Malfeito feito escrita por msnakegawa


Capítulo 57
O pior dia dos namorados da história


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores! Eu atrasei um diazinho pra postar, espero que não tenha problema!



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— Eu não acredito que ele bateu no Chang! — Dorcas reclamou, na tarde seguinte. Ela tinha saído para encontrar o namorado na noite anterior, mas teve que parar no banheiro porque estava enjoada e acordou na Ala Hospitalar, com uma dor de cabeça terrível. Por sorte, Madame Pomfrey não lhe deu uma detenção. Quando voltou para o Salão Comunal, recebeu a notícia da briga e soube que os dois passariam a tarde lustrando troféus.

— Eu queria ter visto essa briga! — Marlene estava deitada ocupando todo o sofá. — Remus não parece ser do tipo que soca a cara de alguém.

— É, claro... Remus nunca ataca ninguém, certo James? — Sirius fez uma voz forçada, como se eles soubessem de algo que as garotas não sabiam. Quer dizer, Lily sabia. James ainda não acreditava que ela sabia esse tempo todo e nunca sequer demonstrou.

— Óbvio que não, ele não machucaria nem uma mosca... Nem um rato... — James entrou na onda de Sirius, falando com uma voz exagerada e brincalhona. Peter gargalhou ao lado deles.

— Quietos, vocês dois. — Lily sabia sobre o que eles estavam falando, ainda que não tivesse entendido a parte do rato.

— Ele atacou meu namorado, aparentemente sem motivo nenhum! Ele vai se ver comigo mais tarde! — O rosto de Dorcas estava vermelho e ela andava de um lado para o outro, impaciente.

Demorou muito tempo para que conseguissem acalmar Dorcas, mas ela finalmente parecia mais calma jogando xadrez bruxo com James. Lily assistia, torcendo para que James perdesse logo e ela pudesse entrar em seu lugar, já que Fabian não estava no Salão Comunal de novo. Ele estava cada vez mais distante e, por mais que fosse estranho, Lily estava bem com isso. Seus últimos encontros estavam sendo um pouco entediantes, para falar a verdade.

Talvez a questão levantada pelas garotas há algum tempo tenha finalmente feito sentido. Fabian era perfeito demais, eles nunca discordavam. Não pareciam acrescentar mais nada um para o outro. Mas ele era um bom garoto e parecia gostar tanto dela, ela não podia reclamar só por uma questão que surgiu em sua mente sem motivo algum. E, é claro, isso não tinha absolutamente nada a ver com a forma como ela se sentiu quando James falou que ela nunca tentava nada novo, nunca corria riscos.

Enquanto a mente de Lily viajava em pensamentos, Remus tentou entrar de fininho, como se ninguém notaria sua presença, mas Dorcas levantou depressa e derrubou algumas peças do tabuleiro antes que o jogo terminasse. "Droga!", Remus se encolheu em seu lugar no meio do salão.

— Ei! — James reclamou, recolhendo as peças rápido para tentar colocá-las no lugar de antes no tabuleiro.

— Não, essa não tava ai. — Lily opinou, apontando para o cavalo branco. — Sem trapacear, Potter.

—REMUS JOHN LUPIN, PODE PARAR AI MESMO. — Dorcas soou como sua mãe, de braços cruzados parada na frente da porta do dormitório masculino.

— Vou terminar o jogo da Dorcas, porque parece que ela vai demorar. — Lily saiu do sofá e se sentou em frente a James no tapete. — E você vai perder, está sem seu tabuleiro adulterado aqui. — Ela provocou, se referindo ao xadrez bruxo da casa dos Potter. Agora Lily entendia o que Marlene falava sobre provocar as pessoas ser divertido, quanto ela provocava James ele fazia uma cara tão engraçada...

— Como você pode bater no Chang assim, sem mais nem menos? — Era possível dizer que Dorcas estava fazendo um show. Todo o Salão Comunal ficou em silêncio para ouvir a discussão dos dois.

— Dorcas, nós não podemos falar disso outra hora? — Remus estava sentindo a culpa bater. Por mais que não se arrependesse de ter socado a cara de Chang por ele sugerir aquelas coisas sobre Dorcas, talvez houvesse outras formas de resolver o problema, de preferência que não envolvessem um sermão da Professora Minerva, uma tarde de detenção e outro sermão da Dorcas na frente de todo mundo.

