Reviravolta escrita por Smitchkoff


Capítulo 6
Capítulo 6.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura ^^
Espero que gostem, desculpem qualquer erro!!!!



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Soul estava completamente certo quando disse que Black star não entenderia meu pedido de desculpas, na cabeça dele meu afastamento era realmente por causa do conselho estudantil ao qual eu estava fazendo parte. Ainda assim expliquei o ocorrido e ele simplesmente disse; Bom, eu realmente não percebi, mas você foi muito boba! Devia ter posto a gente contra a parede assim que elas te “ameaçaram”. Tsc. Que raiva de gente assim... Seja como for, você está perdoada pelo grande Eu hahaha. Tenho que admitir que a ainda irei me surpreender com esse garoto, as vezes o modo dele falar não faz jus ao garoto serelepe que conhecemos. E depois que conversei com Soul e tivemos aquele contato, digamos que ficamos bem mais próximos. Calcei meus sapatos já estava pronta pra sair, abrindo a porta não pude conter um sorriso dos lábios.

— Bom dia, Maka. – Desejou o albino que me esperava para irmos para a escola.

— Bom dia!! – Desejei também.

Desde então – quarta feira pra ser mais exata depois do dia em que me desculpei... - Ele declarou que iríamos para a escola juntos, não admitia que duas patricinhas mimadas como aquelas influenciassem em nossa rotina e amizade, o que eu achei muito fofo da parte dele, de alguma forma me sentia protegida. Claro que isso causou um alvoroço e burburinhos eram feitos sobre nós. Mas pra ser bem sincera, eu não estava nem ai para o que eles diziam. É aquele velho ditado; caguei pra vocês.

Não me incomodava com essas mudanças, no fundo eu estava adorando. Eu tinha mudado, nem se fosse um pouco, mas havia mudado e essa pequena mudança estava me fazendo um bem danado. Pela primeira vez eu podia dizer que tinha amigos, podia me ver como uma pessoa “normal”, todo esse alvoroço me permitiu ver outro lado da vida à qual eu não enxergava eu podia ver agora que tinham pessoas que se importavam comigo – tirando a família – eu pude ver que a vida não é somente estudar, ter uma cabeça quadrada e fazer só aquilo que somente me convém – algumas vezes – e que se eu soubesse administrar bem o meu tempo eu poderia ter o lazer, diversão e a educação; como tivermos no final de semana que passou – finalmente conseguimos fazer nosso grupo de estudos que foi bem produtivo.

Soul comentava que Ângela havia ligado pra ele domingo perguntando quando eu iria visita-los novamente, essa menina é uma graça. Sorri ao escutar ele dizer que tínhamos que marcar algo pra fazer antes que ela o cobrasse novamente. O assunto ia acabando e ele começou a me empurrar de leve com o ombro enquanto caminhávamos, dei risada e continuamos até avistarmos Tsubaki que assim que nos viu acenou desejando bom dia ao seu lado estava Black Star, sorridente como sempre, suas mãos atrás da cabeça segurando sua maleta escolar.

Se meu mundo estava mais colorido eu devia a eles, principalmente a Soul, ele que burlou todas as regras ao qual eu havia imposto a mim mesma mesmo que sem perceber, se tem alguém a quem devo agradecer realmente é ele. Um novo horizonte tinha expandido e eu pretendo explora-lo por completo. Um alívio tomou conta do meu coração, isso era tão bom. Sorri pra mim mesma e quando percebi o albino me olhava não contive a vergonha alheia quando ele sorriu, parecia saber tudo que se passava em minha mente.

— Olhem só. – Tsu mostrou a tela de seu celular para nós. – Ficou ótima como plano de fundo né. – Sorriu contente a foto era a que tínhamos tirado uns dias atrás com as cerejeiras. – Postei no face também e a senhorita não viu. – Referiu-se a mim.

