Um caso de traição escrita por CCris
Notas iniciais do capítulo
Oi! Me perdoem pela demora a postar um novo capitulo, estou um pouco atarefada com os estudos, mas tentarei não demorar mais tanto assim!
Bruh e Ana Camila muito obrigada pelos comentários, espero que gostem desse também!
Relembrando...
— Grissom eu sei que posso estar me precipitando, mas olhe essa foto e me diga que não lhe desperta dúvida.
— Tudo bem! Concordo com você, mas não é suficiente para que busquemos um depoimento do rapaz, não sabemos nem de onde eles conhecem o outro casal!
Brass entra na casa acompanhado do marido enquanto os dois garotos ficaram do lado de fora com uma assistente social.
— Nick, Gil? Esse é Scotler Silva o esposo de Suiane Silva, a mulher desaparecida.
Os três se cumprimentam e Scotler nota o porta retrato nas mãos de Nick.
— Encontraram alguma coisa? – Pergunta encarando o objeto.
— Senhor Silva, quem são esse casal?
— Nossos vizinhos de frente. Valeria e James, por quê?
— Curiosidade! – Diz Nick e Brass começa a explicar.
— O sumiço de Suiane foi reportado ontem a noite, porém como vocês sabem o protocolo é que se passem pelo menos 24 horas, então conte a eles o que me disse Scotler.
— Ontem Suiane teria de pegar Josh e Josef na escola após a aula. Ela é arquiteta e trabalha em casa, portanto não me preocupo quanto a pegar os garotos. A aula deles termina as quatro horas, após as atividades extracurriculares e as cinco recebi uma ligação da escola me informando que os garotos ainda estavam esperando a mãe e que tentaram ligar para cá, mas ninguém atendeu o telefone. Então eu fui buscá-los e quando cheguei em casa não achei Suiane, imediatamente liguei para o celular dela, para a casa de seus pais, de seus irmão, de suas amigas. Não é do feitio dela sair de casa sem avisar nada, nem muito menos deixar os meninos esperando na escola. Depois de esgotar minhas possibilidades liguei para os hospitais locais e depois para a policia, porém me informaram que como eu só tinha dado por sua falta a algumas horas teria de aguardar as 24 horas necessárias para se tornar um possível desaparecimento e desde então fiquei em casa com os garotos.
— O que disse a eles? – Pergunta Grissom curioso.
— Josh é um garoto muito esperto para que eu conseguisse esconder essa situação dele, logo ele notou que tinha algo errado e contei a ele que sua mãe está sumida. Já Josef é muito bobinho, não entende nada que está acontecendo, apesar que já me perguntou por sua mãe!
Entra então a assistente social no local e se dirige ao pai.
— Senhor Silva, levarei seus filhos até uma unidade da policia...
— Por que?
— O senhor tem algum familiar que possa vir buscá-los? – Pergunta Brass.
— Minha irmã.
— Então ao chegarmos na delegacia você entrará em contato com ela e ela buscará seus filhos, como o senhor é o esposo da desaparecida, precisara passar por um questionamento e para isso não poderá ter contato com seus filhos, pelo menos não por hora. Seus filhos serão levados junto com o senhor para a delegacia e lá eles ficaram na companhia da assistente social até que sua irmã vá buscá-los.
— Ok! – Fala um pouco inerte.
— Vamos continuar nossa conversa na delegacia Gil. Vocês já terminaram aqui? – Pergunta Brass.
— Não, mas estamos quase. – Diz Nick antes que Grissom falasse algo, Bras sai acompanhado de Scotler.
— Não? – Pergunta Grissom.
— Precisamos falar com o vizinho, ele deve estar sendo questionado como todos os outros vizinhos. – Diz Nick.
— Tudo bem.
Seguem para a frente da casa onde esperavam encontrar o vizinho, ao chegar do lado de fora avistam o casal da foto na calçada de frente a casa, o homem abraçava a esposa que chorava em seu peito e a seu lado um policial os interrogava.
