The Same escrita por NandaHerades


Capítulo 10
Promessas


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Espero que gostem desse capítulo ♥



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Fui para a Sound Records pela manhã. Antony me recebeu com um sorriso brincalhão e me levou até a sala de reuniões, onde toda a banda estava esperando, eu estava atrasada. Todos me cumprimentaram e começamos a falar sobre a turnê na qual eu participaria. Eu iria usar as camisas personalizadas nos shows e dar entrevistas em nome da gravadora. Também seria fotografada por fotógrafos famosos por todo país. Eu estava ficando animada para começar a viajar, seria divertido passar um mês com a banda. Certamente Amelia ficaria com ciúmes, ela faria de tudo para estar no meu lugar. A reunião chegou ao fim e Mike me chamou para almoçar. Estávamos a três horas discutindo os detalhes da programação.

Dessa vez quem escolheu o restaurante fui eu. Dirigi até um restaurante japonês que amava ir quando estava cansada demais para ir a balada ou quando queria sumir por um tempo. O restaurante estava vazio e tranquilo.

— Você ficou bem ontem? — Mike perguntou comendo um sushi.

—Sim — respondi a ele — Fui para casa de Amelia.

— Molly, eu estou preocupado com você — ele franziu o cenho — Depois do que você me contou.

— Eu sabia que não devia ter te contado — falei aborrecida — Sempre olham para mim com esse olhar de pena, como se eu fosse uma pateta!

— Não, não é isso! —Mike se defendeu — Eu apenas tenho medo que você se perca.

— Eu já superei isso — tentei soar calma para esconder a mentira — Obrigada por se preocupar.

Era horrível ver Mike sentindo pena de mim. Ele era o único que me fazia esquecer o passado e agora, sempre que fosse olhar para ele, me lembraria do que me aconteceu. Terminamos o almoço e conversamos sobre banalidades.

— Vou precisar de ajuda para arrumar minhas malas. Você quer ir me ajudar? — perguntei com um sorriso sedutor.

— É claro — Mike respondeu com um sorriso a altura do meu — Mas agora não é só Amelia que é contra nosso caso, Tom também está me enchendo.

— O que ele te disse? — perguntei curiosa.

—Ele me ameaçou — ele ria enquanto falava — Meu pescoço corre o risco de ser cortado caso eu te machuque.

— Você não vai me machucar — falei segurando a mão dele. A nossa risada deu lugar a uma troca de olhares intensa. Cada pelo do meu corpo se arrepiou ao ver Mike lamber os lábios inconscientemente.

— Você vai me machucar? — ele perguntou baixinho, para que só eu escutasse.

— Espero que não — respondi e Mike se aproximou de mim e me deu um beijo que poderia ser considerado apaixonado se eu não estivesse anestesiada para esse tipo de sentimento.

~~~

Meu apartamento estava um caos. Roupas espalhadas por todos os lados. Minha cama estava escondida por meus vestidos e minha mala estava aberta no chão, enquanto eu sofria para escolher alguns vestidos que pudessem caber nela. Meu computador estava ligado tocando música, Save The Last Dance do Thiago Pethit, e eu dançava como uma louca. Eram 19 horas e eu evitava a ligação mais complicada da minha vida: avisar Maggie que eu não iria ao seu casamento. E nem era porque eu não queria, era porque eu passaria um mês em turnê com The Caries e meu contrato não permitia que eu recusasse nada. Olhei aflita para o telefone e disquei o número do celular de Maggie. Ela atendeu no primeiro toque.

— Maggie —falei sem emoção — Eu não poderei ir ao seu casamento.

Minha irmã ficou em silêncio por alguns segundos, como se estivesse digerindo minha informação. Depois desligou em minha cara, sem mais explicações. Sem nem ao menos perguntar o motivo de eu não ir. Fechei os olhos e respirei devagar.

Voltei minha atenção para a mala. Faltavam apenas alguns vestidos e maquiagem. Organizei tudo e depois de uma hora já estava deitada em minha cama. Meu celular tocou e vi que eram meus pais, ignorei a chamada, pois eu sabia o teor da conversa. Infelizmente, meus pais iriam querer me convencer a ficar, e isso não era possível para mim. O dinheiro que eu ganharia com esse contrato de um ano permitiria que eu mudasse minha vida por completo. Fui até a cozinha e peguei uma cerveja na geladeira, depois deitei no sofá e liguei a TV.

Trinta minutos depois a campainha tocou. Sai do sofá toda desengonçada e com sono e abri a porta. Eu havia esquecido totalmente, Mike estava em minha porta, com um sorriso no rosto e uma garrafa de vinho na mão. Passei a mão no meu cabelo que estava uma bagunça e tentei ignorar minha camisola que mostrava bem mais do que eu gostaria.

—Esqueceu que eu vinha? — Mike perguntou entrando e colocando o vinho na mesa.

— Achei que você viria para me ajudar a arrumar as malas. Já acabei — respondi bem humorada.

— Nós podemos bagunça-las e depois arrumar de novo. Só não me mande embora — ele falou a última frase fazendo bico.

— Você deve ter percebido que eu estou pronta para dormir — falei apontando para a camisola.

— Pensei que esse fosse seu traje para nossa noite.

— Só se você quiser passar a noite dormindo — falei, mas nós dois sabíamos que dormir era a última coisa que queríamos.

— Onde tem taças? — Mike perguntou indo para a cozinha.

—Na terceira porta de cima — gritei para ele ir ao armário, enquanto eu desligava a TV.

Mike voltou com duas taças e a garrafa de vinho aberta. Ele me serviu a bebida e depois propôs um brinde.

— A nossa turnê — ele levantou a taça e eu fiz o mesmo.

— Você pode beber antes de viajar? — perguntei depois de tomar um gole do vinho tinto.

—Ninguém precisa saber — ele respondeu e depois sorriu.

Mike olhou para minhas pernas nuas e foi subindo o olhar até parar em meus olhos. Ele deu um passo à frente e segurou uma mecha do meu cabelo. Achei que ele fosse me beijar, no entanto, ele apenas aproximou a taça da boca e sorveu a bebida. Meu coração já estava a mil por hora. Meu corpo já ansiava por seu toque. Colocamos as taças na mesa e ficamos nos encarando por um tempo.

— Coloque a mão aqui — ele pegou minha mão e colocou em seu peito — Meu coração não bate tão rápido assim por uma mulher há muito tempo.

Eu sorri com aquelas palavras. Mike não precisava aprender a flertar, ele sabia muito bem o que dizer para uma mulher ficar aos seus pés. Coloquei minha mão por baixo de sua camisa e o ajudei a tirá-la. Fiquei mais próximo dele e o beijei no pescoço, sentindo seu perfume. Mike colocou suas mãos em minhas pernas e começou a subir a minha camisola.

—Nós não devíamos fazer isso — sussurrei tentando resistir a ele — Prometa que não será diferente amanhã. Vamos continuar os mesmos.

Ele hesitou, mas logo já estava prometendo tudo que eu dissesse. Caímos no sofá e iniciamos com beijos e toques desesperados, que logo se transformaram em movimentos delicados. Eu estava, pela primeira vez, me sentindo inteira.


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Notas finais do capítulo

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