Reverso escrita por Camila J Pereira


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Meninas e meninos, esse é um daqueles capítulos tensos. Estive com alguns recortes dele em minha mente, mas não consegui por alguns dias desenvolver o que o Aro poderia fazer, o que seria algo que ele faria... De repente, as coisa toda surgiu e está aí o capítulo.
Espero que gostem. :)



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Finalmente ele ficou livre. Bella o esperava a quase uma hora na recepção. Tempo suficiente para se acovardar e voltar a ter coragem um milhão de vezes. A secretária do seu pai pediu que ela entrasse. Bella respirou fundo por três vezes, apertou o envelope em suas mãos e levantou-se decidida.

— Bella! – Edward estava ali próximo, desviou-se de seu caminho quando a viu. – Querida, não esperava por você. – O beijo que recebeu foi carinhoso e nada tímido diante das pessoas que passavam por ali.

— Não deveria me beijar aqui. – Disse baixo e um pouco vermelha. Isso só fez com que ele sorrisse ainda mais. Ele segurou o seu nariz como os adultos fazem com crianças fofas. – Ah, sério. Você ás vezes é bem descarado.

— Já foi para a sua consulta?

— Ainda não, irei depois daqui.

— Mas pela manhã você disse...

— Eu menti. – Admitiu sem rodeios. – Desculpe por isso. Vou entrar antes que meu pai fique ocupado novamente.

— Bella, espera. – Edward pressentiu que a mentira e a sua presença ali era a cutucada que daria em Aro. Não gostou, não se sentia bem com aquilo. – O que fará?

— Fique de fora dessa. – Bella entrou na sala do pai e Edward não podendo ficar de fora a acompanhou. – Edward, eu disse para ficar de fora.

— Decidi não te escutar. – Ele afirmou ter compreensão do pedido feito por ela.

— Pai. – Bella enfim dirigiu-se ao pai que até então os observou naquela pequena discussão.

— Não estou com humor para brigas hoje, Bella. Porque não passa em nossa casa mais tarde e se me sentir disposto poderemos conversar. – Aro estava calejado e tinha quase 100% de certeza de que a filha não tinha ido até ali porque estava com saudades.

 - Não posso esperar. – “Provavelmente me acovardarei. ” Completou mentalmente. Aro a analisou, sua filha parecia decidida. Utilmente ela havia ganhado esse ar. Seria muito melhor se as decisões dela seguissem a mesma direção das dele, porém, aquele ar recém adquirido de sua filha só lhe trazia dor de cabeça.

— Pois bem... – Ele apontou para a cadeira a sua frente. Bella negou, o movimento de cabeça lhe pareceu exagerado. Estava bastante nervosa. Talvez não saísse viva dali. Estava novamente ponderando as possíveis reações do pai. – Bella, estou esperando, mas não tenho o dia todo. – Ela reagiu, agora percebendo que havia demorado em seus devaneios.

— Querida... o que quer que seja... – Edward balbuciou ao seu lado. – Se está em dúvida, repense antes de dizer qualquer coisa. Podemos ir para casa e discutir sobre isso.

— Não. – Bella deu um passo para frente e encarou o pai. – Essa é a última vez que lhe peço para me deixar cursar o que eu quiser, fazer o que eu quiser, ter as minhas próprias decisões e sentir arrependimento ou felicidade por elas. Não me afaste de você. – A sua pequena súplica teve pelo menos a força de fazer Aro pensar rapidamente em deixa-la fazer o que quisesse, mas ele não gostou do que imaginou. Bella distante, pintando, talvez alcançasse sucesso, talvez ganhasse um pouco acima da média, enquanto a empresa, o grande império de sua família ficava com os abutres. Parentes distantes que não sabiam o verdadeiro significado daquilo tudo. Edward poderia assumir, mas seria uma grande briga, com maiores chances de perda já que ele estava bem distante na linha de sucessão. Aquilo viraria um inferno.

— Você deve entender que isso é muito maior do que você, do que eu. – Bella sentiu que seu corpo esfriava, suas extremidades estavam congeladas. Ela assentiu, desolada, incapaz de disfarçar a sua decepção.