— Desculpa, não tive tempo de olhar, mas vi que tinham me marcado em algo... – Falei simplesmente, meu contato com as redes sociais eram horríveis.

Íamos caminhando em direção à escola enquanto eu se lembrava de coisas que realmente tinha tomado pra minha vida como uma verdade, verdades estas de; querer sumir, que os estudos eram mais importantes que qualquer outra coisa. E na verdade, na verdade não era bem assim. Tudo que é de mais se torna ruim e eu não tinha percebido.

Tudo havia mudado.

As coisas tinham um brilho mais vibrante.

 

 

A hora passava voando, eu ajudava o conselho a se programar com o evento da escola, festival de primavera, cada sala estava incumbida de apresentar algo, o evento era muito aguardado todo ano fazíamos algo diferente, esse ano teria uma queima de fogos mais duradoura e a casa dos espelhos. E era a primeira vez que me encontrava tão envolvida, na verdade até que ansiosa.

Na hora do almoço me encontrei com o pessoal na minha classe, Tsubaki comia pão de melão, seu favorito. Black star estava empolgado com alguma comemoração enquanto uma veia de irritação pulsava na testa de Soul.

— O que está acontecendo? – Perguntei olhando de Soul para Black Star, o entusiasmo do azulado não combinava com a irritação do melhor amigo.

— Vai ter uma festa de confraternização dos Evans, eu fui convidado, afinal são negócios que iram ser resolvidos. Soul não esta muito contente.

— É o aniversário do seu irmão junto com a reunião de negócios não é? – Quem respondeu a pergunta da morena foi Black Star. – Ah, então nos veremos lá.

— Mas eu não entendi... Soul está irritado com sua presença? – Perguntei à Black Star.

— Não, é pelo fato que ele terá de comparecer só pra fazer à social, sabe?! – Assenti. – Eu vou mesmo pela comida – O moreno colocou as mãos atrás da cabeça sorrindo. – Ah, e já que você vai, será minha acompanhante. – Sorriu para Tsubaki. – Pode ser?

— Será um prazer. – Sorriu de volta.

— Então você irá também. – O pedido de Soul foi direcionado a mim como uma ordem. – será minha acompanhante, acho justo já que a encomenda de flores da festa vai ser da loja da Sr. Akari. – Ergueu-se sobre as pernas com as mãos no bolso. – Pode ser? – Os rubis me encaravam na espera de uma resposta e a única coisa que saiu dos meus lábios foi um “sim” tendo a resposta ele foi para janela e pegou o celular. Aquela pose séria o deixava ainda mais bonito, senti meu rosto ferver.

— Então teremos um dia beleza, Maka!!!!! – Alegrou-se Tsubaki batendo palminhas. – Durma na minha casa de sexta pra sábado. Vai ser divertido.

Preparativos? Comi um pedaço do meu sanduíche de presunto. É verdade, olhei para o lado da janela onde se encontrava o albino, parecia terminar a ligação, é uma festa social. Com pessoas importantes, olhei para Tsu que conversava contente com o azulado. Eu iria me sentir deslocada?! Quando eu era pequena, até que, participava muito de festas assim, era bem mais fácil, afinal eu não sabia do que se tratava, era apenas uma criança as pessoas apenas me enchiam de elogios. Engoli em seco um pouco aflita. Mas, acho que não deveria ficar tão preocupada, eu não tinha que resolver nada lá, ainda assim estava incomodada.

— Não se preocupe, - Olhei para minha esquerda, os olhos escarlates me encaravam de forma amável. – eu vou ficar do seu lado o tempo todo. – Sorri agradecida ao mesmo tempo em que me perguntava como ele conseguia responder as coisas que estavam na minha mente com tanta frequência. Eu era fácil assim de se ler?

— Vocês vão conhecer minhas irmãs – Dizia Black Star. – é uma família bem grande, não se assustem.

— Sete irmãs! Como não se assustar, eu tenho pena de você. – Debochou o albino.

