Reverso escrita por Camila J Pereira


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Para as minhas leitoras videntes.



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— Obrigada por me acompanhar. – Bella deu-lhe um beijo doce em despedida. - Volte para casa em segurança. – Ela abriu a porta, mas Edward a fechou novamente.

— Espere um pouco. – Bella recostou-se novamente, mas ele continuou debruçado em sua direção. – Ele me pediu para ficar com você, acha que fará algo impensado. – Bella soltou um riso debochado. Edward permanecia tenso e incomodado. – Mesmo se ele não me pedisse, não haveria outro jeito para mim, Bella. Estou inquieto, preciso ficar com você. Bella, por favor, deixe-me ficar com você.

— Uau! Você revelou bastante com essas palavras. – Edward um tanto impaciente voltou ao seu lugar. Permaneceu olhando para ele, mesmo Edward insistindo em evitar o seu olhar. – Porque disse que o meu pai lhe pediu isso?

— Eu não sei. – Ele desabotoou dois dos botões de sua camisa e pôs as mãos no volante. Ele parecia mesmo inquieto. – Estou cada vez com menos convicção de ir contra você. Eu quero que consiga tudo o que deseja se isso não lhe fazer mal. – Bella sorriu secretamente, deliciando-se com aquela declaração.

— Porque está inquieto?

— Talvez os eu pai esteja mesmo perdendo a confiança em mim... Não acho mais que seja apenas uma ameaça.

— Edward, meu pai lhe considera mais do que a mim. Você pode ficar tranquilo sobre isso. Ele só está um pouco chateado.  – Edward balançou a cabeça negativamente.

— Não diga isso. Aro Volturi ama a sua empresa, mas ama a sua filha também. – Bella suspirou, ela engoliu todas as palavras que poderia usar contra aquilo, apenas ficou em silêncio. – Ele vai perguntar onde você mora.

— Pode dizer.

— Talvez ele venha.

— Que venha.

— E tente levar você. – Ele deixou claro.

— Ele pode tentar.

— Bella...

— Pare de temer por mim. Não carregue isso para você, é um problema meu e do me pai.

— O que pretende fazer?

— Agora, vou subir. – Edward olhou para ela claramente frustrado. Queria uma resposta para a sua pergunta e queria que ela dissesse para ele subir com ela, mas Bella apenas saiu do carro. Ele fechou os olhos e se recostou no banco. Logo sobressaltou-se com batidinhas em sua janela, era Bella chamando-o. Ele a abriu. – Pensei que tivesse pedido lamentavelmente para ficar comigo.

— Lamentavelmente? - Ele sorria para a pequena encrenqueira.

Eles subiram de mãos dadas, silenciosos. Edward já se sentia um pouco mais tranquilo, mas até ele percebeu que Bella contra-atacaria o seu pai. E ele também sabia que quando irritada ela não agia bem. Pensaria em como tranquilizá-la nos próximos dias. Estava no meio de uma guerra fria.

Edward a guiou até o sofá, ele sentou e depois a puxou pela cintura para que sentasse em seu colo. Poderia estar desmoronando aquele momento, ao constatar que o pai ainda se mantinha firme em suas decisões, mas ao ver Edward ficando do seu lado, mesmo que isso significasse se impor contra Aro, a quem ele mais admirava e seguia, aquilo a preenchia de uma maneira positiva. Ela tocou o seu rosto, sentindo a pele dele, podia perceber os fios de barba rompendo a camada superficial. Ela gostava disso, ela amava tudo nele.

— Eu te amo, Edward Cullen.  

Ele foi pego de surpresa, meio que arregalou os olhos por um momento. Queria gravar aquele momento, queria não esquecê-lo nunca. Bella sorriu, ele sorriu em troca, um tanto bobo incapaz de pensar em qualquer outra coisa para dizer.

— Eu te amo, Bella Volturi. – Aquilo pareceu suficiente.

Ela o beijou, foi caloroso e úmido e Edward sentiu os graus em seu corpo aumentarem gradativamente. Bella parecia cada vez mais ardente, ela agora o segurava com força pela nuca e apoiando um dos joelhos no sofá, passou o outro por cima do seu corpo. De joelhos, ela o beijava até que ele a conduziu novamente, desta vez para que sentasse sobre o seu membro já rijo.

