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Capítulo 8
Scorpius Malfoy




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Após levarem uma grande bronca – que mais parecia um sermão de horas e horas –, os gêmeos fingiram estar arrependidos e até mesmo abraçaram o homem dramaticamente. Todos estavam convencidos de que tudo seria perfeito dali em diante, mas se Albus estivesse ali, já teria a tempos desconfiado. As crianças estavam se comportando bem demais para ser verdade, mas isto foi apenas por algumas horas. Mais tarde naquele mesmo dia elas voltaram a aprontar e causaram problemas que Rose não imagina que eles eram capazes. Quando a noite retornaram para casa depois de passarem o dia todo fora, a ruiva estava pronta para declarar o castigo das crianças, alguém bateu na porta. Era o Potter, com um rosto extremamente cansado.

“Olha, Rose, eu sei que você deve estar furiosa – você está com uma cara horrível, só para avisar, e se eu fosse seus filhos, eu estaria com muito medo -, mas eu vou embora daqui alguns dias, então será que posso levar eles para passar a noite lá em casa?”

Ela precisou pensar sobre aquilo. Realmente eles não mereciam aquilo, mas ele também não era o culpado, além do mais ela precisava de um tempo somente para ela, então poderia pensar sobre o pedido de casamento que recebera pela terceira vez no mesmo dia. Respirando o mais fundo que podia, ela assentiu.

“Traga antes do almoço...” Acrescentou.

“O que!?” Spectrum que ouviu as palavras ficou de boca aberta. “Você disse que nós podemos ir para a casa do tio Albus depois de tudo que aprontamos hoje?”

“Eu posso mudar de ideia se você quiser...” Ela ameaçou e então o garoto saiu correndo para o quarto para pegar suas coisas.

Cinco minutos depois os gêmeos já estavam com as mochilas nas costas, prontos para irem embora, mas antes que fossem para o carro eles deram um beijo no rosto da mulher, fazendo-a sorrir.

“Cuide bem deles.” Pediu

“Até parece que eles nunca dormiram na minha casa, Rose.” Albus riu, virando-se para acompanhar as crianças que correram para o carro que estava estacionado na porta da casa.

“Precaução.” Ela sorriu sinceramente.

Assim os três partiram e Rose fechou a porta. Iria sentir falta de Albus, era verdade. Certa parte dela sentia-se até culpada pelo que estava acontecendo e talvez fosse por isso que ela ainda não havia aceitado o pedido de casamento. Ah, o casamento... Por que essa decisão parecia tão difícil?

As crianças não pararam de falar por nenhum segundo desde que entraram no carro. Pareciam que estavam desesperadas por aquilo havia tempos, mas Albus sabia que teria silencio quando chegasse em casa. E foi o que aconteceu, pois no exato momento que ultrapassaram a porta de entrada, os gêmeos se calaram. Ele não havia contado nada sobre a mudança para os pequenos, mas esperava que a mãe deles o houvesse feito... Mas pelo olhar deles – que era uma mistura de sentimentos – dava para se notar que eles não estavam preparados psicologicamente para aquilo.

“Você vai se mudar, tio Al?” Artemis perguntou aparentemente segurando o choro.

Ele não sabia o que dizer. Como contaria sua decisão para eles?

“Não!” Spectrum gritou e correu para o amontoado de caixas, abrindo-as com violência. “Você não vai embora!”

“Eu... Eu preciso voltar para Londres.” Disse sem reação, observando o rosto do menino que se tornava rapidamente vermelho. “Lembram-se da tia Alice? Ela precisa que eu fique com ela agora.”

“Por que?” Artemis o olhava com aqueles olhos azul-acinzentado cercado por lagrimas. “Não pode nos abandonar assim...”

“Vocês já estão grandes e sua mãe não precisa mais de minha ajuda...”

“Mas nós precisamos de você!” Implorou.

“Como você pode fazer isso conosco?” Gritou Spectrum, jogando todas as caixas no chão. “Você vai embora... Mamãe vai se casar...”

“Espera... O que você disse?” O homem se aproximou, olhando as caixas se abrindo e distribuindo pelo chão as coisas que ele levou tanto tempo para guardar. “Ela vai se casar com aquele cara?”

“E ele quer que chamemos ele de pai.” Declarou a menina, ainda sem se mover.

Spectrum, no entando, já não estava mais em condições de falar. Seu emocional estava extremamente abalado. Provavelmente havia sido um dia muito longo para os pequenos. Albus então se aproximou, abaixando-se ao lado do menino e colocando as mãos sobre o ombro dele.

“Eu não vou deixar isso acontecer, eu prometo.”

O silencio dominou o local em seguida e após alguns minutos, Spectrum se movimentou um pouco, pegando um pedaço de papel que estava no chão. Era uma foto bruxa de sua mãe e um homem loiro se beijando...

“Então... Ele é Scorpius Malfoy?” O garoto encarou o tio que pareceu espantado.

“Como...” Não conseguia acreditar. Como o menino poderia saber o nome? Nunca havia falado de Scorpius para ele... Exceto quando eram bebês, mas eles nunca lembrariam disso. “...você sabe?”

“É ele?” Perguntou novamente, o que fez a irmã que estava distraída se virar para eles, curiosa. “Ele é o homem que ligou hoje a tarde?”

“Scorpius ligou...?” Albus caiu sentado. Não podia ser real isso... Mas não havia motivos para o menino mentir sobre aquilo. E se fosse um trote? Não. Se ele estava vivo... “Merlin! Ele vai me matar!”

“Oi?” Ambas crianças ficaram confusas de repente.

“Este maldito voltou do fundo do tártaro para me matar!” Esfregou os olhos e o rosto violentamente. “Eu juro que fiz o o meu máximo, mas ela... Pelo amor de Dumbledore, Scorpius Malfoy está vivo! Temos que voltar para Londres! Crianças, para o carro agora!”

“Mas tio Albus...” Artemis hesitou. “Acabamos de chegar.”

“Artemis, nós somos como pássaros agora e precisamos voar de volta para o ninho antes que a tempestade chega.”

“O que?”

“Artie...” Disse Spectrum observando o tio se levantar eufórico. “Acho que precisamos obedecer.”

“Eu sabia! Eu sabia que ele nunca abandonaria ela!” Comemorava o homem enquanto pegava algumas coisas que lhe pareciam importantes.

De volta ao carro, os gêmeos mantinham o olhar fixo no homem. O que diabos passava na mente dele? Até então ele não havia percebido que cometerá um erro. Estava sendo ansioso demais, precipitado demais... Ele olhou os pequenos. Ele havia entregado o jogo. Se isso tudo fosse apenas um trote, ele estaria ferrado.

“Vocês ouviram tudo isso, não é?”

As crianças assentiram.

“Podem fingir que isso nunca aconteceu...?”

“Scorpius Malfoy é nosso pai?” O menino perguntou mudando o assunto para o mais óbvio.

Albus estava questionando responder a questão quando um vento estranho passou pelo lado de fora, balançando ligeiramente as arvores da rua. Um frio percorreu sua espinha. Rose, pensou ele. Não era possível. Ele não podia acreditar naquilo até que viu no céu se acender a marca negra.

“Não! Não! Não!” Exclamou, correndo para dentro para pegar sua varinha e em seguida aparatou, deixando as duas crianças sozinhas.


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Notas finais do capítulo

TAN TAN TAN...



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