Malfeito feito escrita por msnakegawa


Capítulo 23
Os tempos estão mudando


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, vocês podem me bater e brigar comigo nos comentários pq eu mereço! Sumi esses dias pq como eu falei, meu namorado mora a 700km de mim e era a última semana dele aqui... Agora que ele foi embora vou tentar entrar nos eixos novamente e postar toda semana, me perdoem! Amo vocês e espero que gostem desse capítulo!



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O clima havia esquentado em Hogwarts, tanto literalmente quanto metaforicamente. A primavera trazia consigo dias ensolarados, e para alguns alunos, era maravilhoso não precisar ficar no mesmo salão comunal que certas pessoas.  

Alguém que viu a situação de fora provavelmente achou que foi exagero da Evans explodir com James sem ao menos ter provas de que ele era culpado por atirar o feitiço nas garotas, mas apenas os amigos mais próximos sabiam por quanto tempo Lily relevou as brincadeiras sem graça dos marotos e aturou Potter e suas investidas. Aquela explosão viria mais cedo ou mais tarde e todos já sabiam disso, portanto ninguém tentou remediar a situação.

Lily, como de costume, passava seus dias com Severus ou com as garotas, quando estas não estavam aos beijos com um dos marotos. Até mesmo Mary se afeiçoou com Peter depois do incidente com o feitiço Ventus, eles passaram a conversar mais depois daquilo ainda que não estivessem namorando de fato.

— Eu não acredito que a Lily trocou a gente pelo seboso do Snape. — James resmungou, ao ver os dois passando por eles no corredor.

— James, ela já falava com ele antes... — Remus comentou.

— Mas ela falava comigo também, agora ela decidiu que eu sou um completo idiota! Não entendo essa garota... — Potter reclamava, vendo Evans se afastar pelo corredor.

— Sabe o que eu acho? Ela já te achava meio idiota antes, só estava esperando uma desculpa. — Sirius sugeriu, tentando esconder o riso.

— Sinto muito por aquilo, James... Eu só não podia assumir ou então todas as minhas chances de ter uma namorada acabariam. — Peter finalmente se pronunciou sobre o ocorrido. — Você ainda pode ter todas as meninas que quiser.

— É, acho que sim. — Potter bagunçou seus cabelos e retomou a atitude de garanhão de sempre.

No fim daquela tarde de sexta-feira, quando os marotos pensavam que iam poder relaxar e sair com algumas garotas, foram parados pela Professora McGonagall, que os levou para uma sala vazia afim de dar sua primeira aula sobre animagos.

— Como eu ensino nas minhas aulas e vocês com certeza prestaram muita atenção, todo processo de transformação passará obrigatoriamente por três etapas. Até mesmo na transformação de animagos, o bruxo lança o feitiço e então ele é parcialmente transformado para que depois disso ocorra a transformação total. Vocês chegaram até a segunda etapa e acho louvável que vocês tenham conseguido isso sem explodir ninguém. — A Professora explicava aos quatro. Remus disse que acompanharia os amigos nas aulas como forma de demonstrar gratidão pelo que eles estavam fazendo.

— Bem, nós explodimos alguns arbustos do jardim dos Potter... — Sirius sussurrou rindo, mas graças ao olhar sério de Minerva ele voltou a prestar atenção.

— Vamos treinar aos poucos essas etapas da transformação. — Dito isso, os três garotos deram o seu máximo para aprenderem tudo o que a professora instruía.

Quando lançava o feitiço, Sirius sentia uma tremenda vontade de coçar suas orelhas e sua risada adquiria um tom grosso como o latido de um cachorro. Peter novamente adquiriu seus bigodes e o rabicho que tanto lhe incomodara e James sentia que seu cabelo estava sendo bagunçado por um par de pequenos chifres, o que intrigou os quatro.

— Mas que diabos é essa coisa na minha cabeça? — James passava a mão pelo cabelo brilhante e castanho e sentia as protuberâncias que saiam de sua cabeça como se sempre tivessem estado lá.

— Acho que alguém aqui é veadinho... — Sirius riu alta e grosseiramente, o "quase latido" ecoou por toda a sala.

— Cala a boca, cachorrão! — Potter retrucou, um pouco vermelho por conta da brincadeira.

— Vocês podem se comportar? Não sei se os senhores se esqueceram, mas ninguém além do Professor Dumbledore sabe dessas aulas e eu não gostaria que o castelo inteiro descobrisse... — Professora McGonagall reclamou, tentando não demonstrar que estava se divertindo com a reação deles. — A forma que os animagos assumem reflete a personalidade do bruxo, em outras palavras, não é o bruxo que escolhe em qual animal ele quer se transformar. Eu mesma sofri com a segunda etapa da transformação, as bolas de pelo eram terríveis!

Após o que pareceram horas, McGonagall finalmente os deixou parar de conjurar os feitiços.

— Muito bem garotos, acho que chega por hoje. Fiquei muito feliz por ver o progresso de vocês! Eu sinto que vocês tem o apuro transfiguratório, nunca vejo bruxos tão novos chegando no segundo estágio da transformação tão rápido.

— Apuro o que? — Peter perguntou, confuso e exausto.

— Apuro transfiguratório é a habilidade que um bruxo tem para feitiços de transformação, vocês estão se transformando com muita precisão... Ainda que não tenham completado o processo. — Minerva sorriu, ela adorava explicar sobre sua matéria favorita. — Boa noite garotos!