— Pai, isso é muito importante. – Ela ergueu um pouco o envelope. – Aqui dentro está o documento que me liberta disso que é bem maior do que eu. Eu pensei bem, não tem outra maneira de me livrar desse destino a não ser... – Edward olhava ara Bella apreensivo, sentia-se em desvantagem, mas estaria ali por ela e para ela. – A não ser que nada disso pertencesse ao meu futuro por direito. – Então Edward foi mais rápido do que Aro e compreendeu.

— Bella... – Ela olhou para ele rapidamente, mas não parou de falar.

— Aqui está a minha carta de alforria. Leia e verá a Declaração de Renúncia Abdicativa. – Ela depositou o envelope sobre a mesa de frente para um Aro perplexo. Bella retrocedeu alguns passos ficando ligeiramente a frente de Edward.

— Renúncia? - Aro perguntou para a filha. Bella podia ver seus olhos inflados, úmidos com lágrimas de raiva e ligeiramente avermelhados.

— Sim, renúncia. Renuncio a tudo. – Aro levantou-se com dificuldade, pegou o envelope e tirou o documento. Não o leu, só constatou que era realmente um documento de renúncia de herança .  – Com isso posso agir livremente. – Aro ainda segurando o documento, parecia não ter palavras. O seu pomo de Adão movia-se como se ele estivesse engasgado. Ele estava, engasgado, enojado, zonzo... Queria extravasar a sua ira, queria dar uma lição naquela menina. Só se deu conta que estava diante da filha porque ela o chamou.

— Pai. – Bella o chamou novamente e então Aro lhe desferiu uma bofetada na cara. Bella girou com a força do golpe e caiu aos pés de Edward. Seu pai não estava satisfeito de vê-la no chão e por isso ergueu a mão para novo tapa, mas Edward o segurou a tempo.

— Basta! – Gritou nervoso por ter visto aquela cena deprimente. Aro piscou algumas vezes, Edward não sabia o quanto o tio estaria entendendo naquele momento, pois ele parecia tonto.

Aro leu novamente o título do documento e com dentes cerrados rasgou-o em pedaços pequenos. Alguns caíram em Bella que estava sendo amparada por Edward ainda no chão. Ela segurava o lugar atingido, cabeça baixa. Edward não podia ver direito, seus cabelos estavam caídos no rosto também, mas viu as lágrimas dela caírem.

— Bella... – Edward penalizado tentava fazê-la erguer-se pelo menos.

— Saiam os dois daqui. – Aro estava sentado em sua cadeira, olhos vidrados em um ponto invisível. Edward enfim conseguiu tirar a mão de Bella do rosto e viu seu lábio partido e uma mancha já se formando.

— Você a fez sangrar! – Ele olhou para o tio com rancor. – Está ouvindo? Você a fez sangrar!

— Edward... não... – Bella sabia que tinha passado dos limites e esperava alguma atitude louca do pai.

— Nunca mais tocará nela, eu estou lhe avisando! – Nunca havia falado daquela maneira com o tio.

— Saiam daqui! – Aro gritou em resposta.

Edward decidiu usar a força e carregou Bella nos braços. Seus protestos eram ignorados por ele que a levou até o seu carro. Edward começou a dirigir, calado, tenso. Parou diante de uma farmácia, saiu do carro e voltou ainda calado.

— Ai! - Ele limpou a ferida dela e pôs remédio. - Eu disse para ficar de fora.

— Aquele documento... Você realmente levou isso para ser processado?

— Não. – Edward pareceu respirar melhor.

— Ainda assim fez seu pai acreditar.

— Porque eu estou disposta a levar a sério. O original está com o advogado e a qualquer momento ele pode dar entrada no documento. Basta eu lhe dar um aviso. – Edward guardou tudo o que usou dentro de um saco. - Você está muito calado. Ed, não seja assim. – Mesmo com o seu apelo, não obteve nenhuma resposta verbal dele. - Está chateado comigo? - Edward ligou o carro novamente. – Espere! – Pediu apressadamente. – Diga-me o que está pensando, o que está sentindo. – Edward tamborilou os dedos no volante, Bella teve esperança por um segundo, mas ele a decepcionou quando pôs o carro em movimento.

