, o mundo é mundo? Adão culpou Eva por ter lhe oferecido à fruta. Hoje as coisas não são diferentes. Eu podia culpar alguém, mas a minha lista está meio vaga no momento. Acho que só posso culpar a mim mesma.

— Dia difícil? - Barney me pergunta e abro os olhos. Já estamos nas ruas de Seattle.

Olho as pessoas na rua. Cada uma com sua vida. Uma história. Vivendo um dia de cada vez.

— Está sendo um dia desafiador e difícil. - rio para descontrair um pouco.

— Parece que você perdeu uma briga, onde todos estavam armados. - ele faz uma observação e eu o encaro estarrecida.

— Parece que você carrega um grande peso nas costas. - faço outra e ele bufa.

— Eu estou. - Barney finge olhar pelo retrovisor, mas sua mente está em outro lugar.

— Alguma coisa haver com a sua família? - inicio uma conversa normal, preciso dos problemas de outras pessoas para me focar agora. Barney fica extremamente triste e me olha de relance. - Situação difícil?

— Uma situação desafiadora e difícil -  ele solta um meio sorriso.

— Filho? - dou minha suspeita.

Barney balança a cabeça negando.

— Filha. - sei que dessa vez eu acertei.

— Quase. - ele murmura e bate na direção entoando alguma melodia - Filhas.

— Oh.

Ele parece abatido

— O passado nos custa muito caro Sammy - Barney me diz olhando fundo nos meus olhos - O futuro não é o bastante para nos ajudar. Temos que encerrar os assuntos pendentes por completo, não só da nossa parte. Às vezes precisamos esquecer alguém que amamos, para ficarmos com quem nós precisamos. Temos que até mesmo, deixar de ser quem fomos um dia.

Estreito meus olhos, não aonde ele quer chegar com isso.

— Eu concordo com você. Em alguns aspectos. Em outros não.

Barney ergue as sobrancelhas.

— Quais são seus prós e contras?

— Bem, meus prós é que, óbvio que renunciamos quem nós somos para ser o que a outra pessoa é. - faço uma pausa e ele prossegue olhando a rua - Mas eu não digo que, deixamos alguém que amamos, para ficar com alguém que precisamos. Não é exatamente assim. Escolhemos a pessoa, que sabemos que não iriamos sobreviver sem. É egoísta, mas faz sentido. Você é mais velho do eu Barney. Óbvio - ele faz uma careta e depois ri em harmonia comigo. - Você já se apaixonou mais do que eu, eu só amei uma vez. E isso está me custando caro.

Barney freia o carro assustado e ambos vamos para frente.

— Desculpa - ele fica envergonhado.

— Nossa senhora do cinto de segurança - levo a mão ao peito.

— Eu não quero ultrapassar nenhuma linha pessoal com você - Barney retoma o controle do carro - Mas não é o Freddie que você...

— Não Barney, não é. - explico ante que ele termine a frase - Eu o amo, muito, mas não é o suficiente. Não enquanto eu não pegar de volta meu amor com outra pessoa.

— Então você só amou o Austin na sua vida inteira?

— Provavelmente. - odeio a mim mesma por ter que admitir - Mas eu quero ter um futuro com o Freddie.

Barney abre a boca como se fosse a pessoa mais correta do mundo.

— Como eu disse. Nós queremos. Não amamos. - ele admite e chuto o painel do carro com raiva.

Ele vira para entrar no estacionamento do Axuss, guia o carro e para próximo ao elevador. Embryl está a minha espera, todo engomadinho em seu terno.

— Não quero concordar com você - cruzo os braços.

— Filhinha chegamos, não seja tão chata Sam. - Barney ironiza e olha para o Embryl pela janela - Novo motorista? Você me trocou?

Barney me faz rir e reviro os olhos. Realmente ele parece um pai em um dia normal com sua filha.

— Melhor eu descer papai - digo brincando e por um momento vejo seus olhos se encherem de lágrimas, os problemas com as filhas devem ser graves... Mas acho que é só impressão minha - A gente se vê.

— Claro... - ele responde sem sorrir.

Saio do carro e vou com Embryl para o elevador.

— Como ele está Embryl? - eu pergunto me preparando para a resposta.

Ele leva um tempo até entender de quem eu estou falando.

— O Freddie está... Preocupado e meio nervoso. Falou com a mãe no celular, discutiram bastante... Ah e ele acha que você vai terminar com ele. - me responde e arruma a gravata, vejo que é um hábito.

Fico em silêncio e só espero o elevador subir. De repente já estou ansiosa para vê-lo. Para tocá-lo. Sentir seu abraço. Seu beijo. Que o passado fique no passado. Eu só preciso dele hoje. Amanhã é um novo dia. Deixarei para me preocupar com tudo amanhã. Por hora, irei focar somente no agora.

