Reviravolta escrita por Smitchkoff


Capítulo 1
Capítulo 1.


Notas iniciais do capítulo

Essa eu quero que seja curtinha, vamos ver se eu consigo hahaha
Eu espero que gostem!!

Boa leitura, desculpem os erros, qualquer coisa foi meu sobrinho ♥ >



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/706124/chapter/1

A época da escola era algo que eu queria que acabasse rapidamente, era um desejo profundo do meu coração. Me ver longe daqueles projetos de gente que se achavam alguma coisa ou tiravam proveito de seu berço de ouro pra falar que valiam alguma coisa.

O Shibusen era a escola mais bem falada de Tokio, consegui uma bela bolsa pela minha inteligência, coisa que eu deveria ensinar para algumas pessoinhas que frequentavam aquele lugar.

Acho que o que todos querem no colegial é ser aquela pessoa que todos gostam o famoso centro das atenções, a ultima bolacha do pacote, a patricinha gostosa que todos querem namorar, enfim essas coisas.

Mas, por infelicidade do destino essa graça não recaiu sobre mim. .

— Maka!! – Parei de caminhar ouvindo a tão conhecida voz. Tsubaki Nakatsukasa, minha melhor amiga, irmã de outra mãe, confidente. Corpo invejável, cabelos completamente negros longos sedosos que até hoje eu não entendo porque sempre estavam presos e olhos de um azul escuro incrível. – Bom dia. – Disse chegando perto de mim.

— Bom dia. – Começamos a caminhar uma ao lado da outra.

Assim como na vida animal na escola também tem a cadeia alimentar, os chefões mandam e seus subordinados obedecem, a hierarquia que tanto ouvimos por ai. Apesar de Tsubaki ser linda, amável e ter um caráter invejável isso era usado contra ela, pura inveja. Uma hora esse recalque vai rebater e voltar como um tapa bem dado na cara daquelas ridículas. Argh. Dá raiva só de pensar.

Nesse triangulo da hierarquia eu sou a nerd sem corpo que fica em mundinho separado dos de mais, tachada como careta “aquela que perdera a virgindade depois dos 40” se eu chegar aos quarenta, com casas espalhadas em todos os cantos do mundo sendo reconhecida como uma empresaria bem sucedida, não me importaria de viver sozinha, afinal minha felicidade não depende de ninguém. Sim eu sou a nerd reservada que todos querem bulinar, mas que choram aos meus pés quando querem alguma informação sobre o que vai cair na matéria do mais tenebroso dos professores, o professor Stein. Adoro ele, acho que me identifico.

E ai você pergunta “mas e a Tsubaki”, aquela que conversava ao meu lado, que tem um futuro brilhante pela frente. Só por ter um corpo subdesenvolvido que só por Deus, na fila do peito deve ter passado milhões de vezes, por isso que devo ter ficado sem nenhum. Contive uma risada interna. Era tachada como puta, da pra acreditar? Por ser linda e simpática acabava por deixar vários marujos hipnotizados por seu encanto, que ela nem parecia notar, arranjando varias rivais que não aceitavam tal derrota. Tão ridículo.

— Então eu pensei em ir com o vestido preto, aquele que você me ajudou a escolher pela internet. – Comentava ela. Os pais de Tsubaki tinham uma empresa de planejamento eletrônico, trazendo tendências inovadoras ao mercado. Pelo que ela dizia teria que participar de uma das reuniões com os sócios. – Daí... – Se interrompeu ao escutar o sino da escolar ecoar pela rua ate chegar a nós. – Droga!

— Ah, corre!! – E começa mais um dia saudável com uma maratona logo de manhã.

Para nossa alegria o professor não tinha chego à sala ainda. Fomos para os nossos respectivos lugares, a aula se iniciou com a professora de artes, ela é super gente boa, paz e amor e achamos que tem o caso com o professor tenebroso, apesar de serem completamente diferentes, deve ser aquela coisa; os opostos se atraem. Logo sua aula acabou dando lugar à educação física. Ódio. Se tem uma coisa que eu odeio mais do que os alunos medíocres dessa escola com certeza essa coisa era educação física! Eu sou magra, até de mais pra dizer a verdade, eu sou o sedentarismo em pessoa. O que faço de melhor é ler e estudar, diferente de Tsubaki que quando estava longe dos opressores invejosos se destacava mais do que ninguém em todos os esportes que praticava. Enquanto ela e mais um grupinho de alunos jogavam bola um para o outro eu corria em volta da quadra. Por céus, isso é tortura, definitivamente eu não sou feita pra isso.

— Cuidado! – Alguém gritou e a única coisa que senti foi o impacto super forte de algo em meu rosto, logo tudo ao redor ficou preto.

 

Apertei os olhos para abri-los em seguida. Murmurei algo que nem mesmo eu entendi, tinha muita claridade onde eu estava minha cabeça doía e eu só gostaria de voltar a dormir, mas uma necessidade maior de saber onde eu estava e o que havia acontecido instalou-se em meu interior fazendo com que eu abrisse os olhos.

