Contra o Tempo escrita por LohRo
Notas iniciais do capítulo
Como não mencionar isso, chegamos aos incríveis 100 reviews!
O meu muito obrigada a você que se disponibiliza a deixar sua opinião sobre cada capítulo. E olha que não venho recebendo "qualquer" reviews, são "Os" reviews! Palavras que me deixam sem palavras para respondê-los. Saibam que isso é importante para mim, talvez mais do que imaginam. E sim, são em vocês que eu penso quando a vontade de desistir fala mais alto. Lembro dos reviews, lembro da recomendação e sigo em frente.
Mais uma vez obrigada!
Boa leitura!
Grissom e Sara se levantaram da cama quase ao mesmo tempo.
—Droga de tempestade! - Peter praguejou, frustrado.
O tempo naquelas condições não era favorável, ao menos não para os seus planos. Como iria fugir no meio daquela catástrofe ? Não era maluco de colocar em risco sua vida.
Além do mais, se tivesse que adiar o fim por muito tempo, com toda a certeza os riscos apareceriam. As chances de serem encontrados eram mínimas, mas existia!
Havia decidido, com a adição de Grissom, o jogo teria que terminar naquela mesma noite, antes do amanhecer.
—Vocês estão com sorte!
Os peritos trocaram olhares brevemente.
—Aqui está, e para não falarem que sou injusto, eu trouxe para os dois. - Ele balançou duas garrafinhas de água. Primeiro estendeu uma à Sara e depois entregou a de Grissom.
Sob os olhares atentos de Peter, Sara rompeu o lacre e deu dois grandes goles. Sentindo o líquido refrescante fazer maravilhas para sua garganta ressequida. Quase ao mesmo tempo, Peter viu Grissom virar a garrafa na boca e sorriu. Oh, ele estava muito feliz com aquilo.
—Para você, Sara. - Ele então lhe estendeu uma pequena sacola com uma maçã e um sanduíche envolto em papel laminado. _Ambos não queremos que não seja capaz de lutar, não é mesmo ?
Sara se virou para Grissom e o viu acenar com a cabeça encorajando-a. Ela então estendeu a mão timidamente, tomando o que lhe era oferecido.
Peter puxou um banco e se sentou, notando sua hesitação.
—Coma! - Ele lhe ordenou.
Ela se sentou novamente na cama e obedeceu. Tinha que admitir que estava faminta, lentamente o sanduíche e a fruta desapareceram.
Durante todo o tempo, Grissom dividia sua atenção entre Sara e Peter como se a qualquer momento aquele psicopata fosse atacá-los. Não confiava nenhum pouco naquele homem e não lhe faltavam motivos.
—Sente-se você também, Dr. Grissom! O que tenho a dizer, também é de seu interesse.
Sem uma palavra, ele assim o fez.
—Bem, agora que estamos todos acomodados e devidamente comportados, é o momento de serem informados em como o nosso jogo vai subir um nível. Como sabem, em todo jogo a subida de nível significa aumento de dificuldade.
Sua voz era tranquila e pausada, causando um desconforto ainda maior entre o casal. Uma nova troca de olhares aconteceu, rápida como a anterior.
Sara já estava acostumada ao comportamento volátil de Peter. Mas sempre que aquilo acontecia, lhe causava arrepios.
—Quando a ameacei, eu já tinha em mente que a traria para cá. A imaginei deitada em minha cama, acuada, temerosa, submissa à mim, mas nada como a realidade para superar todas as minhas expectativas! Você é uma mulher forte, Sara ... eu reconheço isso em você!
Grissom cerrou os punhos com força ao ouvir aquela declaração. Como se o torturasse, sua mente imaginou a mulher que amava, naquelas condições. A maneira como ela adquirira todos aqueles hematomas, suas dores. Era como se um filme estivesse diante dele, detalhadamente ilustrado.
Percebendo sua agitação, Sara tocou em seu braço e balançou a cabeça em negação assim que ele se virou para ela.
Ele sabia que precisava se acalmar, abriu suas mãos aos poucos sentindo uma leve dormência em seus dedos.
Peter percebeu a interação, mas fingiu o contrário. Havia escolhido cada palavra justamente para provocar o supervisor e a menos que ele reagisse o atacando, também não faria nada.
Ele olhou para o teto quando as luzes piscaram. Definitivamente odiava aquela tempestade.
—Melissa sempre desistia tão facilmente que chegava a ser irritante, ela nunca reagia. Vocês duas não se parecem em nada! - Ele então se voltou para Grissom. _No começo, eu não havia cogitado a sua participação, mas aí ... eu me lembrei de sua reação durante o interrogatório quando ameacei a sua doce Sara e pensei ... por quê não ? Fiz algumas mudanças pertinentes, acrescentei regras, tudo para que pudesse se juntar a nós!
Grissom tocou em sua têmpora estranhando aquela sensação. A voz de Peter de repente parecia distante, ele balançou a cabeça como se assim pudesse recuperar a normalidade.
—Você está bem ?
Ele ouviu a voz de Sara, preocupada. Ela estava do seu lado e o som parecia infiltrar lentamente em seu cérebro, com muitos ecos.
Ele se virou para ela e sua imagem distorcida o deixou em pânico. Piscou repetidas vezes, mas o resultado era sempre o mesmo. Tudo à sua volta parecia girar.
—Grissom ? O que você tem ?
—O que você colocou em minha água, seu bastardo ?!
—O que me possibilitaria tirá-lo do jogo por um tempo! Tenha bons sonhos, Dr. Grissom ... não que eu queira privá-lo de toda a diversão!
—Sara ... - Ele murmurou e caiu para trás, inerte na cama.
—Grissom!!! - Ela deu uma guinada na cama, desesperada e segurou seu rosto com as duas mãos.
—Agora somos só você e eu novamente, Sara. - Ele olhou para Grissom inconsciente e riu. _Bem, quase!
—O que pretende fazer ?
—Você já vai saber!
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