Miraculous: Let Me Know You escrita por Mirytie


Capítulo 28
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Enjoy



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Cloe decidiu não acreditar no que Adrien lhe tinha dito. Claro que não queria dizer que ele era um  mentiroso. Nunca chamaria o seu futuro marido de mentiroso. Ele podia estar enganado.

Mesmo que pudesse forçar-se a acreditar que o presunçoso do Cat Noir era o seu Adrien, nunca aceitaria a Marinette como Ladybugg. Nem pensar! A sua heroína não podia ser aquela Marinette.

Foi assim que o segredo que os dois heróis revelaram a Chloé ficou, não só protegido, mas também transformado numa piada de mau gosto.

Claro que, nem Marinette nem Adrien sabiam que Chloé não tinha levado aquilo a sério. Eles já estavam a pensar numa maneira para encobrir a verdade, caso Chloé decidisse revelá-lo a todo o seu circulo de supostos amigos.

Adrien estava em parte descansado, porque sabia que a raposa nunca deixaria que a Marinette fosse exposta a qualquer tipo de perigo. Por muito que não gostasse dele, sabia que podia contar com Jin para proteger Marinette quando ele próprio não conseguia.

Foi assim, preocupados com tudo e muito mais, que as férias de verão acabaram e a escola começou.

Jin, claro que, depois de ouvir o que tinha acontecido, culpou imediatamente Adrien, que, por sua vez, decidiu não lhe dar muita atenção . Chloé parecia estar normal. Por isso não valia a pena fazer uma tempestade num copo de água.

Devia-se preocupar mais na sua relação atual com Marinette, porque parecia não estar a ir em direção nenhuma. Quando, no entanto, as suas notas começaram a descer, tinha chegado a altura de ele se preocupar com outras coisas.

— As tuas aulas extra estão canceladas. – anunciou Gabriel, depois de descobrir quais eram as notas do filho – A partir de agora, vais sair de casa para a escola e da escola para casa. Sem desvios!

— Pai… - queixou-se Adrien, apesar de saber que não adiantava nada.

— Não manches o nome da família. – disse o pai – É o meu último aviso!

Adrien olhou de lado para a janela trancada do seu quarto. Parece que o pai já tinha pensado em tudo. Ia ser difícil escapar para ajudar a Ladybug dali para a frente. Mas Adrien não ia desistir. Não podia deixar Marinette sozinha com Jin.

Adrien foi obrigado a deixar Marinette sozinha com Jin.

Durante uma semana tinha tentado encontrar uma maneira de se escapulir quando uma pessoa akumatizada aparecesse.

No fim, tal como temera, Jin e Marinette começaram a ficar mais próximos. Tanto nas missões como na escola.

Não era nada anormal para os colegas de turma que sabiam que as mães de Jin e da Marinette já se conheciam antes dos dois nasceram. Para a maioria das raparigas, aquela cena não era só romântica…era como se fosse destino.

Já Alya, que não gostava nada dos rumores sobre a amiga e Jin, dirigiu-se imediatamente a Adrien.

— O que é que está a acontecer? – perguntou Alya, pondo as mãos nas ancas – Desde quando é que ela se tornou tão amiguinha do Jin?

— Não é nada demais. – disse Adrien, tentando sorrir naturalmente – Não vejo mal nenhum em a Marinette ser amiga do Jin.

— Ela afastava-se como se fosse a praga, antes. – disse Alya, extremamente chateada, uma vez que tinha quase a certeza de que Adrien estava a esconder-lhe algo – Agora protege-o quando falo mal dele à frente dela.

— A Marinette sempre foi assim. – mentiu Adrien – Tenho a certeza que ela nunca odiou o Jin.

Alya não tinha-se referido a “ódio” mas, se era nessa direção que queria ir…

Frustrada com a conversa que não levou a lado nenhum, Alya voltou para a sala, depois de prometer a Adrien que aquela conversa ainda não tinha acabado.

Adrien achou que por enquanto devia pôr aquela conversa de lado. Tinha recebido um bilhete (através da Ladybug) sobre outro baile que Paris ia organizar em honra dos seus heróis. Paris não tinha conhecimento de Jin, mas isso não o impedira de aceitar o convite, mesmo sem ser convidado.

Adrien continuava a dizer a si próprio que ia ficar tudo bem, desde que ele continuasse a estudar e aumentasse as notas. Assim o seu pai ficaria contente e voltaria a dar-lhe a pouca liberdade que ele tinha antes.

No entanto, quando lhe deu as boas novas…

— Nada vai mudar. – informou Gabriel, dobrando o papel com as notas do filho, para depois a guardar – Vou refletir sobre a quantidade de “liberdade” te vou oferecer.

— Está a falar como se o que eu pedi fosse irracional. – disse Adrien, confrontando o pai. Não o queria fazer. Mas aquela situação não podia continuar – Aposto que o pai não teve de ficar trancado todos os dias, só a estudar!

Gabriel abriu a boca, pronto para contradizer o filho, mas Adrien foi mais rápido. – O pai saía, desenhava. Não ficava confinado dentro de 4 paredes.

— Queres ser um artista, Adrien? – perguntou Gabriel, surpreendendo o filho, que não estava à espera daquela pergunta – Se o quiseres ser, eu dar-te-ei toda a liberdade que precisas neste preciso momento.

