The True Story Of Nat escrita por Flowerstarks
Notas iniciais do capítulo
Espero que gostem.
Entre mãos bobas e investidas, Lobão havia se comportado bem durante a nossa "dormida".
Mas o que me tirou o sono foi a atitude que meu pai havia tomado.
Sim! Eu precisava aprender a chamar Gael de pai e aceita-lo para termos alguma relação.
— A noite já acabou? — Lobão disse bocejando.
— Por sinal, já estou indo embora.
— Ah, não! Hoje você não vai sair daqui.
Lobão fazia cócegas com a barba no meu pescoço. Respirei fundo tentando manter o controle. Não só porque aquilo me excitava mas também porque não podia afasta-lo. Não mais!
— Gael vai bater na porta e eu garanto que esse seu fogo acaba em dois tempos. — disse sorrindo.
— Está pra nascer alguém que me faça não querer você.
Lobão subia a mão pela minhas pernas. Tirei várias vezes mas em vão. Ele estava disposto. Os beijos ficaram mais quentes. Tentei levantar mas a vontade dele era maior. Estávamos quase perdendo o juízo quando ouvimos a campainha.
— O que foi que eu te disse? — levantei tentando recuperar o ar que Lobão havia roubado.
— Está preparada pra ficar órfã de pai? — Lobão disse bufando de ódio.
Não pude conter a risada. Gael havia me salvado. Se ele não chegasse com certeza aconteceria o pior ou o melhor. Ainda não sabia direito.
Abri a porta e me deparei com um belo sorriso do meu pai.
— Bom dia, filha! Se despede dele. Já passa das dez horas da manhã.
— Sabe o que é mais irônico, meu amor? — Lobão disse assim que adentrou na sala. — É que o Gael banca o pai protetor mas quando éramos mais jovens ele saía pela janela da casa das ficantes dele, torcendo pra o pai das meninas não vê.
Gael ficou vermelho. Sem sombras de dúvidas ele e Lobão deixavam as meninas loucas.
— Já que vocês estão falando do passado, quando começa as investigações? — tentei tirar Gael da saia justa.
— Hoje! — disse Gael com firmeza. — Quanto mais rápido resolvermos isso melhor.
— Que esperto? E vamos começar por onde então?
—Por Goiânia. Foi lá que tudo começou.
Percebi que Lobão ficara abalado.
— Não quero ir pra Goiânia com você! —disse finalmente.
Lobão saiu deixando eu e Gael atônitos.
— Eu vou falar com ele.
— Eu falo, filha.
Gael me deixou sentada no sofá totalmente estarrecida. Fiquei atenta a qualquer barulho. Talvez eles saíssem no soco.
Após meia hora de conversa, Gael e Lobão vieram decididos.
— Te espero lá embaixo, filha. Estamos combinados então Lobão. Eu escolho o hotel.
Gael bateu a porta, Lobão já ia saindo quando eu não deixei.
— O que vocês falaram? Vão quando?
— Está se metendo demais, não acha?
Senti um arrepio terrível! Sempre que Lobão falava assim comigo eu me sentia ameaçada.
Sem dar palavra, peguei tudo o que era meu e já ia saindo quando ele me segurou.
— Não vai assim. Você sabe que bancar o bom moço não é a minha praia e essa historia está me deixando louco. Não fica com raiva de mim. Eu e Gael vamos ficar em um hotel lá em Goiânia. Não tenho a menor estrutura pra ter ele lá em casa.
— Na casa que vocês foram criados juntos? Se lá tem as coisas dele, você sabe que ele têm todo direito de pegar.
— Lá tem as coisas dele sim mas se ele pensa que vai pegar... Só depois que eu estiver morto.
— Você diz isso porque tem medo do que vai senti dentro daquela casa com Gael.
— Não me provoca, não! Ficar com você está me saindo caríssimo.
— Vou sair daqui antes que você resolva fazer o que não deve ou o meu pai venha me buscar. — disse sorrindo.
— Já está chamando ele de pai? Meu anjo, você vai contar nosso segredo pra ele algum dia?
— Nunca! Deus me livre ele descobrir. Quero que essa história morra com nós dois.
— Se sua mãe aparecer ela ponhe a boca no mundo e conta a versão dela. Não seria melhor falar logo?
Um panico terrível se apoderou de mim! E se minha mãe contasse o que aconteceu? Como as pessoas iriam me olhar? Sentiriam pena ou nojo?
— Não! Para de falar disso ou eu não volto mais aqui.
— Acabou! A gente só fala de coisa boa e por falar em coisa boa...
Lobão se aproximou para mais um beijo quente. Ele me abraçou com muita força. Talvez para aliviar a agonia da nossa conversa.
— Tenho que ir... — disse entre um beijo e outro.
Quando cheguei no carro vi Gael balançando a cabeça de forma de ritmada. Estava ouvindo música no carro.
— Minha nossa! Pensei que ia ouvir o CD todo. Vamos pra casa?