— Você é o caçula de sete irmãs? – Indagou Tsubaki espantada. – Uau.

— Minha madrasta tá grávida também.

— OQUE. – Nós espantamos juntos.

— Pois é, ainda não sabemos o sexo. Seja o que vier vou amar de qualquer jeito.

— Parece se dar bem com elas.

— Sim, é fácil lidar com elas, pelo menos eu acho. – Riu ele de si mesmo. – Eu gosto de estar junto de todos, é agora com todas em relacionamento é difícil vê-las, aproveito ao máximo eventos assim. – Falou sincero. Era um lado bonito dele que não conhecia, sorri, Tsubaki irá ter sorte.

Os dias pareciam correr, Tsubaki estava toda afobada por causa do evento que seria naquele fim de semana, não podia negar que estava ansiosa apesar de nervosa. Lá estariam pessoas diferentes de mim, na verdade eu sou a única que não se encaixa no mundo à qual meus amigos pertencem, não que eu tenha inveja não é só do meu costume essas coisas, enfim, só meu pai que tinha uma vida agitada assim, aliás, tem.

Sexta-feira chegou em um piscar de olhos, me via em frente aos grandes portões da família Nakatsukasa. Estava dentro da Mercedes, Tsubaki havia pedido para irem nos buscar aquele dia, pois havíamos andando o shopping inteiro depois da escola, eu estava acabada. Algumas vezes eu ia até o ultimo andar onde se encontram as lojas mais requentadas, onde uma peça simples é um salário mínimo apenas para olhar, mas hoje foi diferente, fomos realmente comprar e experimentar roupas até que foi divertido apesar de que na décima vestimenta eu já não estava mais com muita paciência. Tsu havia dito que seus pais não se encontravam em casa, tiveram que sair ontem para ajeitar umas coisas com sócios de fora e então nós encontrariam na festa.

— Vamos, preciso de um banho! – Espreguiçou-se andando até a porta de casa.

— Eu preciso de uma cama e um ventilador. – Tsubaki riu e fomos entrando em. Passamos pelo corredor onde um arco dava uma a sala e se seguíssemos em frente tinha a escada para o segundo andar.

— Cheguei!! – Anunciou a morena ao entrar.

— Bem vinda de volta. – Masamune, irmão mais velho dela a saudou. – Ora, Maka, quanto tempo. – Sorriu pra mim.

— Verdade, faz tempo. Está de passagem?

— Sim. Passar por aqui e não vir em casa séria como cavar a própria cova. – Dei risada. – Bom deixarei vocês agora, sinta-se em casa.

— Obrigada. Dá licença, preciso de um banho. – Passei dando um leve empurrão em Tsubaki que deu risada.

— Não diga essas coisas pra esse tipo de gente. – Retrucou rindo.

— Quieta, quero que prepare meu banho.

— Ahaha vai ficar querendo.

Subimos e tomamos banho, arrumamos o que seria usado para o dia seguinte enquanto conversávamos sobre coisas triviais até que um estalo me lembrou de algo, aquele sentimento.

— Tsubaki. – Chamei sua atenção.

— Hmn? – Olhou pra mim enquanto secava o cabelo.

— Você gosta do Black Star?

— É-é-é... Bom, ele faz meu tipo. – Ela riu constrangida. – Você acha que daríamos certo?

— Acho que sim, apesar dele ser completamente oposto a você. – Sorri. – Digamos que ele é a peça que faltava no seu quebra-cabeça. – Gargalhamos.

— É acho que pode ser verdade. – Penteava os cabelos, pensativa. – Foi tão de repente eles terem se juntado com a gente né.

— Uhum...

— Será que já tinha um interesse ali?

— Vai saber né. – Eu não poderia simplesmente falar que Black Star gostava dela, ele tinha que falar a ela, era o mais certo a fazer.

