Malfeito feito escrita por msnakegawa


Capítulo 22
Ventus


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, eu sei que tinha prometido para sexta e hoje já é terça-feira, mas com as festas de fim de ano tá meio difícil sentar e escrever! Espero que gostem desse capítulo, algumas coisas vão mudar depois dele...



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— Vamos lá, Peter... Você não está podendo ser tão exigente assim! — Sirius reclamava após inúmeras tentativas de encontrar uma namorada para o amigo.

Eles já tinham passado a manhã inteira de sábado andando pelo castelo, procurando por qualquer garota que aceitasse sair com ele. Mas Pettigrew também não cooperava muito, reclamando da grande parte que tinha aceitado conversar com ele as sós. Segundo ele, todas as meninas que aceitaram estavam interessadas unicamente em ficarem amigas dos outros marotos.

— Aquela ali é bonitinha. E se... — Sirius "acidentalmente" conjurou o feitiço Ventus, fazendo a saia das garotas levantassem um pouco e elas saíssem correndo e segurando seus uniformes. Esse ato fez os hormônios dos marotos agitarem-se dentro deles, provocando riso e a curiosidade, principalmente de Peter, que era o que menos tinha contato com o sexo oposto.

Mesmo que a busca por uma namorada para Peter estivesse difícil, ninguém podia negar que estava sendo incrivelmente divertido. Sirius e James treinavam todos os tipos de cantadas com todos os tipos de garotas da escola.

— Sabe, nós não estamos na aula do Flitwick, mas você me enfeitiça. — Sirius lançou para uma menina baixinha do quinto ano.

— Como eu sou apanhador, se você fosse um pomo, você deixaria eu lhe pegar?— James deu seu melhor sorriso ao falar com uma sonserina morena de olhos verdes e atirou o pomo de ouro no ar, para imediatamente capturá-lo novamente.

— Você está usando o feitiço Confundus ou você é normalmente estonteante? — Peter deixou-se levar pela brincadeira dos garotos e conseguiu um encontro com uma loira da Lufa-Lufa.

Apesar de ter conseguido um par para  o passeio a Hogsmeade, que seria na semana seguinte, Peter ainda não estava completamente confiante de que aquela seria sua namorada. Com a neve finalmente derretendo, a loira teve uma reação estranha ao encontrarem uma planta estranha pelo caminho até o vilarejo.

— Peter, me ajuda a coletar as raízes dessas margaridas! — Ela estava agachada na beira da estrada.

— Lisa, vamos logo para Hogsmeade! — Pettigrew só conseguia pensar no estoque de doces da Honeydukes indo embora com os visitantes que chegaram antes dele. — Tudo bem, mas só para podermos ir logo. — Ele se ajoelhou ao lado da garota e puxou as flores com força, extraindo-as do solo.

— Alguém vai ganhar uns pontos em Herbologia, hein Rabicho? — James passou por eles, de braços dados com uma bela menina com olhos claros e cabelos vermelho-escuros. Sirius passou com Marlene em seguida e novamente riu ao ver Lisa cortando as raízes das miúdas flores e guardando no bolso.

Remus e Dorcas andavam tranquilamente pelo vilarejo, juntos da Lily, Mary, Alice e Frank. Os dois últimos deram uma escapada pelo caminho, apesar de não admitirem, todos sabiam que estava acontecendo algo entre eles.

— Acho que eu e a Lily vamos na Zonko's, vocês querem ir também? — Mary inventou uma desculpa para poder deixar o casal sozinho. Ao entrarem na loja de lougros, um ruivo alto e magricela, porém charmoso, abordou as duas.

— Oi Lily, procurando algo em especial? — Ele sorriu para ela, que corou. — Oi... Mary, não é?

— Oi Fabian, estamos só dando uma volta para não ter que segurar vela de nenhum casal... — Lily revirou os olhos pensando que a maior parte de seus amigos estavam acompanhados. — Eu não consigo imaginar como eu teria tempo para namorar e continuar cursando todas as matérias que eu faço... — Ela riu, um pouco nervosa por lembrar que Fabian já havia a convidado para sair antes.

— Então acho que ano que vem é melhor você se matricular em menos aulas, ruiva. — O garoto piscou para ela, mas não da mesma forma como os marotos faziam. Ele parecia mais inocente, como se fosse apenas uma brincadeira com uma amiga e não uma cantada qualquer.

— Todo mundo já disse isso! Vamos convencê-la até o verão... — Mary sorriu também, brincando com sua amiga.

Do lado de fora da Zonko's, Remus e Dorcas davam um passeio pelo meio das casinhas e lojas até chegarem perto do bosque.

— Ouvi dizer que tem uma casa aqui que é mal assombrada. Vamos lá ver? — Dorcas puxou o garoto antes que ele pudesse responder. Ela o guiou pelo meio dos pinheiros, que tinham algumas folhas crescendo novamente após um inverno frio, até chegar numa clareira de onde se via um sobradinho torto e esquisito, que Remus conhecia mais do que bem.