O elevador chega à cobertura e eu ando pela sala a sua procura. Ele não está lá. Vou para a cozinha e vejo uma mulher loira, usando avental e toquinha no cabelo mexendo algo no fogão.

— Boa noite. - cumprimento e ela se vira devagar.

— Oh, você deve ser a senhorita Puckett - ela limpa as mãos no avental e vem apertar a minha mão.

Cumprimento ela e sorrio educadamente.

— Só Sam, por favor.

Ela acena com a cabeça e sorri.

— Quer alguma coisa Sam?

— O Freddie está no escritório?

— Sim, ele pediu para não ser incomodado. - ela me responde e ri da minha expressão - Isso não vale para você.

Solto um suspiro de alívio.

— O que ele gosta de beber antes do jantar? - pergunto com a intenção de levar algo para ele.

— Normalmente nada, mas ele gosta de café. Na verdade não importa a hora do dia, ele toma uma xícara de café. Quando não quer vinho, claro.

Avalio sua resposta. Vinho é uma má ideia. Nada de vinho depois do que aconteceu.

— Vou levar café para ele então.

— Vou preparar - ela se vira para utilizar a cafeteira.

— Senhora Hayle, eu sei que esse é o seu trabalho, mas eu mesma gostaria de preparar. Queria fazer algo por ele, se me permite. - uso alguma educação escondida que ainda possuo.

Ela se surpreende.

— Como quiser. - ela abre o armário para pegar o pacote de café.

— Espero que ele goste.

O silêncio preenche o ambiente, enquanto esperamos a cafeteira fazer o trabalho. Até que a senhora Hayle o quebra.

— Qual é sua preferência de bebida? O senhor Benson gostaria de saber, para que eu possa atendê-la enquanto estiver conosco. – ela menciona. Na verdade, tenho certeza, que ela perguntou por causa do incidente com o vinho, a taça quebrada com a raiva do Freddie foi algo marcante.

— Gosto de cerveja, Heineken é minha preferida. – respondo a ele que acena com a cabeça.

O café fica pronto. Pego uma xícara e despejo café. A senhora Hayle me dá um pires e uma bandeja com adoçante, já que o Freddie não gosta de açúcar. Anoto isso mentalmente.

— Obrigada - agradeço pegando a bandeja.

— De nada. É bom ter alguém cuidando do Freddie, além de mim e do Luthor. - ela informa e vai para a sala comigo - Luthor ajude a Sam com a bandeja, sim?

Luthor levanta do sofá em um pulo e a senhora Hayle o fuzila com o olhar.

— Claro, vem Sam. - ele revira os olhos para ela e vem pegar a bandeja.

— Não! - viro de lado - Só me ajuda com a porta do escritório.

— Ok senhorita - ele se vira graciosamente e a senhora Hayle pisca para mim.

Caminho com Luthor pelo enorme corredor do andar de cima e começo a suar frio quando nos aproximamos da porta de madeira.

— Espera - eu travo o passo, á um metro de distância da porta.

— Ele não vai gritar com você Sam, ele te ama. Só está preocupado. Se alguém pode ferir emocionalmente uma pessoa aqui, esse alguém é você. - ele fala se encaminhando para a porta, ele a abre e engulo em seco.

— Eu disse que não queria ser incomodado Luthor. - Freddie fala arrogantemente.

— Desculpas senhor, mas ela queria te ver - ele faz sinal pra eu entrar, vou andando hesitante e entro no escritório, a expressão do Freddie vai de raiva para confusão, de confusão para surpresa.

— Pode se retirar Luthor - Freddie se levanta.

— Senhor. - Embryl vai para o corredor. Freddie vai para a porta e a fecha. Depois se vira para me olhar, ele observa a bandeja.

— Eu quis fazer café para você - minha voz sai pior do que eu pensava.

— Eu vejo - Freddie tira a bandeja da minha mão e a coloca na mesa.

Viro-me para observá-lo.

— Freddie, desculpa ter gritado com você - começo a falar e ele ergue a mão.

— Você estava certa, eu que errei, fui um idiota. Duvidei do seu amor por mim. - ele ri ironicamente - Você me ama Sam. Eu jamais devia duvidar me perdoa. Eu...

Me lanço sobre ele para que a conversa se encerre. Junto nossos lábios para silenciá-lo. Não posso mais o ouvir dizer que o amo. Que ele estava errado. Quando a única pessoa errada sou eu.