— É. – Sorriu contente. – Mas e você?

— Era ai que eu queria chegar. – Ela desligou o secador na mesma hora e se virou pra mim cruzando as pernas sobre o pufe da penteadeira.

— Me diga, me diga. – Falava feliz parecendo uma criança que acabava de descobrir que ganhou o que queria de presente.

— Eu... Eu, assim, eu acho. ACHO. – Enfatizei e ela riu espalmando a mão no ar pra que eu continuasse. – Que eu gosto do Soul.

— SABIA!

— Como sabia? Eu nunca disse nada e nunca agi como uma apaixonada.

— Ah, mas ele parece gostar de você e parece se importar e você parece gostar disso.

— Só por isso? – Perguntei meio encabulada.

— Como; só por isso? – Cruzou os braços. – São sinais evidentes de que você gosta dele!

— Eu não acho, pode ser só capricho da parte dele...

— Eu não acho. Sabe, minha mãe vive dizendo que quando um homem gosta ele faz coisas fora do comum, não acho que seria somente capricho. Maka, ele impôs uma regra a qual iria vir e voltar com você dá escola E NÃO, não é simplesmente porque vocês moram na mesma direção. Como amanhã, ele quer sua presença na festa, assim como ele queria saber o porquê você se afastou. Pra mim não é uma coisa normal. – Digeri aquelas palavras, poderia ser verdade, como não, mas poderia...

— Ah, isso é uma saco. – Bufei. – O que eu devo fazer?

— O que devemos fazer? – Rimos.

— Estamos no mesmo barco.

— É, vamos remar pra onde a maré nos levar?

— Não, se for uma cachoeira? A correnteza vai nos levar a um penhasco, pode ser perigoso.

— Você é horrível.

— Sou racional, vai dizer que a minha analogia esta errada? – Ela me mostrou a língua se levantando.

— Vamos dormir, amanhã temos que ficar gatas. – Balancei negativamente a cabeça com um sorriso de canto.

 

Hoje é a confraternização. Aniversário do odiado irmão mais velho de Soul, Wes Evans. Confesso que estou um pouco tensa, muitas coisas estão passando na minha cabeça, coisas negativas e positivas. Franzi as sobrancelhas, por que esses sentimentos? Suspirei. Gostaria de saber mais sobre ele...

— Maka, seu celular estava tocando. – Tsubaki me entregou o aparelho entrando no banheiro. – Não consegui atender a tempo... Parecia ser o Soul. – Minha respiração falhou e ela riu fechando a porta rapidamente para desviar do travesseiro que ataquei.

Sequei o cabelo na toalha e me vesti com uma roupa simples, já que ficaríamos praticamente a tarde toda nos arrumando para a festa. Era dez da manhã, a governanta já tinha avisado que o café já estava pronto. O toque do celular ressoou no quarto peguei o aparelho e deslizei o polegar na tela atendendo a chamada.

— Maka?

— Bom dia Soul.

— Espero não ter te acordado. – Neguei falando que já havíamos acordado a um tempo. – Que bom então, tô ligando pra avisar que eu e Black Star passaremos ai as dezenove horas para busca-las, afinal não seria maneiro da nossa parte que vocês não fossem acompanhadas adequadamente.

— Concordo. – Sorri ouvindo o riso abafado na outra linha do telefone. – As dezenove então?

Sim, estejam prontas. Até mais tarde. – Me despedi, sentei novamente na cama e um suspiro saiu por entre meus lábios. Que tremor todo era esse pelo meu corpo? Que reação mais sem sentido... É, sem sentido... Sim... talvez não... Mordi o lábio inferior. Estou nervosa.

— O que ele queria? – Tsubaki abriu a porta do banheiro.

— Avisar que ele e seu príncipe encantado vão estar aqui as dezessete para nos pegar.

— Ah, sim. Parece até baile de formatura!! – Concordei.