— Oficial, poderia nos dar licença? – Pede Grissom.
— Pois Não senhor Grissom. – Diz e se afasta alguns passos.
— Boa noite! Eu sou Gil Grissom e esse é Nick Stokes, somos da pericia e estamos procurando qualquer pista que nos leve ao paradeiro da senhora Silva.
— Olá. Sou James Oclar e essa é minha esposa Valeria. Em que podemos ajudar? – Diz o homem calmamente.
— Senhora Oclar, porque não me acompanha até aquele policial? Ele poderá trazer para a senhora um calmante, ou quem sabe um café e assim que a senhora se acalmar conversamos.
A mulher encara o marido e ele faz um sinal positivo com a cabeça, em seguida ela acompanha Nick e deixa Grissom e James a sós.
— Então senhor Grissom?
— Senhor Oclar o que pode me dizer a respeito da senhora Silva?
— Uma mulher muito gentil, honesta, carinhosa com os filhos...
— Vejo que tem proximidade com ela!
— Somos amigos! Digo... Valeria é amiga dela e eu sou amigo de Scotler, então nos conhecemos bastante.
— Tem conhecimento então de como era o relacionamento entre eles dois?
— Um pouco conturbado devo admitir, ele é muito certinho sabe? Não permite palavrões dentro de casa, sapatos sempre são tirados na ala de entrada da casa, guardanapos sobre o colo, talheres corretos para cada prato... Em fim regras de etiqueta é com ele mesmo. Se quer ter noção praticamente fui expulso da casa dele uma vez porque entrei lá com boné e esqueci de tirar. “Quem tem alguma educação sabe que ao se entrar em recintos fechados remove-se o chapéu.” Me disse ele. – Terminou de falar e fez uma careta com a lembrança.
— Hum... E a mulher dele tinha problemas com isso?
— Quem não teria?
— Tudo bem senhor James, obrigado pela colaboração. – Quando Gil ia dando as costas viu a mulher olhando na direção deles com uma Expressão muito magoada e resolveu perguntar... – Quanto Josef? É curioso como ele tem os seus olhos não acha?
O homem se assustou com a afirmação.
— A... E-Ele provavelmente herdou dos avós.
— Isso é o curioso, os avos maternos e paternos assim como os tios não tem essa característica. – Sua afirmativa fez o homem se mostrar ainda mais assustado e de uma hora para outra...
— Preciso ir senhor Grissom...
— Pode me informar seu contato? Posso precisar interrogá-lo novamente.
Nesse instante o homem começou a correr e Grissom automaticamente correu atrás e gritou por ajuda, dois policiais e Nick se juntaram a perseguição, poucos metros a frente os dois policiais que estavam de longe em melhor forma que Grissom conseguiram pegá-lo, porém Grissom em sua correria sentiu uma fisgada na coxa e parou se encostando em um poste. Nick ao ver a cara de dor de Grissom foi até ele.
— Griss? Ele te feriu?
— Não! Isso é meu corpo protestando por querer fazer o que não posso mais! – Diz e Nick ri de seu comentário.
— Vamos, deve ter sido só uma cãibra, te ajudo a ir até o carro.
— Tudo bem!
Grissom seguiu mancando até o carro e Nick pediu a um dos policiais que levassem o carro dele até o laboratório que ele iria no carro com Grissom e levaria todas as evidências. Ao entrar no carro Grissom foi para o banco do passageiro enquanto Nick dirigia até o laboratório, durante o percurso Grissom notou que a dor tinha diminuído um pouco, mas toda vez que forçava sentia novamente a fisgada. Pegou o celular e ligou para Sara que até o momento não tinha lhe dado o ar da graça, logo no primeiro toque ela atendeu.
— Oi? Desculpe Gil, acabei esquecendo de te retornar a ligação.
— Tudo bem! Você está onde?
— Voltando para o laboratório, acabei de deixar a Morgan junto com o pai dela no hospital, pelo que entendi ela só vai precisar por compressas de gelo no tornozelo e usar um tensor por alguns dias.