— Acordou? – Não consegui distinguir de quem poderia ser aquela voz, mas sentia que já a tinha escutado em algum lugar. – Se sente bem?

E minha visão foi preenchida pela pessoa menos esperada nesse mundo, pelo menos no meu mundo. Soul Eater Evans. O garoto maneiro, descolado com quem todas queriam uma chance. Um colírio para os olhos, um aluno aplicado apesar de sua postura desleixada, pra mim aquilo era só uma forma de manter seu status.

Eu estava deitada em uma cama da enfermaria. Ah, a dor alfinetou minha cabeça fazendo com que gemesse de dor.

— Então você é sensível. – O que ele queria dizer com aquilo?

Apenas o encarei. Me remexi na cama tentando me levantar e este me ajudou me surpreendendo.

— Obrigada.

— Ah, você fala. – Ele sorriu e se virou de costas pra mim voltando depois com um copo de água e um comprimido. – Vai aliviar a dor de cabeça. – Enfiei o remédio goela a baixo e tomei um grande gole da água. – Desculpe, - Encarei-o novamente. – fui eu quem te acertei com a bola... Estávamos jogando por ali...

— Tudo bem, já não dói tanto. – Respondi ignorando seus comentários anteriores com um pequeno sorriso para tranquiliza-lo

Soul era um garoto até que reservado, diferente das companhias que o cercavam isso me fazia pensar que ele não se deixava contaminar pelo meio. Nunca conversamos direito só o necessário como algo para as aulas, lições, coisas do tipo. Acho que não teria como manter uma conversa com ele.

— Nunca fomos de conversar muito né. – Hã? Aquilo era estranho. – Ah, sua amiga, Tsubaki. Ela disse pra avisar que não ficou aqui porque tinha prova de inglês.

— Ah, sim, obrigada. – Olhei o relógio de parede na minha frente, eu havia dormido aulas de educação física e intervalo. – Você perdeu o intervalo? – Perguntei preocupada.

— Sim e não. – Respondeu me encarando. – Eu lanchei aqui enquanto esperava você, sua amiga veio aqui de novo, mas você ainda dormia.

— Ah...

— Aqui, ela trouxe isso. – Me entregou um pão doce. Sorri agradecendo. – Ela se preocupa com você. – O modo como ele me encarava me deixava incomodada. – Fica bonita quando sorri...

— Que? – Ele arregalou os olhos suas bochechas ficaram vermelhas, sentia que as minhas também. – Bem, obrigada...

O silencio se instalou no local. Se tinha uma palavra pra descrever aquele momento seria; constrangedor, terrivelmente constrangedor!

— Ah! – Exclamou ele como se lembrasse de alguma coisa pouco tempo depois. – Sua amiga Tsubaki, ela tem namorado? – Perguntou como se fosse à pergunta mais comum do mundo.

Silêncio.

Pisquei algumas vezes encarando-o sem acreditar. Sarcástico. Me elogia e depois pergunta se minha amiga esta solteira? Que... Que, que coisa mais ridícula. Nada discreto. O que ele pensava que eu era?

— Quer dizer...

— Se queria saber dela, era só ter falado. – Respondi secamente

—Que? Não, Não...

— Podia ser direto, pessoas como você conseguem facilmente o que querem. Eu não vou servir de D.U.F.F se é o que pensou!

Estava realmente desacreditada. Minha cara devia ser a mais incrédula possível.

— Não, escuta! – Ele colocou a mão em frente meu rosto. – Não sou eu quem quer saber dela. – Revirei os olhos olhando para o lado oposto ao dele. – Meu amigo Black Star que quer saber! – Voltei a encara-lo surpresa.

— O da cabeça azul?

— Esse mesmo. – Concordou.

— Tá de brincadeira. – Negou.

— Eles até que se falam bastante... – Comentei vendo-o assentir com a cabeça. – Ele tem muitos problemas, com varias matérias... – Assentiu novamente. – Bom, se ele quer algo com ela ele vai ter que ser persistente. – Ergueu uma sobrancelha. – Ela é meio lerdinha. – Dei risada e ele também.

— E você? – Ele perguntou me fitando. Mas antes que eu pudesse responder ou realmente entender o significado daquela pergunta à enfermeira Medusa entrou na sala perguntando se eu me sentia melhor, ela fez um pequeno checape e me liberou dizendo que meu pai me esperava para me levar para casa, eu realmente não esperava por aquilo. Me levantei agradecendo e saindo do local. Mandaria uma mensagem para Tsubaki avisando que teria retornado para casa. Soul se despediu de mim e seguimos por direções opostas pelo corredor. Fazendo com que a pergunta se esquecesse no ar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai, gostaram?


Até o próximo ;*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Reviravolta" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.