E assim começou a minha jornada de combinar acessórios, escolher a maquiagem e usar salto, eu não era muito familiarizada em usar salto alto mas minha mãe sempre me ensinou e de certa forma me obrigava a praticar dizendo que um dia eu iria precisar, acho que esse dia chegou...

Meu vestido era simples, era roxo escuro sem detalhes com alcinhas, a parte de baixo onde ficava a dois palmos dos joelhos era franzido, parecia até uma flor, acho que essa era a intenção e era um pouco mais claro, um roxo mais claro, um salto perolado com um laço na frente, simples.

Tsubaki usava um vestido azul seu decote tinha um franzido em seu meio de cor mais clara escondendo um pouco o volume de seus seios, nas laterais o corte era em V até o meio deixando cair a parte branca do tecido indo até seus joelhos, usava um salto claro.

Era uma festa social, a morena dizia que a maioria das pessoas apareceriam de preto, cores claras e pouco chamativas, já imaginava todos os homens vestindo o mesmo estilo de terno, mas poderiam ter um esporte fino mais despojado.

Eram dez pras sete, meu coração latejava, estávamos dando os toque finais, colocando anéis pulseiras e o brinco. Quase não me reconheci, as marinhas chiquinhas não estavam ali, meu cabelos estavam soltos com algumas voltas feitas pela baby lease, estava usando cílios postiços uma sombra marrom com brilhinhos bem leve e um delineado de gatinho, batom nude. Não resisti em dar um giro em frente ao espelho, estava me sentindo uma princesa com essa roupa, sorri meio abobada.

— Você tá uma gracinha, - Tsubaki tinha as mão entrelaçadas ao lado do rosto. – linda pra sem mais sincera. Fiz um ótimo trabalho, diz ai.

— Tenho que concordar. – Sorri agradecida. – Você também esta linda! – Tsubaki era bem simples, apenas com um batom de brilho e um delineado leve nos olhos e claro, seus cabelos estavam metade soltos já que uma trança do lado direito prendia um pouco do cabelo que era jogado em cima do seu ombro esquerdo. Perfeita.

— Senhoritas, - A governanta abriu a porta do quarto. – oh, estão tão lindas! – Elogiou ela e agradecemos. – O carro de vocês chegou.

— Ah, obrigada!! – Tsubaki olhou no relógio. Seis e cinquenta e nove. – Uau, pontuais.

— Caramba. – Me surpreendi. – Vamos então.

— Divirtam-se.

— Obrigada!! Até mais!!

Caminhamos até a porta que foi aberta por um dos empregados, o carro estava parado, Soul e black star estavam do lado de fora o albino tinha uma postura rígida, estava serio o que fez meu coração falhasse uma batida, usava um terno preto com riscas em grafite na vertical, a blusa de dentro era vermelho sangue a gravata também preta. Ele virou o rosto e seus olhos bateram em mim e se arregalaram, tive impressão que ele havia perdido a compostura, será? Mexi no cabelo desviando a atenção.

— Você tá muito bonita Tsubaki. – O Hoshizoku disse assim que esta chegou perto de si. – Assim como imaginei ele trajava um esporte fino, tênis marrom claro, calça preta uma blusa de botões branca e um blazer preto também. Pegou na mão de sua acompanhante e a guiou até o carro onde o motorista nós aguardava com a porta aberta. No pé da escada Soul ofereceu sua mão a mim que a aceitei e fui levada para dentro do carro.

Chegamos rapidamente no local, conversamos bastante, Soul pouco falava algo o estava incomodando, queria perguntar o que era mas não tive coragem, talvez fosse melhor assim. A porta do carro abriu-se e nós saímos, varias pessoas chegavam junto com a gente. A casa estava cheia, muitas pessoas em seus trajes sociais, mulheres muito elegantes, aquele mundo era realmente diferente do meu. Passamos pelas grandes portas brancas que estavam abertas elas davam diretamente ao salão principal, onde uma grande lustre pendia de seu centro, bem chamativo como todos ali. O local era bem distribuído, mesa de bebidas, comida, petiscos. Uma melodia baixa preenchia o local juntamente com as vozes dos convidados. Me virei para olhar meus amigos, mas somente Soul estava ao meu lado.