Os marotos estavam cansados demais para irem jantar, por isso acabaram indo direto para os dormitórios e acordaram famintos no dia seguinte. Trocaram-se rápido e desceram para o Salão Principal. Como sempre faziam, eles foram na direção das garotas e sentaram ao lado delas. Remus deu um beijo em Dorcas, Marlene bagunçou os cabelos de Sirius e Mary deu um sorriso tímido para Peter, mas não houve nenhuma reação de Lily. A garota tinha os olhos verdes fixados em seu prato e esboçou um leve sorriso quando os outros marotos a cumprimentaram.

— Hey Lily, por quanto tempo você vai ficar assim? — James arriscou, tentando usar seu charme com a ruiva ao passar a mão por seus cabelos bagunçados.

— Até você parar de ser tão idiota, que tal? — Lily respondeu, sem emoção.

— Então nós perdemos a Lily para sempre? — Sirius entrou na conversa com um tom dramático e fez todos rirem, menos James.

— Se é esse o motivo, pois então pode voltar a falar comigo Evans... Eu sou um cara bem esperto. — James piscou, tentando atrair a atenção novamente.

— Se você fosse tão esperto assim, não tentaria usar esses truques comigo. — Lily revirou os olhos e voltou-se para Alice e Frank, que conversavam sobre a tarefa de Herbologia.

James ficou um pouco triste pelo descaso de Lily, mas não teve muito tempo para pensar nisso porque logo o correio chegou e trouxe consigo más notícias: o título na primeira página do Profeta Diário era "Ataques a nascidos trouxas deixa vítimas no centro de Londres", seguido por uma imagem de um homem grande e forte, com cabelos longos e uma cara feia que dava uma gargalhada ao ver as vítimas e depois aparatava da cena.

Remus se arrepiou ao ver o homem que era o responsável por fazê-lo sofrer em todas as noites de luas cheia e todos ficaram preocupados com esses ataques. Havia boatos de que Voldemort estava reunindo simpatizantes e que abominava os trouxas e os nascidos trouxas, mas ninguém tinha flagrado um ataque tão brutal antes.

Os dias foram passando, mas as notícias sobre ataques contra trouxas se repetiram por semanas. No dia do famoso jantar com o Professor Slughorn, Lily foi acompanhada de Severus como fazia sempre, porém sentiu que o garoto estava um pouco estranho.

— Sev, está tudo bem? — Lily pergunta, o segurando pela manga do paletó e o trazendo para mais perto.

— Está sim, Lily... Eu só queria falar um pouco com o Avery, tudo bem? — Ele deu um sorriso tímido e foi na direção dos garotos.

Era estranho para Lily ver seu amigo socializando, ainda mais por ser com alguns sonserinos que tinham fama de serem quase tão idiotas quanto os marotos no quesito "brincadeiras de mal gosto". Ainda assim, ela ficava feliz por ver que ele não era mais tão dependente dela para de divertir.

Severus se aproximou do grupo e eles estavam conversando sobre os ataques recentes aos trouxas. Alguns garotos se mostravam totalmente a favor, enquanto outros diziam que não viam a necessidade de atacar pessoas que nem sabiam nada sobre o mundo bruxo. As opiniões se dividiam, quando Avery colocou o nome de Voldemort na conversa as coisas desandaram: a maioria dos sonserinos apoiava as ideias do famoso bruxo, algumas pessoas saíram de perto quando o nome foi citado e houveram alunos que reclamaram por ter que conviver com simpatizantes desse bruxo terrível.

Lily estava conversando com Tina Belby, que havia se tornado uma grande amiga de Lily desde a primeira reunião do Clube, e estranhou a confusão que acontecia do outro lado do salão. Severus viu o olhar confuso de Lily e voltou para sua companhia.

— Eles levam esses assuntos muito a sério, é só falar o nome Voldemort que as coisas ficam tensas assim... — Snape tratava do assunto como se não se importasse, quando na verdade, ele ouvia cada vez mais as histórias que seus amigos contavam sobre o poderoso bruxo.

— Eu odeio esse cara, sabe? Quem ele pensa que é para sair matando os trouxas ou os nascidos trouxas? Não faz nem sentido... — Tina reclamou, fazendo Severus olhar meio torto para ela. Cada vez mais, ele acreditava que trouxas como seu pai não deveriam ter contato com o mundo bruxo e que esses dois mundos não deviam se misturar.

— Dizem que o pai dele era trouxa e ele abandonou a mãe dele só porque ela era bruxa... — Snape tentou manter a conversa mais imparcial.

— Isso não justifica ele querer matar todos os trouxas, eles não deviam pagar pelo erro de uma única pessoa. — Lily defendeu os trouxas. Vivendo a maior parte de sua vida sem saber da existência de magia, ela conheceu muitas pessoas boas e não achava que nenhuma delas merecia cair nas mãos de bruxos das trevas.

Esse tipo de discussão começou a ser mais frequente, não só nos jantares e reuniões do Clube do Slugue, mas em todo o castelo. Porém, com o tempo, as manchetes começaram a mostrar que alguns bruxos estavam começando a revidar os ataques dos comparsas do Voldemort e, com isso, as forças estavam se equilibrando um pouco.


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Notas finais do capítulo

AVISO: pessoal, de forma alguma eu quis desrespeitar alguém ao fazer a brincadeirinha do cervo-veado, ok? É só uma coisa que eu imaginei que Sirius falaria, porque ele e o James já tem intimidade pra brincar assim... Eu acho que as pessoas tem é que ser felizes e que já falta amor demais no mundo para implicarem com isso hahaha

Enfim, espero que tenham gostado. O que acharam dos chifrinhos do James e da risada latido do Sirius? E a posição do Snape sobre o Voldemort? As coisas estão esquentando, pessoal hahaha
Me contem o que estão achando, pretendo escrever mais ainda essa semana, mas minha irmã mais nova sempre está no meu pé para fazer alguma coisa com ela! Torçam para eu ter uma folga, beijos e até logo!