Quando chegaram em casa, ainda estava em silêncio. Bella não conseguia parar de olhar para o namorado, esperando que ele dissesse algo. Ele parecia naquele momento o Edward de poucas palavras e assustador de antes. Foi em silêncio que ele avançou para o banheiro, despiu-se e entrou debaixo do chuveiro.

Ao sair do banheiro, encontrou Bella na cama a analisar seu reflexo em um pequeno espelho. Ela tocava o ferimento de leve com uma pequena careta, o lugar estava com uma mancha roxa. Percebeu que o banho não havia esfriado o seu sangue. Um celular tocou, Bella olhou para ele e pegou seu olhar ainda duro sobre ela. Suavizou a sua expressão e arriscou um leve sorriso para ele. Edward afastou-se nenhum pouco convencido daquilo e buscou o seu aparelho que ainda chamava.

— Diga. – Atendeu seco sabendo quem era.

— Edward, volte para a empresa imediatamente.

— Ouvi você me mandar embora. – Ele estava irritadiço, por respeito não deveria falar naquele tom, mas ainda lembrava do tapa que o seu tio desferiu em sua namorada.

— Deixe de brincadeira, garoto. – Garoto? Fazia tempo que não o ouvia chamar assim. – Você tem obrigações aqui, lembre-se disso.

— Não vai perguntar como ela está? - Bella apareceu ao seu lado na sala e entendeu prontamente que seu namorado falava com o seu pai.

— Você sabe como eu me sinto.

— Não, eu não sei e nem ela! – Explodiu.

— Quer saber se eu sinto muito? Eu sinto muito por ter feito aquilo, mas ainda estou com raiva e acho, Edward, que eu tenho razão.

— Razão...

— Venha e não demore. – Seu tio desligou. Sentiu ímpetos de estraçalhar o celular. Bella o abraçou por trás ciente de que ele estava irritado.   

— Tenho que voltar. – Bella notou o tom amargurado.

— Não briguem. – Edward se afastou dela.

— Você começou. – Bela o seguiu até o quarto. Edward pegava as suas roupas e vestia.

— Não é a sua briga.

— Você ainda acha isso? - Ele não a olhava, aquilo a incomodava. Edward vestiu-se completamente, pegou as suas coisas, sempre com Bella atrás dele. Ela o acompanhou até a porta. Edward a abriu, Bella pensou por um instante que ele iria sem dizer mais nada.

— Cuide-se. Volto mais tarde. – Mesmo assim não a olhou completamente. Edward atravessou a porta para depois recuar. Virou-se para Bella, ele parecia apreensivo. Bella entendeu que ele não queria encará-la para que não visse aquelas emoções em seu olhar.

— Edward...

— Por favor, fique em casa. Fique aqui até que eu volte, não atenda nenhum dos empregados do seu pai, mesmo que seja o Paul. Espere até que eu volte. Entendeu? - Edward a abraçou firme.

— Acha que ele está tão louco assim?

— Diga que sim.

— Sim. – Bella sussurrou em seu ouvido. – Eu te amo.

— Eu te amo. – Edward a beijou na testa antes de ir.

Bella também se banhou quando se viu sozinha. Estava comendo um sanduíche e pensando em suas atitudes e como tudo aquilo afetava o seu pai quando a campainha soou. Ela olhou pelo olho mágico, era o seu pai. Nem mesmo pensou, abriu a porta com o rosto franzido. Ele analisou o estrago que fez com o tapa. Seus lábios se curvaram em desagrado.

— Não me convidará para entrar? Eu trouxe vinho, o que você gosta. – Ele ergueu a garrafa.

— Tivemos uma grande discussão horas atrás. Você me estapeou. – Não podia evitar sentir uma hesitação, algum pretexto sombrio por de trás daquela visita.

— Por isso vim aqui, preciso me desculpar. – Bella ergueu as sobrancelhas perplexa.

— Desculpar? - Lidaria melhor se ele tivesse ido exigir desculpas dela. No entanto...

— Deixe-me entrar. – Bella deu passagem para ele, que entrou com um meio sorriso no rosto.

Aro olhou em volta, pareceu aprovar a residência da filha.

— Não é um lugar ruim, mas está acostumada com uma casa mais refinada e mais espaçosa.