Ao som do Tribalistas chegamos em casa. A rua estava bem movimentada. Mais adiante, vi Cobra perdendo a cabeça com Jade mais uma vez.
— Some daqui, Jade! Não somos mais casados porque você quis. Agora não se mete na minha vida!
— Você podia ter ao menos esperado pra dormir com outra, não acha?
— Ah, me desculpa! Na próxima eu ligo pedindo permissão pra transar.
— Que isso!? Que fuzuê é esse aqui!? Ficar discutindo a vida intima na rua? Estão malucos? Entra pra casa, agora!
— Não, pai! Estamos separados. E você vai sair, AGORA!
Jade saiu batendo o salto na rua. Pude ver que ela secava algumas lágrimas enfurecidas.
— É mole!? Estou separado da Jade e ela ainda quer me ter nas mãos.
— Você já está namorando, outra? — Gael o reprimiu
— Não! Eu não quero namorar ninguém! Além do mais, eu sou solteiro e faço o que quero.
Cobra me deu um abraço e saiu cuspindo marimbondo. Dedutivamente ele era ainda louco por Jade e seus joguinhos.
— Vai se acostumando. A família Duarte é assim: todos são loucos mas nos amuitamamoso. Espera aí, temos que mudar o seu registro. Quero que você tenha o meu nome.
— A gente vê isso depois. Já falou com a Dandara da viagem?
— Não! Do jeito que ela é ciumenta, no mínimo vai passar os próximos vinte anos falando que eu viajei sem ela.
Nós rimos! Adentramos o apartamentp. Parecia que Dandara já sabia da viagem e do pior jeito. Quem contou parecia ter deixado claro que lá teria mulheres só de calcinha em uma banheira cheia de espuma.
— Que história é essa de você deixar meu filho com o Lobão? — Dandara parecia que ia explodir.
— Quem te disse isso!? — Gael disse tentando manter a calma da esposa se é que existia calma em Dandara.
— Bianca! Agora responde!
Gael lançou olhar de morte para Bianca que estava com Duca no sofá. Ele como sempre abaixara a cabeça.
— Primeiro: o filho não é só seu; Segundo: eu só fui até a banca da Dona Dalva. A história de leite era mentira e terceiro: eu vou viajar com o Lobão.
Dandara ficou sem ação! Aliás não só ela como todo mundo.
— Você vai viajar com aquele doente, pai?
— Alto lá! O Lobão não está mais daquele jeito.— disse com ódio de Bianca.
— Melhor não arricar, Mestre! Ele já fez uma cilada parecida antes.
— Aliás, ele não fez sozinho, não é?
Ela falava de quando eu estava sem memória e armei uma cilada para Duca ir até a Khan.
— Eu sei que eu errei mas eu estava sem nenhuma noção do que estava fazendo. Ninguém aqui me culpa mais do que eu!
— Chega! — Gael esbravejou.
Nesse instante, Karina, João e Cobra chegavam para o almoço.
— Já não basta Cobrade na rua e agora vocês aqui em casa? — João disse sorrindo.
— Que bom que vocês estão aqui. Prestem bem atenção: A partir de hoje eu quero todos aqui aprendendo a conviver. Se for pra ofender nem abram a boca. Eu sou bem grandinho e jamais deixaria algo acontecer com Miguel ou qualquer um dos meus filhos e sim eu e Lobão vamos investigar a história toda. E a partir de hoje a Nat vai morar aqui pra sempre.
— O quê!? Espera aí, Gael! Eu vou pra casa. Aliás já era até pra eu ter ido.
— Você não saí dessa casa! Vou te dar meu nome e acabou. E pra você eu sou pai.
— Você não pode me prender aqui. Eu sou maior de idade! — protestei.
— Quero você aqui! Todos vocês. Não sei o que vou enfrentar nessa jornada com Lobão e preciso dos meus filhos e minha esposa comigo, ok?
Dandara, Bianca, Duca, João,Karina e Cobra balançaram a cabeca afirmativamente.
— Filha!? — Gael suplicava com o olhar.
Olhei para a Dandara que me sorria de forma acolhedora.
— Tá bom! Eu moro aqui mas não me abraça.
Os braços de Gael pareciam muito acolhedor mas eu precisava manter a marra. Era ela que me protegia.
— Não entendi essa história de viagem, pai. — Karina disse fazendo o que eu queria: abraçar Gael.
Meu pai resumiu tudo a todos e quando acabou as pessoas foram saindo. Até que ficou apenas eu e Bianca. Já estava pronta pra sair quando ela agarrou o meu braço.
— Me solta! — disse com um solavanco.
— Você não devia ter aceitado o pedido do meu pai, garota! — ela disse sorrindo debochadamente.
— Ah, é? E porque não?
— Nat! — Bianca se aproximou colando o rosto no meu. — Lembra bem o dia de hoje. Você cometeu o maior erro da sua vidinha de merda.
Bianca deu três passos pra trás ainda carregando um sorriso diabólico na face o que me deixou aterrorizada. Até onde ela seria capaz de ir para poder me destruir?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
O que vocês acham que a Bianca vai aprontar?