Adrien abriu a boca. Queria dizer que sim. Que precisava da sua liberdade para o que queria fazer. Mas, apesar dessa parte ser verdade, não queria ser um artista como o pai e, por isso, não lhe podia mentir. Gabriel descobriria que ele estava-lhe a mentir. Ele descobria sempre.

Por isso, Adrien entregou-se ao silêncio.

— Tu nem sequer sabes o que queres fazer no futuro. – disse o pai, vendo Adrien baixando a cabeça – Porque é que achas que te inscrevi em tantas atividades extra-curriculares?

Adrien tentou pensar nalguma coisa para dizer, mas mais uma vez, não se lembrou de nada. O que queria fazer…não podia revelar ao pai.

— Adrien, eu não sou nenhum monstro. Não quero manter-te em cativeiro. – Gabriel suspirou ao ver lágrimas nos olhos do filho – Escolhe um par de horas. Terás a minha permissão para fazeres o que quiseres durante esse intervalo de tempo.

Adrien queria perguntar se o pai ia mandar alguém para segui-lo. Mas decidiu não abusar da sua sorte e começar a pensar nas duas horas que queria.

No final, decidiu que guardaria as horas e só as utalizaria quando aparecessem pessoas akumatizadas. Assim poderia ver a Ladybug. Poderia estar com Marinette. Com ou sem a presença de Jin. Só queria estar com ela…

Adrien sentiu-se um bocado culpado por ficar feliz quando uma pessoa akumatizada apareceu, no dia seguinte.

Mas de qualquer maneira, esperou cerca de 15 minutos para sair, depois da aparição. Só para o seu pai não desconfiasse de nada. Esperou que ela ainda estivesse lá quando ele chegasse e, foi com um sorriso nos lábios que a viu a apanhar a borboleta, enquanto Jin observava quase com um olhar de adoração.

Isso não importou. Não, quando ela olhou para Adrien com os olhos a brilhar. – Cat Noir!

Ela queria  abraçá-lo, mas Jin estava lá e ela ficava um bocado embaraçada ao demonstrar esse tipo de afetos em público.

Sabia daquilo porque era assim que se sentia sempre que o Cat Noir a “cortejava” de maneira exagerada. No entanto, naquele momento, ela esperava mesmo que fosse ele a abraçá-la e o pensamento embaraçou-a mais do que o ato em si.

Mas ele não  a abraçou, nem sequer lhe tocou. Continuava chateado por a relação de Marinette e Jin ter evoluído tanto em tão pouco tempo só por ele não estar por perto. E isso traduzia-se, não só em ciúmes, mas também em perda de confiança

— M’lady. – disse ele, aproximando-se dela com um sorriso meio falso.

Não queria sentir-se assim. Era a primeira que estava assim com ela desde as férias de verão. Como ela diria se conseguisse ler os seus pensamentos, ele queria cortejá-la como sempre fazia.

Mas, antes disso, precisava de falar com ela. Perguntar se alguma coisa tinha acontecido entre ela e aquela raposa. Ela ficaria chateada. Ele sabia disso. Mas tinha de ter a certeza que aquilo era só uma amizade.

Foi com um aperto no coração que viu o brinco dela a começar a piscar.

Mas ela conseguiu ver que ele queria conversar…sem Jin por perto.

— Podes ir. – disse ela, para Jin – Eu tenho de dizer uma coisa ao Cat Noir.

— Mas estás quase…

— Vai ficar tudo bem. – garantiu ela, interrompendo Jin – Eu sei controlar o tempo que tenho.

Jin franziu as sobrancelhas durante alguns segundos. Estava com medo de que, se Marinette chegasse a descobrir que o Cat Noir era o Adrien, a relação daqueles dois evoluísse de uma maneira que nem ele podia parar. Isso não podia acontecer…especialmente depois de ele ter-se esforçado tanto para se aproximar de Marinette.

No entanto, não queria irritá-la, dizendo que não a deixaria sozinha com ele. Por isso, concordou e despediu-se dela, ignorando Adrien.

— Vem comigo. – disse Marinette, depois de Jin deixar o seu campo de visão.

Adrien seguiu-a, um pouco confuso quando ela virou para um beco escuro, depois de lhe pedir para não se aproximar. No entanto, tudo se tornou claro quando viu a luz cor-de-rosa brilhante a iluminar o beco durante breves segundos.

— Ladybug…? – chamou Adrien.

— O que é? – perguntou ela, sem dar um passo em frente – Não querias falar?

— Como é que sabes?

— Não era muito difícil perceber. – disse ela, encolhendo os ombros – É sobre a razão que te levou a afastares-te temporariamente? Não tens de te preocupar. O Jin está a fazer um bom trabalho.

Era isso que o preocupava, pensou Adrien. Infelizmente, sem que Adrien se apercebesse, os seus pensamentos transformam-se em palavras.

— Porque é que estás preocupado? – perguntou ela – Será que são ciúmes?

Marinette disse aquilo num tom de gozo, mas o silencio fez o seu coração acelerar. Sabia que o Cat Noir gostava da Ladybug, mas nunca deixaria o ambiente ficar tão pesado. Diria alguma coisa como “E se estiver?” e ficariam por ali.

No entanto, quando ele disse “E se estiver?” não foi como ela estava habituada. Ele estava a falar a sério. O tom de voz era grave e um pouco triste. Sem que se desse conta, Marinette saiu do beco e olhou em volta, mas ele já tinha desaparecido.


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Notas finais do capítulo

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