O dia estava extremamente nublado quando Bruce Wayne estacionou a Lamborghini em frente à instituição mental de Arkham. Ele caminhava pelos corredores com passos pesados, até parar na porta, cuja a placa estava escrita "Informações".

—Hã, Senhor Wayne. O que o traz aqui? -A recepcionista perguntou nervosa. - 

—Uma paciente em particular. -Ele pigarreou. -É o que me traz aqui.

—Senhor me desculpe, mas não temos muita coisa funcionando por aqui hoje.

—Algum motivo para isso? -Bruce questionou e a mulher se endireitou na cadeira. -

— Bem...Está manhã, houve um ataque em nossa instituição. Uma paciente fugiu.

  Bruce permaneceu imóvel, mas contraiu o maxilar, sentiu uma vontade súbita de por aquele prédio abaixo.

—Quem era a paciente? -Perguntou já colocando um plano em mente. -

—Me desculpe, Senhor, esta informação é confidencial. -A mulher gaguejou. -

—Ouça, é muito importante que me diga pelo menos, quem os atacou.

—Eu...eu não tenho certeza, não foi apenas uma pessoa, entraram vários homens, atiradores e um deles me deu um soco na boca, me mandou ficar calada. -A mulher se levantou de sua cadeira brevemente, e mostrou o hematoma em sua boca, que agora já estava roxo. -Tudo o que ouvimos alguns minutos depois, foi uma risada.

***

—Como puderam deixar isso acontecer?! Arkham era pra ser uma unidade com segurança máxima! E vocês me deixam escapar uma das pacientes mais perigosas que já prendemos?! -O detetive Gordon gritava, para os seguranças, que assentiam, de cabeça baixa. -

—Senhor...Detetive, foi tudo muito rápido, eram muitos atiradores, e de repente, fomos nocauteados. Quando nos demos conta, Arlequina já tinha escapado.  -Um dos guardas respondeu. -

—Nós precisamos encontrá-la, precisamos trazê-la de volta. Vamos colocar cada um dos policiais de Gotham City atrás dela. Inclusive vocês! -Gordon gritou com cada um dos guardas, saindo do pavilhão, onde a cela de Harley estava com a fechadura quebrada e as barras tortas. -

***

 _Agora que estamos juntos novamente amorzinho. Temos um plano a executar. -O Coringa sorria para Harley que agora estava alegremente pendurada em suas barras de ginástica, pulando de uma para outra, entre risadinhas. -

—É só dizer Pudinzinho. -Harley pulou de volta para o chão , com o olhar fixo em seu amado Rei. -

—Vem cá, vem pro papai. -O Coringa fez um sinal para que ela se aproximasse. -

A loira sorriu, seguido de uma risadinha divertida.

—Me diga, minha linda, o que acha de irmos matar a saudade do nosso Morcego preferido? -O Palhaço riu, alto, acompanhado por Arlequina que logo pulou em seu pescoço, lhe dando um beijo feroz. -

—Tenho certeza de que isso é um "sim". -O Coringa sussurrou no ouvido dela, fazendo-a morder seu lábio inferior. -

—Quer saber o que eu tenho para você esta noite baby? -Ele sorriu deixando vários chupões no pescoço da loira, que imediatamente mudaram de vermelho para um roxo opaco, deixando marcas. -

—Oh Pudinzinho. -Ela gemeu. -

—Amorzinho? Eu te fiz uma pergunta! -Ele apertou a mão ao redor do pescoço de Harley, sufocando-a. Fazendo gemer novamente. -

—O que...-Harley ofegou, sem fôlego. -O que você tem para mim Pudinzinho?

—Eu tenho algo muito especial para você. -O coringa riu, soltando o pescoço de Arlequina, fazendo-a respirar fundo e esconder o rosto em seu pescoço. -

—Me diga...-Ela sussurrou contra o pescoço dele. -

—Eu comprei, um tapete de pele de urso, e o seu refrigerante de uva.

—Awn Pudinzinho! Você é um amor! -A loira exclamou beijando com fervor. - 

—Oh, tem mais uma coisa minha linda, quero que fique perfeita, afinal, não teria graça irmos ver o  Morceguinho sem uma entrada triunfal, não é mesmo?

—Mas, eu deixei minhas coisas naquele buraco horroroso! -Reclamou Harley, fazendo biquinho, como uma criança pequena. O que fez o Coringa sorrir. -

—Não se preocupe com isso. Agora, vamos, eu não comprei aquele tapete por nada. -Harley sorriu, e novamente o Coringa tinha Harley pendurada em seu pescoço, logo a pegou no colo. -

***

—Mestre Wayne, tem alguém aqui que deseja vê-lo. -Bruce se virou assim que Alfred entrou na Caverna. -

—Seja lá quem for, agora não é uma boa hora Alfred. -Bruce se voltou para o cinto de utilidades em cima da mesa, que estava consertando. -

—Senhor, eu creio que seja importante, é o Detetive Gordon, ele está aqui para vê-lo.

—Certo, Alfred, por favor diga à ele que já irei descer.

—Boa tarde Senhor Wayne, eu creio que precisamos conversar. É muito importante. -Gordon, dizia enquanto cumprimentava Bruce com um aperto de mão. -

—O que houve Detetive?

—Bem, eu acredito que já esteja à par da situação que tivemos esta manhã em Arkham, temos uma foragida.

—Sim, eu soube. Poderia me dizer quem é? Se não for confidencial.

—Acho que esta informação não é mais confidencial desde as 10:00h desta manhã, Senhor Wayne. -Detetive Gordon, mantinha uma expressão séria. -

—Sinto muito, mas eu realmente não tive nenhuma informação de nome. -Bruce respondeu, pegando uma das xícaras de café que Alfred trazia. -

—Harley Quinn, senhor. E isso automaticamente, nos dá uma informação de quem a resgatou.

—Está dizendo que o responsável pelo ataque, foi o Coringa? -Bruce respirou fundo e tomou um gole de café. -

—Exatamente, mas não vim aqui para lhe dar informações Bruce, eu estou aqui para conseguir informações.  -O Detetive Gordon foi direto, mas logo percebeu que a expressão de Bruce não havia mudado. -

—Me diga Bruce, o que o senhor estava fazendo em Arkham, algumas horas depois do ataque?

—Eu fui fazer uma visita.

—Bem, senhor Wayne, você não tem familiares, muito menos residentes conhecidos em Arkham, quem o senhor foi visitar?

—Detetive Gordon, com todo o respeito que tenho pelo senhor, eu devo lhe dizer, isso é um assunto pessoal.

—Tudo bem, mas acho melhor, que não fique envolvido neste caso Senhor Wayne. Deixe a polícia lidar com isso, okay?

—É claro, claro, o senhor está certo.

—Muito obrigada por sua atenção, Senhor Wayne, tenha um bom dia. -O detetive se levantou, indo em direção à porta, acompanhado por Alfred. -

—Detetive? Se me permite, eu ainda tenho mais uma pergunta. -Bruce o parou. -

—Diga senhor Wayne.

—Acho que a Polícia de Gotham tem uma carta na manga, e se me permite, o que está planejando senhor Gordon?

—Digamos apenas senhor, que Gotham tem alguém muito interessado em ajudar a polícia com este caso em particular.

—E quem seria este, Detetive?

—Batman, senhor Wayne, o Morcego em pessoa.