— Acho melhor irmos embora, Dorcas. — Remus evitava olhar para a casa em que sentia tanta dor e tristeza em todas as luas cheias.

— Ah, Remmy... Não vai me dizer que está com medo! — Dorcas abraçou a cintura dele e olhou para cima, podendo ver a expressão de preocupação dele.

Lupin estava numa situação delicada: ou teria que agir naturalmente e deixar a garota alimentar falsas esperanças sobre uma casa que era unicamente assombrada por seu namorado (se é que ela o considerava como namorado) lobisomem ou seria visto como um covarde que tem medo de uma casa mal assombrada.

— Eu não estou com medo, eu só queria ir para um lugar mais legal com você. — Remus contornou a situação de uma forma que nem ele mesmo sabia que podia.

— Tudo bem então... No que está pensando? — Dorcas, ainda abraçada com o garoto, sorriu imaginando quais eram as ideias do rapaz.

Por mais que Remus fosse o mais ajuizado dos marotos, ele também tinha seus momentos de curtição. Ele a guiou de volta para a vila, mas parou antes que chegassem no centro comercial e a encostou na parede de uma das casinhas de pedra.

— Hmmm, estou gostando desse Remus maroto... — Ela sorriu enquanto ele brincava com algumas mechas de seu cabelo loiro.

— Eu estava pensando... — Ele a beija de leve. — O que acha de ser oficialmente minha namorada? Eu não sei se você já considerava isso antes mas... — O nervosismo o atingiu.

— Remus. — Dorcas interrompeu. — Eu adoraria. — Ela segurou no rosto sempre preocupado de Remus e o puxou para um beijo mais profundo, aproveitando a chance de estarem sozinhos e não poderem ser interrompidos.

 Após o desastroso encontro de Peter, os marotos já estavam definitivamente perdendo a esperança, até que James resolveu arriscar num campo já conhecido, as amigas deles.

— Tive uma ideia! Pode ser meio loucura, mas não custa nada tentar... Rabicho, o que você acha da Mary? — James coçou o queixo, pensando na possibilidade.

— Mary... Mary Macdonald? Amiga da Alice e das outras garotas? — Peter perguntou, intrigado por nunca ter reparado muito nela. Ela tinha cabelos castanho-claros, na altura dos ombros e lisos, olhos castanhos e a pele levemente bronzeada, era uma beleza menos chamativa, mas que culpa ela tinha de não chamar atenção? Nem mesmo Peter atraia olhares de muitas garotas, ele não poderia reclamar por isso.

— É perfeita, e ainda vai ser alguém que já esta acostumada com as nossas brincadeiras. — Sirius e James deram um hi-five.

— Você só tem que falar com ela, Rabicho. — Remus encorajou o amigo. — Boa sorte, ela e as outras garotas estão vindo pra cá... — Ele e os outros dois garotos foram andando pelo corredor, deixando Pettigrew para trás.

Sem saber ao certo como reagir, Peter acabou lançando o feitiço Ventus na direção das garotas. Dorcas e Marlene estavam de meia calça, então não se importaram tanto com o feitiço quanto Mary... Ou Lily.

Há algum tempo, Lily já estava reclamando das brincadeiras dos marotos e, por mais que as garotas pensassem que era apenas uma repentina corrente de ar, Lily reconhecia os efeitos do feitiço. Uma coisa se ligou a outra quando ela viu James empunhando sua varinha.

— POTTER! — Ela gritou, correndo na direção dele como um míssil. O universo conspirava para que esses dois brigassem, porque James mal se lembrava o motivo de ter pego a varinha quando viu aquela cabeleira ruiva brigando com ele. — Achei que pelo menos pelas suas amigas você tivesse um pouco de respeito. Parece que não somos tão amigos, afinal. — Ela o olhou com dureza e desprezo.

— Lily, por favor... Foi o Peter que fez isso! — Ele tentou consertar, levantando os braços para demonstrar sua inocência.

— Não bote a culpa no coitado do Peter, eu sei que ele não faria uma coisa dessas. — Ela defendeu o garoto, que agora conversava com uma Mary envergonhada pela confusão.

— Evans, o James não faria algo assim com você. Peter, conte a verdade! — Sirius interviu, mas não recebeu resposta do amigo.

— Está vendo Potter? Enquanto ele está consolando a Mary pelo seu erro, você não consegue nem admitir que fez isso! — Lily estava tão vermelha que parecia estar a ponto de explodir.

— Mas Lily... — James tentou defender também.

— Sem "mas", Potter. Adeus!


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Notas finais do capítulo

Lily finalmente explodiu e coitado do Potter, acabou levando a culpa! Peter nem tentou desmentir e ajudar seu amigo, bem típico não acham? Me contem o que acharam e feliz ano novo pra vcs meus amores, prometo postar logo!