Ela o sentiu desejando-a e tremeu um pouco. Já estava em expectativa, queria-o tanto que nem pensava direito. Ele tirou a sua blusa ou foi ela, ela tirou a dele, também não sabia ao certo, pois poderia ter sido ela.

Edward a forçou levantar-se e tirou a sua bermuda e calcinha com muita habilidade. Ela o ajudou a tirar as suas roupas também. Parecia com tanta pressa quanto ela, pois imediatamente a puxou de volta e a sentou nele. Agora, estavam conectados os dois corpos.

Estava tão bom, o ritmo que ela levava em cima dele, que simplesmente deixou que ela agisse livremente. A sua excitação foi ao extremo quando Bella deixou de beijá-lo e continuou num ritmo mais acelerado, gemendo e olhando para ele com desejo. Ele não suportou, arrancou o sutiã dela e serviu-se dos seios firmes, impregnados com o seu perfume. Bella gemeu alto enquanto chegava ao clímax, estava aninhando-se mais em mais em Edward, mas ele a afastou, segurou-a firme para ver a expressão dela. Ela estava entregue e satisfeita, ele sorriu e a fez levantar. Era a vez dele dominar.

***

Foi pela manhã quando despertou que sentiu sua intimidade um tanto dolorida. Então ela recordou de como Edward tinha sido extremamente dominador na noite passada. Ele a fez fazer coisas que nunca tinha imaginado, tudo para ela era novo e excitante.

Edward estava ao seu lado, ainda dormia. Seu rosto estava tranquilo e relaxado. Ela o admirou por longos minutos antes de levantar-se. Nua, ligou o chuveiro e entrou de baixo da água abundante e morna.

Ficou ali pensando e logo seus pensamentos voltaram-se para o seu pai e na conversa que haviam tido na noite passada. Ela estava planejando sim algo assim que saiu de lá, mas não contou ao Edward e não contaria. Não faria isso porque não confiava nele, faria isso para protege-lo. Quanto menos ele soubesse, menos o seu pai deveria exigir dele. Bella sentiu a aproximação de Edward, ele entrou no box em silêncio e a abraçou por trás colando os eu corpo nu no dela debaixo da água.

Ficaram daquela maneira por um tempo até que Edward afastou-se e começou a lavar os cabelos dela com shampoo. Bella gostou muito daquilo, era um ato carinhoso e a confortava. Assim que acabou ela voltou-se pra ele que agora a ensaboava, ela retribuiu a gentileza, logo eles estavam limpos e cheirosos.

Incapaz de não tocá-la, Edward a acariciou e a beijou. Quando o beijo pareceu intencionado e as carícias mais audazes, ela o afastou gentilmente. Ele ainda beijou todo o seu rosto antes de realmente se afastar.

— Não quer? - Perguntou.

— Quero, mas preciso de um tempo. – Edward que parecia sempre perceber em suas palavras até o que não era dito mudou a sua postura. Agora não parecia tão excitado como antes, mas atento.

— Porque?

— Estou um pouco dolorida. – Bella não sabia porque ficou vermelha e saiu do box puxando a toalha para enxugar o corpo e os cabelos. Edward saiu em seguida olhando para ela.

— Eu te machuquei? - Ele parecia preocupado. Bella não respondeu. – Está muito machucada? O que podemos fazer para melhorar? Quer que eu vá até a farmácia? - Disparou. Bella segurou os eu rosto.

— Acalme-se. – As suas palavras pareceram não surtir efeito. – Edward, estou falando sério. Fique calmo.

— Porque não me disse ontem?

— Porque senti agora pela manhã. Não sei se foi realmente você ou o fato de que eu nunca fiz tanto sexo em minha vida. A que horas fomos dormir mesmo? Será que dormimos mesmo?

— Não brinca. – Ele pareceu chateado pelo pouco caso dela.

— Não estou brincando, você que não deveria pensar muito sobre isso. – Bella enrolou-se em uma tolha e com a outra enxugava os cabelos.

Edward também usou uma e foi para trás dela novamente e a ajudou.

— Diga-me se por acaso te machucar. Serei mais atento.

Eles se vestiram e Bella sentou-se na cama, estava prestes a usar o secador para terminar de enxugar os cabelos quando novamente ele tirou de suas mãos a tarefa. Ela sorriu agradecida e deliciada com os mimos.