— Não, não podemos. — Ela fechou a cara. — Você bateu no meu namorado, Lupin. — Ela percebeu que estavam atraindo atenção demais e o puxou para o canto perto da janela que normalmente era usado por casais apaixonados, mas que no momento seria utilizado justamente pelo contrario. — Por que você fez isso?

— Eu não quero falar sobre isso. — Ela provavelmente não acreditaria nele se ele contasse o motivo.

— Sabe, você tem se mostrado um tremendo idiota. Eu tentei relevar o fato de você ter terminado comigo sem motivo nenhum e ter se intrometido no meu relacionamento quando eu finalmente resolvi seguir em frente, mas isso foi demais. — O olhar de Dorcas era cortante e fazia o coração de Remus se remoer dentro dele. —Eu nunca iria esperar uma atitude como essa vindo de você. Você sempre foi tão controlado e centrado, aquilo foi uma estupidez!

— Você não entende, Dorcas... — Remus tentou explicar. Ela realmente não entendia: não sabia o que Chang havia falado, não sabia sobre a licantropia dele, não sabia que ele ainda a amava...

— E por que você não me explica então? — Ela levantou o queixo, desafiadora. Alguns olhares curiosos ainda olhavam na direção dos dois, mas não conseguiam mais ouvir a discussão.

— Eu não... Ele estava falando sobre você, ok? Eu não pude deixar ele falar de você como se fosse um objeto. Mas por que você não pergunta para ele? Me desculpe por tudo isso. — Remus tentou se esquivar e, um pouco confusa com o que Remus disse, ela o deixou ir.

Estava tarde demais para sair a procura de Chang, então ela precisou ficar com aquela questão ecoando em sua mente a noite toda. "O que Chang poderia ter dito que fez Remus ficar tão irritado? Não fazia sentido!".

Na manhã seguinte ela finalmente encontrou o namorado. Ele apresentava um pequeno corte no nariz, causado pelo punho de Remus. Por mais que soubesse exatamente o motivo de ter apanhado, Chang se fez de desentendido e conseguiu lucrar mais uma ida a um armário de vassouras.

Os dias se seguiram com Remus e Dorcas mal se encarando, ela ainda mais animada com o novo namorado e Remus mais tenso com tudo aquilo. Percebeu, com o passar dos dias, que ele apenas ajudou Chang a ganhar ainda mais a confiança de Meadowes e se odiava por isso.

Lupin tinha um mau pressentimento sobre o dia dos namorados. Provavelmente era uma das datas mais importantes para casais apaixonados e todos procurariam um belo lugar no castelo para namorar. Ele receava que Dorcas aceitasse a sugestão de Chang, sentia que seu coração estava pulando algumas batidas quando a viu tão linda saindo do Salão Comunal na tarde do dia 14.

Na verdade, Remus estava certo sobre seu mal pressentimento. Logo após o almoço, Dorcas ficou de encontrar Robbie no lugar deles, também conhecido como o armário de vassouras perto da sala de Transfiguração. Quando chegou lá, Chang a esperava com uma rosa vermelha em mãos e um sorriso no rosto.

— E ai, gata? Feliz dia dos namorados… — Chang a beijou intensamente, a empurrando contra a parede da despensa. Ela não esperava por isso, mas se deixou levar e aproveitou o momento. Aproveitou até que ele começou a levantar sua camiseta além dos limites de sempre.

— Rob? — Ela chamou, afastando o beijo. Ele continuou subindo as mãos sob sua camiseta até a altura de seus seios, quando ela o empurrou para longe. — O que você está fazendo?

— Achei que a gente podia comemorar o dia dos namorados dando alguns passos hoje… — Ele sorriu, mordendo o lábio para tentar provocá-la, mas tudo o que ela sentia era seu estômago embrulhando. “Será que era sobre isso que Remus falou quando disse que Chang estava me tratando como um objeto?”, ela se perguntou por um momento. — Dory, vem cá…

— Você está falando sério? — Ela estava chocada. Definitivamente não esperava uma atitude como aquela vindo de Chang. Estava começando a entender o motivo de Remus ter socado a cara dele. — Acha mesmo que isso vai acontecer?

— Achei que você gostasse de mim. — Chang voltou a abraçá-la, a empurrando contra a parede um pouco mais forte do que o normal. Por sorte, Dorcas era esperta o suficiente para sacar sua varinha presa em sua meia. — Você acha mesmo que eu ia deixar que minha primeira vez fosse num armário de vassouras com um cara que eu mal conheço me tratando assim? — Ela apontou a varinha na cara dele, que logo se afastou e levantou os braços em sinal de rendimento. — Isso acaba agora, Chang.