— Onde eles foram?

— Black Star foi apresentar Tsubaki para seus pais. – Sorri.

— Como ele é rápido.

Senti que os olhares pesavam sobre mim e Soul o que era um incomodo para mim, não estava acostumada com toda essa atenção, não sabia o que se passavam em suas mentes, o que estariam pensando um frio percorreu minha espinha. Do que eu estava com medo?

— Não se preocupe. – Senti a mão passar pela minha cintura cautelosamente. – É normal receber olhares quanto se está linda desse jeito. – Ele me encarou depois de dizer aquelas palavras com um sorriso sincero e os olhos profundos.

— O-o-obrigada.... – eu queria me esconder, como ele conseguia me deixar assim, como conseguia ser tão calmo apesar de sua postura contradizer.

— Vem. – Sua mão deslizou da minha cintura e ele ofereceu seu braço a qual apoiei minha mão, os olhares não paravam. – Assim que minha mãe soube que vinha ela ficou realmente feliz. – Sorri em resposta, ela queria me ver.

— Soul, aqui. – A voz de Black Star nos chamou, caminhamos até ele. – Este é meu pai, Howaito e minha madrasta Hoshida. – O casal nos sorriu e apresentou algumas das filhas que se encontravam ali, algumas apareceriam mais tarde.

Caminhamos pelo salão que era preenchido por mais rostos desconhecidos por mim, avistei de longe Wes conversando com algumas pessoas incluindo seu pai, estava sério, ele parecia muito com Soul mas não era algo que deveria falar para o mesmo, soaria mais como um insulto mas não podia deixar de concordar que ele era uma copia do homem mais velho, Wes apesar de ter herdado os cabelos brancos tinha os olhos escuros já os de seu pai eram vermelhos como o do filho mais novo.

Passei os olhos no salão a procura de Ângela ou até mesmo de Nadeshiko, mas nenhuma das duas consegui achar, frustante, eram os únicos rostos familiares ao quais poderia me familiarizar.

— Você chama muita atenção. – Comentou ao meu lado, dançando uma taça de vinho na mão. – Além da beleza deve ser por que está acompanhada com alguém como eu... Perdão. – Dizendo isso virou o liquido tomando-o de uma vez.

— Não se desculpe... – Antes de puder completar as palavras algo tirou minha atenção, uma mão leve repousou em meu ombro assim que olhei pra ver quem era sorri. – Senhorita Nadeshiko.

— Por favor, só Nadeshiko está bom. – Sorriu pra mim que retribui. – Fico feliz que veio, meu filho havia negado meu pedido quando falei que queria convida-la. – A mulher mais velha lançou um olhar para o filho que lhe correspondeu na mesma intensidade. – Poderiam me acompanhar? – Assentimos, ela foi na frente guiando-nos.

— Você – Soul começou falando no pé do meu ouvido. – é minha está noite. – Roborizei olhando-o sem saber o que dizer, seu olhar era frio e distante. – Não sai de perto de mim. Desculpe a paranoia, mas não confio muito nessas pessoas. Não de trela para o meu irmão. – Aquelas foram as ultimas palavras dirigidas a mim após chegarmos a roda onde se encontravam sua família. Mifuni também estava ali, o que me fez rolar os olhos pelo local a procura de cabelos castanhos que não encontrei.

— Ela estava cansada da viagem, - O tio de Soul sorriu pra mim. – está dormindo lá em cima, ela ficaria feliz se fosse lá, veio a viagem toda querendo de ver.

— Obrigada. – Sorri de volta.