— Dê-me. – Bella tentou tirar o secador de suas mãos depois de um tempo. Edward recuou para que ela não conseguisse.

— Deixe comigo.

— Não está aborrecido com a tarefa? - Edwad franziu o cenho para ela sem acreditar que realmente perguntou aquilo.

— Eu quero secar seus cabelos um trilhão de vezes. – Bella sorriu secretamente. Aquilo vez com que pensasse em Edward todos os dias fazendo aquilo para ela. Ela adoraria.

— Um trilhão de vezes preenche uma vida e ainda sobra. Por acaso isso é um pedido de casamento? - Ela soltou como uma brincadeira para provoca-lo.

— Acha que eu sou do tipo que faz um pedido de casamento desses? Um pedido feito por mim será de um nível diferente.

— Esqueci de como você é metido.

— Não sou metido. – Ele rebateu. – Ainda ontem você me repreendeu por tê-la imaginado grávida e hoje põe pedidos de casamento em minha boca.  – Bella deu de ombros sem saber ao certo o que responder. Não sabia porque tinha começado aquela brincadeira. - Não é um pedido ainda, mas você sabe que haverá um.

— Pare com isso. – Bella agora tinha ficado nervosa.

— É claro que você perceberá as minhas intenções. – Ele desligou o secador, mas permaneceu de pé olhando para ela. – O ponto é... Aceitará a minha proposta?

— Eu... – Naquele momento não sabia o que dizer. Na verdade, se parasse e prestasse atenção nos seus sentimentos, diria que estava assustada. – Eu...

— Foi uma pergunta retórica. – Ele sorriu como se não temesse uma resposta negativa no futuro. Se aquele diz chegasse, ela aceitaria? - Foi quase desanimador a sua expressão perturbada. Quase não identifiquei a mulher que disse me amar ontem.

— Exato, eu disse que te amo ontem. E hoje já me propõe casamento?

— Eu não propus. – Edward pôs o secador sobre a cama e com a mão livre segurou o queixo de Bella.

— Mas está decidido a propor. – Edward assentiu e viu Bella arregalar os olhos. Ele gargalhou um pouco da sua expressão. – Porque está rindo?

— É disso que tem medo? Não de fazer dois cursos de vez, não de expor suas obras desconhecidas, não de um ladrão, não do Jared e nem do seu pai. Você teme a minha proposta de casamento?

— Não temo. – Bella piscou algumas vezes, percebendo o ponto de vista dele. Ela levantou num rompante e iria se afastar se ele não se segurasse pelo braço.

— E o que é então?

— Ainda é cedo para pensar nisso. Acho também que sou jovem demais. Talvez eu precise namorar mais, conhecer pessoas novas. – Ela falou a última frase maliciosa.

— Pessoas novas... Eu serei suficiente para você.  – Edward a jogou na cama, ela tentou evitar rir daquilo, mas gostava cada vez mais do modo de agir dele.  – Mostrarei o quanto sou perfeito para você, Bella.

Edward desabotoava a sua blusa recém posta. Com a camisa totalmente aberta, ele engatinhou até ficar cara a cara com ela e a beijou impiedosamente. Ainda estavam com os lábios unidos quando ela virou e ficou sobre ele. Bella se afastou ofegante e um pouco zonza.

— Isso terá que esperar. Quero ficar com a Alice um pouco hoje. – Edward recuou, mesmo sentindo o seu corpo gritar por ela. – Não quer me acompanhar? - Ele pensou um pouco enquanto acariciava seus cabelos.

— Sim, acompanharei para vê-la. Em seguida deixo vocês a sós. – Bella deu-lhe um último selinho antes de se afastar. Edward não teve outra alternativa senão seguir a namorada.

Eles tomaram um café rápido e saíram. Bella enfim estava dirigindo o seu carro, relutante ainda. Só o fez porque Edward insistiu de modo carinhoso. No final da viagem ela teve que admitir que foi muito bom dirigir o seu carro. Em agradecimento, beijou demoradamente o seu namorado.

— Se continuar assim, será impossível deixá-la aqui.

Alice naquele dia estava na sala, talvez já esperando a amiga que tinha mandado mensagem avisando sobre a sua visita mais cedo. Estavam conversando talvez por uma hora quando Edward despediu-se deles, este já havia pedido por um taxi através de um aplicativo. Bella o acompanhou até lá fora e o abraçou forte.

