The True Story Of Nat escrita por Flowerstarks


Capítulo 31
A ameaça de Bianca.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.



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Entre mãos bobas e investidas, Lobão  havia se comportado bem durante a nossa "dormida".

Mas o que me tirou o sono foi a atitude que meu pai havia tomado.

Sim! Eu precisava aprender a chamar Gael de pai e aceita-lo para termos alguma relação.

— A noite já acabou? — Lobão disse bocejando.

— Por sinal, já estou indo embora.

— Ah, não! Hoje você não vai sair daqui.

Lobão fazia cócegas com a barba no meu pescoço. Respirei fundo tentando manter o controle. Não só porque aquilo me excitava mas também porque não podia afasta-lo. Não mais!

— Gael vai bater na porta e eu garanto que esse seu fogo acaba em dois tempos. — disse sorrindo.

— Está pra nascer alguém que me faça não querer você.

Lobão subia a mão pela minhas pernas. Tirei várias vezes mas em vão. Ele estava disposto. Os beijos ficaram mais quentes. Tentei levantar mas a vontade dele era maior. Estávamos  quase perdendo o juízo quando ouvimos a campainha.

— O que foi que eu te disse? — levantei tentando recuperar o ar que Lobão havia roubado.

— Está preparada pra ficar órfã de pai? — Lobão disse bufando de ódio.

Não pude conter a risada. Gael havia me salvado. Se ele não chegasse com certeza aconteceria o pior ou o melhor. Ainda não sabia direito.

Abri a porta e me deparei com um belo sorriso do meu pai.

— Bom dia, filha! Se despede dele. Já  passa das dez horas da manhã.

— Sabe o que é mais irônico, meu amor? — Lobão disse assim que adentrou na sala. — É que o Gael banca o pai protetor mas quando éramos mais jovens ele saía pela janela da casa das ficantes dele, torcendo pra o pai das meninas não vê.

Gael ficou vermelho. Sem sombras de dúvidas ele e Lobão deixavam as meninas loucas.

— Já que vocês estão falando do passado, quando começa as investigações? — tentei tirar Gael da saia justa.

— Hoje! — disse Gael com firmeza. — Quanto mais rápido resolvermos isso melhor.

— Que esperto? E vamos começar por onde então?

—Por Goiânia. Foi lá que tudo começou.

Percebi que Lobão ficara abalado.

— Não quero ir pra Goiânia com você! —disse finalmente.

Lobão saiu deixando eu e Gael atônitos.

— Eu vou falar com ele.

— Eu falo, filha.

Gael me deixou sentada no sofá totalmente estarrecida. Fiquei atenta a qualquer barulho. Talvez eles saíssem no soco.

Após meia hora de conversa, Gael e Lobão vieram decididos.

— Te espero lá embaixo, filha. Estamos combinados então Lobão. Eu escolho o hotel.

Gael bateu a porta, Lobão já ia saindo quando eu não deixei.

— O que vocês falaram? Vão quando?

— Está se metendo demais, não acha?

Senti um arrepio terrível! Sempre que Lobão falava assim comigo eu me sentia ameaçada.

Sem dar palavra, peguei tudo o que era meu e já ia saindo quando ele me segurou.

— Não vai assim. Você sabe que bancar o bom moço não é a minha praia e essa historia está me deixando louco. Não fica com raiva de mim. Eu e Gael vamos ficar em um hotel lá em Goiânia. Não tenho a menor estrutura pra ter ele lá em casa.

— Na casa que vocês foram criados juntos? Se lá tem as coisas dele, você sabe que ele têm todo direito de pegar.

— Lá tem as coisas dele sim mas se ele pensa que vai pegar... Só depois que eu estiver morto.

— Você diz isso porque tem medo do que vai senti dentro daquela casa com Gael.

— Não me provoca, não! Ficar com você está me saindo caríssimo.

— Vou sair daqui antes que você resolva fazer o que não deve ou o meu pai venha me buscar. — disse sorrindo.

— Já está chamando ele de pai? Meu anjo, você vai contar nosso segredo pra ele algum dia?

— Nunca! Deus me livre ele descobrir. Quero que essa história morra com nós dois.

— Se sua mãe aparecer ela ponhe a boca no mundo e conta a versão dela. Não seria melhor falar logo?

Um panico terrível se apoderou de mim! E se minha mãe contasse o que aconteceu? Como as pessoas iriam me olhar? Sentiriam pena ou nojo?

— Não! Para de falar disso ou eu não volto mais aqui.

— Acabou! A gente só fala de coisa boa e por falar em coisa boa...

Lobão se aproximou para mais um beijo quente. Ele me abraçou com muita força. Talvez para aliviar a agonia da nossa conversa.

— Tenho que ir... — disse entre um beijo e outro.

Quando cheguei no carro vi Gael balançando a cabeça de forma de ritmada. Estava ouvindo música no carro.

— Minha nossa! Pensei que ia ouvir o CD todo. Vamos pra casa?

Ao som do Tribalistas chegamos em casa. A rua estava bem movimentada. Mais adiante, vi Cobra perdendo a cabeça com Jade mais uma vez.