Peço passagem com a minha língua e ele concede apertando minha cintura. Nosso beijo vai ficando pesado, cheio de ressentimento e palavras não ditas. Mas nada importa. Eu preciso ficar no presente só por alguns minutos. O passado e o futuro são assustadores de mais para mim. Freddie me vira e continua a me beijar, ele me coloca sobre a sua mesa e passo as pernas em volta do seu quadril. O desejo se estabelece entre nós, sem pedir licença ele conduz nossas ações. Freddie tira sua boca da minha, para poder sugar o meu pescoço. Suspiro e puxo seu cabelo castanho. Ele para quando começa a perder o controle e me da um selinho para não se distanciar tão de pressa. Tento retomar a respiração junto com a dele, Freddie fica abraçado comigo e cheira meu pescoço, eu cheiro seu cangote e fecho os olhos. Dou carinho nas suas costas e nos mantemos assim por mais alguns minutos.

— Eu te amo Sammy. Não vou implorar para que não me deixe, mas vou aproveitar cada minuto que tiver com você. - Freddie sussurra me causando arrepios.

Mexo-me para poder olhar em seu rosto.

— Eu não vou te deixar Freddie. Jamais. Eu te prometo isso. - coloco a mão no seu rosto.

Ele pisca como se tentasse processar minhas palavras.

— Mas eu pensei que... Você disse que iria voltar para Londres...

— Eu estava chateada Freddie, eu sinto muito por ter dito aquelas coisas.

— Você teve os seus motivos - ele roça o nariz dele com o meu depois se distancia um pouco e olha para o café - E me trouxe café.

— Queria fazer algo para você. - coro um pouquinho.

— Sam, só por estar aqui comigo, você já faz algo por mim, não precisava, mas obrigado - ele me beija de novo.

Freddie se solta de mim e vai para perto da bandeja, ele coloca adoçante no café e pega a xícara para saborear. Ele dá um gole e passa a língua nos lábios. Oh Deus, esses lábios perfeitos.

— Gostou?

— Muito. - ele sorri, toma o resto do café rapidamente, coloca a xícara na bandeja e estende a mão para mim - Vamos jantar?

Pego sua mão e ele me puxa para seus braços, pega meu rosto e me beija, sinto o gosto do café nos seus lábios. Recuo instantaneamente.

— Não gosto de café.

— Como explica um ser humano que não gosta de café, fazer uma xícara tão perfeita? - ele tira minha franja dos meus olhos.

— Carly gosta de café, eu tinha que fazer o tempo todo. - minha respiração se desestabiliza, sua presença mexe comigo na hora.

— Falando nisso, vocês acertaram as coisas?

— Yeap - seguro seus ombros – Ela me contou algumas coisas.

— Que tipo de coisas?

Oh, pelo visto ele não sabia.

— Ela não te contou?

Freddie nega com a cabeça.

— Ela queria ficar com você, antes de saber que tínhamos sentimentos um pelo outro. - respondo e ele estreita os olhos.

Freddie fica calado e começa a analisar alguma coisa. Depois balança a cabeça e sorri de lado.

— Que bom que escolhi você.

— É isso que eu sou para você? - as palavras estão fora da minha boca antes que eu perceba - Uma escolha?

— Eu também sou isso para você. O Austin está te esperando, mas você preferiu a mim. - Freddie fica indignado.

— Não foi isso que eu quis dizer.

— Então me explique. - ele desce as mãos pelas minhas costas.

— Você está comigo por que me ama ou por que precisa de mim?

— O quê? Se eu te amo, isso está automaticamente dizendo que eu preciso de você.

— Não, não funciona assim. - murmuro como uma criança petulante.

— Sim, funciona - Freddie insiste - como sabe que não?

— Porque eu descobri da pior maneira possível.

Freddie pensa em me contradizer e depois desiste, fecha os olhos por um segundo, abre e me encara.

— Olha, podemos ter essa conversa depois, vamos jantar agora.

— Tudo bem. - encerro a mini discussão.

Descemos de mãos dadas para o andar debaixo. O clima entre nós melhorou um pouco, mas mesmo assim vejo Freddie remoendo o que eu disse a ele. Sentamos à mesa na sala de jantar. O cheiro está maravilhoso. Chilli com salada caprese. Freddie chama à senhora Hayle e sussurra algo no seu ouvido. Ela concorda em algo, se retira, depois de um tempo ela volta com algo para tomarmos durante a refeição. A senhora Hayle trouxe Heineken. Não entendi isso direito, mas tudo bem. Ela enche nossos pratos com a refeição e se retira discretamente. Meu Deus, comida! Pego o garfo para comer, mas sinto o olhar do Freddie em mim. Ignoro e começo a mastigar. O gosto está bom, realmente uma delícia. Continuo a degustar do prato, porém o olhar de inquisição do Freddie continua. Noto que ele só tomou sua garrafa de Heineken inteira. Eu não tomei metade da minha. Depois Freddie se levantou para ir à geladeira pegar outra. Ele abriu e começou a tomar. Seu olhar voltou para mim e ele finalizou a segunda garrafa de cerveja. Largo o garfo no prato e limpo minha boca com o guardanapo.