— Sou bem adaptável, pai. Sente-se. – Ela ofereceu um lugar ao sofá.

— Pegue as taças. – Bella obedeceu ao pai e voltou rapidamente. Aro os serviu.

— Eu sinto muito tê-la machucado. – Aro dizia para a sua filha sentada ao seu lado. Bella pegava a taça que ele lhe dava, ouvindo as desculpas, mas não estava totalmente convencida da ida dele tão rapidamente a sua casa. – Jamais quis fazer algo assim, mas deve entender que você vem me ferindo muito.

— Ótima escolha de palavras. - Aro bebeu da sua taça.

— Tudo o que eu faço é para que tenha uma vida segura até o fim. Você faz pouco caso sobe isso, trata tudo o que eu faço como lixo. E anda saindo da linha como se estivesse tendo um ataque agudo de loucura. Eu realmente penso que está sofrendo algum processo tardio de trauma.

— É isso que acha?

— Não fui muito presente em sua vida depois da morte... – Aro encheu mais um pouco a sua taça e bebeu. Bella percebeu que ele estava um pouco nervoso e considerou que pelo menos o pedido de desculpas era sincero. - Talvez faça todo o sentido. Estou tentando me responsabilizar por suas atitudes rebeldes. Devo fazer algo para que você volte a si. – Bella estranhou aquela última frase. Aro levantou-se e a sua taça caiu. – Ah, nossa! – Bella levantou-se também.

— Tudo bem, eu limpo isso.

Assim que foi deixado sozinho, Aro retirou do seu bolso um frasco pequeno e adicionou algumas gotas na bebida da filha. Quando ela voltou, ele estava sentado e com um lenço secava seu suor da testa. Não gostava muito de agir traiçoeiramente com ela, mas a filha estava fora de controle. Bella limpou tudo e levou mais uma taça para o pai.

— Por favor, beba comigo. – Os dois estavam novamente sentados. Bella pegou a sua taça e bebeu. – Temos que conversar sobre vários assuntos com calma. – Ele torceu quando ela serviu-se de mais vinho. – Devemos parar de brigar entre nós, você é a minha família, a única filha. – De repente, Bella parecia estar ficando sonolenta, mas bebeu mais vinho. Ele sabia que aquele sonífero era um tanto forte e ela não demoraria a adormecer. – Tenho planos para você e se não quiser lidar com a presidência da empresa, tenho um plano B.

— Plano B? - Bella estava um pouco zonza e recostou-se no sofá.

— Não pode atacar seu pai dessa forma. – Ele percebia que ela já estava indo. – Renunciar a tudo o que eu lutei tantos anos para te dar. Fui atrás do seu advogado e lidei com ele. Os documentos não existem mais.

— Não podia ter feito isso. – Bella quis ser mais enérgica em sua fala, mas a sonolência a abatia.

— Não quer saber do plano B? - Ele sorriu carinhoso. – Casar-se com o Edward. Ele se parece tanto comigo... Ele assumirá então, como você quer, depois do casamento. Assim, ninguém poderá reclamar.

— Casar com o Edward? - Aro pegou a taça de suas mãos antes que caíssem e a pôs no chão.

— Sim, querida. Ele está de acordo, sempre está. Edward pensa como eu. Claro, mesmo se eu não pedisse, ele sempre fez tudo por você. E eu devo admitir, está se revelando um amor imutável. Embora eu adore o fato de alguém amá-la assim, eu estou um pouco aborrecido. Edward nunca foi tão teimoso. Em alguns parâmetros, eu perdi para você. Ele te ama muito mais. Então... Vocês merecem uma punição. Não é porque amo vocês que devo deixar passar.

— Pai... o que fez... – Bella estava lutando para manter os olhos abertos.

— Eu lamento muito, querida, por isso, por tê-la machucado.

— Pai... não... – Tentou segurar o colarinho dele, mas seus dedos não fechavam, não tinha força suficiente.

— Durma, cuidarei de você, meu amor.

***

Edward ligou algumas vezes para Bella, queria avisar que logo estaria em casa ao seu lado, mas quando não a viu atender na terceira vez, ficou com um mal pressentimento. Não tinha ido falar com o tio quando chegou na empresa, mas sabia que ele estava ciente da sua presença lá. Do mesmo modo, também não o procurou para dizer que estava de saída. A verdade era que não estava ainda disposto a encarar o tio, o tapa foi intragável.