— Some daqui, Jade! Não somos mais casados porque você quis. Agora não se mete na minha vida!

— Você podia ter ao menos esperado pra dormir com outra, não acha?

— Ah, me desculpa! Na próxima eu ligo pedindo permissão pra transar.

— Que isso!? Que fuzuê é esse aqui!? Ficar discutindo a vida intima na rua? Estão malucos? Entra pra casa, agora!

— Não, pai! Estamos separados. E você vai sair, AGORA!

Jade saiu batendo o salto na rua. Pude ver que ela secava algumas lágrimas enfurecidas.

— É mole!? Estou separado da Jade e ela ainda quer me ter nas mãos.

— Você já está namorando, outra? — Gael o reprimiu

— Não! Eu não quero namorar ninguém! Além do mais, eu sou solteiro e faço o que quero.

Cobra me deu um abraço e saiu cuspindo marimbondo. Dedutivamente ele era ainda louco por Jade e seus joguinhos.

—  Vai se acostumando. A família Duarte é assim: todos são loucos mas nos amuitamamoso. Espera aí, temos que mudar o seu registro. Quero que você tenha o meu nome.

— A gente vê isso depois. Já falou com a Dandara da viagem?

— Não! Do jeito que ela é ciumenta, no mínimo vai passar os próximos vinte anos falando que eu viajei sem ela.

Nós rimos! Adentramos o apartamentp. Parecia que Dandara já sabia da viagem e do pior jeito. Quem contou parecia ter deixado claro que  lá teria mulheres só de calcinha em uma banheira cheia de espuma.

— Que história é essa de você deixar meu filho com o  Lobão? — Dandara parecia que ia explodir.

— Quem te disse isso!? — Gael disse tentando manter a calma da esposa se é que existia calma em Dandara.

— Bianca! Agora responde!

Gael lançou olhar de morte para Bianca que estava com Duca no sofá. Ele como sempre abaixara a cabeça.

— Primeiro: o filho não é só seu;  Segundo: eu só fui até a banca da Dona Dalva. A história de leite era mentira e  terceiro: eu vou viajar com o Lobão.

Dandara ficou sem ação! Aliás não só ela como todo mundo.

— Você vai viajar com aquele doente, pai?

— Alto lá! O Lobão não está mais daquele jeito.— disse com ódio de Bianca.

— Melhor não arricar, Mestre! Ele já fez uma cilada parecida antes.

— Aliás, ele não fez sozinho, não é?

Ela falava de quando eu estava sem memória e armei uma cilada para Duca ir até a Khan.

— Eu sei que eu errei mas eu estava sem nenhuma noção do que estava fazendo. Ninguém aqui me culpa mais do que eu!

— Chega! — Gael esbravejou.

Nesse instante, Karina, João e Cobra chegavam para o almoço.

— Já não basta Cobrade na rua e agora vocês aqui em casa? — João disse sorrindo.

— Que bom que vocês estão aqui. Prestem bem atenção: A partir de hoje eu quero todos aqui aprendendo a conviver. Se for pra ofender nem abram a boca. Eu sou bem grandinho e jamais deixaria algo acontecer com Miguel ou qualquer um dos meus filhos e sim eu e Lobão vamos investigar a história toda. E a partir de hoje a Nat vai morar aqui pra sempre.

— O quê!? Espera aí, Gael! Eu vou pra casa. Aliás já era até pra eu ter ido.

— Você não saí dessa casa! Vou te dar meu nome e acabou. E pra você eu sou pai.

— Você não pode me prender aqui. Eu sou maior de idade! — protestei.

— Quero você aqui! Todos vocês. Não sei o que vou enfrentar nessa jornada com Lobão e preciso dos meus filhos e minha esposa comigo, ok?

Dandara, Bianca, Duca, João,Karina e Cobra balançaram a cabeca afirmativamente.

— Filha!? — Gael suplicava com o olhar.

Olhei para a Dandara que me sorria de forma acolhedora.

— Tá bom! Eu moro aqui mas não me abraça.

Os braços de Gael pareciam muito acolhedor mas eu precisava manter a marra. Era ela que me protegia.

— Não entendi essa história de viagem, pai. — Karina disse fazendo o que eu queria: abraçar Gael.

Meu pai resumiu tudo a todos e quando acabou as pessoas foram saindo. Até que ficou apenas eu e Bianca. Já estava pronta pra sair  quando ela agarrou o meu braço.

— Me solta! — disse com um  solavanco.

— Você não devia ter aceitado o pedido do meu pai, garota! — ela disse sorrindo debochadamente.

— Ah, é? E porque não?

— Nat! — Bianca se aproximou colando o rosto no meu. — Lembra bem o dia de hoje. Você cometeu o maior erro da sua vidinha de merda.

Bianca deu três passos pra trás ainda carregando um sorriso diabólico na face o que me deixou aterrorizada. Até onde ela seria capaz de ir para poder me destruir?


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Notas finais do capítulo

O que vocês acham que a Bianca vai aprontar?



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