Island escrita por Romanoff Rogers


Capítulo 1
Vamos pra ilha




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Aquilo foi trágico. Nick disse especificamente "missão de reconhecimento discreta", exatamente ao contrário do que aconteceu. Agora, metade de uma ilha na America Centralfora explodida, e quase levara Natasha junto.
No momento em que Steve viu Natasha caída meio ao fogo, achou que a tinha perdido, e seu mundo tinha desmoronado.
— Tem certeza de que está bem? – Steve perguntou a ela pela milésima vez, ajudando-a andar pra dentro do jato.
— Tenho, Steve. – Ela respondeu, já sem paciência.
Embora os diversos cortes em seu corpo estivessem doendo, ela nunca adimitiria isso, e ele sabia.
— Posso fazer um curativo pra você.
— Não precisa, Rogers! – ela esbravejou, o fazendo erguer as sobrancelhas.
— Tudo bem. – ela respirou fundo, se sentando no banco com uma careta.
— Desculpa. Não queria ser grossa, mas.. não é nada de mais.
— Eu sei, - Ele dá um sorriso fraco, tirando o capacete. - só queria ouvir você falar isso em voz alta. - Seu sorriso aumentou, fechando a porta do quinjet. A ruiva revirou os olhos novamente, jogando a cabeça pra trás.
Alguns minutos depois, eles partiram. Steve colocou no piloto automático, e foi lá pra trás com Steve. O corte na cabeça doía, o que não passou despercebido pelo loiro. Ele a ignorou, e pegou a caixa de primeiros socorros na gaveta.
— O que...?
— Não ligo pro que você diz, Natasha, vou cuidar disso. – ela revirou os olhos, cedendo. – Sabia que você fica linda revirando os olhos? – ele sorriu.
Nat revirou os olhos novamente, deixando escapar um sorriso. Ele acabou corando e desviando o olhar pra caixa.
— E você fica lindo corado. – ela beijou a bochecha dele, que a encarou com aquele olhar...
O loiro limpou o corte, e colocou um curativo pequeno. Ele insistiu pra cuidar dois outros, e Natasha acabou revirando os olhos, e Steve ganhou.
— Foi todos? – ele perguntou, ajeitando o último.
—Acho que sim. Aquela explosão não foi legal. - Ela colocou a mão em suas costelas doloridas.
— Você disse que não doeu. – Ele diz, mexendo a perna nervosamente, e ela o olhou com a sobrancelha erguida.
— Devia estar acostumado com isso.
— Por que faz isso, Nat? – o loiro perguntou, se aproximando mais dela.
— Eu sou uma espiã, Steve. Não sei viver de outro jeito. - Ela odiava esse tipo de conversa com ele. Não gostava de decepciona-lo.
— Não fico decepcionado com você. - Suas sobrancelhas ruivas se ergueram. - Sei que está pensando nisso. Posso tentar te ensinar a viver de outro jeito?
— O que?
— Não precisa fingir comigo, Natasha. De verdade. - Ela amava quando seus olhos piscavam lentamente, tentando passar algo a ela. Passar segurança em cada gesto. - Pode confiar em mim.
— Eu confio em você, Steve. - Ela diz, fechando os olhos.
— Que bom. Eu estou aqui tudo bem? - Ela assente, dando um sorriso.
— Então.... Isso quer dizer que vaj parar de fingir? - Um sorriso enorme apareceu em seus lábios, e ela bufou.
— Steve... É o meu trabalho e você sabe.
— Não estamos trabalhando. - Steve piscou pra ela.
— Você é muito chato. – ela cruzou os braços sorrindo.
Até que qm alarme com uma luz vermelha no painel chamou a atenção deles. Os dois se levantaram e foram até lá.
— O que é isso? – ele perguntou, começando a sentir que algo estava errado.
— Está vindo pra cá, rápido. - Ela o olhou, prendendo a respiração. - Um objeto não identificado.
— O que isso significa?
— Que não sabemos o que é. O que fazemos? – ele pensou por alguns instantes, analisando as nuvens escuras do céu ao seu redor. Seu coração começou a se agitar. Ele não sabia o que fazer.
— Steve está chegando! – Romanoff gritou, o tirando de transe, e o loiro agarrou a mão dela, num impulso, já agarrado ao escudo, e foi pro fundo do quinjet a puxando desesperadamente. – O que diabos você está fazendo, Rogers?!
— É só pular. – Ele disse, abrindo o compartimento de carga, e a segurando pela cintura.
— Steve... - Ela o olhou, com os olhos completamente aterrorizados. Ele queria que ela mergulhasse de cabeça na escuridão?