— Sam, eu não sou suficiente para você? - ele pergunta e eu penso um pouco antes de responder.

— Você é tudo o que eu preciso e mais, só preciso aprender a aceitar tudo isso. Eu ainda tenho assuntos pendentes e alguns problemas pessoais que me impedem de seguir em frente. Por isso quero focar no nosso presente, onde é seguro... Onde eu quero estar. E ele só existe com você. - falo lentamente para que ele absorva aos poucos.

Freddie me observa, morde o lábio, suspira e olha para o seu jantar que mal tocou. Ele continua pensativo, suas mãos estão em encima da mesa e uma ideia amarga se passa na sua mente.

— Você. - ele respira com força - Deveria ligar para o Austin. – céus, ele bebeu muito?

Agarro-me a mesa com força.

— Não. - digo entre meus dentes trincados.

Ele levanta a mão.

— Só me escuta. Seria bom falar com ele. Resolver tudo. Você não pode seguir em frente sabendo que tudo atrás de você está caindo. Eu sei que não quer pensar no futuro. Mas a questão é que não existe o presente. Ele só é algo que inventamos quando as coisas estão difíceis. O futuro é o agora. Cada suspiro, cada toque, cada beijo... - ele pega a minha mão – Por favor, se não fizer isso por você, faça por mim. – Freddie beija minhas mãos. – Por favor.

Olho para nossas mãos juntas. Olha para o seu rosto perfeito. Eu sei que posso fazer isso. Posso fazer qualquer coisa pelo Freddie. Por que eu já estou cansada de fazer as coisas por mim. Quando nos apaixonamos, vivemos por outra pessoa e neste momento, eu preciso viver para o Freddie.

— Eu vou ligar. – concordo com ele – Mas não hoje, amanhã á noite seria melhor.

— Tudo bem – ele se inclina e nos beijamos rapidamente, o gosto da cerveja fica na sua boca, mas eu gosto de Heineken, é minha cerveja preferida.

Lembro sobre me encontrar com a minha mãe amanhã.

— Você está disponível de manhã?

Ele vinca a testa pensando.

— Tenho que trabalhar. – ele acaricia minha mão.

— Ah – solto um muxoxo.

— Queria ir a algum lugar?

— Não precisa perder um dia de trabalho por minha causa – já vou desistindo da ideia.

Freddie sorri sarcástico.

— A empresa é minha, eu sou o meu próprio chefe, posso faltar ou chegar a hora que eu quiser, e, além disso, vai ser por uma boa causa.

— Entendo.

— O que você queria fazer?

— Visitar a minha mãe, e queria te levar junto. – informo e ele compreende.

— Quer dar o troco? – ele tenta fazer piada. Ok... Talvez a bebida tenha feito efeito.

Eu pisco e faço uma carranca para ele.

— Não precisa ir. – tiro minha mão das mãos dele.

— É brincadeira, eu vou sim, sem problemas. Podemos chegar mais tarde na empresa. – ele encosta-se às costas da cadeira.

Podemos? – ergo uma sobrancelha.

— Achou que ia ficar sozinha aqui? Você vai comigo, quero te mostrar o que eu faço da vida.

— Legal...

— Ótimo. – ele pega o garfo para voltar a comer.

Terminamos o jantar e ficamos conversando na mesa. Freddie se levantou e foi na geladeira pegar outra cerveja. Tamborilei meus dedos na mesa á sua espera, ele não está no seu estado normal. Quando voltou, ele iniciou um assunto sobre seu trabalho. Ele está tentando me explicar como quer expandir opções de vida melhor para todo o mundo. Mas em primeiro lugar, as pessoas tem que erradicar a fome, isso é o maior problema na opinião dele. O observo maravilhada. As suas ideias são incríveis, pena que não posso vê-las pessoalmente até amanhã. A conversa estava ótima, até ele entrar em outro assunto.

— Por que realmente, você parou de falar com a sua mãe? – Freddie tenta me entender.

— Porque ela sabe quem é meu pai, só nunca quis me contar. Ela não achou necessário. Disse que ele não se importaria comigo e era melhor só a Melanie ter conhecimento dele. – respondo olhando para a minha garrafa.

— Então elas sabem e nunca te contaram?

— Não, mas eu também não facilitei as coisas. Eu deixei minha mãe de lado antes de saber disso tudo. Mudei-me para Londres sem avisar a ela. Sei que isso a magoou. Depois ela me contou a bomba do meu pai. Mas eu sou assim mesmo. Eu perdoo as pessoas. Independentemente do que elas façam.

