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Capítulo 11
The Malfoy House


Notas iniciais do capítulo

Senhoras e senhores, por favor, lembrem-se de respirar e não morram...



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Rose se recusou a dormir com todas as forças que tinha, mas não imaginava que estava tão cansada assim. Provavelmente era um resultado de ter passado uma noite em claro, ainda mais depois daquele terrível duelo. Quando despertou novamente, já estava escuro e não havia mais ninguém na casa. Sem muito o que fazer, ela se levantou do sofá e olhou em volta. Quanto mais tempo os homens demorariam para voltar? Esperava que não muito, mas enquanto não chegavam, ela precisava se ocupar com alguma coisa. Talvez houvesse algum livro esquecido na casa que as traças não houvessem consumido. Resolveu, então, explorar o local a procura de alguma coisa.

Encontrou na cozinha algumas velas e acendeu uma para iluminar o local. Visitou todos os cômodos da casa rapidamente, mas havia uma porta que não se abria, nem mesmo com magia. Deveria ser um local protegido. Um pouco triste, resolveu dar a volta e retornar para um dos quartos totalmente desertos. Aquele especificamente não tinha nenhum móvel, como se os donos da casa estivessem planejando fazer algo com aquele local, mas havia uma escada circular que dava acesso ao sótão. Repara que não havia subido até aquele momento, então com a curiosidade lhe cutucando, resolveu subir.

Diferente do cômodo anterior, havia um colchão cheio de cobertores no chão, bem abaixo da enorme janela. Ela não sabia por que, mas sentiu um enorme desejo de deitar ali e quando o fez, pode sentir um perfume masculino que lhe fez abraçar todo aquele pano, tendo um sentimento explicado no momento, enquanto olhava o céu estrelado logo acima de si. Entre todas as estrelas, ela identificou uma constelação familiar: Scorpio.

Olhar as estrelas lhe fez lembrar das crianças. Onde elas estariam? Será que elas estavam bem? Com a mente voltando a se agitar, lembrou-se que estava sozinha em um lugar que pouco conhecia. Tudo aquilo estava lhe deixando tão paranoica que pensou ter ouvido um barulho no andar inferior da casa.

“Albus? Oswin?” Chamou pela entrada do sótão, mas ninguém respondeu.

Certamente estava tento um surto psicológico. O melhor era se ocupar novamente com alguma coisa. Pensando em quanto tempo ficariam ali, resolveu retirar os lençóis dos móveis. Desceu e começou a sua atividade que resultou em grande surpresa. Cada lençol tinha algo surpreendente abaixo. Os móveis pareciam ser de alguém que tinha tanto bom gosto... Só podia ser um sonho. Cada minuto que passava queria descobrir quem era o dono daquela maravilhosa residência que era tão aconchegante e sofisticada.

De repente, ela ouviu passos atrás de si, mas não teve coragem para virar até que ouviu a voz.

“Não grite e não faça movimentos bruscos ou vou...” Aquela voz lhe era tão familiar que não conseguiu se conter em virar. “R-Rose?”

“M-Malfoy?” O coração de Rose disparou ao mesmo tempo que sua mente emitia um alerta de surto de realidade. Seria mesmo verdade a imagem que ela estava vendo a sua frente?

“O que você está fazendo aqui?” Ele baixou a varinha, olhando-a com curiosidade.

“O que você está fazendo aqui?” Ela repetiu.

Ele piscou algumas vezes antes de guardar a varinha no bolso. Parecia desconfiado, incerto do que fazer.

“É onde eu moro.” Ele explicou. “E o que você está fazendo aqui? Vai me responder?”

“Você... Você deveria estar morto. Deveria estar enterrado em algum lugar no meio do nada... A sete palmos de profundidade.” Disse um tanto encantada embora suas palavras soassem um pouco grosseiras.

“Quem disse isso?” Ele franziu o cenho.

“Todos os jornais.” Ela respondeu calmamente, se aproximando hesitante da figura a sua frente. “Você mora mesmo aqui...?”

“Está falando sério?” Ele sorriu vitorioso, olhando-a nos olhos como se em algum momento ela pudesse evaporar. “Sim, eu realmente moro aqui. Eu construí esse lugar há onze anos.”

“Você construiu?” Havia uma certa duvida na ruiva sobre a afirmação dele, o que lhe fez rir.

“Como foi que você chegou aqui?”

“Albus.” Explicou. “Ele disse que a casa estava vazia e que era de um amigo... Deveria ter suspeitado. Você era o único amigo que ele tinha.”

Rose parou em frente ao loiro e ficou o encarando curiosa, da mesma forma que ele fazia com ela. Embora tivesse passado tanto tempo, ele ainda continuava sendo um homem forte e bonito... E casado. Havia uma aliança exatamente na mão de “casado”.

“Onde ele está?” Perguntou ele, reparando na curiosidade dela em sua mão.

“Já deve estar voltando...” Rose deu de ombros. “Por que você cobre tudo com lençóis?”

“Por que está me perguntando isso?”

“É uma pergunta idiota?”

“Se eu te disser que sim, você vai ficar brava.” O Malfoy riu levemente.

“Provavelmente.” Ela sorriu.

Houve uma pausa, os dois ficaram se encarando.

“Por que estão aqui?” Scorpius perguntou novamente.

“Assuntos particulares.” Respondeu sem acrescentar mais nada.

Novamente uma pausa. Era possível ouvir suas respirações. Scorpius deu um passo a frente, se aproximando da ruiva.

“Eu senti sua falta.” Ele disse num tom de voz que demonstrava um desespero interno, mas quando suas mãos tocaram a pela da ruiva, a porta de entrada bateu com força.

“Chegamos!” Gritou Albus.

O moreno colocou as sacolas no chão e escutou passos. Por que tudo estava tão quieto? Ao virar-se percebeu o motivo que lhe deixou de queixo caído. Scorpius Malfoy estava ali, de carne e ossos, encostado no batente, bem ao lado de Rose. Seria um ótimo momento para dizer que era bom ver o casal novamente juntos, mas ouviu a porta bater novamente, lembrando-lhe que não estavam sozinhos.

“Acho que tem algo que eu esqueci lá fora...” Disse de repente, seguindo em direção a porta.

“Potter.” Chamou Scorpius em um tom de voz que indicava que ele não estava feliz.

“Malfoy! Você está vivo, cara!” Fingiu estar surpreso, embora por dentro estivesse muito surpreso com a aparição do amigo depois de tantos anos.

“Muito mais que você.” A voz fria de Scorpius fez Albus ficar nervoso.

“Nossa, Scorpius. Você é muito engraçado mesmo...”

“Quem é esse cara?” Perguntou apontando para Oswin que parecia ter congelado na porta.

“É um amigo de Rose...” Respondeu imediatamente.

“Amigo? Ele é meu namorado.” Rose cruzou os braços, indignada.

“Noivo.” Corrigiu Oswin.

Scorpius não conseguiu ter uma reação naquele momento, apenas olhou para Albus como se buscasse explicações. O moreno, por outro lado, sabia que sua morte seria em breve.


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Notas finais do capítulo

Scorpius está de volta. Oswin e Rose estão noivos. Albus está ferrado? Sim ou claro?



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