A Mediadora - Deslocadores escrita por bells-20


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

sem mais interrupções, capítulo 4 aqui /



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Paul me deixou na aula de matemática e foi para a sua sala. Cee Cee sentou do meu lado imediatamente, querendo saber o que havia acontecido no baile. 
    - Ah, nada demais... A gente só dançou muito e demos uns amassos. –falei, rindo, pois nunca imaginei que eu ia dar uns “amassos” em Paul. - E você, onde foi com Adam?

     - Ah, isso foi terrível. Era pra gente ter ido direto para o baile, mas Adam ficou morrendo de fome e resolveu dar uma “paradinha” para lanchar, mas o lanche foi mais demorado do que esperávamos; então, quando chegamos à festa, você já tinha ido embora, mas ainda deu pra gente se divertir um pouco. –falou ela, revirando os olhos.

      - E... Vocês estão namorando mesmo? –perguntei meio curiosa. 

      - Ah... Mais ou menos, Suze. Ele não me pediu em namoro oficialmente, mas a gente fica as vezes, entende? –falou ela, meio decepcionada. Eu senti que ela não queria aquilo, ela queria algo sério. –Tá, agora chega de falar de mim, pois o assunto do dia é: - ela parou de repente, fazendo um sinal com as mãos, como se estivesse anunciando a matéria de um jornal. – “Kelly Prescott é abandonada no dia do baile pelo seu par, Paul Slater, que a trocou por Suzannah Simon.”

      - Er, não exagera, Cee. 

      - Não estou exagerando, é a pura verdade. E então, pelo visto, vocês estão namorando sério, né? –falou ela entusiasmada. 
        - Ain, é sim. O Paul é muito... ele é muito... –não consegui terminar a frase, pois não sabia nada sobre Paul, além de ele ser bonito. As únicas palavras que me vinham na cabeça quando eu pensava em Paul era: mal educado, ignorante, idiota, egoísta e mais algumas desse gênero. E eu não podia falar isso do meu namorado, né? Então, graças a Deus, o sinal tocou, me poupando daquela resposta. Estávamos saindo da sala, quando encontro no corredor Padre Dom, o diretor da escola, e um mediador, com quem eu precisava falar.

         - Padre D.

         - Suzannah. –dissemos eu e ele ao mesmo tempo.

         - Preciso falar com você. –falam os novamente ao mesmo tempo.

         - Venha a minha sala, Suzannah, eu te dispenso da próxima aula. –falou ele, enquanto passávamos por Paul, que olhou meio desconfiado para nós. Padre D sentou-se em sua cadeira e fez um sinal para eu me sentar também.

       - Então, sobre o que quer falar? –perguntou ele, me encarando.

       - Bom, é só que... eu venho tendo uns sonhos estranhos, Padre, e eles envolvem um tal de Jesse, que eu não tenho ideia de quem seja. –falei. Padre D olhou pra mim, com um olhar brincalhão.

       - Ah sim, e o monsenhor inventou o computador. –falou ele, tirando sarro com a minha cara. Eu olhei seriamente para ele, esperando uma resposta. –Peraí, você realmente não se lembra de Jesse?

       - Lógico que não, quem é esse? Não lembro de nenhum Jesse.

       - Suzannah, Jesse é, simplesmente, o amor da sua vida, como vocês jovens dizem hoje em dia.

       - O QUÊ? –falei meio alto demais. –Er, perdão. Digo, como assim? Eu gosto de Paul, ele é meu namorado e não tenho idéia de quem seja Jesse.

        - Suzannah, o que você tem? Você ODEIA Paul e é totalmente apaixonada por Jesse. O que aconteceu com você? 

       - Eu juro, Padre, desde sábado eu venho tendo esses sonhos, mas não faço idéia de quem seja esse. Então, de repente, Padre Dom parou. Simples assim. Parou. Ele olhava para o teto, para a mesa, para todos os cantos da sala e pensava em algo.

       - É ISSO! JÁ SEI! –falou ele, interrompendo o silêncio. – Paul salvou Jesse da morte.

       - Espera, como assim?

       - Suzannah, é simples: Você ama Jesse, que é um fantasma, e Paul ama você. Paul armou um jeito de salvar Jesse da morte, para que você não se lembrasse de nada, mas o amor entre você e Jesse é muito grande, tanto que você tem breves lembranças de quando estava com ele. Paul fez isso só para ficar com você e conseguiu. Você não percebe? Assim que Padre Dom terminou de falar, eu senti uma forte pontada na cabeça, algo muito estranho, nunca tinha sentido aquilo antes. Então, tudo ficou claro: eu sempre amei e sempre vou amar Jesse. Algumas imagens vieram à minha cabeça: o dia em que conheci Jesse, o dia  em que demos o primeiro beijo, a primeira vez em que tivemos uma conversa de verdade, e a primeira vez em que ele me chamou de hermosa. Como pude esquecer do meu amor por Jesse, como pude deixar Paul me afetar assim? Mas... se Paul salvara Jesse da morte, eu viveria sem ele para sempre? A minha vida ia seguir assim, comigo namorando Paul? O que eu faço agora?


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Notas finais do capítulo

Bom, aviso aqui : não sei quando vou postar o próximo capítulo, tanto porque eu tenho que pensar como vou fazê-lo.Então, como sempre quero agradar minhas leitoras, peço sugestões e opiniões de vocês.
Aviso especial: Tenho uma leitora, a Amanda lis, que me acompanha desde a outra fic, e você está me pedindo a participação do Jesse, pois bem, não sei como fazer isso ainda, mas vou tentar recolocá-lo aqui, certinho?

Até a próxima, beijos :*



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