Island escrita por Romanoff Rogers


Capítulo 2
Entre na ilha




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A ruiva acabou dormindo no meio da noite. Era uma Ilha paradisíaca e silenciosa, apenas com o som das ondas quebrando, e a respiração calma de Steve em seu ombro. Não demorou muito para ela estar roncando.

 

No dia seguinte, Steve acordou primeiro. Ele estava com a cabeça no ombro da mulher, que apoiava a cabeça na dele. Devagar, ele levantou a cabeça dela, sem acorda-la. Mas segundos depois, ela acordou.

— Bom dia Bela adormecida linda que revira os olhos. - A ruiva jogou a cabeça pro lado.

—  Pra sua informação, eu sou linda 24 horas por dia. – ela beijou a bochecha dele. – Bom dia.

 – Concordo. -  ele sorriu.

— Então, vamos procurar comida? Estou morrendo de fome. – ela voltou a ficar séria.

— Não parece uma boa...

Entre na ilha.

— Certo, vamos.

Os dois avançaram pela mata verde. As árvores eram grandes, e pouca luminosidade entrava no caminho. Plantas váriadas estavam ali, algumas flores distintas, estranhas e  árvores frutíferas. Nem um animal era avistado.

Até que um barulho de plantas sendo afastadas para dar caminho e galhos se quebrando os fez ficar alertas.

— O que foi isso? – Ele perguntou, sussurrando.

— Não sei. Algum animal?

— Ou alguma pessoa...?

— Não, impossível, já teríamos visto.

— Não, nós existimos. – eles se viraram bruscamente, em posição de ataque em direção a voz. – Ou ou! Se acalmem coleguinhas! Não quero machucar vocês! São americanos? Falam inglês? – Os dois assentiram. – Legal. Oi, meu nome é Bromélia.

— Bromélia? – ela segurou o riso.

— É. E o de vocês? – Natasha o olhou desconfiada.

— Sou Steve, essa é Natasha.

— Muito prazer amiguinhos. –Steve apertou a mão do homem, que era alto, magro, loiro e branquinho, como uma lombriga. Seus olhos eram pretos. O lombriga estendeu a mão pra ruiva, que não se mecheu para restribuir, só ficou olhando ele com cara amarrada.

— Não seja má Nat. É que ela não confia em ninguém.

— A vida foi malvada com você e viu o piro dos homens. Mas não tenha medo, ninguém pode alcança-la aqui.

— Não tenho medo.

— Tem. – ele deu de ombros. – EI PESSOAL! – Ele gritou. – Tudo bem! Abaixem as armas. Venham comigo, vou leva-los a clareira. – ele foi andando por onde veio.

— Viu isso? Ele achando que me conhece! – ela cochichou pra Steve.

— Am, outros? E que clareira? – o loiro ignorou ela.

— A nossa clareira cara. Vou mostrar a vocês. – Natasha agarrou o braço de Steve. – Que roupas são essas?

— Fantasias. – Steve mentiu, bem mal.

— Nossa Steve. Você mente tão bem.

(...)

Eles seguiram o homem lombriga até um tipo de aldeia no meio das árvores.

Tudo era organizado: Um círculo perfeito das árvores em volta da aldeia era visto de longe, as árvores mais próximas tinham casas na árvore em cima, no centro, pequenas cabanas vendendo frutas, feiras, peixarias. Ferreiros trabalhando, crianças brincando, algumas mulheres lavando roupa. Era como uma vila medieval. 

Eles estavam perplexos. Como havia tanta gente numa ilha paradisíaca no meio do nada?

— Como vieram parar aqui? – Steve perguntou.

— Ah, acidentes aéreos. Naufrágios. Todos os caminhos dão aqui.

— Quanta gente né? – Ela olhou em volta. As pessoas nem ligavam pra duas pessoas com roupas estranhas. Era como se... Cuidassem da própria vida. Inacreditável, eram pessoas.

— Os caminhos dão todos aqui. – ele repetiu, a fazendo erguer uma sobrancelha.

Eles foram até um tipo de casa redonda, de pedra e telhado de madeira e palha. No centro, tinha uma mesa de pedra com algumas cadeiras em volta. Uma prateleira tinham livros e outros enfeites, com um garoto que aparentava ter alguns 19 anos escrevia sentado em uma mesa. – Olá Jonny.

— Oi  Sr Bromélia. – ele nem ergueu os olhos.

— Ele é nosso escritor. O sonho dele era esse. E vocês, qual o sonho que tem?

— Não entendi a pergunta. – Ela ergueu uma sobrancelha.

