Wild escrita por Micheele


Capítulo 12
XIII




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/706410/chapter/12

Agora eu me encontrava na minha casa, resolvi que não iria para a escola e fiz questão de ignorar todas as mensagens que Stiles mandava para mim, admito que estava sendo malvada com ele, porem nesse momento eu não me importava, ele merecia o que estava acontecendo.

— Nada como ignorar um pouco. – Sussurrei.

Depois da festa, eu resolvi que iria embora e deixei-o lá, mas não fui muito malvada, mandei Isaac avisar que eu tinha ido embora e que era para ele ir com Scott, eu sei que estava exagerando, mas os ciúmes dele foram exagerados e principalmente, sem fundamento... Era obvio para todos que eu gostava dele e não pensava em ninguém mais em minha vida.

“Melhor eu comer alguma coisa.” – Pensei já ouvindo minha barriga dando sinal de vida.

Desço as escadas e vou em direção a geladeira, acabo abrindo um sorriso animado ao ver que tinha pizza na mesma e agradeço ao meu pai por ele ser viciado em pizza igual a mim, pego duas fatias e coloco para esquentar um pouco.

— Nada como comer pizza de manha. – Falava comigo mesma enquanto andava em direção a televisão para assistir alguma coisa interessante, mas resolvi que o melhor a se fazer nesse momento era assistir algum seriado para eu não ficar pensando muito na vida.

Depois de ficar horas assistindo televisão e um pouco cansada de não fazer nada, já que meu pai tinha ido trabalhar, solto um suspiro frustrado ao lembrar que todos os meus amigos estavam na escola nesse momento e ninguém poderia vir aqui para me distrair, então resolvi fazer uma caminhada e ir para um parque que tinha perto de casa, coloco somente um tênis e acabo por deixar meu celular em casa, já que eu tinha colocado para carregar.

Mania de dormir ouvindo musica é complicado.

Saio de casa e começo a andar, cumprimentava alguns vizinhos que estavam andando também, já que o clima estava muito agradável para um passeio. Porem sabe quando você sente que esta sendo vigiada? Bem, era assim que eu me sentia nesse exato momento, porem olho para trás e só conseguir ver uma mulher, que andava na minha direção.

“Não vai ficar maluca igual seu pai.” – Pensei ao lembrar de como ele estava esses dias.

Acabo por continuar andando em direção ao parque, porem depois de alguns minutos andando, resolvo olhar novamente para ver se ela estava ainda atrás de mim e para o meu azar ela estava, a mesma me encarou atentamente, porem eu virei o meu rosto rápido e comecei a andar mais rápido para o parque. Não tem porque ela estar me seguindo, eu não fiz nada para ninguém.

Ao chegar no parque, sento em um banco que ficava na frente de onde algumas crianças estavam brincando e suas mães estavam olhando, achei o melhor lugar para ficar naquele momento, vai que eu não estava exagerando e ela quisesse me raptar para pedir dinheiro para o meu pai.

— Desculpa incomodar, mas você poderia me falar a hora. – Uma voz calma falou e acabo por desviar os meus olhos das crianças que eu observava brincar para quem estava perguntando, acabo por prender a respiração ao ver que era a mesma mulher que estava atrás de mim.

Merda, será que ela esta me perseguindo mesmo? Por que justo para mim ela venho perguntar as horas? Por que ela me encarava como se eu fosse algo interessante?

— Desculpa, senhora... Mas eu estou sem relógio. – Tentei falar em um tom calmo, mas já estava me arrependendo de não ter trazido o celular, as vezes eu fico surpresa em quantas besteira eu conseguia fazer.

— Não tem problema. – Ela falou em um tom calmo e eu só concordei e voltei a olhar para as crianças, porem acabei achando estranho ela sentar do me lado e começar a olhar o mesmo local que eu estava olhando.

O que ela esta fazendo? Ela é doida só pode.

— Então, você sempre vem aqui no parque? – A senhora me perguntou e isso fez eu querer revirar os olhos, porem tentei me segurar.

— Não querendo ser chata, mas eu não estou muito no clima de conversa. – Tentei falar de um modo que não saísse tão ignorante, porem eu não iria ficar conversando com uma pessoa que parecia que estava me perseguindo. – E eu não vou ficar falando sobre minha vida para alguém desconhecida.

— Está certo, você é uma garota inteligente. – Ela comentou e isso fez eu revirar os olhos.