Dorcas saiu marchando pelo castelo com o rosto vermelho de raiva. Passou tão rápido pelo Salão Comunal que ninguém percebeu sua presença. O mesmo não aconteceu nos dormitórios, onde Lily se arrumava para seu encontro com Fabian.

— Doe? O que aconteceu? — Lily franziu a testa. Dorcas estava com os cabelos um pouco bagunçados, as roupas meio fora do lugar e o rosto incrivelmente vermelho.

— Eu acabei de terminar com o maldito do Chang.

x

Num geral, o Salão Comunal estava prestes a explodir com tantos hormônios e sentimentos. Marlene já tinha recusado dois convites para o jantar de garotos do quinto ano, simplesmente porque não estava afim de sair com ninguém naquele dia. Sirius desceu as escadas do dormitório com a camisa do uniforme alguns com botões abertos, dando visão para seu peitoral musculoso de batedor. Ele era realmente bonito, com os traços finos de um Black, mas com um ar rebelde que nenhum outro Black jamais sonhou em ter. Os cabelos ondulados caiam ligeiramente sobre seus ombros, fazendo um milhão de garotas suspirarem com a visão.

— Oi Sirius, feliz dia dos namorados! — Uma garota alta, de pele negra e longos cabelos encaracolados lhe entregou uma caixinha de bombons. Ele sorriu e aceitou a caixa, mas continuou andando até o sofá de sempre.

— Hey McKinnon. — Ele levantou uma sobrancelha e deu seu melhor sorriso, sentando-se ao lado dela. Algumas meninas que estavam por perto deram gritinhos ao vê-lo. — Chocolate? — Ele abriu a caixinha, pegando um dos bombons antes de estender a caixa na frente dela.

— Acha que é o único a ganhar chocolate, Sr. Black? — Ela levantou três sacolinhas de sapos de chocolates, docinhos em forma de coração e bombons com um sorriso largo no rosto. Seus cabelos levemente ondulados caiam sobre os olhos grandes e azuis de um jeito um tanto sexy, fazendo um sorriso escapar dos lábios de Sirius.

— Aceitou algum convite?

— Até pensei, mas não estava afim de ser babá de meninos do quarto ou quinto ano. — Riu, enquanto comia um dos sapos de chocolate. — Droga, outra do Merlin! — Reclamou para o cartão colecionável. — E você?

— Também não. — Deu de ombros. — Quando os garotos saírem, a gente pode ir lá pra cima.

— Perfeito.

Outra pessoa que também ganhou muitos chocolates era James Potter. O fato dele não ter nenhum encontro para aquele dia acendeu uma chama de esperança nas garotas da escola, então até o fim da tarde ele poderia ter uma overdose de açúcar com tantas caixas de bombom que recebeu.

Peter finalmente teria um dia dos namorados de verdade, com direito a encontro na famosa torre da astronomia, graças a ajuda de Sirius. Ele e Mary trocaram presentes e aproveitaram muito bem o tempo sozinhos, um pouco diferente de Lily, que estava um pouco distante em seu encontro com Fabian naquela tarde.

Era como se ela e Fabian estivessem lado a lado, mas suas mentes estivessem longe demais para manter uma conversa. Sentindo que o clima não estava exatamente fluindo, Prewett se despediu da garota e foi para a cabana do Hagrid cumprir com suas atividades diárias cuidando dos hipogrifos.

Lily não estava exatamente afim de voltar para o Salão Comunal e lidar com milhões de casais apaixonados ou perguntas sobre por quê ela não estava com Fabian, então ela andou sem rumo até o terceiro andar, quando avistou uma figura conhecida indo para a ponte suspensa.

— Remus! — Lily correu um pouco para alcançá-lo. Ela reconheceu seu olhar distante. — Dia difícil, não é?

Ele ficou um tempo em silêncio, respirou fundo e concordou com a cabeça. Os dois apoiaram na lateral de madeira da ponte, observando a paisagem.

— Eu ainda gosto da Dorcas. — Remus admitiu, depois de um tempo.

— Todo mundo sabe disso, Remus.

— Mas ela me odeia, principalmente depois de eu ter batido no Chang no seu aniversário. — Remus pousou o queixo numa das mãos, usando o parapeito da ponte de apoio.