— Quem é está bela jovem? – O pai do albino perguntou, Nadeshiko estava abraçada a ele com um sorriso bonito nos lábios, aliás ela estava linda, com um vestido rose largo, fino e leve combinando com a suavidade da mulher.

— Chamo-me Maka Albarn. – Sorri retribuindo o sorriso do casal.

— Ah, sim, minha esposa falou muito de você. Fico feliz que é amiga do meu filho.

— Você é a muito parecia com sua mãe, – Quem falava agora era Wes, quando o olhei ele sorriu. – fico feliz que tenha vindo.

Após nossa pequena conversa eles dispersaram, subindo ao palco, Wes e seu pai, deram uma breve palavra sobre o que ocorreria e agradeceram a presença dos de mais. Wes falou pouco e elegantemente, agradeceu minha presença e aos arranjo de flores que enfeitavam o local, de novo os olhares voltaram a mim fiquei embasbacada de vergonha, senti minha mão ser tomada e fui sendo puxada pelo albino dali. Uma orquestra tomou lugar no palco e a musica começou a soar antes que pudêssemos sair para fora da casa minha mãe livre foi apertada fazendo com que eu parasse pelo tranco, olhei quem me segurava e era Wes.

— Poderia me deixar dançar com ela? – Seu olhar era sério, senti faíscas dos olhos carmins, dentro de si eu sabia que ele não queria quebrar a regra que ele havia imposto a nós, ele soltou minha mão contradizendo-se a irritação visível em sua postura. – Grato. – Guiou-me pela mão que era segurada me levando ao centro do salão, mais olhares. Engoli em seco por esse fato e por não saber dançar.

 

— O que ele está fazendo. – Rugiu Black Star para o albino que observava com ódio a cena.

— Não sei.

— Mas você deixou?!

— Não tenho escolha, vamos deixar as coisas fluírem. A única coisa quele pode fazer...

— É dizer asneiras à ela.

— Ele só quer me atingir... Deixe rolar... – Falou resignado pegando mais uma taça de vinho da bandeja que lhe era oferecida.

— Vai com calma... – O albino concordou bebericando o liquido.

No ritmo lendo da dança Maka era guiada com destreza pelo maior a sua frente, tão parecido com Soul, mas sentia que as intenções do maior eram outras do que apenas dançar. Em alguns rodopios podia-se ver em meio as pessoas as ires vermelhas enraivecidas.

— Não se preocupe é normal se for eu, - Wes sorriu para a garota como se fosse a coisa mais normal do mundo. – sabe, Soul tem causado um reboliço na nossa família.

— Por que está me contado isso?

— Acho que você deve saber. – Ele a encarou, era como se seus olhos sorrissem, aquilo à incomodava. – Soul tem sido um problema, acho que no meio interior eu sinto que você pode nós ajudar...

— Acho que está errado. – O maior ergueu as sobrancelhas. – Eu entendo a linha da família de vocês, mas talvez as coisas tenham que mudar.

— Ou não, talvez tenham que seguir assim.

— O mundo gira entrono de mudanças, querendo ou não sempre vai ter a primeira vez pra tudo. – O homem franziu o cenho percebendo que se trata-se dela séria difícil, ela não era uma menina comum que deixaria ser levada por mera conversa. – Talvez ele seja o começo de uma mudança. – Dança continuou sendo guiada por Wes em silencio, a garota não estava errada. Antes que pudesse argumentar com mais alguma coisa Soul interrompeu.

— Posso? – Wes sorriu entregando-a com um “fique a vontade”  logo depois sumindo da visão de ambos. – Podemos sair daqui? – Sentiu um aperto em sua mão levantou o rosto para encarar ela.

— Gostaria de dançar com você.

— Seu pedido é uma ordem. – Sorriu pegando em sua cintura e guiando-a para uma nova dança. – O que ele falou? – A um custo grande Soul desviava seu olhar dos dela.