— Isso é uma qualidade – Freddie admite sincero – É raro encontrar pessoas assim. Eu vou ser sincero. Se fosse comigo o que a Carly fez com você... – o encaro ceticamente – O que eu fiz também – ele adiciona e eu o deixo prosseguir – Eu não teria perdoado.

— Quer que eu mude de ideia? Ela talvez ainda queira você. – me levanto da cadeira.

— Não Sam. Eu não quero que você mude de ideia. E eu não quero a Carly. Você é a razão da minha existência. Eu não quero ter que aprender a amar outra pessoa. Eu nunca vou amar alguém além de você. – Freddie se levanta e abraça com carinho – Vem, precisamos dormir se quisermos acordar cedo amanhã para visitarmos sua mãe.

— Claro. – entrelaçamos nossos braços e saímos da cozinha.

Escovo os dentes e em seguida procuro o meu carregador na minha mala. Coloco meu celular para carregar e vou para perto da cama do Freddie. Tiro minha blusa e depois meu shorts. O ar-condicionado do quarto está ligado, o que deixou o ambiente frio. Enrolo-me nas cobertas e espero o Freddie sair do closet. Leva alguns minutos e por fim sinto seu corpo deitar na cama. Ele me envolve com os braços e começa a beijar meu pescoço, ele não está usando camisa, somente uma calça. Prendo a respiração, meu corpo pede pelo o dele. Ele está me deixando louca. Não consigo impedi-lo da forma que estou então, me viro de frente para ele e seguro seu rosto, mas suas mãos continuam a descer pelo meu corpo.

— Por que está tentando me parar? – ele me pergunta e deixa a mão na minha barriga.

— Se não vamos fazer nada, então não me toque. – murmuro, mas já estou ofegante pelos seus beijos.

— Ainda tenho meu direito de tocar. – ele desce a mão para minha calcinha, mas seguro seu braço.

— Negativo. – protesto e ele sorri.

— Eu adoro um desafio Sam. – ele sussurra e beija meu rosto.

— Você não... – não consigo terminar, sua boca se junta a minha.

Não tem como dizer não ao seu beijo. É tão doce e incrivelmente perfeito. Eu puxo seus lábios com os meus, brinco com eles para aproveitar o momento. Ele faz um som de satisfação e eu o puxo para que se coloque no meio das minhas pernas. Minhas mãos vão para as suas costas, onde eu sinto cada músculo se contrair e se mexer. Uma mão dele está na minha coxa e a outra no meu cabelo. Eu nunca o vi com tanta vontade. O beijo não está sendo amoroso, está sendo ardente e muito quente. Freddie movimenta o quadril encima de mim e gemo contra sua boca, o contato do seu corpo com o meu é como um fluxo de prazer instantâneo. Sua boca reivindica a minha. Sensualmente ele introduz a língua na minha boca. Minha mão que está em suas costas vai para seu peito. Desço e subo por ele sentindo cada parte perfeita e esculpida. Coloco as duas mãos no seu peito e guio as duas pela sua barriga. Chego à sua calça, puxo-a para baixo, quanto mais contato com ele, melhor vai ser. Freddie para de me beijar, se deita de costas na cama e tira a calça, em seguida me puxa para cima dele. Fico ajoelhada na cama sentada sobre ele. Freddie se sentou para poder me beijar e o clima está ficando difícil de aguentar cada vez mais. Ele está excitado, e com muito desejo, acho que tanto álcool no seu sangue não fez bem para ele; Ele afunda a mão no meu cabelo e o puxa para que eu erga mais a cabeça para beija-lo. Dói um pouco, mas a sensação é boa, porém ele passou dos limites. O Freddie não é assim e por mais que eu goste desse lado dele, tenho que mandá-lo parar, ele está me tocando como se fosse a última vez. Seguro seu rosto e o tiro do meu. Ele me olha entediado.

— Algum problema? – ele pergunta não agindo como ele.

— Você nunca me tocou desse jeito... – eu sussurro e abaixo a cabeça.

— Eu te assustei? – agora ele fica preocupado com sua atitude.

— Um pouco, mas... Eu gostei – admito passando a língua nos lábios- Só que é como se você estivesse me beijando pela última vez. Por quê?

— Não me pergunta isso, só vamos continuar – ele tenta me beijar, mas viro o rosto.

— Se vamos continuar, então espero que seja para fazermos alguma coisa.

Freddie bufa e sinto sua mão no meu sutiã. Ele está decidindo se abre ou não.

— Não posso – ele balança a cabeça – Não, é sério, não depois de hoje.