Ele subiu, tocou a campainha, mas Bella não abriu a porta. Ele a tocou repetidas vezes já com aquela sensação ruim crescendo. Pensando em apenas entrar e vê-la dormindo, alheia ao seu desespero, Edward girou a maçaneta e para a sua surpresa abriu. Em poucos segundos ele vasculhou a casa toda e quando não a viu em lugar algum, sua mente começou a trabalhar veloz para o enlouquecer. Imaginou alguns pequenos desastres, tentou afastar aqueles pensamentos e discou novamente para ela. Ouviu o som do toque ali, foi atrás, o celular e a bolsa com seus documentos estavam no seu quarto.

— Pensa, pensa... – Tentou concentrar-se em algo possível de ter acontecido. Infelizmente vislumbrou seu tio, era algo real e bem possível.  

Voltou correndo para o carro e em alta velocidade dirigiu até a casa onde viveu quase toda a vida. Seu tio estava em seu escritório, sentado na poltrona, olhos fechados. Havia uma ruga entre os olhos, ele não parecia estar tranquilo, não deveria mesmo.

— Onde ela está? - Sem rodeios, abordou o tio que abriu os olhos nem um pouco surpreso ou afetado com a presença do sobrinho ali. – Onde ela está? - Repetiu, a voz grave, olhos em fendas para Aro. Aquela briga era totalmente dele.

— Sente-se, querido sobrinho e genro.

— Nem pensar. Diga-me onde ela está agora.

— Não me dê ordens, Edward. Sente-se! – Ordenou. Edward deu alguns passos para lá e para cá até forçar-se a sentar de frente para o tio. Ele mal se continha. O coração disparava, sentia o sangue circular por todo o corpo rapidamente. – Vocês dois me afrontaram, me apunhalaram pelas costas.

— Levou-a para puni-la?

— Essa é uma punição para ambos vocês.  – Disse no alto da sua arrogância. – Eu quero que entenda que da mesma forma que eu dei a minha benção para vocês dois, da mesma forma que eu entreguei a minha filha para você, eu posso toma-la facilmente.

— Não pode fazer isso. Devolva-a para mim. – Aro não se alterou. – Por favor, devolva Bella para mim. – Edward estava tremulo, sabia que o tio tinha meios de desaparecer com Bella. Ele podia demorar de encontrá-la ou nunca mais vê-la.

— Não é curioso como aquilo que te dá forças, pode ser aquilo que o torna fraco ao ponto de destruí-lo? - Aro deu uma olhada na palidez do sobrinho e nos seus olhos angustiados. Edward tinha a boca entre aberta, sua respiração alterada. Nunca o tinha visto demonstrar tantos sentimentos nem mesmo na morte dos seus pais. – A minha filha é mesmo a sua kriptonita.

— Você não deveria tê-la tocado. – Queria que saísse como uma ameaça, mas inutilmente saiu como um comentário triste. – Eu a quero de volta.

— Ela voltará para a premiação. Ela deverá descansar um pouco. Não se preocupe, Bella está sendo bem cuidada.

— É a nossa vida! Não pode leva-la!

— Engraçado, você já fez algo parecido.

— Por ela! – Os olhos dele estavam avermelhados e lagrimejando.

— Isso é por ela também. Bella está claramente fora de si. – Aro levantou-se e caminhou para sair, mas antes parou na soleira da porta. – A propósito, prepare-se para o casamento. Será em breve, ela já está ciente. Espero que aprenda a lição, Edward. – Ele se levantou para ir atrás do tio, mas Sue o segurou n porta.

— Eu vou mata-lo. – Disse entre os dentes.

— Não faça nada que não possa voltar atrás, Edward.

— Ele a levou de mim. – As lágrimas finalmente caíram, mas ele estava indiferente a elas. Aquilo penalizou Sue ainda mais. Nunca o tinha visto chorar.

— Também estou preocupada e não a quero em um ambiente a força. Edward, eu ouvi onde ela está. – Edward pela primeira vez olhou para Sue. – Direi a você.

 

 


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