— Está querendo me compensar por me deixar sozinho o resto do dia?

— Como sabe que pensei em passar o resto do dia aqui? - Edward riu em seu ouvido, dando-lhe cócegas.

— Você percebeu como eu o quanto ela estava entediada antes. Vou para casa, tenho que trocar de roupa e... Talvez passe um tempo com o Emmet.

— Tudo bem. – Eles se afastaram. Um taxi passava por eles lentamente quando ele acenou e ele parou.

—  Não faça nada imprudente sem mim. – Bella franziu o cenho e fez beicinho. Ele aproveitou para beijá-la e em seguida se foi. Apenas quando o taxi não podia ser mais visto ela voltou para dentro de casa.

De tanto Alice insistir, Bella a ajudou a entrar no seu carro. Alice queria almoçar fora com a amiga que não teve como dizer não para a amiga desesperada por um pouco de ação. Elas seguiram aleatoriamente pelas ruas, conversando e rindo. Escolheram um restaurante lá Bella relatou a amiga sobre os últimos acontecimentos em sua família e não teve como escapar do interrogatório sobre o namoro com Edward. Alice naquele ponto ficou eufórica ao saber que a amiga tinha mandado ver nos últimos dias. Bella tentava controlar a amiga no meio do restaurante, mas ela também ria e sentia-se feliz.

Na volta, encontraram Jacob na entrada de casa prestes a entrar. Alice chamou por ele que rapidamente foi até ela e a ajudou a sair do carro. Ali fora, trocaram cumprimentos, os novos namorados beijaram-se rapidamente, talvez sem jeito por Bella estar ali ou porque ainda não tinham falado com seus pais. Entram, Bella apenas despediu-se dos pais da Alice, queria dar espaço para os dois. Alice merecia os mimos de Jacob.

Foi voltando para casa que viu Jared caminhando descuidadamente pelas ruas. Bell ateve que avançar mais, passando por ele para conseguir estacionar. Quando voltou para onde o tinha visto, Jared havia sumido. Ela caminhou em volta e o viu em uma rua paralela. Ela apressou-se em segui-lo até acompanha-lo de perto. Estava atrás dele, queria abordá-lo, mas não sabia como. Em sua cabeça inventou muitas maneiras de chama-lo, mas ainda não havia aberto a boca. Foi quando paralisou, Jared estava parado olhando para ela de maneira surpresa. Ele tinha sentido que alguém o seguia e virou-se pronto para lutar quando a viu.

— O que está fazendo? - Perguntou ainda ponderando se estava mesmo falando com a Bella real ou com uma imagem fruto de sua imaginação. Nos últimos tempos tinha adquirido o costume de vê-la em todos os lugares. Ela sorriu amarelo.

— Bem... – Bella pegou-se atrapalhada. Passou as mãos pelos cabelos olhando em volta. – Eu vi você passando e resolvi dar um oi. – Jared olhou para ela com descrença, Bella pareceu ficar ainda mais sem jeito. – Oi. – Disse por fim. Ele bufou totalmente descrente.

— Você me viu passando aqui? - Ele olhou em volta e depois para ela aprofundando o olhar, deixando claro que sabia que ela o seguiu por alguns bons metros. – Volte, daqui a diante as ruas não são como as que tem costume de andar. – Foi a vez dela olhar em volta e perceber que aquela rua era um pouco mais humilde. Ela deu de ombros.

— Jared, tenho te ligado e mandado mensagens. Você não me atende, chega a rejeitar a ligação, visualiza as mensagens, mas não me responde. Eu gostaria de saber onde foi parar a sua educação. – Bella tomava coragem a cada palavra dita e por fim estava com o nariz arrebitado.

— No mesmo lugar do seu bom senso. – Aquilo fez com que seus ombros despencassem um pouco. – Já deve saber que quando alguém não atende e não responde as mensagens é porque essa pessoa não quer se comunicar.

— E porque não quer se comunicar comigo?

— Você sabe as respostas, não me faça ter que dizê-las.

 - Eu sinto muito. Edward as vezes é....

— Bella. – Ele a interrompeu. – Além de irritado por ter me apaixonado pela garota do Edward Cullen, estou muito envergonhado por ele ter atendido aquele telefonema. Estou caidinho por você e entendi que você gosta de tipos como ele, caras com problemas. – Ele riu sem humor. – Se você quer que eu supere isso, pare de me ligar, de mandar mensagens, pare de ser tão fofa e de aparecer na minha frente do nada ainda mais fofa. Tá aí as palavras que queria ouvir. – Ele se virou diante do olhar emocionado dela.