— Então chega – começo a sair de cima dele, porém ele agarra minhas pernas com força e me pressiona contra ele – Ah! – gemo com o prazer e seguro seu rosto. Ele se mexe em baixo de mim e começa a beijar meu pescoço. Isso é uma coisa desafiadora e difícil. Palavras do ano para mim. Ai Senhor... Sentir ele me querendo e rejeita-lo é impossível. Só que eu não quero ficar só nos amassos. Quero ir muito além disso. Mas ele não vai querer fazer amor depois do descuido de hoje. E se fizer hoje, vai ser porque está levemente alterado.

Droga! Está tudo bem claro. Freddie pediu para que eu ligasse para o Austin, mas ele teme me perder após a ligação. Ele só teve coragem de pedir isso, após beber o suficiente para o excesso de álcool no sangue, subir a cabeça. E agora está tão intenso comigo aproveitando o que pensa ser nossa última noite juntos. Eu tenho duas opções, aproveitar que ele está dessa forma e convencê-lo a fazer amor comigo, ou o mandar parar e dizer que não vou abandona-lo. Tenho que pensar, mas sua boca percorrendo o meu rosto e o meu pescoço, não está ajudando. Uso minha força para colocá-lo por cima de mim, assim eu vou conseguir ter controle sobre ele. Beijo seus lábios e dou um genuíno sorriso.

— Algo engraçado? – ele pergunta ofegante.

— Você quando não me excita me diverte. – passo o polegar nos seus lábios, desenhados perfeitamente para sua boca – Não importa o que aconteça depois da ligação de amanhã, eu ainda estarei com você.

Freddie cora pela primeira vez em muito tempo.

— Eu tive que pedir Sam, dessa forma vai ser o único jeito de seguirmos em frente.

— Eu sei, mas você tomou três cervejas e agora está na cama comigo revelando um lado seu que eu não conhecia. Foi bom, mas eu prefiro que aja dessa maneira, quando estiver em perfeita consciência dos seus atos. – eu peço temendo o que pode acontecer.

— Eu fui muito rude? – sua voz coloca acento em lugares estranhos.

Penso a respeito da sua pergunta, levo as mãos ao meu cabelo onde ele puxou. Eu gostei, foi bem diferente da forma doce que ele me tocou nessa última semana. A coisa mais rude que fizemos até agora, foi na nossa segunda vez no tapete da sala na casa da ilha. Foi estranho de costas, mas foi bom por que foi intenso, o Freddie sabe equilibrar isso, mas dessa vez, na atual condição dele, não é melhor tentar nada parecido.

Respondo algo simples.

— Você é fraco para beber – o beijo uma última vez – É melhor você dormir. – o tiro de cima de mim e ele afunda na cama ao meu lado, apago a luz do abajur e sei que ele está me olhando na escuridão – É pra você dormir Freddie.

— Eu vou ficar de ressaca? – ele me pergunta grogue.

— Não acho, Heineken não é tão forte, você que é um maricas.

— Quanto eu estiver em sã consciência, vou te mostrar quem é o maricas. – ele sussurra.

— Estarei esperando. – murmuro e fecho os olhos.

Freddie me envolve com os braços e eu caio em um sono profundo e sereno.

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— Acorda... – sinto alguém beijar meu rosto – Hora de levantar bebê. – o cheiro de perfume e sabonete preenche o ambiente.

— Estou acordada – abro os olhos devagar e Freddie está sentado ao meu lado vestindo um terno cinza e gravata azul – Que horas são?

— Umas sete e meia. Peguei seu celular e liguei para sua mãe. A informei da nossa visita e ela está nos esperando. – ele está acariciando minha coxa e lembro-me de ontem à noite.

— Dor de cabeça? – pergunto para saber se beber fez mal para ele.

— Um pouco – ele admite e pela segunda vez cora – Não lembro direito o que eu fiz ontem...

— Você me deu um puxão no cabelo – relembro e meu corpo se contorce com a sensação.

Freddie fica pasmo e não acredita no que ouviu.

— Eu... – ele me olha e depois parece contente – Foi de que jeito?

— Safado – empurro-o e me levanto, seu olhar queima no meu corpo, só estou vestindo calcinha e sutiã, não é atoa que o Freddie está me cobiçando em plenas sete da manhã – Admirando a paisagem?

— Com certeza.

— Manhãs são para café e contemplação – caminho para o banheiro e ele se levanta para prosseguir me olhando.

— Eu sei, estou comtemplando você no momento.

Fico vermelha e corro para o banheiro.