— Você não me conhece, não sabe se eu sou inteligente.

— Verdade, eu não te conheço muito bem... Mas você não mudou muito de como era com 11 anos. – A mulher falou me encarando e dessa vez eu acabei por olha-la melhor, porem eu não conseguia me recordar de onde eu a conhecia, mas algo ela tinha conseguido fazer, me deixado intrigado.

— Quer dizer que você me conhece?

— Sim, eu te conheço e você está linda querida.

— Não me chama assim. – Falei, nunca entendi muito bem, mas nunca gostei que alguém me chamasse assim, uma vez eu me lembro de ter perguntar pro meu pai porque isso e ele foi sincero e disso que era porque minha mãe me chamava assim.

Mas era somente isso que ele tinha comentado, meu pai não gostava de falar da minha mãe e somente uma vez que ele falou que ela tinha morrido e isso fez eu ficar triste, foi na época que eu comecei a namorar o Aiden, acho que no final eu fazia isso para esquecer um pouco o que ele tinha dito, eu sempre tinha o sonho de acordar e ver ela me esperando para tomarmos café da manha juntos, mas os anos passaram e eu comecei a entender que ela tinha morrido mesmo.

— O seu pai falou com você? – A mulher falava em um tom um pouco nervoso.

— Não, ele não falou nada... Ele teria algo para falar?

— Sim, Lydia.

— Olha, isso esta muito estranho... Melhor conversar com o meu pai e vocês resolvem. – Disse em um tom baixo e me levantei rapidamente, não estava entendo nada a conversa com essa mulher e não queria entender, eu deveria ter ficado em casa e aproveitado os meus seriados.

— Mas o meu problema principalmente é com você. – Ela pegou em meu braço, porem eu me afastei. – Eu preciso te contar algo importante, eu estou tentando falar com você a meses.

— Tenho certeza que não deve ser nada de importante. – Falei me afastando dela.

— Lydia, eu não queria te falar desse jeito. – Ela falou mexendo a mão e eu olho para ela sem entender, odeio não estar entendo nada de uma conversa. – Você é minha filha.

Ao ouvir o que ela digo, acabo por soltar uma gargalhada, ela com certeza era doida. Eu? Filha dela? Só que me faltava mesmo, ter que ouvir alguém fazendo uma brincadeira de mau gosto desse jeito.

— Muito engraçado a brincadeira, mas minha mãe morreu. – Falei em um tom serio e fui me afastando.

— Eu não morri, eu estou viva e sou sua mãe. – Seus olhos agora derramavam umas lagrimas e isso fez eu ficar um pouco assustada, ela parecia desesperada e eu estava ficando também. – Me perdoa filha, me deixa explicar... Eu estou viva, seu pai falou que eu morri, mas isso não aconteceu.

— O meu pai não é mentiroso. – Gritei e sai correndo em direção a minha casa.

Ao chegar na minha casa, pego meu celular e ligo para o Stiles, porem depois de três tentativas eu vejo o mesmo me atender.

— Lydia, ainda bem que você me ligou... Desculpa amor, eu não queria fazer aquela cena besta, eu sei que você não tem nada com ele e eu...

— Eu preciso de você agora, Stiles... Tem uma coisa louca que acabou de acontecer, eu preciso de você.

 –  Já estou chegando.  –  Stiles falava e isso fez eu começar a chorar, dava para ver que o seu tom era preocupado e isso era um dos motivos de eu amar tanto ele, eu não tinha falado nem o que estava acontecendo, mas ele me colocava como prioridade. 

 – Vai cabular as ultimas aulas? Não acredito que estou vendo isso acontecer. –  Tentei brincar, porem dava para ver que minha voz era de choro.

— Está vendo o que você está comigo, Lydia... Faz eu fazer coisas diferente, faz eu ser diferente. –  Stiles falava tudo rápido e eu conseguia ouvir ele pedindo licença, provavelmente estava indo para o seu carro.  –  E pela sua voz dava para ver que você precisa de mim.

 –  Muito obrigada. –  Falei em um tom sincero.

—   Eu sempre vou estar aqui por você, sempre. 

E só dizer isso que rapidamente ouço o mesmo desligar, agora eu me encontrava sentada no chão e com celular na minha mão, eu chorava e estava me sentindo muito triste, naquele momento eu não conseguia pensar em nada e somente queria que tudo aquilo fosse brincadeira.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Wild" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.