— Ué, aqui, nos apresentamos assim: Olá, meu nome é Bromélia, e meu sonho é ser presidente.

— Povo maluco... – ela sussurrou.

— Bem, aqui, é o mapa da ilha. – ele esticou um mapa, e colocou na mesa. A ilha tinha o exato formato de um círculo. Como se tivesse sido desenhada. – Nossa ilha é bem grande, e é dividida em quatro áreas. Clareira um, que é onde estamos, clareira dois e três.

— A quarta? – O loiro ergueu o olhar.

— O vulcão. – ele engoliu em seco. – Área proibida. O Deus da ilha não gosta de ser perturbado. Ele mata todos que vão pra lá. – a ruiva revirou os olhos. – Vocês devem estar cansados. Nossas casas, como já viram, ficam nas árvores. Mas houve um acidente, no qual uma parte de um  avião caiu bem no lote de casas vagas. Sobrou só uma livre, se importam de dividir?

— Não. – Ela sorriu maliciosamente pra Steve, que revirou os olhos.

— É, não tem problema. - ele concordou.

— Vocês formam um casal muito bonito.

— Não! Nós... Não... – Eles disseram ao mesmo tempo.

— Ah. Sei. Venham, vou mostrar a casinha. – sorriso dele era fofo e meio... Demoníaco.

(...)

A casa era do tamanho de uma sala de estar normal. Uma cama de solteiro estava no canto, uma escrivaninha com papéis, uma planta e um tipo de vela feita de seiva de árvore, um guarda roupa pequeno, cortinas de pano, e uma porta, que era um banheiro pequeno. Ele tinha uma banheira, e um tipo de pia com uma bacia com água e um sabonete caseiro, a cima de um espelho pequeno.

— Legal. – Steve sentou na cama.

— Legal nada, é terrível. Olha isso Steve.

— As pessoas parecem felizes.

— Não tem energia elétrica.

— Me lembra 1945.

— Nossa, era tão terrível assim? Que triste, sinto pena dos idosos.

— Não era tão ruim.

(...)

Natasha entrou no banho, e depois Steve. Bromélia deu um short verde floresta, uma camiseta beje e botas marrons pra ruiva, que prendeu o cabelo em um rabo de cavalo alto. Steve entrou depois dela, e colocou uma bermuda marrom e uma camisa branca, com um casaco verde escuro por cima.

— Tony deve estar maluco atrás da gente. – Natasha disse.

— É. Por que ninguém aqui tenta... Sabe..

— Ir em bora? É. É estranho. Assim que tiver a chance eu quero ir em bora daqui. – Ela revirou os olhos.

— Você revirou os olhos.

— É?

— É.

— Rei do óbvio. – ela fez de novo.

— Sabe por que gosto de te irritar?

— Por que eu fico linda irritada?

— Exatamente. – ele sorriu.

— DING DONG. – Uma voz vinda do lado de fora disse.

— O que? – Natasha sussurrou pra Steve.

— DING DONG. Digam: Quem é?

— Quem é. – ela bateu na testa.

— Bromélia. Posso entrar?

— Pode animal. – A ruiva respirou fundo.

— Oi. Podem me acompanhar? – O homem grande disse. Eles assentiram, e desceram a escada, até o chão. Novamente, as pessoas cuidavam da própria vida, não dando a mínima para os dois ali presentes.

As pessoas eram de raças distintas. Alguns tinham cara de indianos, outros americanos, africanos, asiáticos. Outros espanhóis, colombianos, brasileiros, suecos extremamente branquinhos, e mexicanos.  Alguns cuidavam de pastos, outros das plantações, mercadinhos, lojas de artesanato.

— Tudo aqui é muito variado né? Aviões percorrem o mundo todo, e todos os caminhos dão aqui. Aquela é a senhora Demetria Hernandez, peruana, sonhava em ter filhos, e agora, tem cinco. Anna, Jamez, Fernandes, Janaina e Martina. Aquele é o senhor Kiro Himataka, japonês que sonhava em ter uma plantação enorme e próspera de arroz, hoje, ele tem. Anne Stewart, inglesa, sonhava em ser cantora, e hoje, canta nas nossas celebrações e é famosa. Esse lugar é mágico. Todos os nossos sonhos se tornam realidade.

— Olá Presidente Bromélia. – Uma mulher de vestido beje e rodado, com olhos negros e pele branca, com feições asiáticas, disse.

— Ah. Presidente Helen. Helen, esses são os novos clareanos, Steve Rogers e Natasha Romanoff.

— Nós falamos os sobrenomes pra ele? – Ele perguntou, cochichando.

— Não.


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