— Que você é um desertor, - Aquela palavra fez com que ele a olhasse de relance e riram. – acho que eles tem medo do que você possa fazer e manchar o nome Evans, pelo menos foi isso que eu senti.

— Você é muito sensitiva, então. – Pôs-se a encara-la adequadamente. – eu não me encaixo nessa família, depois que formei minha opinião acho que começaram a me ver como uma ameaça. – Sorriu ao ver a atenção que era tomada em si pela moça que guiava. – Por isso que eu gostaria de sumir. – Aquelas palavras causaram preocupação no interior da garota.

— Como sumir? Não está pensando em nada imprudente né?

— Como morrer? – Ele jogou a cabeça pro lado em pergunta os olhos de Maka se arregalaram. – Eu não poderia, mesmo que já tivesse pensado na hipótese, agora eu não poderia à coisas que me prendem aqui

— O que? – A pergunta fora feita, mas nenhuma resposta dada, Soul apenas a encarou profundamente e sorriu. Envergou-se da sinceridade do rapaz e desviu o rosto dos dele. – Preciso ir ao toalete.

— Vem, - Tirou-a dali. – espero você aqui. – Encostou-se na parede do corredor e Maka entrou pela porta do banheiro.

Não demorou muito para que voltasse, afinal aquilo só era uma desculpa para que ela conseguisse se recompor daquela direta bem dada e recebida, ela o encarava de longe, estava terminando mais uma taça de vinho, perguntava-se quantas já tinha tomado, aquilo poderia ser perigoso, no fundo ela sabia que ele estava apenas descontando a frustração de estar ali.

— Tem alguma coisa que eu possa fazer por você? – Perguntou enquanto aproximava-se.

Estavam em um corredor pouco movimentado da casa, Maka estava a sua frente aos mãos pra trás enquanto as suas estavam escondidas no bolso da calça, ele desencostou as costas da parede e caminhou lentamente até a garota que encontrava-se estática. Seus rostos estavam perto até de mais para a garota, poderia empurra-lo mas não queria faze-lo. Pela aproximação pensava que ele fosse beija-la. Aproximou-se mais um pouco mas o beijo não veio, apenas o peso da cabeça sobre o ombro delicado fora sentido. Maka moveu apenas os olhos para encarar as madeixas brancas que roçavam em sua bochecha.

— Desculpe, mas só um pouco me deixe aqui. – A garota assentiu, por impulso seus braços o envolveram, queria conforta-lo, queria amparar aquela dor que só em momentos assim podia se ver. As mãos do Soul repousaram com cuidado na cintura de Maka e a apertaram, aquilo causam um alvoroço no corpo menor, uma quentura que não conhecia. Logo se afastou uma mão em frente ao rosto a outra ainda em sua curva. Maka mantinha o olhar baixo ambos envergonhados. – O que eu deveria fazer com você? – Perguntou-se mais para si do que para ela.

— E-eu não conto p-pra ninguém. – Gaguejou ela. – Mas também posso usar isso para te chantagear se for preciso. – Brincou ainda que o rosto estivesse mais vermelho que um tomate.

— Aceito a oferta, se for você não tem problema. – Sorriu singelo para a garota que havia perturbado sua estrutura a um tempo, não conteve o impulso de tocar com uma das mãos o rosto de Maka que agora esperava ansiosa pelo que podia acontecer a aproximação aconteceu novamente, a respiração roçou-lhes o rosto como que pedindo para que o contado acontecesse de fato. Os olhos fecharam vagarosamente e os lábios pressionaram-se somente, fora demorado, inovador e reconfortante.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, ainda tem uma coisa pra acontecer na festa, mas ja tinha muita palavra, então cortei pro próximo cap auhauhaua não me matem, mas me digam o que acharam hahaha

Até o próximo ♥

ah, os vestidos das meninas são baseados nos do anime assim como as vestimentas dos garotos, bjks



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