Qual menina que por mais solitária que seja, nunca teve uma amiguinha. Seja imaginária ou um grupinho.

Carol, Lari, Leka e Karine super amigas, pareciam hienas ... era conversa que não acabava mais, altos papos, segredos e vez ou outra picuinhas! Escreviam sempre por papéis (risos) comunicação de uma era sem internet no celular.

A amizade com Carol e Lari é um pouco mais antiga ... desde os seus primeiros dias na escola, estudam juntas desde os 3 anos de idade, é claro que não se recordam de absolutamente nada, só fotos para relembrar e o mais forte que as unia, era o sentimento de estarem juntas.

Lari, quieta na dela, era a mais zoada, não com maldade, mas queríamos que ela se sentisse encaixada. Era sempre aberta com nós do grupo e não da sala. Menina de pouquíssimas palavras, igual Karine. Inteligente, porém não se dava bem nas provas, ela não sabia do seu potencial, que só era colocado a prova a base de pressão. Tinha preguiça de estudar e parecia pouco entender.  Mas suas notas e desempenhos sempre mudavam com o passar das classes; ora era esperta, ora tirava nota ruim. Fase, só queria saber de zoar e se danar para os estudos; sofria também, mas se calava, com o que ninguém tem certeza até hoje. Lorinha, pouquissimo cabelo, fofa e que odiava seu nariz.

Carol, era a mais espertona de nós. Parecia uma moleca ... brigona, sabichona, futebol era sua idolatria. Era estranha, tinha lá suas feminices, mas não era feminina. Pensava como um garoto, agia como um tal. Fera em matemática, um ponto bom, ela tirava todas as dúvidas. Era unha e carne com Karine, desde menininhas brincavam uma na casa da outra, todo final de semana, até dormiam juntas. Gostavam de zoar Carol pelo teu jeito desleixado, as vezes vazia raiva de tão cara de pau que era. Falava até com quem Deus duvidaria. Magra, barriguinha de verme, olhos fundos, cabelo liso e com reflexo loiro que não combinava.

Leka, essa sim, de uma forma abrupta se tornou a queridinha do grupo, todos queriam ser a amiga número dela, o que tinha de especial? Sei lá, mas gostávamos de conversar. Era uma identificação, gente boa. Um pouco atrevidinha, esforçada nos estudos também. Não recordam de quando se tornaram amigas. Quase certeza, de que foi por intermédio de Karine, que estudava na mesma explicadora (professora extra de reforço escolar); só que como não era de falar, com certeza Carol foi quem puxou assunto em algum trabalhinho em grupo. Morena, alta, cabelos encaracolados, reclamava do seu pouco seio.

 Suas notas despencavam, não prestavam atenção na aula; descobriram o poder de chamar a tenção de todos e não ligar para ninguém; só queriam fofocar e estar entre os amigos; lutavam bastante para recuperar as notas.

Conversavam em grupo ou com alguma amiga separada, mas nunca havia segredo entre as maritacas. Sempre estavam juntas, já era o quarteto fantástico da sala e da escola, quando uma faltava não tinha graça, parecia que tinha perdido um membro do corpo.