— Ela terminou com o Chang um pouco depois do almoço. — Lily comunicou, rindo da ironia que aquela conversa tomou. — Aparentemente ele quis passar dos limites e ela se irritou. Parece que você ter defendido ela no meu aniversário foi bom, afinal.

— Você acha mesmo? — Ele perguntou, com um tom esperançoso.

— É claro, e se ela resolvesse ceder só porque parecia ser o certo? Você defendeu a honra dela, Sr. Lupin, um cavalheiro exemplar. — Lily falou num tom solene e honroso. — Mas se você quiser voltar com ela, vai ter que contar a verdade.

— Eu não posso.

— Então não pode voltar com ela. — Concluiu, como se fosse simples assim.

— Ela vai me odiar.

— Ela não pode te odiar mais do que odiou por você terminar com ela sem mais nem menos. Você não explicou nem pra mim o que, por Merlin, aconteceu naquele dia.

— Sirius pregou uma peça no Ranh... Snape. Ele quase entrou no meu esconderijo enquanto eu me transformava. Se não fosse por James, talvez o pior tivesse acontecido. Ele levou Snape para o castelo e Dumbledore o fez prometer que não contaria sobre mim para os outros alunos. — Ele olhou para o horizonte, com os olhos um pouco vermelhos. — Isso me lembrou que eu sou perigoso, então decidi que não podia fazer isso com ela.

— Ah Remus...

— Não podia fazer isso com Dorcas na época e não posso fazer isso agora. Só preciso lembrar disso e esquecer meus sentimentos por ela. — Ele parecia conformado, dando de ombros.

— Isso não é certo, Remus. Você merece ser feliz! — Lily tinha seus momentos de cupido as vezes. — Eu tenho certeza que Dorcas não se importa se você é ou não um lobisomem e que ela voltaria com você imediatamente se você explicasse tudo!

— Eu vou pensar. Prometo. — E Remus realmente pensou. Arquitetou em sua mente como contaria para a garota, imaginou mil reações dela e se agarrou a possibilidade de que tudo melhoraria. Lily e ele ficaram lado a lado na ponte suspensa, cada um em seus próprios pensamentos até que Lily resolveu contar sobre o ano novo.

— EubeijeiJamesnoanonovo. — Lily parecia estar guardando aquele segredo há muito tempo, porque falou tão rápido que Remus não conseguiu entender.

— O que? — Ele franziu o cenho, realmente tentando entender o que quer que a garota tivesse falado. Talvez ele estivesse tão absorto em seus pensamentos que não conseguiu ouvir, mas tinha quase certeza de que Lily não falou algo entendível.

— Eu beijei o James no ano novo. — Ela repetiu, fazendo uma careta, como se nem ela mesma acreditasse naquilo. Ela nem sabia exatamente porque estava contando aquilo, só precisava compartilhar com alguém.

— VOCÊ O QUE? — Remus costumava ser pacífico e tranquilo, mas ouvir aquela declaração sua única reação foi gritar em choque e explodir em risadas.

— Não faça eu me sentir pior. — Ela deu um soquinho em seu braço. — Na verdade foi ideia dele. Foi tipo, só porque ele insistiu muito pra dar sorte pra esse ano. — Ela apoiou no parapeito da ponte, olhando para o horizonte enquanto sentia suas bochechas corarem. — Não foi nada demais. Eu acho. — Deu de ombros.

— Lily...

— O que? — Ela se virou para olhar Remus de frente, apoiando com a cintura na ponte e cruzando os braços.

— Você está afim do James? — Ele precisou perguntar, apenas para confirmar. Lily hesitou por um momento antes de reagir como sempre, levantando uma dúvida na cabeça de Remus.

— Eu... Não! É claro que não! — Balançava a cabeça em negação, um pouco desesperada demais para parecer confiável.

— Não sei se acredito em você, Lily... Isso explicaria porque você anda meio aérea e passa tanto tempo com a gente. — Remus levantou as sobrancelhas para ela, curioso para ouvir uma resposta.

— Eu não estou passando muito tempo com vocês, eu só não estou vendo tanto — Suspirou, sem perceber. — meu namorado.

— Por que esse tom de tédio?

— Que tom de tédio? — Ela franziu a testa. Apesar disso, ela sabia que não estava exatamente empolgada com seu namoro atualmente.

— Lily.

— Eu só estou meio cansada de ficar vendo Fabian limpar o cercado dos Hipogrifos ou cuidando do Cavalo-do-Lago. Foi legal vê-los na primeira e segunda vez, mas agora eu adoraria que ele se contentasse com a ajuda da Grace Malfoy. Ela sempre está lá para ajudar, mas ele fica tentando me incluir e acaba ficando um clima estranho...