O vento os cegava, e esvoaçava o cabelo da ruiva. Steve segurou sua mão, e pulou. O frio da noite era cortante, e eles desabaram em direção ao chão, segundos antes de ouvir uma explosão.
O jato explodiu, e peças caíram para todos os lados. Eles colidiram com a água gelada, e um choque percorreu o corpo de ambos.
Natasha perdeu ar, se desesperando por nada enxergar, e usou todas as suas forças para ir para a superfície e tirou a água dos olhos. Alguns segundos se passaram e nada de Steve.
— Steve? Steve! – a ruiva esperou uma resposta, e nada. Natasha respirou fundo, e emergiu a procura de Steve. Quando não aguentava mais, foi pra superfície, mas logo afundou novamente. – Steve!
O desespero atingiu seu coração, olhando ao redor frenéticamente, até que algo agarrou seu pé, a fazendo soltar um grito, mas antes que chutesse a coisa pra longe, Steve apareceu, com um sorriso travesso no rosto.
— Ai, Rogers! - Ela começou a jogar água nele, com uma expressão irritada. - Achei que tinha morrido seu... seu... tapado!
Ele não tirou o sorriso do rosto e a abraçou.
— Se preocupou comigo? – ele perguntou, com um sorriso irônico.
— Eu não sou tão monstro assim. Achei que tinha morrido. – ela olhou para o lado, e só não cruzou os braços porque afogaria.
— Não foi isso... - Steve ia dizer, mas foi interrompido por uma voz cortando o céu.
Vá para a ilha.
— Ouviu isso? – ele perguntou, confuso.
 Vá para a ilha.
— Ouvi.
Vá para  ilha.
— Vamos pra ilha?— eles perguntaram ao mesmo tempo, e uma súbita vontade de ir pra a "ilha" os deram forças para ir nadando a oeste, mesmo nem avistando a ilha.
Ficaram assim, cortando o mar com braçadas, completamente atônitos e destruídos.
E lá estava a ilha. Atraente e escura.
Chegando lá, eles estavam exaustos, e se jogaram na areia. Com a respiração ofegante e irregular, eles ficaram lá até adormecerem.
(...)
Steve acordou, e viu a ruiva ao seu lado. Olhou ao redor, atordoado. Tinha areia em seu rosto, e as ondas batiam em seus corpos largados na areia. Ainda era noite.
— Nat? – ele a tocou suas costas. – Nat, acorda. – sem resposta. Ele checou a pulsação dela, e concluiu que ela estava bem, só cansada.
O loiro a pegou no colo, e começou a andar pela areia, em alerta. Aquilo foi estranho.
Parecia ser pequena, talvez estejam na Indonésia. Ou nas Malvinas. Ou no Caribe. Ou em Cuba. Ou em qualquer  outra ilha do mundo.
A areia era branca e fofa, e tinha uma floresta densa atrás deles. Depois de andar alguns minutos, o cansaço voltou, e ele resolveu fazer uma fogueira para esquentar seus corpos molhados.Pegou um tronco podre no chão e encostou nele, ao lado das chamas. Deitou Natasha com a cabeça em seu colo, e foi alimentando o fogo com pedaços de madeira velhos.
Natasha começou a se mexer, e se virou pra ele.
— Hm... Steve?
— Oi, Bela Adormecida Linda que revira os olhos.
— Odiei isso. - Ela cruzou os braços, e ele sorriu. Natasha se levantou. — Onde estamos?
— Não tenho nem ideia. Por que viemos pra cá mesmo?
— Não lembro. A última coisa que lembro é da gente conversando no mar.
— E quando eu perguntei se se preocupou comigo, não quis dizer que você era um monstro sem coração que não se preocupa. Só... Fiquei surpreso por... Demonstrar. Sei que no fundo você ama a gente. - Ele sorriu, e ela respirou fundo, encarando as ondas se quebrando.
— Em bora eu não demonstre... Eu amo vocês sim. – ela deu um pequeno sorriso, sem desviar os olhos. – São minha família.
— Amor. – Ele fez uma nota mental.
— Hum?
— Estou listando seus sentimentos ”inexistentes” – ela riu, revirando os olhos. - Vou usar isso contra você.
Steve bocejou, e piscou os olhos com força.
— Você não dormiu? - Ele negou.
— Pouco. Mas pode dormir, eu fico de guarda.
— De jeito nem um. Você vai dormir, Rogers.
— Mas, Nat...
— Não me contrarie. – ela passou o braço pelos ombros dele, o forçando a deitar em seu ombro. – Boa noite, Ste.
— Boa noite, Bela adormecida linda que revira os olhos. – ela sorriu, revirando suas orbes verdes. –Você fez não fez?
— Fiz. – ela riu.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Comentem, xuxus :)

Reescrita (09/05/18)