— Vou precisar que vá a delegacia encontrar com Nick lá e ajudá-lo com um caso de desaparecimento.
— Ok! Irei para lá então! E você?
— Estou indo pra lá com Nick, até logo.
— Até!
E finalizam a ligação. Nick que ficou prestando atenção na conversa, o indaga.
— Vai ao médico?
— Não! Acredito que isso é apenas a idade me atingindo. – Diz de forma despreocupada. – A chamei porque como estou vou precisar pelo menos de mais um tempo para a dor passar e o louco que prendemos não ficará aqui por muito tempo, afinal não temos nada contra ele.
— Há!
...
Ao chegar na delegacia Sara entra e encontra Nick e Grissom conversando com Brass, quando ia se aproximando notou Grissom com uma bengala.
— O que aconteceu? – Pergunta se referindo a bengala e sem dar muita atenção aos outros dois que se assustaram com sua chegada repentina.
— Calma Sara! Só uma fisgada na coxa...
— O que você fez?
— Corri! – Diz com um sorriso envergonhado. – Já não sou mais um garoto querida! Não se preocupe, a dor já diminuiu bastante!
— E essa bengala?
— O Doutor me emprestou enquanto a dor ainda incomoda! – Ela olha pra ele com uma cara de reprovação.
— Poderia ter me dito alguma coisa a respeito!
— Oi pra você também Sara! – Diz Nick quebrando o clima que esquentava entre o casal.
— Me desculpe Nick! Oi Nick, Bras! – Os três acabam rindo de seu alvoroço.
— Então Grissom, como estava dizendo... – Diz Brass dando continuidade a conversa que Sara interrompeu. – Devido a desconfiança de vocês pensei em colocar ambos no mesmo ambiente para ver como se comportam.
— É uma boa ideia! – Responde Grissom e em seguida Bras sai seguido de Nick.
— Me atualiza?
— Vem, vamos ficar observando eles e te explico.
Se posicionam em uma distância segura para observar a reação dos dois homens, Scotler já estava sentado em uma sala reservada para espera de liberação, em seguida Nick entra com James removendo suas algemas.
— Senhor James aguarde aqui que o senhor será multado por obstrução da justiça e em seguida liberado.
— Só pode ser brincadeira... – Resmunga o homem e se senta a algumas cadeiras de distância de Scotler sem mesmo perceber sua presença ali. Scotler pelo contrario, no momento em que viu James entrar na sala notou sua presença e começou a encará-lo, após alguns instantes ele diz.
— Isso aconteceu tudo por sua culpa sabia? – Foi quando James se virou para o lado reconhecendo a voz.
— Há não me venha com essa Scot! Aposto que ela faria de tudo pra ter fugido antes, só não fugiu por conta das crianças, você é uma pessoa complicada de se conviver e sabe bem disso... – Antes que ele terminasse Scotler já estava em cima dele desferindo socos, os agentes correram para separar os dois e a mando de Brass foram levados a uma cela, ambos a mesma cela. Do lado de fora Sara e Grissom assistiam a tudo enquanto Grissom explicava a Sara tudo o que tinha descoberto até o momento.
— Então quer dizer que nosso amigo Scot não gosta de falhas de etiqueta?
— É o que alega James Oclar! – Afirma Grissom.
— Falou com os dois garotos?
— Ainda não, mas não encontrei motivo para isso.
— Disse que o quarto deles estava de longe muito bem arrumado para ser quarto de criança e a mãe está sumida a quase quarenta e oito horas, com o temperamento dele, posso apostar que ele é um pai abusivo.
— Não sei! Pareceu-me normal com as crianças.
— As crianças são acostumadas com sua presença desde que nasceram, aprenderam a conviver com ele. Me deixe falar com eles.
— Tudo bem, eles estão na sala 3, vou acompanhar Nick até a cela dos nosso amigos.
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Comentem o que acharam e se tiverem sugestões por favor me digam! Bjos!