— Ainda acho que podemos ser amigos.

— O problema, Bella, é que até nisso o seu namorado vê ameaça. Acha que vale a pena a pressão?

— Sim. – Jared cerrou os olhos sob o efeito da afirmação dela. Queria poder ficar perto o suficiente para que se cassasse dela, mas não estava mais tão certo de querer atormentar Edward e não achava que merecia estar ao lado dela. Não com a verdade óbvia que tanto queria manter escondida. Pela confiança que depositava em seu pai, por ter que se agarrar ao que ele dizia, a única pessoa de sua família, de sua vida.

— Eu quero... – Ele balançou a cabeça, não podia dizer aquilo. Queria ficar com ela, queria muito, mas tinha que deixar passar. E ele caminhou apressadamente para longe dela antes que fosse tarde demais.

***  

Edward não havia retornado, então aquela tinha sido a primeira noite que passara sozinha na sua casa. Ela gostou, apesar de sentir falta de estar nos braços do namorado. Ele havia saído com o Emmet e festejado até tarde, resolveu ficar na casa do seu pai.

Pela manhã, decidiu que poria o seu plano em andamento. Daria o susto que o seu pai merecia. Estava agindo um tanto por vingança, para atingi-lo e provavelmente o pai ficaria louco de uma maneia que jamais viu. Era o risco.

Encontrou um advogado com certo prestígio, conversou com ele durante longos minutos. Combinou com ele o que queria e ficou prometido a ela que assim que pronto o documento ele a contataria.

— Quando irá voltar para a faculdade? - Edward havia dormido com ela naquele dia. E abordou aquele assunto quando tomavam café da manhã. – Já está muito atrasada, Bella.

— Não voltarei para a faculdade enquanto o meu pai não ceder. Se eu fizer isso primeiro, ele nunca deixará de agir dessa maneira dominadora sobre a minha vida. Posso lidar com o atraso de um semestre. – Ele não aprovava, ela sabia e percebeu pelo som de sua respiração forte. – Porque não passa no DiFerro esses dias? Está quase terminado lá e acho que até o próximo mês inauguraremos.

— Claro, passarei lá. – Ele a inspecionou novamente.

— Pra onde esta indo mesmo? Anda tão cheia de compromissos... – Ela notou o tom dele, aquilo também o incomodava. Ele pressentia que ela estava agindo, mas não conseguia perceber o que era ainda.

— Não exagere. Estou indo para a minha consulta. – Na verdade primeiro passaria em seu advogado e pegaria o documento que estava pronto.  Novamente o suspiro forte dele. Edward estava heroicamente se segurando...

— Bella... – Até aquele momento. – O que está me escondendo?

— Por favor não me pergunte.

— Eu tenho que saber para ficar ao seu lado e ajudar. Quando me põe no escuro não saberei como agir.

— Não posso dizer ainda. – Ela rebateu.

— Sabe que eu posso simplesmente descobrir.

— Olha só o seu tom e as suas palavras, Edward Cullen!

— Está escondendo algo que parece ser grande de mim. É como se não confiasse em mim.

— Não estou lhe dizendo para o seu bem. Não quero que meu pai diga que você foi negligente. Não quero que se magoe. – Aquilo fez com que ele recuasse um pouco, mas ainda assim, estava bastante preocupado com o que quer que ela estivesse fazendo.

***

Seu coração estava descontrolado enquanto caminhava apressadamente até o seu carro. Ela entrou e sentou no banco do motorista. Jogou a bolsa para o lado e permaneceu com o envelope em suas mãos, o abraçou. Aquele papel abalaria o seu pai, mas seria suficiente para ele a deixar em paz. Caso não fosse, ela deixaria se atuar e realmente pediria para o advogado iniciar os trametes.

Bella abriu o envelope e tirou o documento. Nele, podia-se ler perfeitamente: “Declaração de Renúncia Abdicativa. ” Aquilo sim faria Aro tremer. Bella sentiu-se malignamente satisfeita enquanto dirigia-se para o escritório do pai. Faria isso antes de sua consulta, teria muito tempo até lá.


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