Povs Freddie:

Me acordo meio tonto com o barulho do despertador. Minha cabeça está um pouco pesada. Olho para a Sam do meu lado. Ontem eu passei dos limites com ela provavelmente. Eu nunca mais vou beber dessa maneira. O que eu estava pensando? Não quero nem imaginar o que eu podia ter feito. Levanto da cama e vou para o banheiro, hora de encarar a velha rotina. Com algumas mudanças. Penso na Sam de volta. Mas me sinto mal por ontem. Eu posso descobrir que vou ser pai em poucas semanas e nem sei como reagir. Disperso esse pensamento e volto a focar em me arrumar para o trabalho.

Coloco um terno cinza e uma gravata azul marinho. Eu preferia usar a gravata preta que dei a Sam, mas ela está rodando na máquina de lavar a essas horas. Volto para o quarto e pego o celular da Sam de encima da cômoda, para ligar para a mãe dela. Abro os contatos e seleciono o que está escrito “momma”. Aperto para ligar e coloco no ouvido. Demora um pouco para que ela atenda.

É bom ver você ligando do seu número. Eu sabia que viria, mas tão cedo?— a mãe dela pergunta e sua voz de sono é notável.

— Oi senhora Puckett – começo a falar – Aqui é o Freddie, a Sam deve ter se esquecido de mencionar que eu iria junto... – que droga hein Freddie, não sabe nem falar com a sua sogra. Minha mente me corrige.

Ah...— ela murmura – Não tem problema.— na verdade tem sim, eu acho que engravidei a sua filha. Balanço a cabeça ficando nervoso.

— Estaremos indo por volta das oito da manhã.

OK, podem vir— ela concorda – É bom que você esteja com ela Freddie.

— Eu também acho. – murmuro – Nos vemos em breve.

Hunrum.— ela desliga e eu deixo o celular da Sam na cômoda de novo.

  Desço para o andar debaixo. Quero avisar a Luthor dos meus planos de hoje. Vou para a cozinha e ele está no balcão conversando com a senhora Hayle. Eles escutam meus passos e se colocam em posição como um desenho animado.

— Bom dia. – meu tom formal está de volta e o CEO também.

— Bom dia senhor. – Luthor balança a cabeça.

— Bom dia senhor Benson – Hayle junta às mãos – O que gostaria de comer?

— Hoje não precisa preparar o café da manhã, obrigado. Sam e eu vamos tomar café com a mãe dela. – a deixo ciente.

— Oh, tudo bem. – ela olha para mim e para o Luthor – Tenham um bom dia. – ela se retira da cozinha.

— Onde a mãe da Sam mora? – Luthor pergunta e arruma à gravata, esse hábito dele é cansativo.

— A pouca quadras do Bushweel – respondo – Hoje você irá nos levar para lá, ficará dentro do carro ou em uma lanchonete próxima, assim que eu te ligar você nos busca e vamos para a empresa.

— A Sam vai junto? – ele pergunta fazendo biquinho, estou quase perdendo a paciência, deve ser a minha dor de cabeça.

— Sim. – respondo exasperado.

— A sua mãe não vai gostar. – ele meio que me repreende.

Sorrio meio chocado com a cena que estou vendo.

— Ela não manda mais em mim, e você não trabalha para ela. – me aproximo dele e não me intimido pela sua altura – Você trabalha para mim, então eu faço a porra que eu quiser e você senta e observa. – reclamo com ele que abaixa a cabeça.

Luthor já conhecia minha mãe antes de vir trabalhar para mim, então ele vai mais pelo caminho dela do que do meu. Deixei o celular no viva voz ao conversar com ela ontem e ele escutou ela me aconselhando a não levar a Sam a empresa, ela não achou seguro e falou que não ia ser viável a Sam colocando as mãos nos meu projetos. Eu achei que depois da minha conversa com ela na casa, teria a feito mudar de ideia sobre a Sam. Até me lembro de suas palavras.

Flash Back ON:

Sigo minha mãe em silêncio para a cozinha, desvio do copo quebrado e a observo. Ela está muito brava, mas não importa. Se eu tiver que escolher entre a Sam e ela, eu prefiro a Sam. Minha mãe se vira para me encarar.

— Por que, Freddie? Por que faz isso comigo? – ela se faz de vítima.

— Para de drama mãe, a senhora vai ter que aceita-la, não importa o que ela faz. Ou o que ela é, eu a amo. – digo com toda a certeza existente no universo.

— Amar as coisas erradas... – ela balança a cabeça negativamente – Isso sempre foi tão você.

Passo as mãos no cabelo com raiva.

— Então te amar como minha mãe, também foi errado. – cuspo as palavras com um desprezo assustador.

— A que ponto você chegou, filho? Olha o que ela fez com você.