— Lily. — Remus olhava Lily com uma expressão engraçada.

— O que?

— Eu não sou exatamente uma boa referência sobre relacionamentos, mas parece que nem você nem Fabian estão mais confortáveis com esse namoro... — Ela balançou a cabeça, concordando com a afirmação com uma careta. — Quero dizer, pelo que você me contou parece que ele e a Grace estão se dando bem e ele deve estar tentando te incluir porque se sente culpado por isso.

— Faz sentido, eu acho. Eles combinam bastante.

— E você gosta do James...

— Não gosto não.

— Continue acreditando nisso, Lily...

— Obrigada pela ajuda, Remus. Você é maravilhoso. — Deu um beijo na bochecha do amigo e partiu para os jardins atrás de Fabian.

Como era de se esperar, Fabian e Gideon estavam na cabana do Hagrid com Grace. Os quatro estavam sentados nas escadas da cabana, observando os hipogrifos que se agrupavam na beirada da Floresta Proibida.

— Lily! — Fabian se levantou rapidamente e foi de encontro com a garota. — Aconteceu alguma coisa?

— Oi! — Lily sorriu cumprimentando os outros. — Não, eu só queria conversar.

— Vamos dar uma volta? — Lily seguiu Fabian pelas pedras que marcavam o caminho dos jardins, parando perto do círculo de pedras, onde normalmente passavam o tempo.

— Eu queria... — Os dois falaram juntos. — Pode falar primeiro. — Lily passou a palavra, receosa sobre o que ele queria lhe falar. "E se ele fosse se declarar ou algo do tipo, e eu o dispensasse?".

— Eu queria falar com você sobre nós dois... — Ele comentou, meio que pisando em ovos com medo de magoar a garota. Ela percebeu onde ele queria chegar e agradeceu mentalmente por ele estar se sentindo da mesma forma. Ela não queria magoá-lo de forma nenhuma, queria que fosse algo sincero.

— Nós mudamos, não é? — Completou

— Você também tá sentindo isso? — Ela assentiu.

— Eu gosto de você de verdade, Lily. Mas acho que deixou de ser como era antes... — Ele entrelaçava seus dedos, nervoso. Fabian nunca tinha lidado com um término e não queria que ficasse um clima tenso e estranho entre os dois.

— Eu também, Fab. Era sobre isso que eu queria falar.

— Sério?

— Sério.

— Amigos então? — Ele abriu um grande sorriso. Suas orelhas estavam vermelhas, mas ele pareceu relaxar quando ela concordou com ele.

— Claro... — Ela suspirou, aliviada. — E como sua amiga, tenho que dizer que a Grace está muito afim de você.

— Lily! — Fabian ficou tão vermelho quanto seu cachecol da Grifinória, o que a fez rir.

— É verdade, ela ficava ali do seu lado limpando a sujeira dos hipogrifos super feliz. Se ela não ta apaixonada por você, é pelo Hagrid. — Lily tinha um bom ponto e sabia disso, então sorriu confiante.

— Você tem certeza? — Fabian ainda estava extremamente vermelho, mas agora olhava esperançoso para o pontinho loiro perto da cabana do Hagrid.

— Tente chamar ela pra ir a Hogsmeade. Eu tenho certeza que ela vai adorar...

— Obrigado, Lily. De verdade... Eu estava com medo de você não se sentir da mesma forma que eu e eu não queria te magoar, mas desde a volta das férias de natal você também está parecendo um pouco aérea... — Ele fez sua melhor cara de travesso e lançou uma questão que ela mesma já tinha feito em sua cabeça: — Potter finalmente te conquistou, não foi?

— O que? Não... É claro que não. — Negou mais uma vez, mas em sua cabeça aquela dúvida estava começando a ganhar espaço.


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Notas finais do capítulo

O que esperar de um dia dos namorados com tantos términos? kkkkkkkkk
Me contem o que acharam, qual foi o momento preferido de vocês?
Eu amo esses momentos da Lily e do Remus (me lembrou ele e o Harry conversando naquela cena de Prisioneiro de Azkaban!)

Eu voltei pra casa dos meus pais para as férias e é incrivelmente difícil escrever aqui kkkkk estou tentando adiantar mais capítulos e qualquer coisa aviso vocês ok? Até sexta que vem! Beijos



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