— Isso não tem nada haver com ela, eu cresci, sai da sua casa, fui viver a minha vida e mesmo assim você quer ter total autoridade sobre mim, eu sou seu filho, mas a vida é minha não se meta! – eu estouro com ela.

— Freddward Benson, eu te trouxe a esse mundo e posso muito bem te tirar dele! – ela dá um passo em minha direção e eu não recuo.

— Então me mate, por que entre viver sem a Sam ou morrer, eu prefiro morrer. – respondo a ele que fica em pânico.

Ficamos em silêncio por alguns minutos e ela passa as mãos no rosto, depois toca meus ombros.

— Ela te faz feliz?

Começo a pensar em uma boa resposta.

— Feliz não basta para descrever.

Ela suspira com tristeza.

— Ela é para casar? – ela segura meu olhar no dela.

— Sim. – pronuncio com convicção.

— Oh Freddie... – ela me abraça – Eu não posso separá-los, eu não gosto dela, mas a decisão é sua. Não vou te impedir.

— Obrigado mãe.

Ela dá carinho no meu cabelo.

— Será que dá pra andar logo ai? Eu to com fome cacete – escuto Rosalie berrar.

— Que mal-educada – minha mãe reclama e me solta.

— Prometa que vai tratar a Sam bem, por favor, mãe. – eu seguro seu braço para que ela me olhe.

— Eu te prometo – ela beija minha cabeça – Agora vamos logo antes que sua tia derrube a cozinha.

— Mãe? – pergunto indo pegar uma vassoura no canto da porta – Você se arrepende de ter trazido a tia Rosalie para cá?

Ela demora um pouco para responder.

— Não. Família é a coisa mais importante do mundo. Temos que mantê-la unida. Mesmo que isso nos custe caro.

— Mas, a senhora teria se saído melhor, não é?- pergunto referente a algumas escolhas que minha mãe fez no passado – Se a tia Rosalie não tivesse engravidado tão cedo.

— Isso não importa Freddie, eu quis cuidar da sua tia quando as coisas deram errado para ela, não me arrependo de nada. – minha mãe pega uma tigela de macarrão com queijo.

— Mas a senhora teria sido famosa, teria tido sucesso. – relembro seu passado que ela me contou.

— Sucesso nenhum merece o fracasso da minha família – ela me explica e aponta para a porta da cozinha.

Volto para a sala de jantar e varro os pedaços do copo quebrado para o canto da parede. Penso na frase que minha mãe me disse. “Sucesso nenhum merece o fracasso da minha família”. Está ai uma frase que irei levar para o resto da minha vida.

Flash Back OFF

 

Fito o rosto do Luthor, ele tenta retomar a postura, mas falha fortemente.

— Espere lá embaixo no carro, agora! – eu rosno e ele balança a cabeça. Luthor sai da minha presença e eu suspiro com raiva.

Esse deve ser o filho legítimo da minha mãe. Rio comigo mesmo e depois um pensamento vem na minha mente... Ainda não a questionei sobre eu realmente ter uma irmã e sobre o paradeiro do meu pai. Agora isso vai ter que esperar. Tenho um interessante café da manhã com a minha sogra para ir... Oh Deus, me ajuda!


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Falem nos comentários. Odiaram? Diga porque odiou nos comentários... Eu levei mais tempo do que o normal para escrever esse capítulo, eu ainda estou tentando superar umas mortes que vi em The Walking Dead no domingo... Bem, ignorem hehehe Leitores fantasmas, deem um oi pra tia aqui por favor, digam qualquer coisa, até ralaxuriaxerebe blz? Ah tenho que pedir desculpa pela quantidade de palavras, vou escrevendo e me empolgando, ai acabei deixando ele grande, me perdoem por isso...

A parti de hoje, uma vez na semana, soltarei dicas sobre família da Sam... Vcs vão ficar chocados quando começarem a descobrir... A dica se encontra abaixo das opções.

Escolham uma e vejo vcs em breve, sexta ou sábado, vamos ver né, beijos...

OPÇÃO 1: O cafe´da manhã ocorre sem imprevistos e depois Sam e Freddie seguem para empresa (No povs de quem?)

OPÇÃO 2: Freddie discute com a mãe da Sam sobre ela esconder coisas da filha, e diz que isso não é o certo porque passa o mesmo com a mãe dele, depois disso Freddie leva a Sam para a empresa (povs de quem?)

Dica 1: Às vezes as coisas estão na nossa cara e somos desapercebidos de mais para notar...

Quem souber do que estou falando, NÃO DIGA NOS COMENTÁRIOS! MANDE UMA MENSAGEM PRIVADA SE ENTENDER ALGUMA COISA! REPITO, MENSAGEM PRIVADA... AGORA VOCÊS TEM UM MISTÉRIO NAS MÃOS!!



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